Para responder esta questão, é fundamental compreender primeiro o propósito geral de uma escala linear não visual no contexto do cuidado de enfermagem, especialmente no pós-operatório de cirurgias ortopédicas em pacientes idosos.
 

A Escala Linear não Visual é mais comumente associada à quantificação da dor do paciente. Esta é uma ferramenta estruturada que permite ao paciente indicar sua dor em uma linha ou escala numérica, o que é essencial para a gestão eficaz da dor pós-operatória. De acordo com a literatura em saúde e enfermagem, a avaliação adequada da dor é crucial para a recuperação da cirurgia, pois a dor não tratada pode levar a resultados negativos, como o aumento do risco de infecções, atraso na mobilidade e outras complicações pós-operatórias.
 

Vamos analisar cada uma das alternativas para entender por que cada uma é correta ou incorreta:

Alternativa A: Identificar o nível de stress. Esta alternativa é incorreta, pois, embora o stress possa ser uma consideração no cuidado pós-operatório, a Escala Linear não Visual especificamente não é projetada para medir o stress. Ferramentas como questionários de avaliação psicológica seriam mais apropriados para essa finalidade.

Alternativa B: Avaliar o estado mental. Esta alternativa também é incorreta. A avaliação do estado mental envolve uma apreciação mais complexa das funções cognitivas e comportamentais, geralmente utilizando instrumentos como o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) e não uma Escala Linear não Visual.

Alternativa C: Classificar a úlcera de pressão. Novamente, esta é uma alternativa incorreta. A classificação de úlceras de pressão é realizada tipicamente através de escalas como a Escala de Braden, que considera múltiplos fatores de risco, e não apenas a dor ou um atributo que poderia ser medido por uma escala linear não visual.

Alternativa D: Avaliar o risco de queda. Esta opção é igualmente incorreta. A avaliação do risco de queda geralmente envolve a consideração de múltiplos fatores de risco físicos e ambientais, e é tipicamente aplicada utilizando ferramentas específicas como a Escala de Morse, entre outras.

Alternativa E: Quantificar a dor. Esta é a alternativa correta. Como mencionado, uma Escala Linear não Visual é frequentemente usada na prática clínica para permitir que os pacientes quantifiquem sua percepção da dor em uma escala contínua, ajudando os profissionais de saúde a avaliar a eficácia das intervenções para a dor e ajustar os tratamentos conforme necessário.

Segundo a literatura especializada e as práticas recomendadas em ambientes de cuidado pós-operatório, a avaliação da dor é considerada um dos pilares para a promoção da recuperação e conforto do paciente. Portanto, utilizar essa escala para quantificar a dor é uma prática baseada em evidências, adequada e necessária.
 

Gabarito: Letra E

Compreender a utilização de ferramentas de avaliação na enfermagem permite aos profissionais não só intervirem de forma mais eficaz, como também melhora o processo de comunicação com a equipe multidisciplinar e com o próprio paciente, assegurando um cuidado de saúde mais holístico e fundamentado.

Na questão apresentada pela Fundação Carlos Chagas, aborda-se um tema importante dentro do escopo da enfermagem, que é a identificação de uma condição médica específica como resultado de um trauma. O enunciado descreve um cenário em que um adolescente de 17 anos sofreu um trauma após uma queda de bicicleta, resultando no deslocamento total de um dente da sua cavidade alveolar. A tarefa é identificar o termo médico correto para essa ocorrência.

 

A terminologia médica é fundamental na área da saúde por permitir uma comunicação precisa entre profissionais e, neste caso, refere-se ao termo que descreve o deslocamento de um dente. Vamos analisar as alternativas fornecidas:

Alternativa A: Desconexão - Este termo geralmente é usado em um contexto diferente, mais comum em situações que envolvem a separação de dois elementos ou sistemas que normalmente estão conectados. No contexto médico de deslocamento de dentes, esta palavra não é apropriada.

Alternativa B: Infusão - Infusão refere-se ao processo de administrar líquido, medicamentos ou nutrientes diretamente na veia através de uma agulha ou cateter. Não tem relação com a condição descrita de um dente sendo deslocado.

Alternativa C: Avulsão - A avulsão dental refere-se à remoção completa de um dente de seu alvéolo, que é exatamente a condição descrita no enunciado. É a terminologia médica correta para o deslocamento total de um dente devido a trauma.

Alternativa D: Inversão - Inversão geralmente descreve a ação de virar algo para dentro ou para cima, o que não se aplica ao contexto de um dente sendo deslocado do alvéolo.

Alternativa E: Refração - Refração é um termo frequentemente usado em física e oftalmologia para descrever a mudança na direção de uma onda que passa de um meio para outro. Não tem relação com o trauma dental descrito.

Portanto, a descrição do cenário identifica claramente "avulsão" como o termo correto. "Avulsão dental" é um termo técnico usado na odontologia para descrever a expulsão de um dente de sua cavidade devido a trauma, que se alinha perfeitamente com a situação descrita de um dente deslocado completamente de sua cavidade alveolar devido a um acidente.

 

Gabarito: Letra C

É essencial para enfermeiros, especialmente aqueles em formação ou preparando-se para concursos, estar familiarizados com a terminologia médica correta para garantir a comunicação eficaz e o registro preciso dos atendimentos, contribuindo significativamente para a segurança e qualidade dos cuidados aos pacientes.

Para responder corretamente esta questão, é crucial entender a prática da rotatividade dos locais de aplicação de insulina subcutânea. Esta prática é recomendada para evitar complicações como lipodistrofias, que são alterações do tecido subcutâneo decorrentes de repetidas aplicações no mesmo local, que podem interferir na absorção da insulina e consequentemente no controle glicêmico.

Analisando as afirmativas:

I. É necessário dividir cada região recomendada para aplicação em pequenos quadrantes. As aplicações, nesses quadrantes, devem ser espaçadas em pelo menos 1 cm entre eles, e seguir em sentido horário a cada aplicação.
Esta afirmação está correta e é uma prática recomendada pelas diretrizes para garantir que o tecido subcutâneo seja aproveitado de maneira uniforme, prevenindo lipodistrofias e melhorando a absorção da insulina.

II. Para mais de duas aplicações ao dia, uma única região poderá ser usada, sem haver a necessidade de alternar os quadrantes de aplicação no mesmo dia.
Esta afirmação está incorreta. Mesmo com múltiplas aplicações ao dia, é importante alternar os locais de aplicação para evitar danos ao tecido subcutâneo e garantir uma absorção eficaz da insulina.

III. Para múltiplas aplicações, recomenda-se fixar uma região para cada horário, alternar entre os quadrantes da mesma região, usar os lados direito e esquerdo dos locais indicados para aplicação.
Esta afirmação está correta. É uma estratégia eficaz para utilizar adequadamente as regiões de aplicação, promovendo uma absorção consistente da insulina e minimizando o risco de complicações.

IV. É recomendado evitar o mesmo ponto de aplicação durante 14 dias.
Esta afirmação é correta, pois espalhar os pontos de aplicação sobre um período de tempo longo, como 14 dias, ajuda a preservar a integridade do tecido e a eficácia na absorção da insulina.

 
Assim, baseado nas diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes e práticas recomendadas, as afirmações corretas são I, III e IV. Estas recomendações ajudam a maximizar a eficácia do tratamento com insulina, garantindo uma melhor qualidade de vida ao paciente diabético.

Gabarito: Letra B

Análise da Questão e Introdução ao Tema:

A questão apresentada aborda uma alteração de linguagem observada em uma paciente com diagnóstico de demência, onde esta repetia espontaneamente a última palavra emitida. A compreensão dos diferentes tipos de distúrbios de linguagem é crucial na prática de enfermagem, especialmente ao trabalhar com pacientes neuropsiquiátricos como os com demência. O conhecimento apropriado ajuda não apenas no diagnóstico correto, mas também na comunicação eficaz e no planejamento de cuidados apropriados. 

 

Análise das alternativas:

Alternativa A: Logorreia refere-se a um fluxo constante e rápido de conversação, com a pessoa falando frequentemente e às vezes de maneira incoerente, sem que haja qualquer intervenção do interlocutor. Essa condição é mais associada ao mania ou a estados de empolgação psicológica. Não corresponde à descrição do enunciado.

Alternativa B: Palilalia é a repetição involuntária e frequente das últimas sílabas, palavras ou frases faladas pela própria pessoa. Este distúrbio está frequente em várias condições neurológicas, incluindo a Doença de Parkinson e outras formas de demência. Encaixa-se perfeitamente no cenário descrito na questão.

Alternativa C: Bradifasia é um distúrbio de fala caracterizado pela lentidão na fala. É mais comum em casos de lesões cerebrais como aquelas que afetam a região do lobo frontal do cérebro. Esta condição não envolve a repetição de palavras, mas sim a lentidão em formar palavras.

Alternativa D: Verbigeração refere-se à repetição incessante de frases sem sentido e sem propósito comunicativo efetivo. Embora envolva repetição de frases, diferencia-se da palilalia porque as frases não são necessariamente a última palavra falada e muitas vezes não têm relação com o contexto da conversa.

Alternativa E: Glossolalia, mais conhecida como falar em línguas, é uma produção vocal que não corresponde a uma linguagem verdadeiramente compreendida; é frequentemente observada em contextos religiosos. Não se relaciona com a repetição de palavras ou com diagnóstico neuropsiquiátrico, como no caso descrito.

Conclusão e Gabarito:

O entendimento e a correta identificação de alterações na fala são fundamentais no diagnóstico e na comunicação com pacientes, especialmente aqueles com quadros de demência, o que contribui para uma melhor gestão do cuidado. Neste caso, a repetição espontânea da última palavra emitida define a condição conhecida como palilalia, corretamente identificada na alternativa B. Este conhecimento é crucial para os profissionais de enfermagem no processo de cuidado integral desses pacientes.

Gabarito: Letra B

Questões de Fundação Carlos Chagas - Enfermagem