O verbo "restringir" demanda um complemento para completar seu sentido e esse complemento geralmente vem regido pela preposição "a". Isso ocorre porque o verbo "restringir" tem um significado de "limitar a", "confinar a" ou "reduzir a". 

No contexto do trecho apresentado na questão, o verbo "restringia" é usado para indicar que a falta de compreensão do pai sobre a diferença de idades não era limitada apenas às duas crianças mencionadas ("eu e minha irmã"). A estrutura frasal aponta para a necessidade de uma preposição que introduza os elementos aos quais a ação do verbo "restringir" se aplica. 

Veja as preposições apresentadas nas alternativas:
<ul>
<li>A) a - Corretamente sinaliza a limitação visada pelo verbo "restringir".</li>
<li>B) de - Comumente usada para indicar origem ou posse, o que não se aplica bem ao verbo em questão nesta frase.</li>
<li>C) em - Indica estado ou modo, mas não cabe aqui pois não se quer expressar estado ou lugar de restrição.</li>
<li>D) por - Ótima para denotar causa ou meio, porém não para limitar ação ou efeito como no caso de "restringir".</li>
<li>E) com - Indica companhia ou instrumento, o que também não é compatível com a estrutura exigida por "restringir".</li>
</ul>
 

Portanto, a preposição "a" na alternativa (A) é a mais adequada para completar a expressão “restringia _______ nós”, seguindo a regência típica do verbo "restringir" e mantendo o sentido pretendido pela frase original. 

Gabarito: Letra A

Cabe o ser humano a maior parte da responsabilidade 
pelo descompasso do clima.

Será que houve a falta de chuvas e o calorão devido 
o aquecimento global?

Especialistas estudam para saber se alguma anomalia 
está agindo sobre o clima.

Climatologistas não têm certeza que a falta de chuvas 
e o calor vêm do aquecimento global.

É um fato incontestável de que o planeta passa por 
um aquecimento global intenso.

Vamos analisar a regência verbal e nominal presente em cada alternativa para entender por que a alternativa correta é a "C":

A) Cabe o ser humano a maior parte da responsabilidade pelo descompasso do clima. 
A regência do verbo "caber" está correta, pois este verbo exige a preposição "a" para introduzir o sujeito da oração ("o ser humano"). No entanto, é mais comum o uso da estrutura "Cabe ao ser humano a maior parte da responsabilidade", portanto, há uma certa estranheza ou falta de clareza sobre a colocação do sujeito após o complemento. 

B) Será que houve a falta de chuvas e o calorão devido o aquecimento global? 
Esta alternativa possui um erro de regência com a expressão "devido", que exige a preposição "a" por ser uma locução prepositiva. O correto seria "devido ao aquecimento global". 

C) Especialistas estudam para saber se alguma anomalia está agindo sobre o clima. 
A regência neste caso está correta. O verbo "estudar" pode ser utilizado com a preposição "para" indicando finalidade, e "agir sobre" é uma construção correta pois o verbo "agir" exige a preposição "sobre" quando se refere a exercer influência ou efeito sobre algo. 

D) Climatologistas não têm certeza que a falta de chuvas e o calor vêm do aquecimento global. 
A palavra "certeza" requer a preposição "de", formando a expressão "ter certeza de". Portanto, o correto seria "Climatologistas não têm certeza de que a falta de chuvas e o calor vêm do aquecimento global." 

E) É um fato incontestável de que o planeta passa por um aquecimento global intenso. 
A expressão "fato incontestável" não exige a preposição "de" antes da oração iniciada por "que". Assim, a frase correta deveria ser "É um fato incontestável que o planeta passa por um aquecimento global intenso." 
Gabarito: Letra C

É um fato incontornável: o planeta passa por um aque-
cimento global intenso, e a maior parte da responsabilidade 
pelo descompasso do clima é do ser humano. Com fábricas, 
carros e o desmatamento generalizado de habitats, multipli-
camos por 180 a quantidade de CO2 na atmosfera desde a 
Revolução Industrial, motor do efeito estufa, responsável pelo 
aumento de 0,8 grau na temperatura da Terra. Parece pouco, 
mas foi o suficiente para consolidar um caos climático que se 
agrava: o calor elevado faz com que eventos extremos, como 
tempestades e secas duradouras, sejam cada vez mais fre-
quentes. Em 2014, o ano mais quente desde que começaram 
os registros, em 1880, a situação só piorou. Nesse contexto, 
cabe, portanto, a pergunta: a falta de chuvas e o calorão do 
início de janeiro no Sudeste brasileiro são também filhos do 
aquecimento global?
Climatologistas dizem não ter certeza, pois dependem de 
projeções de longo prazo para responder. Ou seja, precisam 
esperar para verificar se a situação se repete por muitos anos 
ou se trata de uma anomalia, provocada por algum fenômeno 
climático pontual e ainda desconhecido. Mas, afastada a mi-
nuciosidade exigida por comprovações científicas, é concebí-
vel concluir que o aquecimento planetário está na origem da 
seca. E, se essa é a resposta, pode-se esperar por tempos 
ainda mais áridos nas próximas décadas.
Trata-se de uma lógica cujo desfecho é um cenário de 
contornos assustadores, com evidentes repercussões eco-
nômicas, e que alguns, com certo exagero, denominam de 
apocalípticos.

Questões de Fundação Vunesp - Português - Regência nominal e verbal - Contador - 2015