Os "crimes de colarinho branco", comumente associados às elites econômicas e políticas, são infrações que ocorrem dentro de um contexto corporativo e financeiro e que frequentemente não são reportados ou são encobertos devido à influência e poder dos envolvidos. A questão apresentada abrange o conceito de "cifras" na criminologia, enfocando as cifras douradas, ou seja, informações sobre a quantidade de crimes que não chegam ao conhecimento público ou são sub-registrados, especialmente aqueles cometidos por indivíduos de alto status socioeconômico. 

<h2>Alternativas Analisadas:</h2>

<ul>
<li>A) crimes contra a dignidade social: Esta alternativa sugere uma classificação moral dos crimes de colarinho branco. Embora esses crimes possam impactar a dignidade social, essa não é a terminologia criminológica especificamente usada para descrever a subnotificação ou invisibilidade desses crimes. Portanto, é incorreta.</li>
<li>B) crimes de menor potencial ofensivo: Os crimes de colarinho branco, apesar de muitas vezes serem tratados com certa leniência pelas leis e pelo sistema judicial, não são classificados como de menor potencial ofensivo devido à magnitude dos prejuízos financeiros e impactos sociais que muitas vezes acarretam. Portanto, esta alternativa é incorreta.</li>
<li>C) cifras cinza: Este termo não se aplica especificamente aos crimes de colarinho branco. Em criminologia, não há referência consagrada ao termo "cifras cinza" associado diretamente aos crimes de colarinho branco. Portanto, é uma alternativa incorreta.</li>
<li>D) cifras amarelas: Este termo é usado em referência aos crimes envolvendo abusos de autoridade que não são reportados. Não está relacionado aos crimes de colarinho branco, tornando esta alternativa também incorreta.</li>
<li>E) cifras douradas: Esta é a terminologia correta para designar os crimes de colarinho branco que não chegam ao conhecimento das autoridades ou do público devido à influência social, política e econômica dos perpetradores. Representa a ideia de que certos crimes, cometidos por indivíduos poderosos, tendem a ser "dourados" ou protegidos, minimizando sua visibilidade para o sistema de justiça.</li>
</ul>

A compreensão das diversas "cifras" na criminologia é crucial para entender como diferentes crimes são percebidos e tratados pelo sistema de justiça. As cifras douradas, em particular, revelam uma crítica importante ao modo como a justiça pode ser influenciada por fatores além das leis, incluindo o status social e econômico das pessoas envolvidas. 

Essa questão é essencial para candidatos a concursos públicos entenderem como os "crimes de colarinho branco" são discutidos na criminologia contemporânea, num contexto que reflete a intersecção entre a economia, a política e o direito penal. 

Gabarito: Letra E

Os "crimes de colarinho branco", comumente associados às elites econômicas e políticas, são infrações que ocorrem dentro de um contexto corporativo e financeiro e que frequentemente não são reportados ou são encobertos devido à influência e poder dos envolvidos. A questão apresentada abrange o conceito de "cifras" na criminologia, enfocando as cifras douradas, ou seja, informações sobre a quantidade de crimes que não chegam ao conhecimento público ou são sub-registrados, especialmente aqueles cometidos por indivíduos de alto status socioeconômico. 

<h2>Alternativas Analisadas:</h2>

<ul>
<li>A) crimes contra a dignidade social: Esta alternativa sugere uma classificação moral dos crimes de colarinho branco. Embora esses crimes possam impactar a dignidade social, essa não é a terminologia criminológica especificamente usada para descrever a subnotificação ou invisibilidade desses crimes. Portanto, é incorreta.</li>
<li>B) crimes de menor potencial ofensivo: Os crimes de colarinho branco, apesar de muitas vezes serem tratados com certa leniência pelas leis e pelo sistema judicial, não são classificados como de menor potencial ofensivo devido à magnitude dos prejuízos financeiros e impactos sociais que muitas vezes acarretam. Portanto, esta alternativa é incorreta.</li>
<li>C) cifras cinza: Este termo não se aplica especificamente aos crimes de colarinho branco. Em criminologia, não há referência consagrada ao termo "cifras cinza" associado diretamente aos crimes de colarinho branco. Portanto, é uma alternativa incorreta.</li>
<li>D) cifras amarelas: Este termo é usado em referência aos crimes envolvendo abusos de autoridade que não são reportados. Não está relacionado aos crimes de colarinho branco, tornando esta alternativa também incorreta.</li>
<li>E) cifras douradas: Esta é a terminologia correta para designar os crimes de colarinho branco que não chegam ao conhecimento das autoridades ou do público devido à influência social, política e econômica dos perpetradores. Representa a ideia de que certos crimes, cometidos por indivíduos poderosos, tendem a ser "dourados" ou protegidos, minimizando sua visibilidade para o sistema de justiça.</li>
</ul>

A compreensão das diversas "cifras" na criminologia é crucial para entender como diferentes crimes são percebidos e tratados pelo sistema de justiça. As cifras douradas, em particular, revelam uma crítica importante ao modo como a justiça pode ser influenciada por fatores além das leis, incluindo o status social e econômico das pessoas envolvidas. 

Essa questão é essencial para candidatos a concursos públicos entenderem como os "crimes de colarinho branco" são discutidos na criminologia contemporânea, num contexto que reflete a intersecção entre a economia, a política e o direito penal. 

Gabarito: Letra E

o total de delitos registrados e de conhecimento do poder público que são elucidados.

as infrações penais praticadas pela elite, não reveladas  ou apuradas; trata-se de um subtipo da “cifra negra”, a  exemplo do crime de sonegação fiscal.

as infrações penais de maior gravidade, como, por  exemplo, o homicídio, que, ao ser elucidado, permite  ao poder público planejar melhor suas ações e alterar  a legislação.

as infrações penais de menor potencial ofensivo, por  enquadrar-se na Lei n.º 9.099/95, a exemplo do delito  de perturbação do sossego alheio.

o percentual de delitos praticados pela sociedade de  baixa renda que não chega ao conhecimento do poder  público por falta de registro, e, portanto, não são elucidados.

A questão proposta pela Fundação Vunesp aborda um conceito extremamente relevante no estudo da criminologia, conhecido como "cifra dourada", que se insere dentro das discussões sobre a "cifra negra" de criminalidade. A cifra negra representa a quantidade de crimes que não são notificados ou registrados, e suas variações, como a "cifra dourada", oferecem insights importantes sobre diferentes tipos de criminalidade e como eles são tratados pelo sistema de justiça criminal.

Analisando as opções apresentadas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Esta opção relaciona-se ao total de crimes conhecidos pelo poder público que são solucionados. Apesar de importante, este conceito não se alinha com a definição de "cifra dourada", mas sim com eficiência policial ou de investigação.</li>
 <li>B) Corretamente define "cifra dourada" como os delitos praticados normalmente por indivíduos da elite social e econômica que não são revelados ou são subaplicados pela justiça. Isso inclui crimes como a sonegação fiscal e outros crimes de colarinho branco. Esta é a definição exata de "cifra dourada" segundo estudos criminológicos.</li>
 <li>C) Refere-se à importância da solução de crimes graves para o planejamento e ajustes legislativos, mas não aborda a noção de "cifra dourada".</li>
 <li>D) Discute crimes de menor potencial ofensivo, que são normalmente julgados em juizados especiais (Lei n.º 9.099/95). Não está relacionado com o conceito de "cifra dourada".</li>
 <li>E) Descreve um aspecto da "cifra negra", envolvendo crimes de baixa renda não notificados, mas não se refere especificamente à "cifra dourada".</li>
</ul>

Portanto, a opção B é a correta, pois identifica com precisão o que a "cifra dourada" significa no contexto criminológico. Este conceito foi originalmente desenvolvido para describir como indivíduos de alta posição social ou econômica muitas vezes escapam do escrutínio da lei devido ao seu status - um tema central em muitas discussões contemporâneas sobre equidade e justiça no sistema criminal.

A cifra dourada exemplifica como o poder e a influência podem afetar a administração da justiça, sugerindo que nem todos estão em pé de igualdade perante a lei. Teóricos como Edwin Sutherland, com sua teoria do crime de colarinho branco, enfatizaram como crimes cometidos por indivíduos de status socioeconômico mais alto são frequentemente tratados de maneira mais leniente ou simplesmente ignorados comparativamente aos crimes cometidos por pessoas de camadas mais baixas.

 

Gabarito: Letra B

A questão pede que o candidato identifique o conceito que descreve os crimes que não são registrados nos órgãos oficiais devido à omissão das vítimas, frequentemente por medo de retaliação. Esse conceito é fundamental na Criminologia, pois lida com a compreensão do volume real de crimes que ocorrem na sociedade versus o que é efetivamente reportado e registrado.

A alternativa correta é a letra D, "cifras negras". Este termo é utilizado no estudo da criminologia para descrever os crimes que não entram nas estatísticas oficiais devido a não denúncia ou não registro pelas autoridades competentes. Este fenômeno de subnotificação pode ser causado por diversos fatores, incluindo o medo de represálias, a descrença na eficiência da justiça, ou mesmo a falta de conhecimento sobre a importância de registrar a ocorrência.

As cifras negras são importantes na compreensão da criminologia porque representam uma lacuna entre os crimes realmente cometidos e aqueles que são conhecidos pelas autoridades e pela sociedade. Este conceito ajuda a revelar que os dados oficiais podem subestimar significativamente a real incidência do crime, impactando nas políticas públicas e estratégias de prevenção ao crime.

Vamos analisar e justificar porque as demais alternativas estão incorretas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) estatísticas azuis: Não corresponde a um termo utilizado em criminologia para descrever o fenômeno da subnotificação de crimes. Portanto, essa escolha é incorreta.</li>
 <li>B) estatísticas brancas: Também não é um termo reconhecido na criminologia que se relaciona ao conceito de crimes não registrados ou notificados. Portanto, é uma escolha incorreta.</li>
 <li>C) cifras douradas: Esse termo, embora utilizado em criminologia, refere-se a crimes de colarinho branco ou crimes cometidos por indivíduos de alto status socioeconômico que frequentemente não são registrados ou são mal notificados. Portanto, não se aplica ao contexto da questão, que foca em crimes não reportados por medo de represália. É uma escolha incorreta para essa especificidade.</li>
 <li>E) cifras cinza: Esse termo não é standard na nomenclatura criminológica para definir tipos específicos de dados não reportados ou subnotificados, logo, não é a escolha correta.</li>
</ul>

Compreender o conceito de cifras negras é essencial para qualquer estudioso ou profissional da área da criminologia e do direito, pois destaca a discrepância potencial entre os crimes realmente cometidos e aqueles de que as autoridades têm conhecimento. Isso é crucial para o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes na prevenção e combate ao crime.

Gabarito: Letra D

erros judiciais (decisões judiciais incompatíveis com a  realidade dos fatos).

crimes ocorridos e não reportados à autoridade.

crimes ocorridos em ambientes públicos, mas cuja autoria permanece ignorada.

A expressão "cifra oculta" na Criminologia corresponde aos dados dos crimes cometidos e que não são comunicados ao poder público. Assim, Alternativa correta: B.

A questão proposta pela Fundação Vunesp aborda o importante conceito criminológico de "cifra negra", além de relacioná-lo com as formas de vitimização que uma vítima pode sofrer após a ocorrência de um delito. É fundamental compreender esses conceitos dentro do estudo da Criminologia, pois eles são essenciais para o entendimento das dinâmicas entre crime, vítima e sociedade. 

A "cifra negra" refere-se aos crimes que não são reportados às autoridades competentes, permanecendo desconhecidos pelo sistema de justiça criminal. Esse fenômeno pode ser influenciado por diversos fatores, incluindo pressão social, medo de represálias, desconfiança nas autoridades, ou a própria estigmatização da vítima. 

O conceito de vitimização é igualmente crucial, dividindo-se tipicamente em primária, secundária e terciária: 

<ul>
<li>Vitimização primária: ocorre diretamente como resultado do crime, abrangendo todos os danos imediatos sofridos pela vítima.</li>
<li>Vitimização secundária: também conhecida como re-vitimização, refere-se ao dano adicional que a vítima pode sofrer durante o processo judicial, devido ao tratamento que recebe das autoridades e da mídia.</li>
<li>Vitimização terciária: menos discutida, mas profundamente significativa, envolve a desassistência social ou institucional à vítima e a pressão social para que a vítima não denuncie o crime, contribuindo para a cifra negra.</li>
</ul> 

Analisando as alternativas à questão: 

<ul>
<li>A) caracterizada. Essa alternativa parece genérica e não especifica suficientemente o tipo de vitimização descrita no enunciado.</li>
<li>B) secundária. Embora essa categoria seja relevante, ela é mais associada ao sofrimento adicional causado pelo sistema de justiça, não se aplicando diretamente ao abandono social mencionado.</li>
<li>C) descaracterizada. Esse termo não corresponde a nenhum conceito técnico ou amplamente reconhecido em Criminologia relacionado com a vitimização.</li>
<li>D) primária. Não é aplicável neste contexto; refere-se aos danos diretos e imediatos causados pela criminalidade.</li>
<li>E) terciária. Esta é a resposta correta, conforme explicado anteriormente, pois trata da marginalização da vítima pela própria sociedade, incluindo a desencorajamento à denúncia, que agrega ao fenômeno da cifra negra.</li>
</ul> 

Compreender a vitimização terciária é essencial para enfrentar a cifra negra, pois medidas que fomentem o apoio à vítima e incentivos à denúncia são vitais para uma política criminal eficaz e humanizada. Os desafios para superar a cifra negra e as formas de vitimização necessitam ser alvo de políticas públicas e educacionais que reforcem a confiança no sistema de justiça e demonstrem suporte contínuo às vítimas de crimes. 

Gabarito: Letra E

Questões de Fundação Vunesp - Criminologia - Conceito de Cifra Negra (ou oculta; dourada) - Superior