As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda é
uma justificativa correta da primeira.

As duas afirmações são verdadeiras, mas a segunda
não é uma justificativa da primeira.

A primeira afirmação é verdadeira, e a segunda falsa.

A primeira afirmação é falsa, e a segunda verdadeira.

Tanto a primeira quanto a segunda afirmação são
falsas.

As afirmações descritas na questão remetem à teoria construtivista de aprendizagem, onde o conhecimento é visto como um processo contínuo de construção que ocorre através da interação entre os indivíduos. Madalena Freire, seguindo a linha de seu pai, Paulo Freire, enfatiza o papel da interação e do diálogo como essenciais no processo educativo. 

Na primeira afirmação, o texto destaca que a aprendizagem da leitura, da escrita e do pensamento crítico ocorre através da formulação e reestruturação de hipóteses em um ambiente colaborativo. Isso está alinhado com a premissa construtivista de que o conhecimento é construído socialmente. 

A segunda parte segue dizendo que a função do educador é coordenar essa troca de hipóteses dentro de um grupo, facilitando a interação e o aprendizado colaborativo. Aqui, o papel do educador é essencialmente o de um mediador ou facilitador, que guia os estudantes para que a construção do conhecimento seja efetiva e significativa. 

Essa abordagem pedagógica reflete uma prática onde o ensino é focado no estudante e nas suas interações, não apenas na transmissão de conteúdos. O educador, portanto, deve organizar e sustentar um ambiente que favoreça o diálogo e a construção coletiva do saber. 

Portanto, ao analisar as afirmações no enunciado da questão, ambas destacam a importância da relação interpessoal e do envolvimento ativo dos envolvidos no processo educativo, com a segunda afirmação justificando e ampliando a ideia apresentada na primeira. 

Diante do exposto, a alternativa correta é a letra A, pois as duas afirmações são verdadeiras e a segunda consiste na justificativa correta da primeira, refletindo a perspectiva de Madalena Freire sobre a aprendizagem construtivista e colaborativa.

A Escola Nova é uma corrente pedagógica que emergiu como crítica às metodologias tradicionais, enfatizando uma educação menos centrada na memorização e mais focada na atividade e na experiência direta do aluno. Esse movimento ganhou força nos anos de 1920 e 1930, marcado por uma reação contra o modelo educacional vigente até então, que era altamente intelectualista e baseado predominantemente na transmissão de conteúdos através de livros. Ao invés disso, a Escola Nova propôs uma aprendizagem que valoriza o desenvolvimento do pensamento crítico e a autonomia dos estudantes.
 
Luzuriaga, citado por Queiroz e Moita, define a Escola Nova como uma mudança significativa na maneira de conceber a educação. Ele descreve o movimento como aquele que visa a "mudar o rumo da educação tradicional, intelectualista e livresca", substituindo-a por uma abordagem mais viva e ativa. Essa caracterização está diretamente ligada ao que se entende por "escola ativa", onde o aluno participa ativamente de seu processo de aprendizado, sendo encorajado a explorar, questionar e interagir com o ambiente e com o conhecimento de maneira construtiva.
 
Portanto, ao contrário das opções que sugerem outros adjetivos como "fraterna", "para todos", "do trabalho" ou "democrática", a terminologia "ativa" é a que melhor descreve a Escola Nova conforme citada por Luzuriaga. Dentro deste contexto, é claro por que a resposta correta é a alternativa A) "ativa".
 
Por fim, essa atribuição reflete o objetivo central da Escola Nova de proporcionar uma educação que fomente a participação e a iniciativa dos estudantes, contrapondo-se ao método passivo e receptivo da educação tradicional.
 
Portanto, a resposta correta é letra A, "ativa".

 fortalecer os valores de solidariedade e de compromisso com a transformação da sociedade”.

 preparar os estudantes para o exercício da cidadania, qualificando-os para o trabalho”.

 capacitar os alunos para atuarem num mercado de trabalho altamente competitivo”.

 formar a consciência crítica para fazer frente à realidade social injusta e desigual”.

 tornar o estudante solidário, crítico, ético e participativo”.

A tendência crítico-social dos conteúdos, também conhecida como histórico-crítica, surgiu como uma resposta à percepção de limitações na pedagogia libertadora, principalmente no que se refere à abordagem do "saber científico". As autoras Queiroz e Moita, ao discutirem essa tendência, enfatizam a importância do domínio dos conteúdos científicos, dos métodos de estudo robustos e da construção de habilidades e do raciocínio científico.
 
Esta abordagem pedagógica não apenas valoriza a aquisição de conhecimento científico, como também vê esse conhecimento como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de uma consciência crítica. Esta consciência é vista como fundamental para analisar, compreender e agir sobre a realidade social, muitas vezes marcada por desigualdades.
 
Logo, a principal finalidade, de acordo com Queiroz e Moita, de adotar a tendência crítico-social dos conteúdos na educação é fornecer aos estudantes as ferramentas intelectuais necessárias para realizar uma leitura crítica do mundo ao seu redor. Assim, eles podem reconhecer as injustiças sociais e, idealmente, engajar-se em ações para transformar essa realidade.
 
Portanto, a alternativa correta é D – "formar a consciência crítica para fazer frente à realidade social injusta e desigual”, pois encapsula diretamente o propósito fundamental listado pelas autoras relativamente a essa tendência pedagógica. As outras opções, embora possam ser componentes desejáveis da educação sob a ótica crítico-social dos conteúdos, não representam precisamente o foco central articulado por Queiroz e Moita, que é o desenvolvimento de uma consciência crítica voltada para a problemática das injustiças sociais.
 
Essa resposta está alinhada com uma visão de educação que busca não só informar, mas transformar, capacitando os alunos a atuarem como agentes de mudança em sociedades que requerem justiça e igualdade. A própria abordagem crítico-social dos conteúdos fundamenta-se neste active engagement que visa a análise e ação sobre os desafios sociais contemporâneos. Oh, e para finalizar, a resposta correta é D.

A teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel enfoca a forma como os estudantes assimilam novos conhecimentos com base nos conhecimentos pré-existente em suas estruturas cognitivas. Ausubel destaca a importância de que o novo conhecimento apresentado ao estudante seja significativo e relacionável com o que eles já sabem.
 
Na questão proposta, as lacunas devem ser completadas com os termos que melhor descrevem as duas dimensões propostas por Sacristán e Gomes (2000) no contexto da teoria de Ausubel:
 
A primeira lacuna refere-se à "significação________ : coerência na estrutura interna do material, sequência lógica nos processos e consequência nas relações entre seus elementos componentes." Assim, esta dimensão trata da organização interna do material ser claro e lógico para ser compreendido. Portanto, o termo "lógica" é apropriado para descrever esta dimensão.
 
A segunda lacuna, "significação________ : que seus conteúdos sejam compreensíveis desde a estrutura cognitiva que o sujeito que aprende possui," deve ser completada de modo a refletir que o aprendizado ocorre de forma eficaz quando o novo conhecimento pode ser ancorado a concepções já existentes no estudante. Por isso, o preenchimento adequado é "psicológica", ressaltando a interação entre o novo conteúdo e a psique do aprendiz.
 
Portanto, a alternativa correta é "B ) lógica … psicológica," pois encapsula ambos os aspectos essenciais da aprendizagem significativa descritos por Ausubel: a necessidade de o material ser lógico e coerente, e a necessidade de se conectar com a estrutura cognitiva pré-existente do aprendiz.
 
Resposta correta: B

Ao analisar a pergunta proposta, centralizamo-nos na teoria de desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget, particularmente nos estágios de desenvolvimento. Essa teoria é amplamente abordada no campo da educação, pois oferece insights significativos sobre como as crianças desenvolvem habilidades de pensamento em diferentes idades.
 
De acordo com Piaget, o estágio das operações formais acontece tipicamente a partir dos 11 anos de idade e se estende pela adolescência. Neste estágio, as crianças e adolescentes começam a pensar logicamente sobre proposições abstratas e são capazes de utilizar o pensamento hipotético-dedutivo. Isso envolve usar lógica para formular hipóteses e raciocinar sobre possíveis soluções ou desfechos, longe da necessidade de depender apenas de problemas concretos e manipuláveis.
 
O estágio das operações formais permite aos indivíduos trabalhar com ideias complexas como lógica proposicional e construções combinatórias ou matemáticas mais abstratas, como as redes ou lattices mencionadas no enunciado. Essa capacidade de raciocinar sobre variáveis abstratas e realizar operações mentais sem a necessidade de objetos físicos é indicativa deste estágio de desenvolvimento.
 
Os outros estágios mencionados como alternativas na questão, como o pré-verbal e sensório-motor, correspondem aos primórdios da infância, onde o pensamento e a cognição estão estritamente ligados à manipulação direta de objetos e ao desenvolvimento da noção de constância de objetos, respectivamente. O estágio pré-operacional e das operações concretas, embora mais avançados que os anteriores, ainda se focam em pensamentos vinculados a operações físicas e perceptíveis, não alcançando o nível abstrato visto nas operações formais.
 
Portanto, com base nas características descritas no enunciado e na teoria de Piaget, as crianças mencionadas claramente demonstram estar no estágio das operações formais.
 
A resposta correta é, portanto, a alternativa C - das operações formais.

Questões de Fundação Vunesp - Educação - Fundamentos da educação