II expressa condição em relação a I; III exprime finalidade
em relação a I e II.

I expressa tempo em relação a II, que, por sua vez,
exprime causa em relação a III.

I expressa condição em relação a II; III expressa
modo em relação a II.

entre I e II a ideia é de concessão; II expressa meio
para a realização de III.

II exprime consequência em relação a I; III exprime
finalidade em relação a II.

No trecho apresentado, as relações de sentido entre as partes são cruciais para entendermos a dinâmica da organização Anjos da Noite. Vamos desmembrar a análise para visualizar melhor: 
 
Trecho I: "Basta estacionar o carro" 
Trecho II: "e um grupo de pessoas carentes faz fila" 
Trecho III: "para ganhar o alimento" 
 
A relação entre o Trecho I e II é uma relação de consequência. O que significa que, ao estacionarem o carro, a consequência imediata é que um grupo de pessoas carentes faz fila. Por isso, podemos pensar que o estacionar do carro é a ação necessária e suficiente para que a fila se forme. 
 
Já a relação entre o Trecho II e III é de finalidade. O fato de as pessoas carentes fazerem fila tem a finalidade específica de ganharem alimento. Ou seja, a formação da fila não é um ato isolado, mas sim um meio de alcançar a finalidade de receber comida. 
 
Portanto, quando esmiuçamos essas ligações, vemos que: 
<ul> 
<li>O Trecho II é consequência direta de I.</li> 
<li>O Trecho III expressa a finalidade de II.</li> 
</ul> 
 
Esse raciocínio nos leva à conclusão de que a opção correta é a letra E, onde: 
II expressa consequência em relação a I; III exprime finalidade em relação a II. 
 
Alternativa correta é E.

Há 28 anos um grupo de pessoas se reúne semanalmente
na sede da ONG (organização não governamental) Anjos
da Noite, em um sobrado no bairro de Artur Alvim, na Zona
Leste de São Paulo. Os voluntários dedicam-se a aplacar
as carências dos moradores de rua. Além de entregar
cobertores e roupas, o grupo tem como principal incumbência
a distribuição de refeições. Aos sábados, os colaboradores se
organizam para preparar 200 quilos de comida. A distribuição
de 800 marmitas tem início ao cair da noite. Anteriormente, os
voluntários rodavam quatro horas pelas ruas da região central
até entregar a última quentinha. Hoje, o trabalho é feito em
menos de uma hora. Basta estacionar o carro, e um grupo de
pessoas carentes faz fila para ganhar o alimento.
A experiência dos Anjos da Noite confirma a percepção
que tem qualquer cidadão dos maiores centros urbanos
brasileiros: o número de pessoas que vivem nas ruas elevouse,
e muito, nos últimos anos. As estatísticas são esporádicas
e, por isso, não é fácil saber com exatidão a proporção desse
crescimento.

No texto exibido, a expressão "reiterada", que aparece destacada, realmente carrega um significado super específico. Saca só, quando dizemos que algo foi "reiterado", estamos falando que aquilo foi repetido, confirmado, ou reafirmado. É tipo quando a galera concorda tanto com algo que precisa falar de novo só pra deixar claro! 
 
No contexto do terceiro parágrafo, a palavra "reiterada" relaciona-se à decisão de manter a proibição dos cigarros eletrônicos. Eles não estão falando que a decisão foi revista (reavaliada), sugerida sutilmente (insinuada), cancelada (revogada) ou incentivada (encorajada). A banca, provavelmente, quer que a gente entenda que essa decisão foi "renovada". 
 
Renovar, aqui, tem esse vibe de refazer, de tornar novamente oficial, o que parece perfeito pra substituir "reiterar" sem mudar o sentido do que tá rolando. Sabemos das nuances de cada palavra, mas nesse caso, "renovada" é a escolha mais alinhada com o real significado de "reiterada". 
 
Então, considerando o que rolou nesses parágrafos, a resposta para a pergunta sobre o uso do termo "reiterada" está claríssima. A alternativa correta é B.

Especialistas apontam várias razões de saúde para conter a disseminação de cigarros eletrônicos. Cabem, no entanto, dúvidas sobre a eficácia e objeções quanto ao fundamento da decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de manter a proibição baixada em 2009.

 Há indícios convincentes de que os dispositivos funcionem como porta de entrada para o hábito de fumar. Podem, assim, originar ou manter a dependência química. Levantamento da Fiocruz indicou que jovens usuários de cigarros eletrônicos têm risco maior de se tornarem tabagistas na idade adulta. Segundo a Associação Médica Brasileira, cerca de 80 aerossóis neles produzidos contêm substâncias tóxicas. Pior, algumas delas são potencialmente cancerígenas.

 Apesar disso e da proibição ora reiterada pela agência federal, os produtos se encontram à venda em toda parte pelo Brasil. Entram no país por meio de contrabando. As danosas engenhocas se tornaram populares entre adolescentes. Além de simbolizar status social, carregam como atrativo a adição de sabores de fruta ou refrescantes ao líquido vaporizado.

 Em mais de uma década de proibição no território nacional, autoridades se mostraram impotentes em coibir a comercialização. A proibição, apenas, não terá o condão de produzir tal resultado. Informar e desestimular o consumo pode ser mais produtivo que tentar erradicá-lo. Com álcool e outras drogas, o proibicionismo já se comprovou ineficaz e de alto custo social.

 A solução racional é regulamentar o uso adulto, dado que não cabe ao Estado determinar o que indivíduos autônomos decidem sobre o próprio corpo. Mas há que prover meios para a fiscalização de normas rigorosas quanto a teores e vendas, além de campanhas educativas sobre malefícios à saúde.

Muito bem, chegou a hora de descomplicar essa questão que parece uma salada de palavras, mas, no fundo, a gente consegue pôr ordem na casa! 📚✨ 
 
Primeiro, vamos entender o que os termos destacados estão fazendo nas frases do texto: 
 
1. No trecho "Há indícios convincentes de que os dispositivos funcionem como porta de entrada...", o termo "como" está sendo usado para estabelecer uma comparação de função ou papel dos dispositivos eletrônicos, indicando o modo ou maneira como eles são percebidos em relação ao hábito de fumar. Então, aqui estamos falando de uma circunstância de modo. 
 
2. No trecho "Apesar disso e da proibição ora reiterada pela agência federal...", o termo "ora" é um advérbio de tempo antigo, meio arcaico, que significa "agora" ou "neste tempo". Então, nesse caso, expressa claramente uma circunstância de tempo. 
 
Com isso claro, vamos para as alternativas. A banca quer saber o que cada termo expressa, e a gente já desbravou isso: 
 
<ul style="list-style-type: none;"> 
 <li>A) modo e de tempo.</li> 
 <li>B) modo e dúvida.</li> 
 <li>C) afirmação e de dúvida.</li> 
 <li>D) afirmação e de alternância.</li> 
 <li>E) comparação e de intensidade.</li> 
</ul> 
 
A opção que bate certo com nossa análise é a letra A, que diz que "como" expressa modo e "ora" expressa tempo. 
 
Então, enrolação zero, a alternativa correta é A. 🎉📖

Quando analisamos a construção frasal deste texto, observamos que a oração "No entanto, acreditamos que o debate sobre o cigarro eletrônico é mais complexo do que os argumentos apresentados..." serve como uma contraposição às afirmações anteriores. A expressão "No entanto" é uma conjunção adversativa, e seu papel é justamente introduzir uma ideia que está em oposição ou contraste com algo que foi mencionado anteriormente. 
 
Neste caso, o parágrafo anterior fala sobre a posição da Folha que defende a regulamentação do uso adulto de cigarros eletrônicos, argumentando que isso seria uma "solução racional". O uso de "No entanto" logo no início do segundo parágrafo já sinaliza que o que vem a seguir vai contrastar com essa defesa. A oração prossegue com a afirmação de que o debate é "mais complexo", indicando que os argumentos do jornal talvez simplifiquem demais a questão. 
 
Portanto, a ideia introduzida pela oração em questão é de oposição aos pontos de vista anteriormente apresentados, o que se enquadra perfeitamente na função da conjunção adversativa utilizada. 
 
A alternativa correta é B.

O editorial publicado na edição da Folha de 8 de julho posiciona-se contra a decisão da Anvisa de manter a proibição do comércio de cigarros eletrônicos. O jornal defende a ideia de que a “solução racional” seria regulamentar seu uso adulto.

 No entanto, acreditamos que o debate sobre o cigarro eletrônico é mais complexo do que os argumentos apresentados.
Gostaríamos de lembrar que esses produtos são um novo mercado da indústria do tabaco, a mesma que causa 12% das mortes no mundo por ano, principalmente por doenças respiratórias, circulatórias, cardiovasculares e neoplásicas, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde.

 Essas indústrias bilionárias introduzem novos produtos no mercado e investem em marketing para o público jovem, com o objetivo de aliciar adictos em nicotina. Sobre a dependência, desencorajamos o uso do termo “hábito de fumar” para se referir a uma das mais desafiadoras dependências químicas que existem.

 Outro ponto é que as fabricantes não são transparentes com relação à composição de substâncias utilizadas nos dispositivos eletrônicos para fumar. Diferentemente do que aponta o editorial, há evidências de que os cigarros eletrônicos contenham mais de 2 000 componentes químicos, sendo a maioria ainda desconhecida por quem os consome.

 Portanto, é dever do Estado, sim, proteger as pessoas da exposição a aditivos tóxicos e cancerígenos e informar devidamente a população sobre os riscos desses produtos.

O editorial publicado na edição da Folha de 8 de julho posiciona-se contra a decisão da Anvisa... (1° parágrafo)

Gostaríamos de lembrar que esses produtos são um novo mercado da indústria do tabaco... (2° parágrafo)

... causa 12% das mortes no mundo por ano, principalmente por doenças respiratórias, circulatórias... (2° parágrafo)

Essas indústrias bilionárias introduzem novos produtos no mercado e investem em marketing para o público jovem... (3° parágrafo)

... mais de 2000 componentes químicos, sendo a maioria ainda desconhecida por quem os consome.(4° parágrafo)

Vamos decolar nessa análise! A questão que você trouxe pede para identificar o termo que expressa a noção de causa. Basicamente, estamos procurando por uma palavra que nos diz o motivo pelo qual algo aconteceu, certo? Então, vamos analisar cada alternativa: 
 
<ul style="text-align: left; margin-bottom: 10px;"> 
<li>A: O termo "contra" indica oposição ou discordância com a decisão da Anvisa. Não está relacionado à causa de uma ação, mas a uma posição contrária.</li> 
<li>B: A preposição "da" em "um novo mercado da indústria do tabaco" é apenas uma ligação que mostra pertencimento. Novamente, não indica causa.</li> 
<li>C: Eis a pérola! "Por" em "por doenças respiratórias, circulatórias..." está sendo usada para introduzir a razão pela qual ocorrem as mortes. Teríamos um vencedor aqui!</li> 
<li>D: A palavra "para" em "para o público jovem" indica propósito, ou seja, o objetivo de aliciar os jovens, mas não causa direta.</li> 
<li>E: A preposição "por" em "por quem os consome" indica quem realiza a ação de consumir, ou seja, agência, mas não causa.</li> 
</ul> 
 
Com essa análise, podemos chegar ao resultado de que a alternativa que claramente mostra a noção de causa é a letra C, pois o termo "por" é usado para explicar a razão pela qual as mortes ocorrem. 
 
A alternativa correta é C.

Questões de Fundação Vunesp - Português - Significação vocabular - Jornalista