E aí, beleza? Vamos mergulhar na análise da palavrinha mágica "mesmo" na pergunta que você trouxe! Aparece no segundo parágrafo desse pequeno trecho afiado sobre o cartão inteligente, e a gente precisa sacar qual o seu sentido nesse contexto. 
 
No trecho, “E era diferente mesmo,” a palavra "mesmo" tá sendo usada pra realçar a afirmação anterior - que o cartão é diferente. É como se o autor quisesse enfatizar com um "pode acreditar, não tô de sacanagem não". 
 
Vamos olhar as alternativas: 
<ul> 
<li>A) contudo - essa aqui é mais usada para introduzir uma oposição ou um contraste. Nada a ver com o contexto.</li> 
<li>B) até nisso - se refere mais a uma inclusão especifica em um contexto anterior, não apenas reforçando a ideia. 
</li><li>C) igualmente - tem um quê de comparação, sugerindo que algo é semelhante a outra coisa. 
</li><li>D) também - essa aparece como uma inclusão adicional, tipo “isso e mais aquilo também,” mas não é bem o caso aqui. 
</li><li>E) de fato - essa sim, hit na mosca. É pra enfatizar mesmo, reforçando a veracidade ou realidade de algo dito antes.</li> 
</ul> 
 
Assim, mediando essa pequena investigação, a gente vê que a expressão "de fato" (alternativa E) é a mais adequada para substituir a palavra "mesmo" no contexto do trecho. Esse "mesmo" tá ali para dar aquele toque de "sim, é real, é verdade" sobre a originalidade do cartão. 
 
A alternativa correta é E.

“Preço menor viabiliza cartão inteligente.”
 (Folha de S. Paulo, 26 ago.1999) 
Não eram ainda dez horas quando ele recebeu, pelo correio
especial, o seu novo cartão inteligente. Foi com emoção
que ele abriu o envelope – não tinha a menor ideia de como
seria esse novo cartão, que, dizia a publicidade, inovava tudo
o que se conhecia em matéria de cartões de crédito.
E era diferente mesmo. Não apenas pelo formato – um
pouco maior do que os cartões comuns – como também pelo
mostrador, semelhante ao das calculadoras. Havia ali uma
mensagem: “Bom dia. Sou o seu cartão inteligente. Aqui estou
para lhe prestar todos os serviços de que necessite”.
Entusiasmado, ele resolveu ir às compras. Foi ao shopping,
passou por diversas lojas. De repente, avistou um belo paletó,
um paletó importado, elegantíssimo. Entrou, experimentou.
Caiu-lhe muito bem. Sacou do bolso o cartão inteligente e já ia
entregá-lo ao vendedor, quando no mostrador apareceu uma
mensagem: “Não compre esse paletó. Você não precisa dele.
Você já tem muitos paletós e, além disso, o preço está exagerado.
Não compre”.
Perturbado, guardou o cartão no bolso, deu uma desculpa
qualquer ao intrigado vendedor e bateu em retirada.
[...]

[gestos ] diminutos e [gestos] descomunais; [olhar
que] abarca e [olhar que] exclui.

[cheios de] trabalho e [cheios de] lavor; cuidados
frequentes e cuidados raros.

[olhar que] envolve e [olhar que] dissimula; [antônimo
da] evidência e [antônimo da] imponência.

[avesso da] importância e [avesso da] irrelevância;
[estar] dispostos e [estar] propensos.

[olhar que] reconhece e [olhar que] ignora; [não procure
na] superfície e [não procure na] aparência.

Bora analisar essa questão de antonímia que você trouxe, que é um tanto interessante! A antonímia, como você deve saber, é a utilização de palavras com significados opostos dentro de um contexto. Especificamente nesse enunciado, estão pedindo para identificarmos as expressões antônimas assim como no exemplo original do texto: "ganham" e "perdem". 
 
Então, vamos quebrar a alternativa certa, a letra A: 
<ul> 
<li>Gestos diminutos e gestos descomunais: "Diminuto" se refere a algo muito pequeno, enquanto "descomunal" implica em algo extraordinariamente grande. Esses termos são antônimos, portanto se encaixam na proposta.</li> 
<li>[Olhar que] abarca e [olhar que] exclui: "Abarcar" significa incluir, abranger, enquanto "excluir" significa tirar, remover. Claramente opostos, e isso fecha direitinho com o conceito de detalhes que ganham e perdem.</li> 
</ul> 
As outras opções apresentam pares que não são verdadeiros antônimos ou não mantêm a mesma relação contextual de como uma ação pode tanto atrair quanto afastar, que é o cerne da questão. 
 
Então, neste contexto, você arrasou na escolha porque a alternativa correta é A. E sim, pensando nos detalhes e antônimos em discussão, faz toda a diferença atentar a esses pequenos pormenores na hora de resolver questões de concursos como esta.

Fazer a diferença na vida das pessoas é uma vontade
comum. Só que muitas vezes acreditamos que para isso
precisamos de grandes atos, que exigem tempo e esforço
e então sempre acabamos deixando para depois, para “a
hora certa”.
“Se é verdade que as pessoas nos ganham nos detalhes,
é verdade também que é nos detalhes que elas nos perdem”,
escreveu a escritora Andréa Behegaray.
Não importa se no casamento, no trabalho, no namoro
ou nas relações sociais, não há relacionamento que não se
desgaste e são os detalhes que acabam fazendo a diferença.
Conviver com os outros requer atenção e cuidados frequentes,
o que poucos parecem estar dispostos a oferecer tanto
quanto se precisa. Cada detalhe conta, cada pedacinho vazio
faz falta, cada vacilo tem seu peso e pode colocar tudo a
perder.
De acordo com Elaine Blum, escritora e dramaturga, “o
mundo é salvo todos os dias por pequenos gestos. Diminutos,
invisíveis. O mundo é salvo pelo avesso da importância.
Pelo antônimo da evidência. O mundo é salvo por um olhar,
que envolve e afaga. Abarca. Resgata. Reconhece. Salva”.
Sempre estamos cheios de serviço, de estudo, de trabalho,
de compromissos que não se relacionam à nossa vida
afetiva. E sobra pouquíssimo tempo para nos debruçarmos
sobre o que realmente importa, para ficarmos perto de quem
nos ama de verdade, para alimentarmos nossa alma. Corremos
atrás das contas, dos boletos, da manutenção da casa,
do carro, das roupas. Enquanto isso, esquecidos ficam os
remendos sentimentais que esvaziam, pouco a pouco, nossa
carga afetiva. “Não procure felicidade na superfície, ela está
enraizada nas miudezas, nos pequenos gestos de ternura”,
aconselha a escritora Edna Frigato.

Beleza, vamos analisar essa questão de Português que está mergulhada em um texto bem estiloso! O trecho da questão fala sobre o processo de escrita e como às vezes o que era para ser uma bela linha de pensamento sai mais como um rabisco, ou como o autor chama, um "garrancho". 
 
A questão pede para substituir as palavras destacadas "antes" e "por conseguinte" por outras que mantenha o sentido original. "Antes" aqui é usado para indicar preferência, enquanto que "por conseguinte" indica uma consequência ou resultado. 
 
<ul> 
<li>A): melhor … consequentemente: "Melhor" pode ser usado no sentido de preferência, muito similar a "antes" no contexto. "Consequentemente" é praticamente sinônimo de "por conseguinte", pois ambos indicam um resultado lógico.</li> 
<li>B) primeiramente … segundo: Essas palavras implicam uma sequência ou ordem, o que não corresponde ao sentido de causalidade e preferência do original.</li> 
<li>C) preferencialmente … ademais: "Preferencialmente" até se aproxima de "antes", mas "ademais" adiciona uma ideia de inclusão de informação, não uma consequência.</li> 
<li>D) anteriormente … portanto: "Anteriormente" se refere a tempo, não a preferência ou qualidade, e "portanto" é mais uma conclusão do que uma causa direta, embora próximo a "por conseguinte".</li> 
<li>E) efetivamente … consecutivamente: Estas palavras sugerem certeza e sequência, respectivamente, o que não corresponde aos significados de preferência e consequência.</li> 
</ul> 
 
Então, a escolha que mais faz sentido é a A, uma vez que "melhor" pode refletir uma preferência ou escolha, e "consequentemente" é uma maneira direta de expressar uma causalidade, assim como "por conseguinte". É um fechamento elegante como os três pontinhos ao fim de um manuscrito! 
 
alternativa correta é A

Generalizando, e dando ao caso um toque emocional de
exagero, levo metade do dia a procurar o que se extraviou
na véspera.
Não, não tentem ajudar-me, oh bem-amadas, pois não se
trata de joias e, se por acaso eu as houvesse herdado, não
teriam para mim outro valor senão o de empenhá-las pouco
a pouco.
O que eu perco são coisas imponderáveis, suspiros não,
mas pensamentos, se assim posso chamar o que às vezes
me borboleteia na cuca e que procuro transfixar no papel, antes
que um súbito buzinar ou britadeira as mate de nascença.
E, enquanto procuro traçá-las a lápis no papel, pois graças
a Deus não pertenço intelectualmente à era mecânica, às
vezes me parece que, por exemplo, um manuscrito me saiu
um garrancho, ou, antes, um gancho, que faz pender a linha
destas escrituras e por conseguinte a linha do pensamento.
Estão vendo? De que era mesmo que eu estava falando?
Ah! era dos papeis escritos, extraviados, esquecidos.
Quem sabe lá como seriam bons!
Quanto a este, que tive o cuidado de não perder, o melhor
será colocar-lhe no fim os três pontinhos das reticências...
Ninguém sabe ao certo o que querem dizer reticências.
Em todo caso, desconfio muito que esses três pontinhos
misteriosos foram a maior conquista do pensamento
ocidental...

desnecessárias / regradas
Para responder às questões de números questões05 e 06, considere

Olá, vamos analisar a questão baseada no trecho fornecido e identificar os sinônimos corretos para as palavras em destaque. 
 
Começando com a palavra "descabidas" no contexto do trecho, refere-se a algo que é inadequado ou fora de propósito. Analisando as alternativas, o sinônimo mais próximo seria "despropositadas", encontrado na alternativa D. 
 
Agora, quanto ao termo "padronizadas", esse refere-se a coisas que seguem um padrão ou modelo. Neste caso, o sinônimo apresentado na alternativa D é "estandardizadas", que também significa conformar-se a um padrão. 
 
As outras alternativas apresentam palavras que não mantêm o mesmo significado das destacadas: 
- A) "sem tamanho" e "normais" não correspondem a "descabidas" e "padronizadas". 
- B) "enormes" e "excepcionais" alteram o sentido original. 
- C) "imprudentes" e "perfeitas" se desviam completamente dos significados buscados. 
- E) "desnecessárias" e "regradas" também não correspondem adequadamente. 
 
Assim, confirmamos que a análise foi correta e a alternativa correta é D.

Em 1956, John McCarthy, um cientista da computação do
Dartmouth College, então com menos de 30 anos, cunhou a
expressão inteligência artificial (IA). De forma simples como
os aros pesadões de seus óculos, ele definiu o novo campo
de estudos: “A engenharia de fabricar máquinas inteligentes”.
A ambição de criar robôs dotados de esperteza é anterior,
remete aos mitos da Grécia antiga, tal qual o de Talo, o
gigante de bronze criado pelos deuses. Mas foi só a partir de
meados do século passado, com o trabalho de estudiosos
como McCarthy, que a chance de produzir androides começou
a ser levada a sério. Rapidamente brotaram medos exagerados
e possibilidades descabidas, refletidas na ficção em
obras da literatura. O exemplo mais evidente é o clássico Eu,
Robô, de Isaac Asimov – no qual se apresentaram as Três
Leis da Robótica, que controlariam a IA e, desrespeitadas,
gerariam monstros de ferro e alumínio nas veias. Hoje, sabe-
-se que não passa de bobagem a mirabolante visão de um
futuro de guerras fratricidas contra nossas crias.
A IA progrediu e, silenciosamente, está perto de superar
a capacidade mental humana, principalmente em tarefas
padronizadas e exatas, como nos cálculos financeiros ou na
promessa de carros sem motorista. Não há o conflito desenhado,
a não ser no cinema. É cada um na sua. As máquinas
não param de evoluir, mas estritamente como máquinas. Os
humanos serão cada vez mais humanos, com fraquezas, inseguranças
e imperfeições.
Pedir a um software capaz de pintar como Van Gogh que
cortasse a própria orelha deixaria os algoritmos tontos, perdidos,
incapazes de entender o comando suicida.

Questões de Fundação Vunesp - Português - Sinônimos e antônimos