E aí, vamos entender como essas preposições se encaixam nessa frase meio complicada, combinado? 
 
Na frase, temos várias lacunas que precisam ser preenchidas respeitando umas regrinhas básicas da nossa língua. 
 
A primeira lacuna, após "visava", pede uma preposição. Quando a gente "visa" alguma coisa, a preposição correta é "a". Então, pra primeira lacuna vamos de "a". 
 
A segunda, logo após "chegou", tem que ver com o verbo "sensibilizar". Quando é "chegar a sensibilizar", usamos a preposição "a" também. Então, aqui novamente a preposição correta é "a". 
 
Na terceira lacuna, que vem depois de "vendo-se", a coisa muda. Usamos "à mercê", com crase, portanto a preposição correta é "à", combinado de preposição "a" com o artigo feminino "a". 
 
Na última lacuna, antes de "sua casa", como estamos falando de dirigir-se a um lugar, a preposição apropriada novamente é "à". 
 
Logo, preenchemos as lacunas da seguinte forma: "a … a … à … à". E essa é, bingo, a opção B. 
 
alternativa correta é B.

Surgiu a Maria da Anália, pediu se eu podia vender um
pedaço de toucinho.
– Não vou vender. Quando você engordou e matou o teu
porco, eu não fui aborrecer-te.
Ela começou a dizer que queria só o toucinho. Perpassei
o olhar no povo. Fitavam o toucinho igual a raposa quando
fita uma galinha. Pensei: e se eles invadir o quintal? Resolvi
levar o toucinho para dentro de casa o mais depressa possível.
Fitei as tabuas do barraco, que já estão podres. Se eles
invadir, adeus barraco.
Juro que fiquei com medo...

Vamos analisar cada uma das lacunas para entender qual preposição ou crase se encaixa melhor, de acordo com o contexto do texto. 
 
1. Na frase "...predisposto ________ aprender", a expressão correta seria "predisposto a aprender". A contração da preposição "a" com o artigo definido "a" (à) não se aplica aqui, pois "aprender" é um verbo no infinitivo e a expressão não exige um artigo. 
 
2. Para a expressão "...se refere tanto ________ pessoas", devemos garantir que o termo preposicional se ajuste ao complemento que é "pessoas" (feminino plural), portanto, a preposição adequada seria "às" (à + as). 
 
3. Em "... como _______ que não procuram reparar", seguindo o mesmo raciocínio anterior, o termo adequado é "às" para garantir concordância com a palavra "pessoas" implicitamente entendida nesta parte da frase. 
 
4. Na última lacuna, "... submetidas _______ prepotente teoria do achismo", a preposição "a" se junta ao artigo "a", formando "à", já que "teoria" é feminino singular e a expressão solicita a contração. 
 
Com isso, a sequência correta é: 
- a … às … às … à 
 
Concluímos que a alternativa correta é E.

Ninguém mais confessa “não sei”, “não domino o assunto”,
“estou aqui para aprender”. Não abrimos passagem para sábios
e doutores. Todo mundo é especialista em tudo, todo mundo
nasce enciclopédico, todo mundo quer opinar sobre o que
não conhece, sobre o que não estudou. Todo mundo saca um
Google do bolso para fingir destreza. Antes as generalizações
se restringiam ao futebol e à política, hoje não há área que não
esteja contaminada pelo achismo.
A onisciência é a nossa nova burrice. Falta-nos humildade
para escutar especialistas. Falta-nos silêncio. Falta-nos a
solidão da dúvida.
Vivemos colando nas provas da vida, conferindo as
respostas no celular e anulando as curiosidades naturais e
sufocando os lapsos espontâneos.
Quando vamos nos consultar, desprezamos a década de
universidade e residência do médico, colocamos em xeque as
suas habilidades, desacreditamos a sua receita, pesquisamos
na web o que julgamos ter e nos automedicamos. Onde está o
respeito com quem se preparou para nos receber?
Nossa desobediência é arrogância, não é nem de perto
emancipação ideológica. Simulamos saber, não corremos
atrás para reparar as falhas da formação e não deixamos
quem realmente merece falar ocupar o seu espaço.

Aytan Sipahi - É provável que fatores dietéticos expliquem a frequência maior dessa doença no mundo ocidental. Quando se manifesta no Oriente, ela acomete mais o cólon ascendente que se situa no lado direito do abdômen. Já no Ocidente, o cólon descendente e o sigmoide são os mais afetados.
Dado interessante foi constatado no que se refere à incidência da diverticulose na população japonesa. Apenas 18% dos japoneses que vivem no Japão apresentam a doença, enquanto esse número sobe a 50% entre os japoneses que se mudaram para o Havaí e adotaram hábitos alimentares ocidentalizados.
Drauzio - Você disse que a partir dos 50 anos aumenta muito a incidência de diverticulose e que, aos 85 anos, mais ou menos 85% das pessoas formaram divertículos. Não se poderia dizer, então, que não se trata de uma doença, mas que a diverticulose faz parte do envelhecimento normal como as rugas e os cabelos brancos?
Aytan Sipahi - Pode-se dizer que os divertículos fazem parte da evolução da história natural da saúde do homem, uma vez que somente 20% deles se tornam sintomáticos. No entanto, como existe discussão a respeito da dieta, a pergunta é se não seria possível modificar essa história do cólon humano, ou seja, alterar sua fisiopatologia por meio da mudança dos hábitos alimentares.
É preciso saber com certeza se essa hipótese é verdadeira ou se não tem importância. Se bem que, para tanto, seria necessário comparar a resposta de duas comunidades ao tipo de alimentação. Uma delas receberia, desde a infância, alimentos ricos em fibra e a outra manteria os hábitos dietéticos conservadores de seu grupo social. Talvez, só assim se pudesse concluir que a introdução de fibra na dieta humana é realmente tão benéfica quanto se acredita, porque facilita uma série de processos que ocorrem no intestino e se sua ingestão sistemática iria mudar a história natural da doença diverticular.

Olá! Vamos decifrar essa questão sobre crase, que costuma ser um tópico desafiador para muita gente, mas com uma explicação descolada, isso fica moleza! 
 
1. Primeira lacuna: "... favoráveis __________ redução da jornada de trabalho dos profissionais da saúde." 
 Aqui, temos uma locução adjetiva ("favoráveis a") seguida de um termo feminino ("a redução"). A expressão completa é "favoráveis à redução", indicando a necessidade de crase. 
 
2. Segunda lacuna: "A última redação do projeto passou ________________ incluir algumas reivindicações dos servidores..." 
 Nesse caso, o verbo "passar" é seguido pela preposição "a" e um verbo no infinitivo ("incluir"), formando a locução verbal "passou a incluir". Não há artigo definido feminino antes do verbo, portanto, não ocorre crase. 
 
3. Terceira lacuna: "Agora o projeto de lei será submetido ______________ uma análise criteriosa do governador e de seus assessores." 
 Aqui, o verbo "submetido" pede a preposição "a" e é seguido de um substantivo feminino ("análise"). Novamente, temos "submetido a uma análise", sem o uso de artigo definido feminino antes do substantivo, o que também descarta a crase. 
 
Assim, a sequência correta para completar as lacunas com crase quando necessário é: 
- à (usando crase) 
- a (sem crase) 
- a (sem crase) 
 
Essa é justamente a sequência da alternativa B: "à … a … a". 
 
Com essa vibração, espero que agora você possa sentir-se mais seguro para identificar onde a crase deve ser usada e onde ela deve ficar de fora. Preposições e artigos podem fazer um tremendo caos, mas dominá-los traz uma satisfação incrível! 
 
A alternativa correta é B.

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre o uso da crase. “Calvin desobedece à professora, recusando-se a fazer a tarefa de matemática à qual deveria submeter-se”. O verbo "desobedecer" é transitivo indireto: quem desobedece desobedece a alguém. O termo "professora" é antecedido do artigo "a". Não se usa crase antes de verbo (a fazer). O verbo "submeter-se" exige a preposição "a". O pronome "à qual" tem o artigo "a" e retoma a ideia: submeter-se à tarefa de matemática. A) Alternativa incorreta.B) Alternativa incorreta.C) Alternativa correta.D) Alternativa incorreta.E) Alternativa incorreta.

Questões de Fundação Vunesp - Português - Uso da crase - Superior