Telejornais apresentam à população um resumo 
dos eventos que lhe despertaram interesse nas 
redes sociais.

Indivíduos são chamados à tirar suas conclusões 
sobre fatos que os são apresentados diariamente.

Cada vez mais têm chegado à mim frases das quais 
me fazem refletir sobre os valores da sociedade atual.

É inegável que às redes sociais influenciam o modo 
como interagimos com o mundo e o damos sentido.

Tem sido comum pessoas compartilharem informações de maneira instantânea, sem analisar-lhes 
à fundo.

Olha só, essa questão de regência verbal e uso da crase pode confundir muito, mas vamos quebrar isso de um jeito tranquilo, combinado? 
 
A regência trata de como os verbos se relacionam com seus complementos e a crase é a fusão de duas vogais idênticas – frequentemente, a preposição 'a' com o artigo definido feminino 'a' ou com o 'a' inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s) e aquilo. Vamos ver onde as alternativas erraram e porque a alternativa A tá certinha: 
<ul> 
<li>A) "Telejornais apresentam à população um resumo dos eventos que lhe despertaram interesse nas redes sociais." - Aqui, a crase foi bem empregada (“à população”) porque temos a fusão da preposição exigida pelo verbo “apresentam” ('a') e o artigo feminino antes de “população”.</li> 
<li>B) "Indivíduos são chamados à tirar suas conclusões sobre fatos que os são apresentados diariamente." - Este tem um erro claro no uso da crase antes de infinitivo ('à tirar'). Não se usa crase antes de verbos.</li> 
<li>C) "Cada vez mais têm chegado à mim frases das quais me fazem refletir sobre os valores da sociedade atual." - O uso de crase em 'à mim' está incorreto porque o pronome pessoal "mim" não é precedido de artigo, logo não deve haver crase.</li> 
<li>D) "É inegável que às redes sociais influenciam o modo como interagimos com o mundo e o damos sentido." - Aqui, 'às' não leva crase, porque não há artigo definido feminino antes de nomes de coisas inanimadas sem um adjetivo qualificativo específico.</li> 
<li>E) "Tem sido comum pessoas compartilharem informações de maneira instantânea, sem analisar-lhes à fundo." - Falta de regência adequada ('analisar-lhes') e o uso de crase em 'à fundo' é incorreto, pois não se usa crase antes de expressões adverbiais masculinas.</li> 
</ul> 
Portanto, a alternativa correta é A.

Vamos dar aquela analisada esperta na questão de crase! Aqui o babado é entender quando usar esse acentinho que às vezes entra num encontro e outras vezes tira férias. 
 
Primeira coisa: a crase surge do encontro da preposição "a" com o artigo definido feminino "a(s)" ou com o "a" inicial dos pronomes demonstrativos "aquele(s)", "aquela(s)", entre outros. 
 
Vamos partir pro texto. Temos três lacunas para preencher, certo? E nossas opções envolvem saber se colocamos crase ou não: 
 
1. "... crianças e jovens são levados ____ uma atitude de passividade, ..." 
Aqui a gente tem a expressão "levados a". Esse "a" é uma preposição e, como está se relacionando com "uma atitude" (onde "uma" é um artigo), não há artigo "a" para formar crase. Portanto, nada de crase aqui! 
 
2. "... pois, sem as ferramentas para analisar os fatos criteriosamente, não chegarão ____ ser cidadãos ativos." 
Sem mistério, "chegarão a" também é só preposição. Nada de crase porque estamos falando de "ser cidadãos", e "ser" é verbo, então não há artigo feminino para combinar com a preposição e formar crase. 
 
3. "... Não podemos perder essa nova geração, ____ qual atribuímos o futuro do país." 
Nesse caso, "à qual" refere-se diretamente a "geração". Aqui sim temos a crase porque temos o "a" da preposição juntando-se com o "a" do pronome relativo "a qual". 
 
Portanto, a sequência correta é: 
- a … a … à 
 
Crase é aquela coisa: pode parecer confusa, mas é só pegar o jeito de ver onde as palavras estão rolando uma conexão ou não. E lembrar das preposições é chave! 
 
A resposta correta é a letra D

A propagação de notícias falsas já mostrou seu poder de influenciar eleições e dividir sociedades, potencializando preconceitos e ódios. Que efeito terá em crianças e jovens que não receberam uma formação para a leitura de notícias?

Sem entender o que se passa ao redor, as crianças não se sentem parte da sociedade. Elas ouvem, principalmente pela televisão, e leem na internet o que está circulando no momento. Percebem quando algo de grave ocorre, até porque podem viver em casa o problema estampado nas manchetes dos jornais, como o desemprego dos pais.

Já ouviram falar de fake news, mas não sabem em quem confiar nem como identificar a credibilidade de uma informação, além de que diferenciar informação de opinião é difícil para elas.

Como muitos adultos também se mostram incapazes de detectar uma notícia falsa, as crianças acabam muitas vezes sem orientação, ficam à margem do debate.

Encontra-se aí um grave problema: se elas não tiverem formação para ler notícias e não exercitarem o senso crítico para se protegerem de informações mentirosas, iremos perder uma geração inteira que poderia (e deveria ) promover as mudanças que tanto queremos.

As crianças são curiosas por natureza e querem se informar. Além disso, têm o direito de acesso às mídias e de participação no debate público assegurado pela Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança.

A experiência mostra que, tendo acesso a notícias adequadas aos seus repertórios e contextualizadas, sentem-se parte da sociedade e tornam-se mais autônomas.

Em várias ocasiões, impressionei-me com o protagonismo dos leitores mirins. Crianças de uma região carente do interior de São Paulo, que leram os textos sobre a crise dos refugiados sírios, organizaram um brechó com suas próprias roupas e entregaram o dinheiro a algumas famílias de refugiados que estão no Brasil.

Outras, tendo lido sobre o problema da obesidade infantil no Brasil, mobilizaram-se para organizar uma olimpíada. Algumas explicaram a seus pais o que significa impeachment.

O problema das fake news é mais grave do que se imagina. Caso não seja combatido desde a base, teremos crianças e jovens deixando de ler ou descrentes até de veículos com credibilidade.

Isso os deixará paralisados, sem saber como agir e vulneráveis a toda espécie de manipulação.

Jovens e crianças bem informados entendem o que se passa ao redor, formam as próprias opiniões e se tornam cidadãos críticos e ativos.

Não há maneira de controlar o que nossos filhos leem ou veem, mas podemos incluí-los no debate, compartilhar e discutir notícias com eles, ensinando-os a buscar fontes confiáveis e a exercitar o senso crítico.

Se perdermos essa geração para as fake news, que líderes teremos e o que eles farão pelo Brasil daqui a 20 anos?

... foi oferecida à nós a possibilidade de comer...

... causam sofrimento à milhões de pessoas.

... menos da metade da população ajusta-se à faixa
do peso considerado saudável.

Em oposição à outros ramos da economia...

... hoje não são superiores à 10%.

Vamos analisar essa questão de crase com a vibe de resolver um problema no nosso dia a dia, tipo escolher a melhor pizza no cardápio, só que dessa vez é escolher a opção que manda bem no uso da crase. 
 
A crase acontece antes de palavras femininas e resulta da junção da preposição "a" com o artigo feminino "a" ou com o "a" inicial dos pronomes demonstrativos "aquela(s), aquilo", certo? Segura essa dica! 
 
<ul> 
<li>A) "... foi oferecida à nós a possibilidade de comer..." 
Pé na jaca aqui! Deveria ser "a nós", sem a crase, porque não usamos artigo antes do pronome pessoal.</li> 
 
<li>B) "... causam sofrimento à milhões de pessoas." 
Outra mancada... Seria "a milhões". Novamente, não cabe crase antes de palavras no plural que não admitem artigo, como "milhões".</li> 
 
<li>C) "... menos da metade da população ajusta-se à faixa do peso considerado saudável." 
💡 Bingo! Tudo certo aqui. Usamos crase porque o "a" está indo na direção de "a faixa" que é feminino e aceita artigo. "A (preposição) + a (artigo feminino) faixa..."</li> 
 
<li>D) "Em oposição à outros ramos da economia..." 
Boooa tentativa, mas erro. "Ramos" é uma palavra masculina, então, nada de crase.</li> 
 
<li>E) "... hoje não são superiores à 10%." 
Ops, erro de novo! Percentual não é feminino, e o correto seria somente a preposição: "a 10%".</li> 
</ul> 
 
Basicamente, é isso! A alternativa que fez o uso 100% correto da crase foi a letra C - a única que não tentou botar crase onde não deve ou tirar onde deveria estar. 
 
A alternativa correta é C.

Pela primeira vez na história de nossa espécie, foi-nos
oferecida a possibilidade de comer à larga em todas as
refeições e de ganhar a vida sentados o dia inteiro. 
Obesidade e sedentarismo se tornaram as principais epidemias 
nos países de renda média e alta, nos quais a praga 
mortífera do tabagismo começa a ser a duras penas 
controlada.
Na esteira dessas duas pandemias, caminham a passos
apressados hipertensão arterial, diversos tipos de câncer,
diabetes, doenças cardiovasculares, problemas ortopédicos,
articulares, renais e outras complicações que sobrecarregam
o sistema de saúde, encarecem o atendimento e fazem sofrer 
milhões de pessoas. Nas capitais, 19% dos brasileiros
adultos estão obesos e outros 35% têm sobrepeso, ou seja,
menos da metade da população cai na faixa do peso 
considerado saudável.
Na contramão de outros ramos da economia, a incorporação de 
tecnologia na área médica aumenta o custo do produto final. 
A assistência a uma população que envelhece mal como a 
brasileira exigirá recursos de que não dispomos no
SUS nem na saúde suplementar.
Esperar as pessoas adoecerem para tratá-las em hospitais e 
unidades de pronto atendimento é política suicida. Não
há saída: ou investimos na prevenção ou, cada vez mais, só
os privilegiados terão acesso à medicina moderna.
Nos anos 1960, cerca de 60% dos nossos adultos fumavam, 
hoje não passam de 10%. Se conseguimos resultado
tão impressionante com a dependência química mais feroz
que a medicina conhece, não é impossível convencer mulheres, 
crianças e homens a comer um pouco menos e a andar
míseros 40 minutos num dia de 24 horas.

alguma sesta ambientada no Rio de Janeiro.

essa rede que levou consigo para o Recife.

Vamos desvendar o mistério da crase nesta questão da VUNESP, uma banca que adora testar os detalhes mais minuciosos da língua portuguesa. A crase, esse bendito acento grave (`à`), é usado para indicar a fusão da preposição ‘a’ com o artigo definido feminino ‘a(s)’ ou com o ‘a’ inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo. Vamos analisar as alternativas:

 

A alternativa (A) "ocasião em que saiu de casa" exige a crase porque ocorre a fusão da preposição ‘a’ (exigida pela palavra ‘referência’) com o artigo feminino ‘a’ antes de ‘ocasião’. Portanto, forma-se o ‘à’. Isso torna a frase: O autor fez referência à ocasião em que saiu de casa.

 

As seguintes alternativas falham em formar condições para crase:
<ul>
<li>B) "a um tempo em que viveu no Recife" não leva crase antes de "um" (indefinido masculino).</li>
<li>C) "a sonhos que são como filmes grátis" não leva crase por anteceder um substantivo masculino.</li>
<li>D) "a alguma sesta ambientada no Rio de Janeiro" também evita a crase por preceder 'alguma' (palavra que define indefinição feminina, mas que por si só não atrai crase).</li>
<li>E) "a essa rede que levou consigo para o Recife" não recebe crase pois não há artigo definido feminino para formar a fusão com a preposição.</li>
</ul>

 

Então, a resposta certinha que você estava procurando é simples: a alternativa correta é A.

Questões de Fundação Vunesp - Português - Uso da crase - Superior