à algumas pessoas que não foram exatamente bem-sucedidas.

à uma grande quantidade de pessoas que não foram bem-sucedidas.

à quem que não teve a chance de ser bem-sucedido.

à parcela de pessoas que não pôde ser bem- -sucedida.

à todas as pessoas que não foram igualmente bem- -sucedidas.

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre o uso da crase. A) Não se usa crase antes de pronomes indefinidos.B) Não se usa crase antes de artigo indefinido.C) Não se usa crase antes do pronome relativo quem.D) Alternativa correta. O verbo "direcionar" admite o uso da preposição a. O substantivo parcela admite o artigo a. O debate sobre a meritocracia envolve o comportamento que vencedores devem direcionar à parcela de pessoas que não pôde ser bem-sucedida.E) Não se usa crase antes de pronomes indefinidos.

Em uma sociedade desigual, aqueles que alcançam o topo querem acreditar que seu sucesso tem justificativa moral. Em uma sociedade de meritocracia* , isso significa que os vencedores devem acreditar que conquistaram o sucesso através do próprio talento e empenho. Quem entra em uma universidade pública de prestígio com credenciais brilhantes se orgulha da conquista e considera que o fez por conta própria. Mas isso, de certa forma, é ilusório. Ainda que seja verdade o fato de a entrada refletir dedicação e empenho, não se pode dizer que foi somente resultado da própria ação. E o que dizer a respeito de pai, mãe e professores que ajudaram ao longo do caminho? E a sorte de viver em uma sociedade que cultiva e recompensa os talentos que eles por acaso têm? 
 
 As pessoas que, por meio de um pouco de esforço e talento, prevalecem em uma meritocracia ficam endividadas de uma forma que a competição ofusca. À medida que a meritocracia se intensifica, o esforço nos absorve tanto que o fato de estarmos endividados sai de vista. Dessa maneira, até mesmo uma meritocracia justa, uma em que não haja trapaça, ou suborno, ou privilégios especiais para os ricos, induz a uma impressão equivocada: de que chegamos lá por conta própria. Os anos de árduo esforço exigidos de candidatos a universidades de elite praticamente os obriga a acreditar que o sucesso deles é resultado das próprias ações, e, se fracassarem, não terão a quem culpar, a não ser a si mesmos.

 Esse é um fardo pesado para pessoas jovens carregarem. Além disso, corrói sensibilidades cívicas. Porque quanto mais pensarmos em nós como pessoas que vencem pelo próprio esforço e que são autossuficientes, mais difícil será aprender a ter gratidão e humildade. E sem esses sentimentos é difícil se importar com o bem comum.

 O ingresso em universidades não é a única ocasião para discussões sobre mérito. Na política contemporânea, há uma abundância de debates acerca de quem merece o quê. Na superfície, esses debates são sobre o que é justo – todo mundo tem oportunidades verdadeiramente iguais para competir por bens desejáveis e posições sociais? No entanto, nossas discordâncias a propósito do mérito não são apenas em relação a ser justo mas também quanto a como definimos sucesso e fracasso, vencer e perder, e o comportamento que vencedores devem direcionar àqueles menos bem-sucedidos do que eles. Essas são questões bastante pesadas e que tentamos evitar, até o momento em que elas se lançam sobre nós. Precisamos perguntar se a solução para nossa política conflituosa é viver mais fielmente pelo princípio do mérito ou buscar um bem comum além da classificação e da luta.

* meritocracia: sistema de recompensa e/ou promoção fundamentado no mérito pessoal

 Nos tempos do Império, buscava-se à prosperidade do regime monárquico.

 As dissensões políticas são inerentes à toda relação social moderna.

 Assuntos à serem tratados na Corte podiam se dar de forma privada ou pública.

 Olinda prosperou sobremaneira e logo passou à condição de vila no século XVI.

 A Banda Oriental foi anexada à Portugal e depois passou a ser o Uruguai.

Com certeza! Vamos destrinchar a questão sobre crase para ficar bem claro por que a alternativa D é a correta. 
 
A crase ocorre antes de palavras femininas e é a combinação da preposição "a" + o artigo "a". Agora, vamos avaliar cada alternativa para ver onde a crase foi utilizada adequadamente: 
 
 
A) Nos tempos do Império, buscava-se à prosperidade do regime monárquico. 
 
Erro: A expressão "à prosperidade" não precisa de crase pois não é precedida de uma preposição exigida que uniria com o artigo feminino. 
 
 
 
B) As dissensões políticas são inerentes à toda relação social moderna. 
Erro: Não se usa crase diante de palavras no plural que têm artigo indefinido "uma, umas" (toda). 
 
 
 
C) Assuntos à serem tratados na Corte podiam se dar de forma privada ou pública. 
Erro: A crase não deve ser usada na locução "a ser" porque não há artigo "a" que justifique a fusão com a preposição "a". 
 
 
 
D) Olinda prosperou sobremaneira e logo passou à condição de vila no século XVI. 
Correto: Neste caso, "à condição" corretamente recebe a crase, pois tem a preposição "a" exigida pelo verbo "passar" (passar a) juntando-se ao artigo definido feminino "a" que precede "condição". 
 
 
 
E) A Banda Oriental foi anexada à Portugal e depois passou a ser o Uruguai. 
Erro: Não se usa crase antes de nomes de países que são masculinos, como "Portugal". 
 
 
 
Ficou visível que a alternativa correta é D, né? Aqui a crase foi usada perfeitamente bem com a combinação da preposição + artigo antes de um termo feminino.

 constataram … considera … a … havia 

 constatou … consideram … à … havia 

 constatou … considera … à … haviam 

 constataram … consideram … a … haviam

 constatou … consideram … a … haviam

Em "a": Errado –&nbsp; Não há por que "constataram" estar flexionado no plural, pois a pesquisa é um sujeito no singular. Em "b": Errado –&nbsp; Não ocorre crase entre palavras repetidas entre si, como frente a frente, boca a boca, lado a lado, entre outras. Em "c": Errado –&nbsp; Os professores consideram e, além disso, não ocorre crase entre palavras repetidas entre si. Em "d": Errado –&nbsp; Já vimos que não há razão por que "constatar" estar flexionado no plural. Em "e": Certo –&nbsp; Não ocorre crase entre palavras repetidas; o verbo "haver" não se flexionará no plural apenas quando se tratar de verbo existencial, ou seja, no sentido de "existir"; do contrário, flexiona-se no plural com o sentido de "ter". No caso de "consideram", está correto, pois os professores consideram. Resposta: Letra E.

Pesquisa do Instituto Península com professores da rede pública e privada de educação básica, em todas as regiões do País,___________ que apenas 11% dos docentes, praticamente um em cada dez profissionais,____________ que seus alunos aprenderão o que estava previsto neste ano.

 O dado é preocupante e sinaliza, com base na percepção de quem está frente___________ frente com os alunos, algo que especialistas já__________ projetado: o deficit de aprendizagem acumulado no período de ensino remoto não será solucionado no curto prazo.

Em "a": Errado – Não deve ocorrer crase antes de verbos. Em "b": Certo – Não deve ocorrer crase antes de verbo; a regência da palavra "dar" é indireta; a regência do vocábulo "de volta" também é indireta e, por isso, exige uma preposição. Por fim, não se usa crase diante de vocábulos indefinidos. Em "c": Errado – Não se usa crase diante de vocábulos indefinidos, qual seja: "um". Em "d": Errado – Não se usa crase diante de verbos. Em "e": Errado – Não se usa crase diante de verbos nem diante de vocábulos cujo sentido seja indefinido. Resposta: Letra B.

     A percepção da imensa maioria dos professores de que seus alunos não vão aprender o esperado neste ano tende____________ desanimar esses profissionais. A retomada das aulas presenciais deu_____________ redes de ensino a condição essencial para recuperar a aprendizagem. Agora, com os estudantes de volta____________ salas de aula, é preciso criar condições necessárias_____________ um ensino de qualidade.


 O país chegou às temperaturas negativas por causa de uma massa polar.

 O alerta da frente fria estava relacionado à uma massa polar que viria.

 Em São Paulo, a temperatura chegou à 7,9°C, com sensação de 2ºC.

 Com o frio, os voluntários foram à ruas onde há população vulnerável.

 É preciso voltar-se à um planejamento urbano pensando nos desassistidos.

Ah, a crase! Essa pequena notação que tanto confunde, né? Mas vamos descomplicar juntos a questão. 📚✨ 
 
A crase é a fusão da preposição “a” com o artigo definido feminino “a” ou “as”. Saber quando usar a crase depende de identificar esses elementos em uma frase. Vou te mostrar um truque: substitua a palavra feminina por uma masculina, se aparecer “ao” ou “aos”, então é um sinal de que deve haver crase. 
 
Vamos dar uma olhada nas alternativas e aplicar nossa técnica: 
 
A) O país chegou às temperaturas negativas por causa de uma massa polar. 
- Substituindo: o país chegou aos ares gelados. "Ao" indica crase correta na frase original quando voltamos para o feminino: "às". 
 
B) O alerta da frente fria estava relacionado à uma massa polar que viria. 
- Aqui o uso de "à uma" é incorreto já que temos o artigo "uma". Não dizemos "ao um", certo? Logo, sem crase aqui. 
 
C) Em São Paulo, a temperatura chegou à 7,9°C, com sensação de 2ºC. 
- Se substituirmos por masculino: chegou "ao 7,9°C" não faz sentido, pois "7,9°C" não é precedido de artigo. 
 
D) Com o frio, os voluntários foram à ruas onde há população vulnerável. 
- Masculino seria "ao ruas"? Não, né? Portanto, é "às ruas" quando voltamos para o feminino. 
 
E) É preciso voltar-se à um planejamento urbano pensando nos desassistidos. 
- Novamente, "ao um" não ocorre em português. Logo, sem crase. 
 
Portanto, a aliada certa aqui para enfrentar o frio do uso da crase é: alternativa correta é A.

    Dias de frio intenso castigam, e isso não é surpresa. Para quem trabalha com pessoas vulneráveis, o aviso de frente fria – ou melhor, de uma massa polar que pode levar o país a temperaturas negativas –, liga o alerta. É preciso agir.

    Na noite em que a cidade de São Paulo registrou 7,9°C, e a sensação térmica foi de apenas 2ºC, muitos grupos que assistem a população de rua tentaram sanar, ainda que superficialmente, o frio. Tentaram enxugar o gelo, que é a questão da população em situação de rua na cidade. Uma questão que envolve desigualdade social, planejamento urbano, saúde e administração pública.


Questões de Fundação Vunesp - Português - Uso da crase - Superior