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 Para resolver esta questão de Geografia, é fundamental compreender as diferentes abordagens que têm sido utilizadas no ensino da Geografia ao longo do tempo. O enunciado da questão fala sobre uma prática docente que não leva em consideração o contexto espacial e as interações sociais e políticas, apenas enfocando memorização, o que já nos fornece indícios sobre a abordagem geográfica em questão.
 

 Vamos analisar cada uma das alternativas apresentadas, relacionando-as com a descrição feita no enunciado:
 

 <ul>
 <li>A) Geografia quantitativa:
 Incorreto, pois a Geografia quantitativa busca medir e analisar fenômenos geográficos por meio de dados estatísticos. Ela utiliza métodos matemáticos e modelagens para entender padrões espaciais, o que contrasta com a abordagem meramente descritiva e centrada na memorização apresentada no enunciado.
 </li>
 
 <li>B) Geografia tradicional:
 Correto. A descrição do trabalho do professor na questão se encaixa na Geografia tradicional, que geralmente foca em memorizar localizações, características físicas e descritivas dos lugares, sem considerar as interações sociais e as dinâmicas políticas que influenciam as realidades geográficas. A ênfase na memorização e na elaboração de exercícios de fixação sem contextualização crítica é uma característica clara desta abordagem.
 </li>
 
 <li>C) Nova Geografia:
 Incorreto, pois a Nova Geografia, que surgiu nas últimas décadas do século XX, se concentra na análise dos relacionamentos complexos entre sociedade e espaço, priorizando um entendimento dinâmico e interativo do ambiente, muito diferente das práticas descritas no enunciado.
 </li>
 
 <li>D) Geografia Crítica:
 Incorreto. A Geografia Crítica é uma abordagem que enfatiza a análise dos fatores sociais, políticos e econômicos no entendimento dos fenômenos geográficos. O que se pressupõe no enunciado é uma falta de análise crítica e de engajamento com a realidade dos alunos, o que não condiz com essa corrente geográfica.
 </li>
 
 <li>E) Fenomenologia:
 Incorreto, uma vez que a abordagem fenomenológica na Geografia busca compreender as experiências e percepções humanas em relação ao espaço, focando na subjetividade e na vivência dos indivíduos, que é oposta à prática descrita no enunciado, que ignora a dimensão do lugar e a formação social do conhecimento geográfico.
 </li>
 
 </ul>
 

 Evidentemente, o enunciado ilustra uma prática educacional que se alinha com a Geografia tradicional, que tende a ser descritiva e centrada na memorização de conteúdos sem uma análise crítica do espaço e das relações sociais presentes.
 

 Portanto, a alternativa correta é B.
 

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A questão proposta pela Fundação Vunesp aborda a Geografia Crítica, uma corrente teórica que emergiu entre as décadas de 1970 e 1990 no Brasil. Essa corrente surge como uma resposta às limitações percebidas nas abordagens anteriores de análise geográfica, especialmente aquelas vinculadas ao positivismo e à Geografia Quantitativa. A Geografia Crítica, por sua vez, busca integrar aspectos sociais, políticos e econômicos na análise do espaço geográfico, enfatizando a necessidade de uma leitura crítica da realidade.
 

A Geografia Crítica é marcada por uma diversidade de abordagens, mas entre elas, a influência marxista é uma característica predominante. A proposta marxista enfatiza a análise das relações sociais e a compreensão das desigualdades sociais e espaciais, fazendo dela o foco central de muitos geógrafos vinculados a essa corrente teórica. Vamos analisar cada uma das alternativas para entender melhor essa afirmativa.
 

<ul>
 <li>A) baseada na fenomenologia:
 Incorreto. Embora a fenomenologia tenha suas influências em algumas questões da Geografia, a Geografia Crítica é mais associada a uma análise crítica das estruturas sociais, que são melhor abordadas por meio de uma perspectiva marxista. A fenomenologia foca na experiência subjetiva do espaço, enquanto a Geografia Crítica preocupa-se com questões objetivas das relações sociais e de poder.
 </li>
 
 <li>B) de cunho marxista:
 Correto. A Geografia Crítica, de fato, é amplamente associada a uma interpretação marxista das dinâmicas sociais e espaciais. Ela explora a produção do espaço a partir das relações de classe e das estruturas de poder, buscando uma crítica das desigualdades e conflitos sociais relacionados ao uso e à propriedade do espaço. Essa abordagem oferece uma leitura mais profunda das questões sociais e ambientais que afetam as populações.
 </li>
 
 <li>C) associada ao positivismo:
 Incorreto. O positivismo foi predominante na Geografia até a década de 1970, mas a Geografia Crítica se opõe a essa abordagem, que busca objetividade e desconsidera as dimensões sociais e políticas do espaço. A Geografia Crítica critica a visão positivista por não abordar as contradições sociais e econômicas e por ignorar o papel do sujeito na construção do espaço.
 </li>
 
 <li>D) calcada no caráter quantitativo:
 Incorreto. A Geografia Crítica rejeita a ênfase no caráter quantitativo que era comum na Geografia Quantitativa. Ao invés disso, essa corrente utiliza métodos qualitativos para compreender as complexidades das relações sociais e dos fenômenos espaciais, focando nas interações humanas e nas dinâmicas de poder em vez de meramente mensurar dados.
 </li>
 
 <li>E) articulada à visão culturalista:
 Incorreto. Embora haja um diálogo com a Geografia Cultural em algumas de suas abordagens, a Geografia Crítica tem uma ênfase maior nas estruturas sociais e nas relações de poder, de natureza política e econômica, que a diferenciam da perspectiva culturalista. Esta última se concentra nas representações e significados culturais associados ao espaço.
 </li>
</ul>
 

Portanto, a alternativa correta é B.
 

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<body>
 Para resolver a questão que aborda as escolas da Geografia, é fundamental compreender as características das diferentes correntes que formam este campo do conhecimento. O enunciado menciona elementos que remetem ao subjetivismo, à intuição, à experiência e ao simbolismo, aspectos que são centrais na Geografia Humanista.
 

 A corrente humanista na Geografia critica as abordagens tradicionais e quantitativas que predominavam até os anos 70. Em vez de focar apenas na análise objetiva e nas explicações universais, a Geografia Humanista busca entender as singularidades de cada lugar e a experiência humana relacionada a eles. Nesse contexto, o conceito de "lugar" se torna central, uma vez que este é compreendido não apenas como um espaço físico, mas como um local impregnado de significados e experiências subjetivas—o que efetivamente reflete a complexidade das relações humanas com o espaço.
 

 Agora, vamos analisar cada uma das alternativas propostas:
 

 <ul>
 <li>A) Tradicional:
 Incorreta. A Geografia Tradicional é caracterizada por uma abordagem objetiva e descritiva, focando na coleta de dados e em representações físicas do espaço, sem atentar para a subjetividade e a experiência individual presentes na alternativa correta.
 </li>
 
 <li>B) Clássica:
 Incorreta. A Geografia Clássica, embora tenha contribuído para a formação do pensamento geográfico, baseia-se em conceitos mais rígidos e universais que não reconhecem a importância da subjetividade e das experiências humanas como a Geografia Humanista faz.
 </li>
 
 <li>C) Humanista:
 Correta. A Geografia Humanista se destaca por sua ênfase na subjetividade, na experiência individual e na análise dos significados que as pessoas atribuem aos lugares, refletindo diretamente os conceitos apresentados no enunciado.
 </li>
 
 <li>D) Crítica:
 Incorreta. Embora a Geografia Crítica questione as estruturas de poder e a objetividade da ciência, sua ênfase está mais em questões sociais, econômicas e políticas do que na abordagem subjetiva do individuo no seu espaço de vivência como a proposta pela Geografia Humanista.
 </li>
 
 <li>E) Teorética:
 Incorreta. A Geografia Teorética se ocupa de desenvolver e explorar teorias conceituais e metodológicas, mas não necessariamente enfoca a experiência subjetiva ou os sentimentos, que são fundamentais na corrente humanista.
 </li>
 </ul>
 

 Considerando os pontos analisados, fica evidente que a corrente mencionada no enunciado do texto é a Geografia Humanista, que busca compreender a relação entre o ser humano e o espaço de forma subjetiva e ligada à experiência. O lugar é de fato o conceito-chave desta abordagem, refletindo sobre como a geografia se transforma em uma ciência que inclui a interpretação e a representação da vivência das pessoas.
 

 Portanto, a alternativa correta é C.
 

</body>
</html>

O item está ERRADO. A vinculação do keynesianismo ao fordismo não ocorreu devido a problemas de rigidez nos mercados e contratos de trabalho. O keynesianismo refere-se às teorias econômicas associadas ao economista John Maynard Keynes, que propunha a intervenção do Estado na economia para combater as crises e promover o pleno emprego. O fordismo, por sua vez, está associado ao modelo de produção em massa introduzido por Henry Ford, caracterizado pela produção em larga escala, linhas de montagem e padronização. O keynesianismo e o fordismo coexistiram em alguns contextos, especialmente durante o período pós-Segunda Guerra Mundial, quando muitos países adotaram políticas keynesianas para estimular a demanda agregada e promover o crescimento econômico. No entanto, a relação entre eles não estava diretamente ligada aos problemas de rigidez nos mercados e contratos de trabalho. Resposta: (E) Errado

A vinculação do keynesianismo ao fordismo, advindo dos
problemas de rigidez nos mercados e nos contratos de trabalho,
originou um sistema de acumulação que resulta no aumento da
competição e no estreitamento das margens de lucro, para
tentar manter o direcionamento do mercado e dos contratos de
trabalho intactos.

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando os
múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue os itens que se
seguem.

O avanço da globalização promoveu mudanças na forma
como os seres humanos relacionam-se com o espaço geográfico. As
relações das pessoas com o espaço geográfico também são
mediadas pelo acesso diferenciado à renda e à tecnologia. Nesse
sentido, os avanços tecnológicos nos transportes e nas
telecomunicações alteraram de forma bastante desigual a posição
das pessoas no espaço geográfico e a sua inserção na sociedade.

O item está ERRADO. O pensamento de Émile Durkheim, um dos fundadores da sociologia, não defende que o indivíduo se sobressai à sociedade, mas sim que a sociedade é uma entidade sui generis (por si só) que possui características e leis próprias. Durkheim destacou a importância dos fatos sociais, que são fenômenos externos aos indivíduos, moldam seu comportamento e têm existência própria. A geografia crítica, por sua vez, não se baseia na ideia de que o espaço que interessa à geografia é apenas o espaço humano ou social. Pelo contrário, ela se preocupa em analisar as relações sociais, econômicas e políticas que moldam o espaço geográfico como um todo, incluindo aspectos físicos e naturais. Resposta: (E) Errado

De acordo com o pensamento durkeiniano, o indivíduo se
sobressai à sociedade, assim uma possível ligação entre esse
pensamento e a geografia crítica se dá a partir do ponto em que
o espaço que interessa à geografia é o espaço humano ou
social.

No que se refere à sociologia e ao desenvolvimento econômico e
social, julgue os itens .

Questões de Geografia - Escolas da Geografia