Questões de Geografia - Regiões, mesorregiões e microrregiões brasileiras

Assim como outras regiões semiáridas o Sertão, é caracterizado por atributos de origem climática, hídrica e fitogeográfica: baixos níveis de umidade, escassez de chuvas anuais, irregularidade no ritmo das precipitações ao longo dos anos; prolongados períodos de carência hídrica; solos problemáticos tanto do ponto de vista físico quanto do geoquímico (solos parcialmente salinos, solos carbonáticos) e escassez de rios perenes, sobretudo no que se refere às drenagens autóctones.

É uma região onde, historicamente, o planejamento estatal define projetos e incentivos econômicos de alcance desigual, mediante programas incompletos e desintegrados de desenvolvimento regional.

É uma região que mantem fortes relações com as metrópoles e grandes cidades costeiras, sendo necessário registrar ainda a presença das diversas capitais regionais (Campina Grande, Crato, Mossoró, Feira de Santana, Patos, Caruaru), com vigoroso comércio e múltiplas funções. No nível social, esses aglomerados urbanos constituem, por suas feiras populares, o grande ponto de encontro das populações residentes nos sertões.

O caráter híbrido do perfil socioeconômico do Sertão combina arcaísmos generalizados com importantes elementos pontuais de modernização, tais como uma razoável hierarquização urbana, um sistema de rodovias que garante minimamente as ligações intra e interregionais, e uma rede de açudes, com diferentes possibilidades de fornecimento de água para áreas irrigáveis de planícies de inundação (vazantes).

O Sertão é uma região interiorana, conhecida por ser terra das chapadas, de solos pobres e extensivamente gretados, habitada por agrupamentos humanos improdutivos, populações seminômades corridas pelas secas, permanentemente maltratadas pelas forças de uma natureza perversa.

polos de criação e desenvolvimento de técnicas agrícolas que dão suporte ao agronegócio brasileiro.

centros de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que integram empresas e universidades.

conjuntos de laboratórios que desenvolvem genéricos destinados às indústrias farmacêuticas nacionais.

centros de automação robótica cujo objetivo é criar novos sistemas de trabalho industrial.

aglomerados industriais com alta diversificação de produtos destinados à exportação.

Recife – PE.

Fortaleza – CE.

Salvador – BA.

Maceió – AL.

Aracaju – SE.

O critério principal da regionalização proposta por Geiger foi o “meio técnicocientífico-informacional”, isto é, a informação e as finanças estão irradiadas de maneiras desiguais e distintas pelo território brasileiro, determinando os “cinco brasis”.

A divisão proposta por Milton Santos e Maria Laura Silveira, de fato, dividiu o país em 3 regiões geoeconômicas, tendo por base as características histórico-econômicas do Brasil, ou seja, os aspectos da economia e da formação histórica e regional.

O Nordeste, uma das cinco regiões definidas atualmente pelo IBGE, em que se divide o território nacional, abrange nove estados, incluindo o estado da Bahia que, no passado, havia pertencido à região Leste Setentrional.

A primeira proposta de regionalização do Brasil pelo IBGE foi divulgada em 1911 e surgiu para ser utilizada no ensino de geografia. Os critérios utilizados foram apenas os elementos socioeconômicos e essa proposta dividia o país em cinco regiões: Setentrional, Ocidental, Central, Oriental e Meridional.

Na  divisão  regional  oficial,  o  Nordeste  destaca‐se  como  a  região mais  densamente  povoada,  embora  não  seja  a mais  populosa.

Região mais dividida politicamente, o Norte do Brasil caracteriza‐se por uma economia marcada, nas últimas décadas, pela  expansão do agronegócio e da mineração.

O  Sul  do  Brasil  tem  características  físicas,  populacionais  e  históricas  bem  distintas  do  restante  do  País,  apresentando  indicadores sociais inferiores à média nacional.

O estado de Minas Gerais, integrando a região Sudeste, é bom exemplo da crítica citada no texto acerca da “inclusão de  diferentes realidades sobre uma roupagem de homogeneidade e identidade”.

No Centro‐Oeste, Goiás e Mato Grosso vêm se destacando pela acelerada industrialização, que já contribui com a maior  parcela do PIB de ambos os estados. Nesse aspecto, divergem profundamente dos demais estados da região.