(A). Correta. Na classificação dos perfis de solos, o horizonte de máxima acumulação iluvial ou concentração relativa de argila e óxidos é frequentemente identificado como o horizonte B. O horizonte B é conhecido como horizonte subsuperficial e é frequentemente associado à acumulação de materiais iluviais, que são materiais que se movem para dentro do solo a partir de camadas superiores. Esses materiais incluem argila, ferro, alumínio e outros minerais que são transportados pela água que percola através do solo. (B). Incorreta. O horizonte A é conhecido como horizonte superficial. Representa os estratos minerais de maior hierarquia, caracterizados por uma intensa presença de matéria orgânica decomposta. Esta substância é responsável pela tonalidade escura que é observada nos horizontes subsequentes. (C). Incorreta. O horizonte R refere-se à rocha mãe ou material não intemperizado abaixo do solo. (D). Incorreta. O horizonte O refere-se à camada orgânica de solo, composta principalmente por material orgânico em decomposição. (E). Incorreta. O Horizonte C é composto por material não consolidado e está localizado abaixo dos horizontes A e B. Sua composição pode incluir materiais idênticos ou similares aos que compõem o solo arável.

A questão aborda o tema da composição e características dos solos, com ênfase particular em solos argilosos. O solo argiloso é um tipo de solo que tem maior teor de partículas finas, especialmente as frações de argila, que são menores que 0,002 mm de diâmetro. Este tipo de solo possui características que o diferenciam de outros tipos, como os solos arenosos e siltosos.

 

Alternativa A:
Vamos começar analisando a afirmação de que um solo argiloso possui grande disponibilidade de oxigênio. Solos argilosos são conhecidos por serem densos e apresentarem poucas macroporosidades, o que limita a circulação de ar entre suas partículas. Por isso, eles tendem a ter baixa aeração, ou seja, uma menor quantidade de oxigênio disponível em seus poros, quando comparados a solos arenosos, por exemplo. Solos arenosos, com suas grandes partículas e espaçamentos maiores entre elas, permitem uma maior circulação de ar e, consequentemente, uma maior disponibilidade de oxigênio. Portanto, a afirmativa está incorreta.

 

Alternativa B:
A afirmativa correta diz respeito à boa capacidade de retenção de água dos solos argilosos. A alta capacidade de retenção é uma das características marcantes dos solos argilosos devido ao pequeno tamanho de suas partículas e sua grande superfície específica. As partículas de argila atraem e retêm água eficazmente devido à sua carga elétrica negativa, que atrai moléculas d'água, permitindo-lhes armazenar mais umidade em relação a solos arenosos. No entanto, essa capacidade de retenção de água, enquanto benéfica para a retenção, pode ser prejudicial para a drenagem do solo, tornando-o propenso a encharcamento. Assim, a alternativa B está correta.

 

Alternativa C:
A terceira afirmação sugere que solos argilosos possuem alta resistência à compactação, o que não é verdade. Estes solos, na realidade, são bastante suscetíveis à compactação devido à pequena dimensão das partículas de argila que compõem sua estrutura. Quando sujeitos à pressão, como o tráfego de máquinas agrícolas ou pisoteio, os solos argilosos tendem a compactar facilmente, resultando em uma diminuição da porosidade do solo. Essa compactação é indesejável, pois pode prejudicar o desenvolvimento das raízes das plantas e reduzir a troca gasosa. Por isso, esta alternativa é incorreta.

 

Alternativa D:
A quarta alternativa menciona um alto índice de erodibilidade, o que não se aplica geralmente aos solos argilosos. Embora a erodibilidade possa variar com base em vários fatores, solos argilosos não são naturalmente propensos à erosão. Sua estrutura retém partículas mais firmemente, e sua capacidade de retenção de água impede o movimento rápido de água sobre eles, dificultando a remoção das partículas do solo. Em contraste, solos arenosos, com suas partículas maiores e consolidação menos densa, são mais propensos à erosão. Logo, esta alternativa é incorreta.

 

Alternativa E:
Por fim, a alternativa que menciona que solos argilosos estão associados a intensos abalos sísmicos e terremotos não tem fundamento geológico direto. A formação e a manifestação de abalos sísmicos estão relacionadas a movimentos tectônicos, falhas geológicas e atividades vulcânicas, e não à composição do solo como argiloso, arenoso ou siltoso. Assim, essa relação é inexistente neste contexto, tornando a afirmativa também incorreta.

 

Em síntese, a questão explora as propriedades dos solos argilosos e destaca que a principal característica correta para esse tipo de solo, no contexto da pergunta, é sua boa capacidade de retenção de água, característica marcante de solos de textura argilosa.

 

Portanto, a alternativa correta é B.

Vamos analisar a questão proposta, que trata do tema solo, mais especificamente sobre a origem e formação dos diferentes tipos de solo. Esta é uma área importante dentro da Geografia física e envolve a compreensão de processos geomorfológicos e pedológicos.

 

Alternativa A: solo residual 
O solo residual é formado a partir da desagregação e decomposição da rocha matriz no local onde ela se encontra. Esse tipo de solo surge através do intemperismo, que é o conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que alteram as características das rochas expostas na superfície terrestre. Ao longo do tempo, esses processos quebram as rochas em partículas menores, transformando-as em solos. Como o solo residual permanece no mesmo lugar que a rocha matriz, ele retém grande parte das características do material original, como minerais e textura. Essa alternativa está correta. 
 

Alternativa B: solo aluvionar 
O solo aluvionar é diferente do solo residual. Ele se forma a partir dos sedimentos transportados por rios e correntes de água, que são depositados em áreas de planície ao longo do tempo. Este tipo de solo costuma ser bastante fértil, devido à renovação constante de matéria orgânica e minerais trazidos pela água. O solo aluvionar não é formado a partir da desagregação da rocha matriz no local, mas sim pelo acúmulo de sedimentos transportados da matriz. Portanto, essa alternativa está incorreta, conforme o enunciado que pede solos formados in situ. 
 

Alternativa C: solo eólico 
Solos eólicos são formados a partir do acúmulo de materiais transportados pelo vento. Exemplos típicos incluem as dunas de areia, formadas pelo deposição de grãos de areia trazidos pelos ventos em áreas como desertos e litorais. Assim como os solos aluvionares, os solos eólicos são formados por processos de transporte, e não pela decomposição da rocha matriz no local. Esta alternativa também é incorreta em relação à descrição buscada pelo enunciado. 
 

Alternativa D: solo sedimentar 
Solos sedimentares são formados a partir do acúmulo de partículas que foram transportadas e depositadas pela ação da água, do vento ou do gelo. Eles são compostos por deposições de materiais provenientes de diferentes locais e, portanto, não são formados diretamente pela desagregação de uma rocha matriz única em sua localização original. Essa formação distingue-se claramente dos solos residuais, mais uma vez não correspondendo ao que o enunciado pede. 
 

Para contextualizar a importância do estudo dos solos residuais, podemos considerar sua aplicabilidade nas avaliações de riscos geotécnicos e na agricultura. Solos residuais são frequentemente estudados em projetos de engenharia que envolvem a construção de edificações e infraestrutura, devido à sua estabilidade na interface com os materiais de origem. Em regiões montanhosas, entender o comportamento desses solos é crucial para prevenir deslizamentos de terra.

 

Na agricultura, solos residuais podem oferecer uma perspectiva sobre como melhorar a fertilidade de terras cultiváveis ao compreender a interação entre o solo e a rocha subjacente. Em algumas áreas, eles são utilizados para definir estratégias de manejo sustentável, ajudando a conservar recursos e otimizar a produção.

 

Cabe ainda discutir a importância do ciclo de intemperismo na formação de solos residuais. Processos físicos como a variação de temperatura e ações mecânicas que ocorrem no dia a dia, reações químicas envolvendo água e oxigênio, e a influência de organismos como bactérias, fungos e plantas contribuem para a formação e o enriquecimento desses solos. Esta dinâmica complexa ilustra a contínua interação da geologia e da biologia na superfície terrestre.

 

Logo, entender o conceito exibido na questão é fundamental para diversos campos, desde a geotécnica, até a ecologia e a agricultura, demonstrando como disciplinas geográficas oferecem uma base integrativa valiosa para múltiplas aplicações práticas.

 

Portanto, a alternativa correta é A.

A questão apresentada nos leva a explorar os conceitos fundamentais de solos, que são de extrema relevância para a compreensão da Geografia física e para a aplicação em diversas áreas profissionais, incluindo engenharia, agronomia e geologia, entre outras. A interpretação correta das fases do solo e do conceito de porosidade é crucial para qualquer candidato que esteja se preparando para concursos públicos que envolvam conhecimentos sobre o meio físico.

 

Inicialmente, vejamos o que constitui o solo. Sabemos que o solo é composto por uma fase sólida, que inclui minerais e matéria orgânica; uma fase líquida, que corresponde à água presente nos poros do solo; e uma fase gasosa, composta pelos gases atmosféricos também contidos nesses poros. A regra fundamental aqui é que a soma dos volumes de água e gases é conhecida como o volume de vazios do solo. Esses vazios são essenciais para o transporte de nutrientes, ar e água, influenciando diretamente a produtividade agrícola e o comportamento geotécnico dos solos.

 

Alternativa A: Grau de aeração: 
O grau de aeração refere-se à proporção dos vazios do solo que são ocupados por ar. Ele é importante para determinar a quantidade de oxigênio disponível para a respiração das raízes e microrganismos no solo. Embora esteja relacionado aos vazios do solo, o grau de aeração não descreve a razão entre o volume de vazios e o volume total do solo, que é o que o enunciado da questão está buscando. Portanto, esta alternativa está incorreta para o que foi solicitado.
 
 

Alternativa B: Grau de saturação: 
O grau de saturação de um solo refere-se à proporção dos vazios que estão preenchidos com água. Um solo completamente saturado tem todos os seus poros preenchidos por água, enquanto um solo parcialmente saturado tem uma mistura de água e ar em seus poros. Embora este conceito esteja diretamente relacionado à fase líquida do solo, ele não abrange a totalidade dos vazios (que incluem também a fase gasosa), nem serve para calcular a razão sobre o volume total do solo. Assim, esta resposta não é a correta para a questão proposta.
 
 

Alternativa C: Porosidade: 
A porosidade do solo é definida como a proporção de vazios, ou espaços porosos, num volume total de solo. Em outras palavras, é a porcentagem do solo que é ocupado por espaços vazios e é uma característica chave ao avaliar a capacidade de armazenamento de água e ar do solo. Essa definição se encaixa precisamente na descrição do enunciado, que pede a razão entre o volume de vazios e o volume total do solo. Portanto, esta é a alternativa correta.
 
 

Alternativa D: Índice de plasticidade: 
O índice de plasticidade é um termo da mecânica dos solos que refere-se à diferença entre o limite de consistência em que o solo começa a mostrar comportamento plástico (limite plástico) e o limite em que ele se tornam líquidos (limite líquido). Este índice é importante na classificação de solos, compreensível para a avaliação da sua capacidade de deformação sob cargas externas, mas não está relacionado com os conceitos de volume de vazios ou volume total de solo. Por isso, a alternativa também está incorreta para o contexto da questão.
 
 

O entendimento preciso desses conceitos é crucial não apenas para responder adequadamente a questões de concursos, mas também para aplicar esse conhecimento em situações práticas. No dia a dia de profissionais que lidam com o solo, como engenheiros e agrônomos, entender a porosidade ajuda a prever como aquele solo vai reagir sob diferentes condições de umidade e carga. Um solo que tem alta porosidade, por exemplo, pode ser ideal para plantio em condições de controle de irrigação, mas pode causar problemas em obras de engenharia devido a sua potencial deformabilidade sob carga.

 

De modo mais amplo, se considerarmos as implicações climáticas e ambientais, a porosidade também influencia na capacidade do solo de sequestrar carbono e sua resistência à erosão. Com a crescente preocupação sobre as mudanças climáticas e a utilização sustentável dos recursos naturais, compreender a dinâmica dos solos e seus processos físicos são habilidades cada vez mais valorizadas e testadas em exames de concursos.

 

Portanto, compreender profundamente os termos empregados nessa pergunta e suas implicações práticas também se conecta com a sustentabilidade ambiental e a gestão dos recursos naturais, sendo um conhecimento valioso tanto para concursos quanto para a vida profissional.

 

Portanto, a alternativa correta é C.

Esta questão aborda um conceito fundamental em geotecnia e geografia física, especialmente no estudo dos solos, que são os limites de Atterberg. Os limites de Atterberg são parâmetros importantes na caracterização do estado de consistência dos solos finos, como argilas e siltes. Eles ajudam a determinar a faixa de umidade em que o solo se comporta de maneira sólida, plástica ou líquida. Esses conceitos são amplamente aplicados na engenharia civil, especialmente no dimensionamento e construção de pavimentos rodoviários.

 

O Limite de Liquidez (LL) é definido como o teor de umidade onde o solo começa a se comportar como um líquido. No contexto da questão, o Limite de Liquidez do solo é mencionado como 50%. Isso significa que a 50% de umidade, o solo passa do estado plástico para o estado líquido. Este parâmetro é crucial porque determina a estabilidade e a resistência do solo em condições muito úmidas.

 

Já o Limite de Plasticidade (LP) refere-se ao teor de umidade no qual o solo começa a se comportar como um material plástico, ou seja, onde ele pode ser deformado sem rachar ou romper. Na questão, o Limite de Plasticidade é dado como 36%. A importância desse limite está na determinação da faixa em que o solo pode ser manipulado para fins de construção e manejo de solo.

 

O Índice de Plasticidade (IP) é a diferença entre o Limite de Liquidez e o Limite de Plasticidade. Este índice indica a faixa de umidade em que o solo permanece plástico, entre os limites líquido e plástico. Portanto, é um parâmetro fundamental na seleção e uso de solos para construção, pois solos com uma faixa de plasticidade adequada são mais fáceis de trabalhar e compactar, oferecendo melhores propriedades mecânicas para pavimentos e fundações.

 

O cálculo do Índice de Plasticidade é feito usando a seguinte fórmula:

 

<blockquote>IP = LL - LP</blockquote>

 

Ao substituir os valores fornecidos na questão:

 

IP = 50% - 36% = 14%

 

Portanto, a alternativa correta é a que apresenta o Índice de Plasticidade de 14%.

 

Alternativa A: 
A alternativa A sugere um Índice de Plasticidade de 7%. No entanto, este valor está incorreto, pois o cálculo para o Índice de Plasticidade (IP = LL - LP) resulta em 14%, conforme demonstrado anteriormente. Deve-se tomar cuidado para não confundir o Índice de Plasticidade com os valores individuais de Limite de Liquidez e Limite de Plasticidade. 
 

Alternativa B: 
A alternativa B sugere um Índice de Plasticidade de 14%, que corresponde corretamente ao valor calculado a partir dos dados fornecidos (IP = LL - LP = 50% - 36%). Portanto, esta é a alternativa correta, conforme os fundamentos de geotecnia aplicados aos parâmetros de consistência dos solos. 
 

Alternativa C: 
A alternativa C sugere um Índice de Plasticidade de 43%. Este valor não é consistente com os dados da questão. Tal índice normalmente não resulta de uma operação simples de subtração entre os limites de liquidez e plasticidade. Sem relação lógica ou cálculo que a suporte adequadamente, esta opção está incorreta. 
 

Alternativa D: 
A alternativa D sugere um Índice de Plasticidade de 86%. Um valor desta magnitude seria extremamente alto e certamente incorreto para os valores de limites fornecidos. Na prática, tal valor indicaria problemas de cálculo ou interpretação, pois excede a quantidade possível, dadas as condições especificadas entre os limites (máximo seria igual ao Limite de Liquidez, que é menos). Este é claramente um valor inadequado à situação apresentada no exercício. 
 

Portanto, a alternativa correta é B.

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