Para abordar a questão apresentada, precisamos primeiramente entender o que são os neossolos litólicos e suas características dentro do âmbito da ciência dos solos, que é fundamental para compreender o uso do solo no contexto agrícola. Os neossolos litólicos, também conhecidos por serem classificados como solos jovens no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, são solos que se formaram recentemente e, por essa razão, têm pouca ou nenhuma evolução pedogenética. O nome "litólico" faz referência à proximidade da rocha-mãe de onde se originaram.

 

Estes solos são caracterizados, principalmente, por serem rasos, o que significa que eles têm uma camada de solo superficial fina antes de chegar à rocha ou material parental. Essa característica de serem rasos dificulta a retenção de água e nutrientes, tornando-os geralmente menos férteis. Além disso, os neossolos podem ter muita pedra ou cascalho, que também comprometem sua capacidade de suportar uma vegetação mais complexa ou demanda de culturas agrícolas intensivas.

 

A questão afirma que os neossolos litólicos apresentam alta fertilidade e são profundos. No entanto, na prática, isso não é verdade. Estes solos são frequentemente encontrados em regiões onde a fertilidade natural é baixa justamente pela presença da rocha muito próxima à superfície e pela pouca capacidade de armazenamento de água e nutrientes. A taxa de renovação de materiais orgânicos é baixa, considerando-se a não permanência de matéria orgânica no solo por tempo suficiente para enriquecer camadas mais profundas devido à pequena espessura do perfil do solo. Consequentemente, isso limita enormemente o potencial agrícola sem o uso de correção e amelhoramento significativo.

 

Dessa forma, áreas onde predominam neossolos litólicos não são ideais para a produção de alimentos se pensarmos em práticas agrícolas de larga escala sem intervenção. Enquanto isso, solos considerados mais adequados para tal fim incluem latossolos e argissolos, que apresentam maior profundidade, melhor estrutura e capacidade de armazenamento de água e nutrientes, além de maior presença de matéria orgânica.

 

No entanto, é importante considerar que em um contexto de pequena escala ou em agricultura de subsistência, com práticas de manejo que ampliem a fertilidade do solo, é possível realizar cultivos em neossolos litólicos. Essas práticas podem incluir o uso de adubos orgânicos, calagem para corrigir acidez, bem como a introdução de técnicas de irrigação e cultivos de baixo impacto no solo.

 

Ainda mais, em termos de planejamento territorial e uso sustentável do solo, esses solos são essencialmente aproveitados para outras finalidades além da produção agrícola, como conservação natural, turismo ecológico, e manejo florestal, onde a cobertura vegetal nativa é mantida e a interferência antrópica é minimizada.

 

Portanto, é certo afirmar que os neossolos litólicos têm limitações significativas para o uso agrícola intensivo, a menos que ocorra uma significativa intervenção para melhorar a sua fertilidade. Fatores como esses sempre devem ser considerados ao planejar o uso do solo, compreender as capacidades e limitações dos diferentes tipos de solos é crucial para um manejo sustentável e eficaz na agricultura.

 

Em conclusão, a questão apresentada está incorreta ao caracterizar os neossolos litólicos como solos profundos e altamente férteis, adequados para a agricultura sem limitações. Na prática, esses solos precisam de ações de manejo específicas para tornarem-se viáveis ao cultivo, e ainda assim, com várias restrições em comparação com solos naturalmente mais férteis e profundos.

 

Portanto, a alternativa correta é Errado.

Áreas em que predominam neossolos litólicos, caracterizados como solos profundos e com alta fertilidade, são ideais para a produção de alimentos.


Julgue o item seguinte, relativo a cartografia geoambiental.


A questão proposta envolve um tema crucial em Geografia e Ciências Ambientais: a bioacumulação de contaminantes no solo e suas repercussões nos ecossistemas. Entender a diferença entre contaminantes orgânicos e inorgânicos, bem como o comportamento dos metais pesados em ambientes naturais, é essencial para resolver a questão corretamente.

 

Primeiramente, devemos compreender o conceito de bioacumulação. Trata-se do acúmulo de substâncias químicas em um organismo vivo de forma que a concentração dessas substâncias é maior dentro do organismo do que no ambiente externo. Esse fenômeno ocorre quando a taxa de absorção de uma substância é maior do que a sua taxa de excreção. A bioacumulação pode ocorrer em vegetais, animais e até em seres humanos.

 

Os contaminantes sob estudo podem ser divididos em duas categorias principais: orgânicos e inorgânicos (como os metais pesados). Contaminantes orgânicos são compostos baseados em carbono e incluem pesticidas, herbicidas e produtos petroquímicos, entre outros. Metais pesados, por outro lado, são elementos químicos de alta densidade atômica, como o mercúrio, chumbo, cádmio, e geralmente não são metabolizáveis. Distinguem-se por serem persistentes no ambiente e potencialmente tóxicos, mesmo em concentrações relativamente baixas.

 

No caso específico da bioacumulação de metais pesados, essa é uma preocupação ambiental e de saúde pública significativa por várias razões. Primeiramente, muitos metais pesados não são biodegradáveis, o que significa que, uma vez que entram no ecossistema, tendem a persistir por longos períodos. Eles podem se acumular no solo e promover toxicidade para plantas, que, por sua vez, podem introduzir esses metais na cadeia alimentar quando ingeridas por animais herbívoros ou por seres humanos que se alimentam direta ou indiretamente dessas plantas.

 

Um exemplo clássico de bioacumulação de metais pesados está no envenenamento por mercúrio que pode ocorrer devido ao consumo de peixes que habitam águas contaminadas. O mercúrio é transferido através da bioacumulação nos organismos aquáticos e entra na cadeia alimentar por meio do consumo humano. Outro exemplo é o cádmio, que pode se acumular em vegetais cultivados em solos contaminados, levando à sua incorporação em alimentos e, subsequentemente, à exposição humana.

 

Assim, ao contrário do que afirma o enunciado do item, a bioacumulação de metais pesados é não apenas possível, mas também uma das preocupações ambientais mais documentadas e estudadas. Os metais pesados são absorvidos pelas plantas através do solo, e esses elementos persistentes podem entrar nas cadeias alimentares e aumentar os riscos para a saúde humana e para a biodiversidade.

 

Ademais, a diferença significativa entre contaminantes orgânicos e inorgânicos em termos de bioacumulação reside na capacidade de muitos contaminantes orgânicos serem biodegradados em certas condições ambientais, enquanto os metais pesados não são. No entanto, mesmo contaminantes orgânicos podem ser problemáticos por bioacumulação, especialmente em organismos de níveis tróficos superiores que consomem plantas ou animais contaminados.

 

Assim, o item subestima a atividade de bioacumulação de metais pesados, sugerindo improvável sua ocorrência. Essa é uma visão errônea, contradizendo ampla evidência científica e monitoramento ambiental que demonstram o oposto. É essencial para candidatos de concursos compreenderem essas distinções e o potencial de impacto ambiental que essas substâncias possuem.

 

Portanto, ao julgar o item, devemos considerá-lo incorreto. A bioacumulação de metais pesados em tecidos vegetais e conforme eles se movem pela cadeia alimentar até chegar aos seres humanos ou outros organismos é um fenômeno bem documentado e crítico em estudos ambientais contemporâneos.

 

Esses conhecimentos são não apenas relevantes para concursos públicos, mas também para a formação de uma consciência ambiental que permita uma melhor gestão dos recursos naturais e prevenção de riscos à saúde pública. É uma área de estudos que envolve ecologia, toxicologia, geografia ambiental e fitoremediação, entre outras disciplinas, todas contribuindo para um melhor entendimento e mitigação dos impactos dos poluentes ambientais.

 

Portanto, a alternativa correta é E.

A bioacumulação de contaminantes orgânicos ocorre em tecidos vegetais, mas é improvável de ocorrer no caso de metais pesados.


Julgue o item a seguir, no que se refere à contaminação de solos.


A questão apresentada aborda um tema relevante quando discutimos a contaminação de solos, que é a utilização de técnicas de espectroscopia para identificar a presença de metais pesados. Vamos explorar o que essas técnicas envolvem e por que são adequadas para esse fim, abordando também a importância de monitorar e controlar a presença de metais pesados nos solos.

 

Em termos gerais, espectroscopia é uma técnica analítica que permite a identificação de substâncias com base na interação da luz (ou outra radiação eletromagnética) com a matéria. A espectroscopia é uma ferramenta poderosa que fornece informações sobre a composição química de amostras, utilizando os princípios da absorção, emissão ou dispersão de radiação em relação a comprimentos de onda específicos.

 

Para entender como a espectroscopia pode ser aplicada ao estudo dos solos, é importante lembrar que os solos podem conter uma variedade de contaminantes, incluindo metais pesados como chumbo, mercúrio, cádmio e arsênio. Esses metais são perigosos não apenas para a saúde das plantas que crescem nesses solos, mas também para os seres humanos e animais que consomem essas plantas, ou que são expostos ao solo contaminado.

 

A presença de metais pesados no solo pode ocorrer por uma série de razões, incluindo a deposição atmosférica, despejo de resíduos industriais, uso de fertilizantes e pesticidas contendo metais, entre outros. A identificação precisa dos níveis de contaminação é crucial para medidas de remediação eficazes.

 

A espectroscopia, nesse contexto, surge como uma técnica não invasiva e muito sensível, capaz de detectar baixas concentrações de metais pesados em grandes áreas de solo. As técnicas de espectroscopia mais comumente usadas para a detecção de metais pesados nos solos incluem a Espectroscopia de Fluorescência de Raios X (XRF) e a Espectrometria de Absorção Atômica (AAS). A espectroscopia de fluorescência de raios X, por exemplo, tem a capacidade de identificar elementos pelos seus números atômicos devido à emissão de raios X característicos.

 

A XRF é amplamente utilizada porque pode analisar diferentes tipos de amostras (sólidos, líquidos, particulados) e fornecer resultados rápidos sobre a composição elementar do solo. Além disso, é uma técnica que não destrói as amostras, o que é uma grande vantagem quando se quer preservar o material de estudo.

 

A AAS, por outro lado, é uma técnica muito utilizada para análises quantitativas porque ela mede a absorção de luz por átomos gases livres. Para que possa ser utilizada, o solo precisa ser processado a fim de pulverizar os elementos em uma forma de vapor no qual eles podem absorver a luz a comprimentos de onda específicos, relevantes para cada elemento.

 

Além de XRF e AAS, outras técnicas de espectroscopia como a Espectrometria de Massas com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP-MS) são frequentemente usadas para a identificação de metais pesados no solo. Esta técnica é reconhecida por sua capacidade de detecção ultrassensível e por ser capaz de discriminar entre diferentes isótopos de metais, proporcionando uma análise detalhada da constituição do solo.

 

Entender o uso dessas técnicas tem relevância prática significativa na geografia, especialmente na gestão ambiental e na agricultura sustentável. Saber precisamente quais contaminantes estão presentes em um ambiente pode influenciar a classificação do solo para diferentes usos, além de permitir ao governo e às entidades competentes planejar ações corretivas e políticas públicas para mitigar os impactos desses contaminantes nos ecossistemas, que é uma parte essencial do estudo geográfico.

 

Com o aumento das preocupações ambientais globais, o monitoramento dos metais pesados nos solos se tornou crítico não só para a saúde das populações humanas, mas também para garantir a segurança alimentar e a biodiversidade. Terras agrícolas, por exemplo, precisam ser monitoradas quanto à contaminação para evitar que metais pesados ingressem na cadeia alimentar.

 

A questão, portanto, acerta ao afirmar que técnicas de espectroscopia são usadas para identificar a presença de metais pesados no solo. O uso dessas ferramentas é fundamental para o diagnóstico e proposição de estratégias de remediação ambiental, trazendo à tona a importância de investigar as propriedades geoquímicas dos solos como parte de estudos geográficos mais amplos.

 

Portanto, a alternativa correta é C.

Técnicas de espectroscopia são utilizadas para a identificação da presença de metais pesados no solo.


A questão proposta pela Fundação Getúlio Vargas aborda um tema que se conecta com a geografia física, especialmente no que diz respeito às dinâmicas naturais do planeta Terra e os efeitos das intervenções antrópicas em larga escala. A construção da Barragem das Três Gargantas na China não só é uma realização de engenharia monumental, mas também um exemplo de como grandes obras podem exercer influência sobre o ambiente físico e, potencialmente, sobre processos geofísicos.

 

Vamos analisar cada uma das assertivas apresentadas na questão, considerando as possíveis influências que a distribuição de grandes volumes de massa líquida pode ter sobre as dinâmicas do planeta.

 

Alternativa A: 
Esta alternativa sugere que somente a afirmação I está correta, indicando que a retenção de água na barragem influenciaria apenas na direção dos ventos. A distribuição de massa pela retenção de grandes volumes de água pode influenciar na movimentação do ar e, consequentemente, na direção dos ventos locais. No entanto, a questão da alteração da rotação terrestre e a mudança do eixo terrestre sugerem processos mais complexos que não se restringem apenas aos ventos. Dito isso, isoladamente, esta alternativa não responde à plenitude da pergunta relacionada à dinâmica do planeta Terra.

 

Alternativa B: 
Aqui, julgamos as afirmações I e II. A afirmação I, como discutido anteriormente, pode estar relacionada com a modificação dos padrões de vento devido à alteração da massa e distribuição de água. A afirmação II sustenta que também influencia o sentido das correntes marítimas. A movimentação de grandes corpos d'água efetivamente tem um potencial de alterar o sentido das correntes marítimas em regiões específicas. As correntes oceânicas são influenciadas pela distribuição de massa de água e pela rotação da Terra, conhecida como Efeito Coriolis. A construção e operação de grandes represas como a Barragem das Três Gargantas definitivamente poderiam impactar tais sistemas, ainda que o efeito possam não ser tão global no sentido amplo. Das opções consideradas, essa alternativa explica melhor os fenômenos associados à retenção de água e suas consequências.

 

Alternativa C: 
Esta alternativa considera as afirmações I e III como corretas. Conforme já comentado, a modificação na direção dos ventos pela distribuição de grandes massas hídricas é plausível. Por outro lado, a afirmativa III aborda a diferença de duração entre dias e noites. A alteração da massa de água da Terra pode teoricamente influenciar a rotação do planeta, como já registrado na mudança sutil na duração dos dias após grandes eventos geofísicos. Contudo, os efeitos induzidos pela barragem seriam extremos e, nesses cenários, aceitáveis apenas como possíveis, não prováveis. A mudança nos dias e noites estaria mais associada à inclinação da Terra e seu eixo rotacional do que a modificações humanas de tal escala.

 

Alternativa D: 
Nesta alternativa, consideram-se corretas as afirmativas II e III. Como discutido, a afirmação II, que trata sobre as correntes marítimas, é válida. Já a afirmação III tem pouca significância segura com relação à redistribuição de massas líquidas da magnitude citada. Assim, com uma alternância de duração entre dias e noites que não é favorecida por alterações como as provocadas por represas. Essa escolha não contempla todos os aspectos apresentados no enunciado da questão com geografia física e geopolítica relacionada.

 

Alternativa E: 
Aqui, sugere-se que todas as opções estariam corretas. Essa alternativa parece sobrecarregar as capacidades físicas do fenômeno descrito associando-o equivocadamente a cada um dos efeitos mencionados, sem o respaldo necessário. Nenhuma intervenção antrópica até o momento mostrou evidências suficientes de que poderia simultaneamente alterar ventos, correntes marítimas e a duração de dias e noites a um ponto de ser cientificamente relevante em todas essas instâncias.

 

Portanto, ao considerar as explicações acima, cada fenômeno associado à dinâmica natural das águas armazenadas na Barragem das Três Gargantas, com ênfase nas interações já observadas do Efeito Coriolis e o complexo sistema de correntes oceânicas e mudanças no regime de ventos locais e regionais, a alternativa correta é B.

A Barragem das Três Gargantas, localizada na província de Hubei, na China, gerou um debate inusitado na comunidade científica.
Desde a sua inauguração em 2014, posicionou-se como a maior barragem do mundo, tanto pelo seu tamanho como pela sua capacidade de contenção. O volume de água retido nesta megaobra tem levado os investigadores a explorar os seus efeitos na distribuição da massa terrestre, visto que esta influência pode alterar, ainda que de forma sutil, o movimento rotacional do planeta.


A questão aborda um aspecto muito interessante da Geografia Física, especificamente no que diz respeito à nomenclatura e características dos solos do Brasil. Antes de analisarmos a afirmativa, é importante que compreendamos o conceito de solo, suas classificações, bem como a terminologia utilizada para descrever solos em diferentes regiões do Brasil.

 

O termo "massapê" é bastante utilizado na região Nordeste do Brasil, particularmente no Recôncavo Baiano. Entender sua origem e aplicação é fundamental para a compreensão da questão proposta.

 

O solo é entendido como a camada superficial da crosta terrestre, que resulta da intemperização da rocha matriz e da decomposição de matéria orgânica. É constituído por minerais, matéria orgânica, água, ar e organismos vivos. Os solos são classificados de acordo com suas características físicas, químicas e morfológicas, e no Brasil, devido à sua vasta extensão territorial e diversidade de climas e vegetações, há uma grande variedade de tipos de solos distribuídos pelo país.

 

O "massapê" é um termo regional que descreve um tipo específico de solo encontrado principalmente no Recôncavo Baiano. É um solo argiloso, escuro, muito fértil, e composto principalmente por minerais de argila. Sua alta capacidade de retenção de água faz com que se torne pegajoso quando molhado e duro quando seco. A textura e a composição do massapê tornam-no ideal para a agricultura, especialmente para o cultivo de cana-de-açúcar, uma das razões históricas para a prosperidade econômica da região durante o ciclo do açúcar no Brasil colonial e imperial.

 

Além de sua fertilidade, o massapê é valorizado por sua plasticidade e resistência, características provenientes de sua composição argilosa. Historicamente, essas propriedades foram exploradas não só na agricultura, mas também como material de construção. O termo, portanto, carrega um legado cultural e econômico para as regiões onde é predominante.

 

Uma característica importante do massapê é a sua origem em áreas de clima tropical úmido, onde o intemperismo químico favorece a decomposição de minerais feldspáticos e a formação de argilas do tipo caulinita e ilita, que compõem boa parte desse solo. Esse processo resulta na coloração escura e na textura que confere o caráter pegajoso quando molhado.

 

A afirmação apresentada na questão é, portanto, verdadeira. O termo "massapê" historicamente refere-se aos solos pegajosos e duros encontrados no Recôncavo Baiano. Além disso, é importante notar que o conhecimento local e a terminologia usada pelos habitantes das regiões muitas vezes enriquecem os estudos geoambientais, fornecendo informações adicionais que complementam os dados científicos.

 

Esta questão ilustra bem a importância de compreender como conceitos regionais podem influenciar o aproveitamento econômico e agrícola de uma área. A seleção de plantas e técnicas agrícolas específicas para um determinado tipo de solo pode maximizar a produção e a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.

 

Compreender a formação, características e usos do massapê destaca a inter-relação entre os fatores endógenos e exógenos que moldam nosso meio ambiente. Fatores endógenos são aqueles que provêm do interior da Terra, como o tectonismo e o vulcanismo, enquanto fatores exógenos são externos, englobando processos como intemperismo, erosão e sedimentação. No caso do massapê, o intemperismo químico é o processo exógeno predominante que deu origem a este tipo de solo específico.

 

Além disso, a questão dos solos possui grande relevância em contextos de desenvolvimento sustentável e segurança alimentar. Compreender a capacidade dos solos de sustentar culturas, sua vulnerabilidade à erosão e suas necessidades de conservação são tópicos de crescente importância no enfrentamento das mudanças climáticas.

 

Assim, ao analisar a afirmação feita na questão, verifica-se que ela está correta, pois reflete a atribuição histórica e geográfica adequada do termo "massapê" na descrição dos solos do Recôncavo Baiano. Este entendimento é crucial para quem estuda geografia física e setores correlacionados, especialmente no contexto de um concurso público, onde se espera um conhecimento integrado entre os conceitos teóricos e suas aplicações práticas e regionais.

 

Portanto, a alternativa correta é C.

O termo massapê originalmente se referia a solos pegajosos e duros do Recôncavo baiano.


Acerca da dinâmica da natureza e de seus fatores endógenos e exógenos, julgue o próximo item.


Questões de Geografia - Solo