A afirmação proposta no enunciado pode induzir ao erro, pois associa a expedição de Francisco Pizarro à "descoberta" do Amazonas e aos interesses geopolíticos portugueses, quando na realidade as circunstâncias históricas são distintas.

 

Francisco Pizarro é amplamente conhecido por sua atuação no Peru e na conquista do Império Inca, não tendo associação direta com a descoberta ou exploração do rio Amazonas. Pizarro era um conquistador espanhol, e suas expedições estavam mais alinhadas aos interesses do Império Espanhol na América do Sul.

 

O Amazonas, por sua vez, foi explorado inicialmente por outra expedição espanhola, liderada por Francisco de Orellana em 1541-1542, que partiu do Peru e percorreu o curso do rio até alcançar o Oceano Atlântico. Essa foi a primeira expedição a navegar pelo rio Amazonas, descobrindo-o efetivamente no contexto europeu da época.

 

É relevante mencionar o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, que dividia as terras recém-descobertas fora da Europa entre Portugal e Espanha. Este tratado, embora importante, tinha sua aplicação e reconhecimento contestados frequentemente, o que resultou em diversas expedições para reivindicar e explorar as terras disputadas.

 

Os interesses portugueses no Amazonas só ficaram mais evidentes posteriormente, especialmente após a confirmação da existência do rio e das explorações subsequentes, que incluíram expedições de mapeamento e a reivindicação de territórios, em um contexto muito posterior ao de Pizarro.

 

Portanto, é incorreto afirmar que a descoberta do Amazonas estava diretamente ligada aos expedientes de Francisco Pizarro e aos interpares políticos referentes ao Tratado de Tordesilhas sob perspectiva portuguesa. Essa associação ignora a distinção entre as atividades espanholas e portuguesas na região durante o período da exploração europeia na América do Sul.

Gabarito: Letra E

A descoberta do Amazonas, associada aos expedientes
portugueses, desde a expedição de Francisco Pizarro, teve
como interesses geopolíticos confirmar as decisões do Tratado
de Tordesilhas (1494) e, consequentemente, assegurar os
direitos lusitanos.

Julgue os itens seguintes, referentes a acontecimentos históricos do Amazonas.

Para responder corretamente a questão, é essencial entender o contexto e o conteúdo da Encíclica Rerum Novarum, escrita pelo Papa Leão XIII em 1891. Este documento é frequentemente analisado no estudo dos posicionamentos da Igreja Católica em relação às questões sociais e econômicas da época. 

A Rerum Novarum é considerada um marco no desenvolvimento da doutrina social católica, pois aborda a questão da condição dos trabalhadores em um contexto de industrialização crescente. Leão XIII examina as tensões entre trabalhadores e patrões e oferece um julgamento moral sobre questões econômicas com base nos ensinamentos da Igreja. 

Importante destacar que, embora a Encíclica critique aspectos do capitalismo, como a exploração dos trabalhadores e a disparidade de riqueza, Leão XIII não condena explicitamente o sistema capitalista em si. Em vez disso, ele propõe uma visão equilibrada, enfatizando a importância da justiça social e dos direitos dos trabalhadores, mas também reconhece a legitimidade da propriedade privada e do lucro, quando obtidos de forma justa. 

O documento é inovador ao promover a ideia de que o Estado deve intervir em situações de injustiça social e defende o direito dos trabalhadores de formar sindicatos. No entanto, o foco não é condenar o capitalismo como um todo, mas sim apelar para a reforma moral e ética dentro do sistema existente, para que seja possível um equilíbrio que respeite tanto os direitos dos trabalhadores quanto as necessidades do mercado. 

Ao julgar a afirmação de que “O papa Leão XIII, responsável pelo documento, condenou explicitamente o regime capitalista” como errada, destacamos que a encíclica se posiciona mais como uma crítica às condições injustas geradas dentro do sistema, e não uma condenação integral do capitalismo. 

Gabarito: Letra E

O papa Leão XIII, responsável pelo documento,
condenou explicitamente o regime capitalista.

A propósito da famosa Encíclica Rerum Novarum, de 1891,
julgue C ou E.


A Encíclica **Rerum Novarum**, promulgada em 1891 pelo Papa Leão XIII, é um documento fundamental no desenvolvimento da Doutrina Social da Igreja. O contexto de sua criação foi marcado pela Revolução Industrial e pelas consequentes transformações sociais e econômicas que exacerbaram as tensões entre capital e trabalho.

 

**Rerum Novarum** aborda diversos temas relacionados com as condições dos trabalhadores e critica tanto o capitalismo desenfreado quanto o socialismo, especialmente em relação à questão da propriedade privada. De forma vital, afirmou o direito à propriedade privada como um princípio natural e essencial, rejeitando a perspectiva socialista de que a propriedade privada deveria ser abolida.

 

O ponto central da encíclica não era admitir a luta de classes, mas sim oferecer uma via alternativa à lógica capitalista e socialista. Leão XIII propôs um sistema em que os trabalhadores têm direitos justos, incluindo salários justos, condições dignas de trabalho e a possibilidade de formar sindicatos. Em contrapartida, enfatiza a harmonia e a colaboração entre as classes, opondo-se expressamente à ideia de uma luta de classes, conforme proposto por teorias marxistas.

 

Portanto, ao contrário do enunciado, a **Rerum Novarum** não considera "iníqua a propriedade privada", nem admite a luta de classes como um princípio legítimo. Ela reconhece sim a existência de injustiças e desigualdades, mas propõe uma solução baseada na moralidade cristã e no diálogo entre as classes.

 

Gabarito: Letra E

A Encíclica admitia a luta de classes, pois considerava
iníqua a propriedade privada.

Para abordar a questão proposta sobre a Encíclica Rerum Novarum, promulgada pelo Papa Leão XIII em 1891, é essencial entender o contexto histórico e o propósito deste documento. A Encíclica é frequentemente vista como o início da Doutrina Social da Igreja e foi uma resposta aos problemas causados pela Revolução Industrial.
 
Em uma época de grande desequilíbrio social e crescimento do socialismo, o Papa Leão XIII interviu com esta Encíclica para oferecer uma perspectiva equilibrada e cristã sobre as questões do trabalho e do capital. Ela defende direitos justos para os trabalhadores, incluindo salários justos e condições dignas de trabalho.
 
Contrariamente ao que sugere a afirmação da questão, a Rerum Novarum não considera "inútil a ação dos sindicatos". Na verdade, a Encíclica reconhece explicitamente a importância dos sindicatos, encorajando a formação de associações de trabalhadores para defender seus direitos e interesses. Esta posição foi uma clara defesa do direito de associação e da necessidade de os trabalhadores se organizarem para proteger seus interesses coletivos.
 
Portanto, a afirmação feita no enunciado da questão é falsa. A Encíclica promove a ideia de que os sindicatos têm um papel crucial na promoção da justiça e na negociação de condições equitativas de trabalho, o que contradiz diretamente a ideia de que ela os considerava inúteis.
 
Gabarito: Letra E

Dada a própria natureza do sistema industrial, a
Encíclica considerava inútil a ação dos sindicatos.

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