Questões de História - Escravidão

Limpar pesquisa

Configurar questões
Tamanho do Texto
Modo escuro

Questão: 11 de 116

644bc82ba6a50a58212eaef6

copy

Banca: UPENET/IAUPE

Órgão: Polícia Militar do Estado de Pernambuco

Cargo(s): Policial Militar - Soldado

Ano: 2018

Matéria/Assunto: História > História do Brasil > Escravidão

“Embora não tivessem sido as únicas formas de resistência coletiva sob a escravidão, a revolta e a formação de quilombos foram das mais importantes. Apesar de muitos quilombos terem se formado aos poucos, através da adesão de fugitivos individuais ou agrupados, outros tantos resultaram de fugas coletivas iniciadas em revoltas.
Tal parece ter sido, por exemplo, o caso de Palmares.”

(REIS, João José. Quilombos e revoltas escravas no Brasil.)

Certamente o quilombo do Palmares foi e ainda é considerado um marco da resistência escrava em Pernambuco, por todo significado e simbologia que existe em relação a ele. Todavia, ele não foi a única forma de resistência que os escravos africanos desenvolveram em solo pernambucano.

Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar que

as atividades atribuídas a alguns escravos acabavam por facilitar uma possível fuga. Um escravo que trabalhava vendendo mercadorias precisava de maior mobilidade e flexibilidade em relação ao horário, possuindo maiores chances de se distanciar, antes que o dono soubesse o que, de fato, havia acontecido.

o quilombo do Catucá, que se localizava nas proximidades das cidades do Recife e Olinda, foi um dos maiores problemas para as autoridades provinciais durante quase toda a segunda metade do século XIX.

apesar de a capoeira ser vista hoje como uma luta, ela não era praticada pelos escravos como forma de resistência. Nessa época, estava muito mais ligada ao lado lúdico e de diversão.

o processo de catequese pelos quais passavam os escravos africanos permitiu que a religião africana praticamente desaparecesse do Brasil, no período imperial. Poucos eram os escravos que resistiam e continuavam a homenagear os orixás.

ao contrário do medo existente entre os habitantes da Bahia e do Rio de Janeiro, a população de Pernambuco não estava assombrada por um grande levante de escravos, aos moldes do que ocorreu no Haiti. Isso se justificava pela enorme repressão exercida contra os escravos rebeldes na capitania de Pernambuco.

Questão: 12 de 116

644bc82ba6a50a58212eaef9

copy

Banca: UPENET/IAUPE

Órgão: Polícia Militar do Estado de Pernambuco

Cargo(s): Policial Militar - Soldado

Ano: 2018

Matéria/Assunto: História > História do Brasil > Escravidão

Segundo a historiadora Isabel Guillen ao se caminhar “...pelas ruas do Recife lembramos que a cidade foi palco de mais de trezentos anos de escravidão de populações africanas e seus descendentes... [Mas], parece que a história da escravidão e da cultura negra, herança da diáspora, permanece invisibilizada na cidade. Qualquer pessoa que transita pela cidade, seja um jovem estudante ou turista, encontrará parcas referências à história da escravidão e da cultura negra na região metropolitana do Recife: o busto de Zumbi na praça do Carmo, a estátua de Solano Lopes no Pátio de São Pedro; Dona Santa na praça defronte à rua Vidal de Negreiros, a Igreja de Nossa Senhora do Rosários dos Homens Pretos, alguns baobás plantados em praças na cidade... E pouco nada mais do que isso.”

(http://www.encontro2018.historiaoral.org.br/resources/anais/8/1524268689_ARQUIVO_Lugaresdememoriadaculturanegraguillen.pdf)

Em relação às manifestações culturais afrodescendentes do Recife, assinale a alternativa CORRETA.

As práticas religiosas que foram elaboradas e (re )elaboradas pelos africanos escravizados e libertos e pelos seus descendentes ficaram conhecidas pela designação de religiões afro-brasileiras. Em Pernambuco, de uma maneira geral, essas práticas receberam o nome de xangô.

O maracatu, segundo os historiadores, surgiu na capitania de Pernambuco, ainda no século XVI, como uma forma de dança ritual na qual os homens definiam suas futuras esposas.

Ao contrário de outras manifestações culturais, o maracatu, graças à atuação da liga carnavalesca e de alguns folcloristas, pôde conservar sua forma de expressão. Assim, os atuais grupos de maracatus são praticamente idênticos aos que existiram ao longo do século XIX.

A capoeira, apesar de ter surgido na África, teve, no Brasil, uma grande disseminação entre os escravos, que a praticavam como forma de luta. Após seus primeiros registros terem sido feitos na Bahia, chegou ao estado de Pernambuco possivelmente em finais do século XIX.

As religiões africanas, introduzidas pelos escravos em Pernambuco, tiveram relativa liberdade, o que justifica, em certa medida, a sua existência até os dias de hoje.

Questão: 13 de 116

646f4f31fb902d25df122533

copy

Banca: VUNESP

Órgão: Escola de Saúde e Formação Complementar do Exército

Cargo(s): Informática

Ano: 2022

Matéria/Assunto: História > História do Brasil > Escravidão


A partir do excerto, acerca dos quilombos no Brasil, segundo o artigo de João José Reis, é correto afirmar que

o modelo de quilombo com maior presença na América portuguesa e no Brasil Império foi o de Palmares, que reuniu essencialmente escravizados nascidos na África, com forte produção extrativista voltada para o abastecimento de núcleos urbanos e que contava com uma maioria de mulheres.

as práticas quilombolas, na maioria dos casos, resultaram em um profundo isolamento do resto das atividades econômicas e sociais, gerando nas comunidades de escravizados fugidos uma produção especialmente de subsistência de alimentos e artesanato, além da recorrente necessidade de praticar roubos contra arraiais e vilas.

a maior parte das experiências de escravizados fugidos dos seus senhores, e construindo espaços isolados de proteção, ocorreu durante o século XVII em razão da invasão holandesa e, por outro lado, até o fim do sistema escravista, foi rara a organização de quilombos, porque surgiram legislações repressivas.

há uma visão enganosa do quilombo como um espaço isolado no alto da serra e formado por milhares de escravos fugidos, porém, na maior parte das vezes, os fugidos eram poucos, se estabeleciam próximos a povoações, fazendas e, às vezes, nas imediações de centros urbanos, mantendo relações ora conflituosas, ora amistosas.

o formato quilombo, derivado de organizações de escravizados das colônias francesas da América Central, representou, na maior parte das vezes, a possibilidade de reproduzir os modelos igualitários presentes nas diversas regiões africanas, em especial, aquelas que forneceram pessoas a serem escravizadas.

Questão: 14 de 116

646f70065512584b896ca46a

copy

Banca: VUNESP

Órgão: Escola de Saúde e Formação Complementar do Exército

Cargo(s): Informática

Ano: 2022

Matéria/Assunto: História > História do Brasil > Escravidão


Na sua manifestação, Cadornega parece

identificar o estabelecimento do tráfico negreiro como uma iniciativa que se contrapunha aos interesses das lideranças políticas africanas.

justificar o tráfico negreiro para a América, por permitir que povos africanos fossem salvos das práticas antropofágicas e das guerras intertribais.

condenar o uso das práticas religiosas para convencer as pessoas a virem trabalhar na América.

separar as dimensões econômicas, representadas pelo tráfico de escravos, da dimensão religiosa, marcada pela expansão da fé cristã.

reconhecer a existência de incompatibilidades entre as práticas escravistas e as doutrinas essenciais do catolicismo.

Questão: 15 de 116

646f70065512584b896ca46c

copy

Banca: VUNESP

Órgão: Escola de Saúde e Formação Complementar do Exército

Cargo(s): Informática

Ano: 2022

Matéria/Assunto: História > História do Brasil > Escravidão


A partir do excerto, é correto afirmar que, em geral, as comunidades de escravos fugidos

tiveram, como um fator central de sobrevivência e autonomia, a sua localização geográfica, com o intuito de proteger-se contra as expedições repressoras e de permanecer em contato com áreas de cultivo, dos pequenos centros de comércio e entrepostos mercantis circunvizinhos.

alargaram a sua influência social por meio de uma série de estratégias voltadas a estabelecer alianças com pequenos e médios proprietários rurais, que eram auxiliados pelos quilombolas na sabotagem econômica dos grandes proprietários de terras com a organização de fugas de escravos.

organizaram espaços de exploração econômica, com a produção de alimentos e de algodão, matéria- -prima básica para a manufatura de vestimentas rústicas direcionadas à parcela mais pobre da população, e estiveram articulados com proprietários rurais que se opunham à ordem política do Império.

apresentaram a tendência a um considerável isolamento, condição essencial para a sua preservação, e construíram, dessa forma, espaços autossuficientes na produção de alimentos e outros produtos básicos, como armas feitas com ferro e outros minerais já conhecidos pelos africanos.

desenvolveram uma forma de organização política que prescindia da presença de lideranças, cabendo ao coletivo formador do espaço de rebelião o papel de gestor da defesa e do abastecimento de alimentos e armas, que eram obtidos, essencialmente, por meio de saques em espaços urbanos.