Questões de História - Historiador

a crise do modelo de desenvolvimento econômico, evidenciada na recessão e na volta da inflação, o que desgastou o apoio das elites econômicas e dos setores médios ao regime, e o ressurgimento da sociedade civil, simbolizado pelo desenvolvimento de uma enorme rede de movimentos populares urbanos.

o fracasso das políticas de desenvolvimento econômico da ditadura, o que contrariou os interesses de diferentes grupos sociais, e a retomada do movimento operário sindical nas mesmas bases do período anterior ao golpe de 1964, ligado às políticas de Estado e ao papel preponderante de algumas lideranças.

a crítica à implantação de políticas neoliberais pela ditadura militar, inspirada na ditadura chilena de Augusto Pinochet, abrindo o mercado a produtos estrangeiros e prejudicando a indústria nacional, e o avanço de grupos socialistas revolucionários, organizados no campo e nas cidades e nascidos da crítica ao PMDB.

o esgotamento da fórmula econômica que aproximava os militares e o capital financeiro, devido à alta taxa de juros e o favorecimento da especulação, e a crescente pressão demográfica nas grandes cidades do Norte e do Nordeste, como Belém e Recife, o que propiciou a eclosão das primeiras greves pós-ditadura.

o fim da política de conciliação de classes da ditadura, que articulava interesses do topo e da base da pirâmide social até a explosão da crise do petróleo no final dos anos 1970, e a retomada dos movimentos sociais no campo, inspirados na Comissão Pastoral da Terra, que lutavam pelos direitos do trabalhador rural.

cabe a cada nação a escolha sobre os seus lugares da memória, que devem privilegiar as ações heroicas dos fundadores dessa nação, caso dos lideres revolucionários.

os marcos nacionais de memória são objetos de disputa social, na qual alguns eventos são lembrados e reverenciados e outros ignorados ou com a sua importância diminuída.

a memória de uma nação se estabelece por meio de consensos sociais, nos quais os atos violentos tendem a ser esquecidos e os atos de bravura das lideranças políticas são destacados.

a construção de uma história nacional depende da qualidade da ação dos setores populares, porque a memória de uma nação precisa ser baseada na memória da maioria e não das minorias.

não existe a escolha de marcas da nacionalidade, mas estas se impõem com naturalidade, porque o reconhecimento da importância dos sujeitos históricos ocorre de forma espontânea.

ao esforço de legitimar a incumbência da Comissão Nacional da Verdade de processar os ex-torturadores por seus crimes.

à necessidade de defender o esforço da Comissão de Anistia de anistiar ex-presos políticos e punir ex-militares.

à defesa da pressão crescente exercida pela sociedade civil da necessidade de punir guerrilheiros, e não apenas militares.

à tentativa de justificar a política do governo federal de processar militares responsáveis por crimes à época da ditadura.

à crítica da decisão do Supremo Tribunal Federal de não revisar a Lei de Anistia a partir de ação movida pela sociedade civil.

à garantia de que nada se perca das informações e documentos sobre o passado.

ao acesso à totalidade de marcas e vestígios legados pelas sociedades de outras épocas.

à predominância de critérios subjetivos nas escolhas documentais dos pesquisadores.

à ausência de método na pesquisa histórica e ao seu caráter não científico.

à escolha dos historiadores em relação às fontes a serem descartadas.

viu os militares assumirem o poder e estabelecerem uma parceria com um movimento político-religioso islâmico, que depois chegou ao poder por meio de eleições; sem conseguir se manter no poder diante da instabilidade política, o grupo islâmico deu lugar a uma ditadura.

mergulhou em uma guerra civil que opõe a elite e as camadas médias urbanas, habitantes do litoral mediterrâneo e de cultura ocidentalizada, e os grupos étnicos e religiosos do interior do país, associados a grupos fundamentalistas islâmicos que defendem a instalação de uma teocracia.

viveu uma violenta guerra civil entre os grupos favoráveis e contrários ao governo deposto, o que levou à intervenção militar das potências ocidentais com o objetivo de derrotar definitivamente os representantes da antiga ditadura, o que teve como consequência a intensificação do conflito.

consolidou uma democracia representativa moderna, muito próxima do modelo liberal ocidental, sem grandes conflitos e sobressaltos, diferentemente dos países vizinhos que tiveram problemas com guerras, invasões, ditaduras militares e influência política dos radicais islâmicos.

superou o impasse entre o partido islâmico no governo e a oposição secular e aprovou uma Constituição considerada progressista no contexto do Oriente Médio, que prevê igualdade entre homens e mulheres, liberdade de expressão e afiliação e não estabelece a lei islâmica como fonte de legislação.