O texto fornece uma análise detalhada sobre o impacto da crise financeira internacional na economia brasileira, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A CNI reconhece que, embora haja expectativas positivas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008 e uma capacidade maior do Brasil de enfrentar dificuldades, a crise internacional inevitavelmente afetará o país, especialmente em 2009. 

A CNI destaca que a crise reduziria a oferta internacional de crédito e a demanda por produtos brasileiros, além da possibilidade de problemas operacionais devido à falta de renovação de linhas de financiamento ao exterior, especialmente créditos de exportação. Isso indica que a crise tem efeitos significativos, contrários ao que se afirma na última linha do trecho mencionado na questão, que sugere que fatores favoráveis preveniriam o impacto da crise no Brasil. 

Portanto, apesar de algumas condições internas favoráveis mencionadas, como grandes reservas, um superávit primário substancial, um sistema regulatório bancário desenvolvido e menor dependência externa, elas não impedem que as consequências da crise global atinjam o país. O texto esclarece que as condições favoráveis não bloqueiam o desdobramento da crise global de chegar ao Brasil. Assim, ao afirmar que a crise internacional não atingiria o Brasil devido a fatores favoráveis, contradiz-se com o alerta dado pela própria CNI sobre os inevitáveis impactos da crise. 

Gabarito: Letra E

Four favorable factors will prevent Brazil from being
reached by the development of the international financial
crisis.

Based on the text above, judge the items 16 through 30.


The Brazilian economy performance in 2008 should
not be affected by the international financial crisis, mainly
due to the domestic demand. This is the evaluation of
Brazil’s National Confederation of Industries (CNI).
According to the quarterly Conjectural Information,
disclosed on Friday, October 3, the CNI has increased to
5.3% its estimates for growth of the Brazilian Gross
Domestic Product (GDP) this year. The previous forecast, in
June, was that the Brazilian economy would grow 4.7%.
In the evaluation of CNI technicians, the
international crisis should only reflect in the economic results
next year. The GDP in 2009 should grow 3.5%. To the CNI,
the Brazilian capacity to face difficulties is greater than last
year.
The country has great reserves, a substantial primary
surplus, a developed banking regulation system and lower
foreign dependency. “However, these conditions do not bar
the unfolding of the global crisis from reaching Brazil”,
according to the Conjectural Information.
According to the study, the foreign crisis should
reduce the international offer of credit and demand for
Brazilian products. “The former should have more immediate
effects, whereas the latter should present itself in a more
progressive manner, as global trade loses dynamism”, write
the institution’s technicians.
To the CNI, the non-renovation of foreign financing
lines of credit, especially export credit, should create
operational difficulties for companies. This way, according
to the text, the Brazilian Central Bank should be aware of
liquidity problems and of the greater cost of credit, once
again evaluating the monetary policy, “which was not
developed taking into consideration a more adverse
environment as the one we are currently living”.
The industrial sector should grow 5.5% this year, a
little over the average growth of the economy as a whole.
This performance should be boosted by the estimated civil
construction growth of 8.7%. The transformation industry
should grow 5.1% this year.

Todo empezó en 2003, cuando el presidente de la
Reserva Federal, Alan Greenspan, empezó a hablar del
peligro de deflación, es decir, de una caída de los precios.
Ése es uno de los fenómenos más peligrosos en una
economía, porque si los precios caen, es que la gente no
consume. Así que Greenspan, con la ayuda de uno de sus
más cercanos asesores, Ben Bernanke, promovió una drástica
bajada del precio del dinero hasta el 1%. Eso supuso una
masiva inyección de liquidez en la economía y una relajación
del crédito. Greenspan, así, incumplió la que debe ser la
primera obligación de un banco central, que es “llevarse el
alcohol cuando la fiesta todavía no ha acabado”, por utilizar
la frase de William McChesney Martin, que dirigió el Banco
Central Americano en los años 50 y 60. El banco central
inyectó más dinero de la cuenta en EEUU. Y el resultado fue
una borrachera. Y de las grandes.
Con el exceso de liquidez, los bancos empezaron a
conceder créditos inmobiliarios a más y más gente. ¿Por
qué? Porque, con el precio del dinero oficial tan bajo, apenas
les quedaba margen de beneficios en las cuentas y depósitos.
La clave era crear hipotecas, en las que el cliente pagaba un
interés, con lo que el banco obtenía un beneficio.
Al principio, los grandes bancos rechazaron entrar
en ese juego, porque se estaban empezando a romper todas
las normas de control de riesgos. Pero, ante los avances de la
competencia, ellos también tuvieron que empezar a hacerlo.
Así, en poco tiempo, se estaban concediendo liars loans
(créditos mentirosos) a personas que no sólo no cumplían los
requisitos necesarios para acceder a ellos, sino que estaban
mintiendo sobre sus ingresos (frecuentemente, con el
respaldo de los bancos). Greenspan animó, además, a que los
estadounidenses tomaran hipotecas a renta variable, algo
poco frecuente en EEUU.
A su vez, los bancos vendían esas hipotecas. En
otras palabras: las transformaban en bonos y las colocaban
en el mercado de renta fija. Con esa estrategia, en teoría, se
diversificaba el riesgo. Y, para diversificarlo aún más,
empezaron a mezclar diferentes tipos de hipotecas y de
activos en un mismo bono. De esta manera, todos estaban
contentos. El consumidor, porque accedía a hipotecas
baratas, frecuentemente con un periodo de carencia de dos
años hasta que los intereses empezaban a variar. El banco,
porque tenía clientes y a su vez se deshacía de esas
hipotecas, algunas de las cuales, evidentemente, iban a
presentar problemas cuando la Reserva Federal subiera los
tipos de interés. Los tenedores de bonos, porque tenían
numerosos activos a su disposición que, además, podían
asegurar sin problemas, porque las agencias de calificación
de riesgos, que miden la solvencia de las emisiones, daban a
esos títulos calificaciones excelentes.
En esencia, eso fue lo que pasó. Todos estaban
comprando, vendiendo y asegurando unos bonos muy
peligrosos, y a su vez se estaban endeudando —
frecuentemente para adquirir más bonos — usando esos
bonos como garantía.

O texto discorre sobre as previsões econômicas para o Brasil em 2008 e 2009 em meio à crise financeira internacional. Segue uma análise das partes relevantes do texto para chegar à alternativa correta. 

Segundo o texto, a economia brasileira em 2008 teve previsões otimistas, mesmo com a crise financeira internacional. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estimou um crescimento do PIB de 5.3% para 2008, apontando que a crise afetaria o Brasil mais significativamente no ano seguinte, com um crescimento projetado de 3.5% para 2009. 

O texto também menciona que, apesar de o Brasil contar com grandes reservas e um sistema de regulamentação bancária desenvolvido, "as condições [favoráveis] não impedem que a evolução da crise global afete o Brasil". 

Adicionalmente, destaca-se que a crisefinanceira internacional poderia reduzir tanto a oferta de crédito internacional quanto a demanda por produtos brasileiros. Especificamente, prevê-se que "a primeira [oferta de crédito] deve ter efeitos mais imediatos, enquanto a última [demanda por produtos brasileiros] deve se apresentar de maneira mais progressiva, à medida que o comércio global perde dinamismo". 

Fica evidente que a redução na oferta de crédito internacional e a demanda por produtos brasileiros afetariam a economia do Brasil, como indicado pelo estudo. Esta avaliação respalda a assertiva da alternativa, que sugere que a oferta internacional de crédito e a demanda pelo output brasileiro devem afetar a economia do país. 

Gabarito: Letra C

International offer of credit and demand for Brazil’s output
ought to affect its economy.

O trecho aborda a situação da economia brasileira frente à crise financeira internacional. A informação disponibilizada pelo texto menciona que, apesar das condições internas favoráveis como grandes reservas, saldo primário substancial, e um sistema bancário regulamentado, a crise global pode afetar o Brasil.

O texto especificamente cita que a crise externa deveria reduzir a oferta internacional de crédito e a demanda por produtos brasileiros, com efeitos imediatos no crédito e progressivos na demanda. No entanto, isso é mencionado como um risco, não uma certeza.

A afirmação chave em questão é "The international demand for Brazilian products should decrease in the short term, whereas the global offer of credit should show its effects gradually", que se traduz como "A demanda internacional por produtos brasileiros deve diminuir no curto prazo, enquanto a oferta global de crédito deve mostrar seus efeitos de maneira gradual". Esta afirmativa está parcialmente correta conforme o texto menciona que ambos os aspectos (crédito e demanda) serão afetados, mas não especifica com clareza que a demanda diminuirá no curto prazo. 

Pelo texto, enquanto a oferta de crédito terá efeitos mais imediatos, os efeitos na demanda deveriam se apresentar de forma mais progressiva, o que questiona a validade da afirmação sobre a demanda diminuir no curto prazo.

Gabarito: Letra E

The international demand for Brazilian products should
decrease in the short term, whereas the global offer of credit
should show its effects gradually.

A questão pede para julgar itens baseados no texto fornecido, e específica que está relacionada ao desempenho da economia brasileira em 2008 e o impacto da crise financeira internacional.

Primeiramente, o texto menciona que, segundo a avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a economia brasileira em 2008 não seria afetada de forma significativa pela crise financeira internacional principalmente devido à demanda doméstica. A expectativa de crescimento do PIB foi elevada para 5,3%, comparado com a previsão anterior de 4,7%.

Também é destacado que a crise internacional deveria afetar os resultados econômicos somente no ano seguinte, com uma projeção de crescimento do PIB para 2009 em 3,5%, apontando para uma capacidade maior do Brasil de enfrentar dificuldades em comparação com o ano anterior.

A crise estrangeira é dita como responsável pela redução da oferta internacional de crédito e pela demanda por produtos brasileiros, com os efeitos do crédito sendo mais imediatos enquanto a redução da demanda apresentaria efeitos progressivos.

O setor industrial é projetado para crescer 5,5% no ano, acima da média do crescimento econômico total, impulsionado pelo crescimento estimado da construção civil e da indústria de transformação.

A última parte do texto abordada pelo usuário indica que o Banco Central do Brasil está ciente dos problemas de liquidez e do maior custo do crédito, levando a uma avaliação da política monetária que não foi desenvolvida considerando um ambiente adverso como o atual.

Assim, ao rever a assertiva que indica se o Banco Central do Brasil está ciente dos problemas de liquidez e do preço do crédito, vemos claramente no texto que o Banco Central deve estar atento aos problemas de liquidez e ao maior custo do crédito. Dessa forma, a afirmação de que o Banco Central está consciente desses problemas é verdadeira, porém a alternativa correta indicada pelo usuário é "Errado", o que não concorda com as informações do texto.

Gabarito: Letra C

The Brazilian Central Bank is conscious of liquidity
problems and of the price of credit.

A palavra "surplus" referida na linha 16 do texto não é sinônimo de "product". Para entender melhor, vamos analisar o uso desta palavra no contexto fornecido pelo texto. O trecho específico onde "surplus" é utilizado é: "The country has great reserves, a substantial primary surplus, a developed banking regulation system and lower foreign dependency." que traduzido é: "O país tem grandes reservas, um substancial superávit primário, um sistema de regulação bancária desenvolvido e uma menor dependência externa."

A palavra "surplus" neste contexto é especificamente qualificada como "primary surplus", que se refere a um termo econômico "superávit primário", indicando uma condição onde as receitas do país excedem suas despesas, excluindo o custo com juros da dívida. Esse termo é um indicativo de saúde fiscal e não está relacionado diretamente com "produtos" ou bens de consumo.

Por outro lado, "product" refere-se a algo que é produzido ou fabricado, como bens tangíveis ou serviços. É uma referência direta ao resultado final de uma produção. O significado e uso de "product" não têm correlação direta ou sinônimo com "surplus", que se refere a um termo financeiro representando um excesso de receita sobre despesas em um contexto econômico.

Portanto, no contexto e significados dados, as duas palavras não são sinônimas e o item da questão deve ser considerado incorreto quanto à relação de sinônimos.

Gabarito: Letra E

“surplus” (L.16) is synonymous with product.

Questões de Inglês - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada