Questões de História - 1ª República - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia

A Guerra do Contestado, travada em meio às disputas entre os estados do Paraná e Santa Catarina, polarizou a população local em dois grupos: os posseiros, interessados na vitória do governo catarinense, que havia prometido distribuir terras aos que o apoiassem, e os proprietários de terra, donos das terras ricas em erva-mate e madeira, que apoiavam o governo paranaense, que havia prometido regularizar a posse das terras em seu favor.

A Guerra do Contestado, verificada em uma região disputada pelos estados do Paraná e Santa Catarina, foi um conflito armado que colocou, de um lado, os posseiros e, de outro, representantes do poder estadual e federal do Brasil. A principal reivindicação dos chamados “caboclos” ou “sertanejos” e os desempregados com o fim da construção da estrada de ferro São Paulo-Rio Grande era a distribuição de terras por meio de uma reforma agrária promovida pelo governo federal.

Durante o Império, a população da região do Contestado usufruiu de certa autonomia com liberdade, mantendo fluxos livres com as cidades e as capitais dos estados do Paraná e Santa Catarina, sem a intervenção da administração imperial. Essa situação se alterou com o advento da República, principalmente por conta da concessão de terras para a construção da Ferrovia São Paulo-Rio Grande.

Pode-se afirmar que o conflito que deu origem à Guerra do Contestado começou com a criação da capitania do Paraná, em 1853. A partir de então, mas com mais ênfase com a proclamação da República, o governo do Paraná passou a reivindicar para si a região do Contestado, rica em erva-mate e madeira. A disputa se acirrou com a entrada de capitais estrangeiros promovida pelo estado do Paraná, o que acirrou o conflito entre os dois estados e a entrada da população pobre do local, temerosa de perder as terras que possuíam.

O Contestado, que recebeu este nome por ter ocorrido em uma região disputada pelo Paraná e Santa Catarina, foi um movimento originado no fanatismo religioso. Seu líder, um monge, conseguiu revoltar a população dessa região, tendo em vista resolver, pelo uso de armas, esse conflito interestadual.

Eram movimentos de caráter “comunista primitivo”, com a posse coletiva do solo e a distribuição por igual dos produtos do trabalho.

Eram movimentos cujos líderes conseguiram muitos seguidores por acenarem com a constituição de uma sociedade baseada em um socialismo primitivo, com a distribuição equitativa das terras.

Eram movimentos rústicos contrários à República recentemente implantada e à cidade, encarada como sede do poder que dominava e explorava os homens do campo.

Eram movimentos que se opunham à religião católica, pretendendo fundar uma nova religião, baseada no igualitarismo e na fraternidade entre os homens.

Eram movimentos liderados por religiosos e, por isso, seus participantes foram acusados de fanatismo, além de pretenderem a volta da monarquia.

Instituição do federalismo, com a transformação das províncias em estados, que perderam a autonomia administrativa que desfrutavam durante o Império.

Adoção de medidas protecionistas à indústria nacional, que não recebia apoio durante o Império, que defendia uma política liberal, portanto contrária ao estímulo à produção.

Subvenção do governo à imigração, até então, subsidiada por particulares, pelos governos europeus interessados em promover a emigração ou pelos próprios imigrantes.

Extensão do direito ao voto a todos os brasileiros maiores de 21 anos, homens e mulheres, excetuando-se os analfabetos, mendigos, soldados e religiosos que se encontravam sujeitos à obediência eclesiástica.

Separação entre Estado e Igreja, extinguindose o padroado, por meio do qual o Estado controlava a Igreja, mas permitindo o ensino religioso nas escolas.

instituíram escolas e igrejas com a finalidade de disseminar entre os operários suas intenções políticas.

fundaram jornais e escolas com o propósito de estimular a cultura libertária dos anarquistas.

criaram grupos culturais que promoviam atividades teatrais, musicais e pequenas cooperativas onde podiam trabalhar, livremente, sem a opressão dos patrões.

criaram, por meio de subvenções religiosas, escolas e faculdades para educar os operários e seus filhos na cultura libertária.

instituíram que, em todos os sindicatos anarquistas, era preciso ter uma escola, um teatro e um circo para educar os filiados.