Questões de Concurso Instituto Nosso Rumo - 2017

a ideia de democratização como extensão de oportunidades a todos tem sido muito mais atraente para os educadores do que a democratização do ensino, como consistindo basicamente em uma prática educativa fundada na liberdade do educando.

democratizar o ensino pela instituição de práticas educativas fundadas na liberdade do educando tem sido uma proposta sedutora para os educadores: a sua aceitação é sempre interpretada como uma visão retrógrada da educação.

a liberdade na vida escolar ocorre num contorno institucional que, pela sua própria natureza e finalidade, é apto para reproduzir as condições da vida política.

já se formulou a hipótese de que a permissividade acaba gerando atitudes conformistas, porém, quando no ambiente escolar, as crianças ficam entregues ao seu próprio governo, e organizam-se grupos que exigem dos seus membros um grande esforço, com muita diligência.

embora a pregação da democratização do ensino seja antiga e constante no pensamento brasileiro, sempre que ocorreu uma maciça extensão das oportunidades educativas, os educadores sentiram-se chocados no seu zelo pedagógico.

a grande missão da escola deve ser, inquestionavelmente, educar para uma cidadania com valores, de reconhecimento e de respeito pela dignidade de todos os seres humanos. Têm aqui necessariamente lugar a solidariedade e a educação para a justiça, desenvolvendo o sentido de responsabilidade pela transformação das estruturas de injustiça no nosso mundo.

a escola, como espaço de relações fugazes entre pessoas, onde se exercem diversas lideranças, aos mais diferentes níveis, a contar a sala de aula, podería se beneficiar de um diálogo aberto, democrático, razoável e racional, fundado em valores já impostos e no reconhecimento do individual de cada pessoa.

a questão do desenvolvimento de uma cultura organizacional assenta na visão, missão e valores partilhados, essencial para algo que, para muitos, é já considerado uma realidade dominante com a construção de verdadeiras comunidades educativas, cimentadas por laços de respeito, consideração, mesmo de afetividade e, necessariamente, pela construção partilhada de objetivos comuns.

a adequação dos valores para ordenar, de forma livre, criativa e flexível o caos (a permanente instabilidade e mudança ), é essencial para a escola e para os seus agentes educativos, uma vez que jovens mais dificilmente se integram e se deixam influenciar pelas mudanças, incertezas e perplexidades do mundo que os rodeia.

só organizações educativas, cujo ambiente permita a libertação da energia criativa das suas pessoas, desenvolvendo os seus valores e o seu valor, terão condições para ajudar a libertar todo o potencial nos seus alunos. Dessa forma, infere-se que esse modelo não apresenta limitações, como os outros modelos ou propostas, contudo, podendo sempre melhorar continuamente.

Um ensino de competências para a vida não exige a criação de uma área específica para todos os seus componentes de caráter metadisciplinar, desde que incite a reflexão e o estudo teórico e, ao mesmo tempo, sua aprendizagem sistemática em todas as outras áreas.

A competência e os conhecimentos são antagônicos, pois nem sempre a atuação competente representa a utilização de conhecimentos inter-relacionados às habilidades e às atitudes.

As competências escolares devem englobar de forma exclusiva os âmbitos sociais e profissionais.

A aprendizagem de uma competência está muito distanciada do que é uma aprendizagem mecânica; significa um maior grau de relevância e funcionalidade possível, pois, para poder ser utilizada, devem ter sentido tanto a própria competência quanto seus componentes procedimentais, atitudinais e conceituais.

Existe uma metodologia própria para o ensino das competências - esta é utilizada no Saresp - através de condições sobre como devem ser as estratégias.

o julgamento de valor deveria ter a função estática de classificar um objeto ou um ser humano histórico em um padrão previamente determinado, função esta que abarca uma gama de fatores, dando base para estudos mais amplos.

o ato de avaliar serve como pausa para pensar a prática e retornar a ela, não como um meio de julgar a prática e torná-la estratificada.

o momento de avaliação deveria ser um “momento de fôlego” na escalada, para, em seguida, ocorrer a retomada da marcha de forma mais adequada, e nunca um ponto definitivo de chegada, especialmente quando o objeto da ação avaliativa é dinâmico, como no caso da aprendizagem.

com a função classificatória, a avaliação pode auxiliar o avanço e o crescimento, tendo bases de medida e estatística para este fim.

através da avaliação classificatória, a avaliação constitui-se em um instrumento ascensor do processo evolutivo de crescimento, principalmente quando pode ser visualizada através dos períodos.

a primeira caracteriza-se por preocupar-se mais com a variedade de conceitos do que com a formação do pensamento reflexivo, enquanto a segunda acredita implicitamente nas virtudes formativas das disciplinas do currículo.

a primeira é caracterizada não somente pela transmissão de verdades, informações, demonstrações etc., mas sim pelo fator do aluno aprender por si próprio e conquistar essas verdades, e a segunda tem a aprendizagem como a qualidade de um envolvimento pessoal, a pessoa como um todo, tanto sob o aspecto sensível, quanto sob o aspecto cognitivo.

a primeira tem a relação professor-aluno como horizontal e não imposta, já a segunda é uma pedagogia do conhecimento, e o diálogo, a garantia desse ato de conhecimento.

na primeira, a escola é o local da apropriação do conhecimento, por meio da transmissão de conteúdos e confrontação com modelos e demonstrações; na segunda, caracteriza-se pelo primado do objeto (empirismo), o conhecimento é uma “descoberta” e é nova para o indivíduo que a faz.

para a primeira, ensinar consiste em um arranjo e planejamento de contingência de reforço sob os quais os estudantes aprendem, já a segunda é considerada e aceita como uma agência educacional que deverá adotar forma peculiar de controle, de acordo com os comportamentos que pretende instalar e manter.