O texto II narra a experiência de um jovem diplomata ao ingressar no Foreign Office, descrevendo a falta de preparação formal e o processo de recrutamento desafiador. Para analisar a inferência proposta na questão, devemos focar nos detalhes relevantes para entender se o texto realmente sugere uma "preferência por jovens brilhantes".

Na passagem inicial do texto, o autor menciona que, ao final das três etapas dos exames de admissão, "somente um pouco mais de vinte sobreviveram à fase final para ser admitido no Foreign Office". Isso destaca a natureza competitiva do processo, mas não esclarece especificamente sobre a preferência por jovens talentosos.

No entanto, o texto ilustra que o autor, aos vinte e dois anos, foi admitido e imediatamente colocado em uma posição de responsabilidade, o que poderia sugerir que ele era considerado capaz. No entanto, a história subsequente sobre sua dificuldade em lidar com o termo "roselle" durante uma tradução importantíssima sugere que, embora jovem, ele não estava totalmente preparado ou necessariamente excepcional em seu papel desde o início. Ele descreve seu desespero e a confusão gerada ao interpretar "roselle" como "jute", um erro que por pouco não colocou sua carreira em risco. 

Assim, mesmo que o processo de seleção fosse rigoroso e que o narrador fosse jovem, os detalhes do texto não apontam explicitamente para uma "preferência deliberada por jovens brilhantes". Mais especificamente, não há indicação de que o Foreign Office selecionava candidatos com base na juventude aliada a uma excepcionalidade destacada, e sim baseado em um processo eliminatório competitivo.

Gabarito: Letra E

It can be correctly inferred that, when it came to hiring, the
Foreign Office had a clear preference for bright young people.

Considering the ideas and the vocabulary of text II, decide whether
the statements below are right (C) or wrong (E).


When I joined the Foreign Office, I was astonished
at the lack of formal preparation for the job. In those days,
the Civil and Diplomatic Service entrance exams took place
in three stages, by the end of which hundreds of unsuccessful
candidates had been knocked out. Only a score or so survived
the final stage to be admitted to the Foreign Office.
My induction course lasted about a month. Then,
one morning, I was taken to the West and Central Africa
Department, told that I would be responsible for
French-speaking African countries plus Liberia. And that
was that. I was now, at the tender age of twenty-two,
a wet-behind-the-ears but fully functioning British diplomat. 
I was put unsparingly to the test in my first month.
I was summoned to the office of the Minister of State,
a genial politician called George Thompson, who was about
to receive an official visitor from the Central African Republic.
I was there to interpret between English and French. The usual
pleasantries of a courtesy call were easy enough to translate.
But, just as I was beginning to relax, the official told
Thompson that one of the main exports from his country
was roselle. What on earth was roselle? With panic rising
in my gorge, something made me blurt out “jute”. To my
horror, there ensued a lively conversation in which Thompson
said “jute” and the African minister said roselle. 
After the meeting, I raced back to my office and
looked in my dictionary. Roselle was not there. I tried out
the mystery word on a French friend, but he had not heard
of it either. But the next day, he called back. What was
a British minister doing, he asked, talking to a politician from
the Central African Republic about a plant that was used as
a diuretic and food-colouring agent? My heart sank. I saw my
career slipping beneath the waves before it had hardly begun.
“Oh, and by the way,” he added, “it’s also used sometimes as
a substitute for jute fibre — if that’s of any interest to you.”.

A narrativa do texto II foca na experiência inicial do autor no Foreign Office, destacando principalmente sua inexperiência e os desafios enfrentados em seu primeiro mês, particularmente durante uma interpretação sobre a exportação de "roselle". 

O autor admite que, diante da palavra desconhecida "roselle", sentiu pânico e acabou traduzindo como "jute" (juta), o que levou a uma conversa confusa entre o Ministro George Thompson e o visitante da República Centro-Africana. Este equívoco não foi esclarecido na hora, levando a mais confusões. 

Mais tarde, após a reunião, o autor buscou esclarecer o significado de "roselle" e descobriu por um amigo francês que se tratava de uma planta usada como diurético e corante alimentar. Além disso, o amigo mencionou que a planta poderia ser usada às vezes como substituto de fibra de juta. Essa informação revela que, embora inicialmente parecesse um erro grave, a tradução de "roselle" como "jute" acabou sendo parcialmente justificável, embora não totalmente correta. 

Portanto, o erro na tradução não se mostrou totalmente prejudicial como a afirmativa sugere, pois, embora tenha sido um momento de tensão para o autor, a planta roselle realmente podia ser substituta da juta em certos contextos. Desse modo, não há evidências diretas no texto que confirmem que o erro de tradução prejudicou efectivamente o Ministro Britânico em sentido estratégico ou diplomático definitivo. 

Gabarito: Letra E

The fact that the author didn’t know the meaning of the word
“roselle” and translated it as “jute” was prejudicial to the
British Minister.

Decide whether the statements below, which concern the ideas of
text II and the vocabulary used in it, are right (C) or wrong (E).


O texto discute como a diplomacia francesa tem mudado ao longo dos anos, especialmente em relação à inclusão de mulheres na função de embaixadoras. Analisando as ideias principais e o vocabulário do texto, podemos identificar vários pontos relevantes para confirmar a alternativa correta.

No início do texto, é mencionado que todos os verões, o serviço diplomático francês convoca todos seus embaixadores para uma semana de brainstorming e boa gastronomia em Paris. A descrição inicial dos embaixadores como "monochrome, middle-aged and male" (monocromáticos, de meia-idade e masculinos) estabelece a base para uma contraposição que vem a seguir.

Desde 2015, observa-se um aumento significativo na participação feminina. A menção de "silk scarves and coloured jackets" (lenços de seda e jaquetas coloridas) serve como um símbolo visual dessa mudança, contrastando fortemente com a descrição anterior. Essa mudança é reforçada pelos dados numéricos: cerca de um terço do corpo de embaixadores é composto por mulheres, em 2015, em comparação com proporções menores em outros países como o Reino Unido e os Estados Unidos.

O texto também discute mudanças políticas específicas que promoveram essa transformação, como a decisão de 2012 de reservar uma quota de cargos públicos de alto nível para mulheres, com objetivo de atingir 40% até 2018.

Além disso, é debatido o impacto dessa feminização na imagem nacional. A escolha do feminino nas denominações dos cargos ("Madame l’Ambassadrice" versus "Madame l’Ambassadeur") ilustra um aspecto linguístico da mudança. O texto conclui afirmando que um "projeto de representação menos masculino" pode projetar uma imagem nacional menos ultrapassada, o que é crucial em um contexto onde o poder suave está se tornando cada vez mais importante.

Portanto, a alternativa correta é "C", já que o texto efetivamente utiliza o contraste entre imagens masculinas e femininas, juntamente com exemplos de mudanças oficiais de política, como recursos retóricos para reforçar a ideia de uma diplomacia francesa cada vez mais feminina. Isso é evidenciado tanto pelas descrições visuais quanto pelos dados e políticas mencionados.

Gabarito: Letra C

The contrast between the images created by the expressions
“monochrome, middle-aged and male” and “silk scarves and
coloured jackets” functions as a rhetorical resource which
reinforces the idea that French diplomacy is becoming a more
feminine realm.

Decide whether the statements below, concerning the ideas and the
vocabulary of text III, are right (C) or wrong (E).


At the end of every summer, the French diplomatic
service summons all its ambassadors from around the world
to Paris for a week of brainstorming and fine cuisine. Usually,
the assembled crowd is monochrome, middle-aged and male.
Since 2015, however, it has been marked by silk scarves
and coloured jackets: in that year, nearly a third of the
ambassadorial corps was made up of women, compared to 19%
in Britain and 26% in the United States.
Indeed, France has transformed the place of female
diplomats. Surely, this has not happened without an official
push: a few years ago, in 2012, France decided to reserve
a share of top public-service appointments for women,
with a target of 40% by 2018.
Does a female ambassador change anything?
Besides the pressing linguistic question of whether to call
her Madame l’Ambassadrice (favoured by some younger
diplomats) or Madame l’Ambassadeur (which some prefer
in order to avoid being taken for an ambassador’s wife),
the answer may be: not all that much. Perhaps most
importantly, a less male representation projects a less fusty
national image at a time when soft power counts for ever more.
In fact, feminisation seems to be part of a broader French effort
to “renew our global diplomacy for the 21st century”,
said Laurent Fabius, the foreign minister, whose predecessor
but one was a woman, Michèle Alliot-Marie.

O texto explica em detalhes o desenvolvimento dos dialetos americanos em comparação com o inglês britânico e discute como as diferentes influências linguísticas e culturais moldaram o inglês falado na América pós-colonial. O ponto chave para esta questão é entender se havia uma indicação de ethos igualitário nas colônias americanas emergente da dificuldade de identificar origens sociais através da fala americana.

Inicialmente, o texto aponta que, ao contrário do inglês britânico, era muito mais complicado identificar o histórico de uma pessoa apenas pelo seu modo de falar na América do século XVIII: 
"...it was much harder to pinpoint an American speaker’s background in the same way." (era muito mais difícil identificar o histórico de um falante americano da mesma maneira).

Em seguida, o texto descreve a natureza do koine americano, uma mistura entre diferentes línguas e dialetos que emergiu como um modo de fala comum. Isso diluiu as marcas de status social que os dialetos poderiam representar:
"...in colonial America speakers of all classes and regions might have used these forms, diluting them as signs of social status." (na América colonial, falantes de todas as classes e regiões poderiam usar essas formas, diluindo-as como sinais de status social).

Pode-se inferir que a dificuldade de discernir a origem social de um falante representa uma característica de uma sociedade menos estratificada pelo menos em termos linguísticos. Contudo, o texto não afirma explicitamente que essa característica reflete um ethos igualitário intencional das colônias americanas; mais específicamente, ele aponta apenas que ocorreu uma diluição de sinais linguísticos de status social devido às características do koine.

A alternativa incorretamente pressupõe que a igualdade de tratamento de diferentes dialetos e a fusão linguística refletiram um ethos igualitário. O texto sugere que esses fenômenos resultaram mais da natureza da colonização e da diversidade de imigrantes do que de uma filosofia ou política deliberada de igualdade.

Portanto, a afirmativa é incorreta, pois extrapola ou interpreta erroneamente as informações presentes no texto sobre a conexão entre a dificuldade de identificar a origem social e um ethos igualitário das colônias americanas.

Gabarito: Letra E

According to the text, the fact that social origin was not as
easy to identify based on the koine of eighteenth-century
Americans as was the case with contemporary Britons reflected
the early American colonies’ egalitarian ethos.

Decide whether the following statements are right (C) or wrong (E)
according to text IV.


When did Americans start sounding funny to English
ears? The story is not as simple as some believe. Thanks to a
remarkable kind of linguistic melting pot process, early
Americans spoke with a standard dialect all their own that was
often met with approval by English observers, in contrast to
how certain American accents are sometimes judged today.
From the early eighteenth century, while British
English speakers could easily reveal details about their
background through their speech, it was much harder to
pinpoint an American speaker’s background in the same way.
Many described the American dialect of the day as being,
surprisingly, pretty close to the accepted British grammatical
standard of London “polite” society, even if there were some
accent differences and linguistic variation. While these would
have been indicators of lower status in England, in colonial
America speakers of all classes and regions might have used
these forms, diluting them as signs of social status.
Some fairly resilient linguistic myths have arisen as
folk explanations for why British and American dialects are the
way they are, including the often-cited belief that Shakespeare
sounded much more American than he did British, and thus
American English must be free from any modern linguistic
“corruption” that followed.
George Philip Krapp, among others, makes a
compelling argument against the theory that a transplanted
dialect or language suddenly has its linguistic development
arrested, so that examples like American English or Acadian
French must simply be more archaic than the dialects that
continued evolving in their home countries.
Far from being an isolated community, the American
colonies developed culturally and linguistically while being in
constant contact with the outside world and with a healthy flow
of immigrants from many different backgrounds. The truth is,
in the context of a linguistic melting pot, a kind of linguistic
leveling occurs, and a common mode of speech, or koine,
emerges. No single dialect is really transplanted intact and
unchanging. American English is not eighteenth-century British
English frozen in time while British English varieties changed
in a different direction. American English behaves no
differently from any other dialect in this way; it develops and
innovates but also maintains certain linguistic characteristics
meaningful to its speech community, in the same way that
British English does.
But in order for linguistic innovation to really take
root, you need a bunch of colonial babies. The founding
generation of settlers wasn’t immediately followed by a huge
influx of immigrants with other dialects and languages until an
American koine was already mostly established by newer
generations of Americans, at which point more recent
immigrant waves began to adopt the prevailing ways of
speaking. Many eventually abandoned their native tongue and
assimilated into the wider linguistic community.
So by the time of the signing of the Declaration of
Independence, it’s clear Americans didn’t have to hold their
tongue with the British — they spoke with the national dialect
that had steadily evolved for at least two generations before
1776.

O trecho relevante do texto para analisar a afirmativa é: "Many described the American dialect of the day as being, surprisingly, pretty close to the accepted British grammatical standard of London 'polite' society, even if there were some accent differences and linguistic variation." Esse trecho indica que, historicamente, o dialeto americano era considerado próximo ao padrão gramatical britânico, apesar de algumas diferenças de sotaque e variações linguísticas.

O texto também menciona que, no contexto da mistura de línguas, ocorre um nivelamento linguístico, resultando em uma forma comum de fala, ou 'koine'. Isso sugere que não houve uma declínio gramatical, mas sim uma evolução do inglês americano similar ao processo de mudança que ocorre em qualquer outro dialeto. 

Não há no texto uma indicação explícita de que os padrões gramaticais americanos contemporâneos estão em declínio em comparação com os tempos coloniais. Pelo contrário, o texto argumenta que o inglês americano não é uma forma arcaica do inglês britânico, mas que ele também se desenvolve e inova, mantendo características linguísticas significativas para sua comunidade de fala. 

A afirmação de que os "sotaques americanos contemporâneos insinuam padrões gramaticais em declínio na América em comparação com os tempos coloniais" não é apoiada pelo texto. Assim, classifica-se a declaração como incorreta. O texto indica uma evolução contínua e coesão entre as formas de fala, em vez de um declínio gramatical. 

Gabarito: Letra E

It can be said from the text that to British ears, contemporary
American accents belie declining grammar standards in
America as compared to Colonial times.

Questões de Concurso IRB Brasil RE