Questões de Medicina - Médico Legista

Lesões em indivíduos suspeitos da prática de homicídio servem de subsídio para se diagnosticar a autoria do crime.

Feridas nas mãos da vítima indicam lesões de defesa e sugerem agressão por terceiros.

No esgorjamento suicida, a lesão geralmente é horizontal.

A imolação pela ação do fogo é uma forma de morte violenta de causa exclusivamente homicida.

Nas situações de defenestração, distingue-se o suicídio do homicídio pela distância entre o local de queda do corpo e a fachada do prédio.

Os efeitos primários e secundários do tiro sobre o alvo não variam de acordo com o comprimento do cano da arma, sendo possível determinar-se a distância do tiro e fazer-se a distinção entre suicídio e homicídio.

No esgorjamento suicida, caso o indivíduo seja destro, a ferida é mais profunda em sua porção terminal, geralmente na fossa supraclavicular maior ou menor direita.

O esgorjamento de vítima atacada pelas costas, se realizado por agressor destro, produz, geralmente, lesão incisa oblíqua com porção terminal mais superficial.

No homicídio por arma de fogo, com disparo efetuado contra o crânio, o trajeto do projétil comumente percorre a seguinte direção: de baixo para cima e de trás para frente.

Em suicídios cometidos por indivíduos destros, que disparam arma de fogo contra a região lateral do crânio, geralmente se observa que o projétil penetra no meato acústico externo direito e dirige-se ligeiramente para trás e para cima.

esganadura é comumente identificada nos casos de suicídio.

O afogamento por submersão é uma forma de homicídio rara, porém frequente nos acidentes.

Os enforcamentos constituem uma forma comum de prática de homicídio e suicídio.

O estrangulamento é frequente nos homicídios e suicídios, mas de baixa ocorrência em acidentes.

Os acidentes de trânsito são frequentes como forma de homicídio; no entanto, ocorrem raramente em casos de suicídios.

Cianose e petéquias acima do laço, aumento do volume da língua e edema palpebral não diferenciam os enforcamentos por homicídio, nos quais o cadáver tenha sido suspenso posteriormente ao óbito, dos enforcamentos por suicídio, pois são evidências encontradas em ambas as situações.

Os acidentes fatais causados por eletricidade natural podem ser confundidos com homicídios devido ao mau estado das roupas e à presença de lesões contusas nas vítimas.

Caso se encontre, no mato, um corpo em estado de esqueletização, sem fraturas e sem outros sinais de violência, é correto afirmar que a morte ocorreu por causas naturais.

Equimoses e estigmas ungueais ao redor da boca da vítima são lesões exclusivas das sufocações.

A sufocação por impedimento da entrada de ar nas vias aéreas, mediante a oclusão dos orifícios naturais, é sempre de origem homicida, pois requer superioridade de força do agressor.

As feridas incisas na face anterior do punho são raras no suicídio e mais frequentes na dissimulação de homicídio.

A presença de lesões incisas já cicatrizadas nos punhos impede a conclusão de que houve suicídio.

Não são encontradas nos homicídios por esgorjamento lesões paralelas ao corte principal, pois a ferida incisa é feita de um só golpe.

As lesões perfurantes de intenção homicida são mais comuns que as de origem acidental.

Lesões de hesitação são encontradas no esgorjamento suicida e traduzem as tentativas da vítima de testar sua sensibilidade à dor.