Vamos destrinchar essa questão e soltá-la mais fácil do que um chat de sexta à noite! 
 
O texto CB1A1-II que você trouxe fala sobre diferentes tipos de corrupção, incluindo a grande corrupção, a corrupção burocrática e a corrupção legislativa. Analisando bem o trecho do texto, percebemos que esses tipos de corrupção são caracterizados por trocas entre os agentes envolvidos, não necessariamente iniciadas pelos agentes públicos ou para facilitar as transações das quais participam. 
 
Agora a jogada interessante aqui: as descrições no texto indicam que cada tipo de corrupção tem características próprias: 
- A grande corrupção geralmente envolve atos de elite política com impactos em políticas econômicas que os beneficiam. 
- A corrupção burocrática envolve atos da burocracia que se relacionam com superiores hierárquicos ou o público em geral. 
- A corrupção legislativa está ligada à compra de votos de legisladores. 
 
Nenhum desses tipos descreve especificamente uma ação que facilite transações em si, mas sim trocas que ocorrem de maneiras que podem ser prejudiciais ou antiéticas, de acordo com o contexto. Portanto, o item afirmativo que sugere que as trocas corruptas são iniciativas exclusivas dos agentes públicos para facilitar transações é um erro de interpretação. 
 
Então, segurando os livros de MPB e dando um twist no enredo, destacamos que a alternativa correta é E.

Depreende-se do texto que a grande corrupção, a corrupção burocrática e a corrupção legislativa são trocas corruptas de iniciativa de agentes públicos que facilitam as transações de que participam.


Texto CB1A1-II
 A palavra “corrupção” tem origem nas palavras latinas corruptio e corrumpere, que indicam algo que foi corrompido, deturpado. Por ela ser um termo polissêmico, entendemos que a sua história conceitual é incerta. É usual o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista, como algo resultante da falta de caráter dos indivíduos. Contudo, tal abordagem não apresenta validade científica, já que moral é um atributo individual, dotado de subjetividade e culturalmente circunscrito.
 A manifestação de práticas corruptas pode-se dar em ambientes públicos ou privados, a partir de numerosos tipos de ação e em variada magnitude. Em todos os casos, a corrupção sempre se materializa a partir de trocas entre os agentes. Em relação a quem participa da troca corrupta, em situações nas quais há participação de agentes públicos, distinguem-se três tipos de corrupção: a grande corrupção, a corrupção burocrática (a pequena corrupção) e a corrupção legislativa. A primeira normalmente se refere a atos da elite política que cria políticas econômicas que a beneficiem. A segunda tem a ver com atos da burocracia em relação aos superiores hierárquicos ou ao público.
A terceira se relaciona à compra de votos dos legisladores.
 Nas três formas, encontramos algum tipo de pagamento.
Isso nos leva a concluir que a corrupção tem uma natureza essencialmente econômica: ela é uma troca socialmente indesejada. Com isso, queremos dizer que, apesar de não se configurar necessariamente como ilegal em todos os seus tipos, ela se configura como um jogo de soma zero entre a sociedade e os participantes do ato corrupto.

Com base nas ideias do texto CB1A1-II, julgue o item a seguir.


Vamos mergulhar no conteúdo do texto e no enunciado da questão pra descomplicar essa parada. O texto inicia falando sobre a origem do termo "corrupção" e seu caráter polissêmico, ou seja, que tem várias interpretações. A questão aqui é analisar uma afirmação que diz que, apesar de nem todos os tipos de corrupção serem ilegais, todos são socialmente indesejáveis. 
 
Olhando pro texto, a parte chave que apoia a afirmação da banca é: "Com isso, queremos dizer que, apesar de não se configurar necessariamente como ilegal em todos os seus tipos, ela se configura como um jogo de soma zero entre a sociedade e os participantes do ato corrupto." Isso basicamente quer dizer que, ilegal ou não, a corrupção sempre traz um prejuízo geral para a sociedade, tornando-se indesejável para o coletivo. 
 
Então, embora a ideia de uma 'troca socialmente indesejada' possa parecer um pouco subjetiva a primeira vista, o texto deixa claro que esse é exatamente o caso com a corrupção. Afinal, mesmo que não seja ilegal, essa troca traz um ônus para a sociedade, configurando-se como algo que ninguém realmente quer. 
 
A alternativa correta é C.

De acordo com a perspectiva defendida no texto, embora haja tipos de corrupção que não configurem uma infração à lei, qualquer tipo de corrupção é uma troca socialmente indesejável.


Vamos desenrolar essa questão e tentar entender os meandros do enunciado e do trecho do texto que está associado. Segundo o comando, estamos avaliando o terceiro período do primeiro parágrafo do texto, que é: 
 
"Contudo, tal abordagem não apresenta validade científica, já que moral é um atributo individual, dotado de subjetividade e culturalmente circunscrito." 
 
A questão pede para julgarmos se esse período transmite um juízo de valor negativo em relação à abordagem moralista da corrupção. Um juízo de valor, lá no nosso linguajar mais descolado, seria uma opinião que implica uma avaliação positiva ou negativa sobre algo, sacou? 
 
Agora, se ligando no trecho, percebe-se que o autor do texto crítica, sim, a abordagem moralista ao dizer que ela não tem validade científica. Isso porque ele argumenta que a moral é algo muito pessoal, subjetivo e variável culturalmente. Mas pera lá! O uso crítico não é necessariamente um juízo de valor negativo. Ele está mais para uma análise baseada na falta de embasamento científico da abordagem moralista, do que uma desvalorização por motivos pessoais ou emocionais. 
 
Portanto, o texto não transmite um juízo de valor negativo, ele mais aponta uma limitação prática daquela visão sobre corrupção. Por isso, a alternativa correta é E.

O terceiro período do primeiro parágrafo transmite um juízo de valor negativo a respeito da abordagem moralista da corrupção.


Vamos lá, analisando o textão... O texto começa falando sobre a origem e o conceito de corrupção, incluindo a viés moralista e científica. Interessante, né? Mas olha só, quando ele começa a detalhar sobre os tipos de corrupção, fica claro que não se limita só ao ambiente político. O texto menciona que a corrupção pode ocorrer tanto em ambientes públicos quanto privados, e varia em magnitude e tipos de ações. 
 
Através desses detalhes, percebe-se que a corrupção não é encarada apenas como um tema político, mas envolve também o setor privado e tem diversas faces, o que inclui aspectos econômicos (como mencionado no final do texto, ao dizer que corrupção é uma troca socialmente indesejada e centraliza numa relação de suma zero contra a sociedade). 
 
Portanto, a afirmação de que no texto a corrupção é tratada como um tema "eminentemente político" - ou seja, predominante e exclusivamente relacionado à política - não bate com o que está no texto, pois a corrupção é apresentada com um escopo mais amplo, envolvendo outras esferas além do público/político. Logo, afirmar que se restringe a isso seria uma leitura muito limitada do que está apresentado. 
 
A alternativa correta é E.

No texto, a corrupção é tratada como um tema eminentemente político e, portanto, circunscrito aos atos do poder público.

Vamos mergulhar nessa questão, chefe! A questão que nos apresenta foca na substituição da conjunção "Contudo" por "Conquanto" e como isso interfere na coerência e na gramaticalidade do texto. "Contudo" é uma conjunção adversativa que indica uma oposição ou contraste em relação ao que foi dito anteriormente, certo? Agora, "Conquanto", por sua vez, é uma conjunção concessiva, que introduz uma ideia de concessão, tipo "apesar de" ou "mesmo que". 
 
 
 
No texto, o autor apresentou primeiramente uma visão moralista da corrupção e imediatamente depois usou "Contudo" para introduzir uma contraposição, dizendo que essa abordagem moralista não tem validade científica por ser subjetiva e culturalmente limitada. A conjunção "Contudo" serve aqui para opor esta visão à argumentação que precede, mostrando que há uma restrição na validez da abordagem moralista. 
 
 
 
Se substituíssemos "Contudo" por "Conquanto", acabaríamos com uma frase que sugere concessão, algo como "apesar de". Isso mudaria completamente o sentido, pois passaria a parecer que, a despeito da falta de validade científica da abordagem moralista, ainda há algo a ser considerado, o que claramente não é a intenção do autor. A mudança traria uma contradição com o que a frase está de fato indicando, o que prejudicaria a coerência e a correção gramatical do texto, pois desviaria o propósito argumentativo inicial. 
 
 
 
Dessa maneira, substituir "Contudo" por "Conquanto" definitivamente não mantém o texto alinhado com a coesão desejada pelo autor, tornando a resposta correta sim a letra C. 
 
 
A alternativa correta é C.

No último período do primeiro parágrafo, a substituição de “Contudo” por Conquanto prejudicaria a coerência e a correção gramatical do texto.

Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item subsequente.


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