Vamos mergulhar na análise dessa questão, com vibe meio nerd de entender a linguagem e o contexto. Segura na minha mão e bora lá! 
 
De primeira, o enunciado pede para gente ligar a incerteza da história conceitual da palavra "corrupção" e a polissemia dessa palavra às mesmas causas, segundo o texto. Sabe como é, precisa entender não só as palavras, mas o entrelinhas. 
 
No início do texto, fica claro que "corrupção" tem múltiplos significados (polissemia), e isso, junto com a origem das palavras latinas, parece causar uma certa névoa sobre sua história conceitual, tornando-a incerta. Mas vamos prestar atenção: o texto diz que a palavra é polissêmica e que "entendemos que a sua história conceitual é incerta." Isso joga uma vibe de que uma não necessariamente causa a outra diretamente. 
 
Em resumo, o texto não confirma que a incerteza histórica e a polissemia de "corrupção" têm as mesmas raízes, só apresenta essas características como fatos. Isso é tipo encontro casual num café, cada uma veio por um caminho diferente, saca? 
 
<ul style="text-align: left;"> 
<li>A palavra é polissêmica: tem mais de um significado.</li> 
<li>História conceitual incerta: a gente não tem muita certeza sobre a evolução conceitual da palavra.</li> 
</ul> 
 
Portanto, dizer que essas características estão intrinsecamente ligadas às mesmas causas é uma forçada de barra, segundo o texto. 
 
A alternativa correta é E.

A incerteza da história conceitual da palavra ‘corrupção’ e a polissemia dessa palavra são associadas às mesmas causas no texto.


Texto CB1A1-II
 A palavra “corrupção” tem origem nas palavras latinas corruptio e corrumpere, que indicam algo que foi corrompido, deturpado. Por ela ser um termo polissêmico, entendemos que a sua história conceitual é incerta. É usual o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista, como algo resultante da falta de caráter dos indivíduos. Contudo, tal abordagem não apresenta validade científica, já que moral é um atributo individual, dotado de subjetividade e culturalmente circunscrito.
 A manifestação de práticas corruptas pode-se dar em ambientes públicos ou privados, a partir de numerosos tipos de ação e em variada magnitude. Em todos os casos, a corrupção sempre se materializa a partir de trocas entre os agentes. Em relação a quem participa da troca corrupta, em situações nas quais há participação de agentes públicos, distinguem-se três tipos de corrupção: a grande corrupção, a corrupção burocrática (a pequena corrupção) e a corrupção legislativa. A primeira normalmente se refere a atos da elite política que cria políticas econômicas que a beneficiem. A segunda tem a ver com atos da burocracia em relação aos superiores hierárquicos ou ao público.
A terceira se relaciona à compra de votos dos legisladores.
 Nas três formas, encontramos algum tipo de pagamento.
Isso nos leva a concluir que a corrupção tem uma natureza essencialmente econômica: ela é uma troca socialmente indesejada. Com isso, queremos dizer que, apesar de não se configurar necessariamente como ilegal em todos os seus tipos, ela se configura como um jogo de soma zero entre a sociedade e os participantes do ato corrupto.

Com base nas ideias do texto CB1A1-II, julgue o item a seguir.


Questões de Português - Polissemia - Ministério Público de Contas do Estado de Santa Catarina