Por consequência (l. 19 e 20) por Consequentemente.

No entanto (l. 24) por Contudo.

Além disso (l. 32) por Ademais.

ainda que (l. 37) por apesar.

A questão pede para identificar a alternativa que prejudica a sintaxe do texto ao substituir um conjunto de palavras por outro. Vamos analisar uma a uma.

Alternativa A: "Por consequência" pode ser substituído por "Consequentemente" sem problemas de sintaxe. Ambos indicam uma relação de causa e efeito, e são conectivos adequados para esse contexto.
 
Alternativa B: "já que" pode ser substituído por "pois" sem afetar a sintaxe. Ambos são conectivos causais que explicam o motivo de algo mencionado anteriormente na frase.
 
Alternativa C: "No entanto" pode ser trocado por "Contudo". Essas duas palavras são conjunções adversativas que servem para introduzir uma ideia contrária ou um contraponto ao que foi dito anteriormente.
 
Alternativa D: "Além disso" pode ser substituído por "Ademais". Ambos são conectivos usados para adicionar informação, reforçando o que foi mencionado antes.
 
Alternativa E: A substituição de "ainda que" por "apesar" não é adequada no contexto dessa sentença. "Ainda que" é usado para introduzir uma concessão, com sentido similar a "mesmo que" e requer uma estrutura que possa sustentar um verbo no subjuntivo. Já "apesar" é uma preposição que requer um substantivo subsequente, como em "apesar das dificuldades", modificando a estrutura necessária e assim, prejudicando a sintaxe do segmento.
 
Portanto, a alternativa correta é E.

Por Valéria Bretas

 Destinar mais recursos à educação é o caminho certo para a redução da taxa de homicídios: é o que diz a análise do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) divulgada recentemente, _________, para cada 1% a mais de jovens entre 15 e 17 anos nas escolas, há uma diminuição de 2% na taxa de pessoas assassinadas nos municípios brasileiros. “Segundo as nossas estimativas, a probabilidade de um indivíduo com até sete anos de estudo ser assassinado, no Brasil, é 15,9 vezes maior de outro indivíduo que tenha ingressado na universidade, o que mostra que a educação é um verdadeiro escudo contra os homicídios no Brasil”, afirma o responsável pelo estudo, Daniel Cerqueira, doutor pela PUC-Rio e técnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA.
 De acordo com o pesquisador, há teorias e evidências empíricas internacionais que mostram que o impulso ao crime não é uma constante na vida do indivíduo, mas segue um ciclo que se inicia aos 13 anos, atinge um ápice entre 18 e 20 anos e termina aos 30 anos. “No Brasil, além da questão da juventude, os indivíduos que sofrem e que cometem homicídio têm baixa escolaridade (não completaram sequer o ensino fundamental) e são moradores das periferias ou de comunidades pobres nas grandes cidades. São jovens _______ infância foi marcada por um aprendizado de violência doméstica e, fora de casa, aprenderam na pele que os direitos de cidadania são para poucos. Eles enxergam no crime aquilo que dificilmente conseguiriam de outra forma: bens materiais, respeito e status social”, diz Cerqueira. Para ele, a melhora na qualidade dos serviços educacionais pode evitar que estudantes já matriculados abandonem a escola. Por consequência, isso reduz a necessidade de o jovem se envolver em crimes, já que, com muitas portas fechadas – na família, no convívio social, na escola e no mercado de trabalho –, a única porta aberta será o mercado do crime, com a possibilidade de retornos financeiros e simbólicos rápidos.
 No entanto, apesar de o Brasil ser uma das nações que mais direcionam recursos para a educação, o país ainda patina quando se leva em conta o gasto por aluno da educação básica. De acordo com o relatório 2015 da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil gastou cerca de 3,4 mil dólares anuais por aluno da rede de educação básica.
Enquanto isso, a média global ultrapassa os 9,3 mil dólares por estudante dos anos iniciais. O técnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA explica que o gasto público com educação básica, por aluno, é equivalente a 1/4 do valor investido no ensino superior em nosso país. “Ou seja, o Estado brasileiro gasta muito com educação, mas não é para o ensino básico e não é para os pobres”, diz Cerqueira. Além disso, segundo ele, o que o país faz, hoje, é oferecer uma escola (pública) que não motiva, não estimula e não conquista as mentes e os corações dos jovens.
“São verdadeiras linhas de produção, que procuram incutir na memória das crianças e jovens um incrível conjunto de informações enciclopédicas, que não dizem nada e não reconhecem suas trajetórias individuais e sociais”, diz o especialista.
 Na visão de Cerqueira, é importante que se diga que a escola convencional, ainda que seja
totalmente reformulada e aprimorada, não atingirá um determinado grupo de jovens. Afinal, são
indivíduos que já trilharam outra trajetória, apartada desse ambiente escolar tradicional. “São
jovens que tiveram problemas comportamentais e socioemocionais na primeira infância, que
terminaram, inclusive, enveredando no caminho das transgressões e dos crimes. Para esses
jovens, ..................... modelos alternativos”, sentencia o especialista.

Vamos analisar cada uma das afirmações com base no texto e na sintaxe geral da língua portuguesa:


1. A expressão "Os mais educadinhos foram se servindo em fila." usa o diminutivo "educadinhos". Esse diminutivo, neste contexto, tem uma função valorativa, indicando que a educação das pessoas é relevante e adequada para a situação descrita, onde todos estão se servindo ordenadamente. Logo, a afirmativa está correta.

 

2. A expressão "– Deixa eu pegar só uma saladinha!" mostra a utilização do diminutivo em "saladinha" juntamente com o advérbio "só". Esse uso conjunto tenta minimizar a ação de "furar" a fila, e assim, funciona como uma estratégia linguística para suavizar a infração cometida pela falante. A afirmativa é verdadeira.

 

3. Em "Os espaçosos espremem os mais corteses.", os adjetivos "espaçosos" e "corteses" são usados como substantivos para nomear grupos de pessoas com essas características específicas. A substanciação aqui funciona para enfatizar as características como identidades dos grupos, tornando essa afirmativa verdadeira.

 

4. A utilização do ponto de exclamação em "[…] quem vai entrar nunca deixa os outros desembarcarem!" não expressa uma ordem ou desejo, mas sim, intensifica a crítica à conduta incisivamente egoísta e imprudente. É, portanto, um realce à frustração com a situação, então a afirmativa é falsa.

 
alternativa correta é A

<center>Por que essa pressa?</center>
Walcyr Carrasco
 Ando surpreso. De uns tempos para cá, as pessoas parecem estar perdendo a noção de fila. Para embarcar no aeroporto, nem se diga! Assim que o voo é chamado, sempre há um grupo de passageiros que se amontoa em frente à entrada. Crianças, idosos e deficientes têm preferência no embarque, mas poucos conseguem chegar na frente. Detalhe: os lugares são marcados previamente. Por que a pressa?
 Imagino como sofre o caixa de um bar, tendo de atender várias pessoas que gritam ao mesmo tempo.
Em metrô, é um sufoco. O correto seria esperar que saia quem vai desembarcar. Tentei fazer isso no horário de pico. Fui empurrado, levei uma cotovelada na orelha e ainda me xingaram! Uma loucura! Quem quer sair empurra, quem quer entrar empurra mais!
 Até entre os elegantes, reina a confusão! Fui a uma festa. Serviram o jantar em um bufê, com comida farta, de dar água na boca. Os mais educadinhos foram se servindo em fila. Dali a pouco entrou uma perua no meio, estendendo as unhas pintadas:
 – Deixa eu pegar só uma saladinha!
 Pronto! Outro voou para o prato quente, furando todo mundo. A fila parou. Dois ou três aproveitaram a deixa para se servir, espetando quem estava na frente com os garfos. […] Quando chego a um restaurante e avisam que tem espera, vou embora. Ninguém respeita ordem de chegada. A começar dos maîtres, que dão preferência a clientes fiéis, conhecidos... seja lá quem for. É justo que um cliente tenha suas vantagens. Mas, então, por que não reservar a mesa com antecedência? […]
 Elevador, então, nem se fala. Elevadores, aliás, transformaram-se num purgatório. Não é inferno porque um dia a gente sai. Os espaçosos espremem os mais corteses. Nunca falta quem use um perfume fortíssimo, desses de deixar a cabeça tonta. Tudo seria passável se ao menos fosse possível entrar e sair de um elevador cheio sem passar por cenas de pugilato. Mesmo porque, como nos metrôs, quem vai entrar nunca deixa os outros desembarcar!
 É impossível que todo mundo tenha sempre tanta pressa. Minha impressão é que, com o stress da vida moderna, as pessoas andam esquecendo as regras mínimas do bem viver.

 A expressão "de enxergar" é o objeto indireto do verbo "existe".

 A conjunção "mas", que inicia o período, pode ser classificada como coordenativa adversativa.

 A expressão "uma grande decisão" é o complemento nominal do substantivo "tomar".

 O substantivo próprio "Vitória" está na função de complemento do verbo "enxergar".

 O período contém uma oração subordinada reduzida de gerúndio.

Para detonar essa questão, a gente tem que dar uma olhada em cada trecho do enunciado e garantir que a nossa análise tá embasada. Então, vamos lá!
 
Análise das alternativas:
 
Alternativa A: A expressão "de enxergar" funciona como complemento nominal de "possibilidade", que está elencada no substantivo "possibilidade". Portanto, não é objeto indireto do verbo "existe". Não marca essa não!
 
Alternativa B: A conjunção "mas" é usada para indicar uma oposição ou contraste entre as ideias do que já foi dito e do que se vai dizer. Logo, pode ser classificada sim como uma conjunção coordenativa adversativa. Essa aqui parece boa, hein?
 
Alternativa C: A expressão "uma grande decisão" é o objeto direto do verbo "tomar", indicando o que precisa ser tomado. Então, nada de complemento nominal aqui, galera.
 
Alternativa D: Primeiro, o nome próprio está como "Vitório" no enunciado, e não "Vitória" como mencionado. Portanto, além de estar errado na forma, Vitório é o sujeito da frase, não o complemento do "enxergar". Essa tá errada!
 
Alternativa E: O período não apresenta oração subordinada reduzida de gerúndio. Não tem nenhuma forma verbal no gerúndio aqui que poderia indicar isso. Essa também é fora de jogo.
 
Depois dessa rápida análise, confirmamos que a alternativa correta é B.

Olá! Vamos mergulhar nesse universo da sintaxe para desvendar a banca da FAPEMS (Fundação de Apoio a Pesquisa ao Ensino e à Cultura de Mato Grosso do Sul). Essa questão foca em identificar situações de objetos indiretos.

 

A chave para resolver essa questão é entender o que é um objeto indireto, que geralmente se refere ao complemento de um verbo que exige preposição obrigatória e não pode ser substituído pelos pronomes oblíquos o, a, os, as. No enunciado "Ela confiou em seu bom senso", a preposição 'em' liga o verbo ao complemento, configurando um objeto indireto.

 

<ul>
<li>A) "Não tinha amor ao trabalho." - Temos aqui um objeto indireto ('ao trabalho') ligado ao verbo por uma preposição ('a').</li>
<li>B) "Comprei vários livros." - Representa um objeto direto ('vários livros') que responde diretamente ao verbo 'comprei' sem preposição.</li>
<li>C) "Nunca gostei de exercícios." - A preposição 'de' indica que 'de exercícios' é um objeto indireto, assim como no exemplo dado na pergunta.</li>
<li>D) "Ele comeu a refeição." - Mostra um objeto direto ('a refeição') que responde diretamente ao verbo 'comeu' sem interposição de preposição.</li>
<li>E) "A professora corrigiu a prova." - Assim como em 'D', temos um objeto direto ('a prova') ligado diretamente ao verbo 'corrigiu'.</li>
</ul>

 

Portanto, a alternativa C é a correta, pois "nunca gostei de exercícios" inclui um complemento verbal ‘de exercícios’, sendo classificado como objeto indireto, assim como no enunciado-chave da questão.

 

A alternativa correta é C.

 Precisam ser consertadas aquelas cadeiras.

Olá! Vamos mergulhar na estrutura das frases para mandar bem nessa questão da Fundação de Apoio a Pesquisa ao Ensino e à Cultura de Mato Grosso do Sul sobre sintaxe! Antes de tudo, vou explicar rapidinho a diferença entre ordem direta e inversa de uma oração, beleza?

 

A ordem direta das orações em português geralmente segue o esquema: sujeito + verbo + complementos. Quando a ordem dos elementos é alterada, principalmente colocando o verbo antes do sujeito ou os complementos antes de ambos, temos a ordem inversa. Isso muitas vezes é usado para destacar alguma parte da oração ou cumprir certos critérios estilísticos.

 

Na alternativa A) "O banco estava lotado de clientes", a frase está em ordem direta com o sujeito "O banco" seguido pelo verbo "estava" e o complemento "lotado de clientes".

 

Na alternativa B) "Eles não assistiram ao jogo do time", seguimos o esquema sujeito + verbo + objeto ("Eles" + "assistiram" + "ao jogo do time"), caracterizando também uma ordem direta.

 

A alternativa C) "Os meninos estavam brincando" não diverge disso, mostrando o sujeito "Os meninos" antes do verbo "estavam" e do predicativo "brincando".

 

Em D) "Havia muitas pessoas no recinto", temos uma oração sem sujeito explícito, mas o verbo "havia" indicando a existência de algo, seguido do termo "muitas pessoas no recinto", mantendo a ordem direta.

 

Finalmente, na alternativa E) "Precisam ser consertadas aquelas cadeiras", a estrutura diverge do comum. Aqui, o verbo "Precisam" aparece antes do sujeito "aquelas cadeiras", mostrando uma inversão típica de uma voz passiva sintética. Isso coloca a ênfase no processo de serem consertadas, ao invés de quem realiza a ação.

 

A alternativa correta é E.

Questões de Português - Sintaxe geral - Policial Militar - Soldado