O excerto apresenta três palavras acentuadas: "jurídico", "deônticas" e "língua". Para analisar a afirmativa da questão, é necessário entender as regras de acentuação gráfica que se aplicam a cada uma dessas palavras, conforme as normas da língua portuguesa.

"jurídico": Esta palavra é acentuada seguindo a regra que determina que paroxítonas terminadas em ditongo crescente (como em '-ico', onde o 'i' funciona como semivogal numa sílaba com a vogal 'o') recebem acentuação.
 
"deônticas": É acentuada porque possui um hiato ('eô'), que é a separação de dois fonemas vocálicos que ocorrem em sílabas diferentes. A regra específica diz que o 'i' e 'u' tônicos, formando hiato com uma vogal anterior, e não seguidos de 'nh', devem ser acentuados, assim como o 'e' e 'o' tônicos quando seguidos apenas de um 's'.
 
"língua": Recebe acento porque é uma paroxítona terminada em ditongo crescente ('-ua').
 

Analisando cada caso, podemos ver que, embora 'jurídico' e 'língua' sejam acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo, 'deônticas' se diferencia por ser acentuada devido ao hiato.

Portanto, a afirmação de que as três palavras são acentuadas pela mesma regra é incorreta, pois 'deônticas' segue uma regra diferente daquela para 'jurídico' e 'língua'.

Gabarito: Letra E

As palavras jurídico – deônticas – língua recebem acento gráfico por efeito da mesma regra de acentuação.

    “[...] O jurídico aparece sempre na forma de linguagem textual, mais precisamente, na maneira verbal escrita, o que outorga maior estabilidade às relações deônticas entre os sujeitos das relações. Como tal, as Ciências da Linguagem, particularmente a Semiótica, desempenham papel decisivo para a investigação do objeto Direito. E, se pensarmos também na afirmação de Flusser, segundo a qual a língua é constitutiva da realidade, ficaremos autorizados a dizer que a linguagem (língua) do Direito cria, forma e propaga a realidade jurídica. [...]” 


Leia o Excerto 6 e responda à questão.


Para determinar a corretividade das frases no contexto da acentuação gráfica, analisaremos cada uma das orações separatamente:

(a) Há males que vem para o bem. 

Nesta oração, o problema de acentuação gráfica reside no verbo. O correto, considerando que o sujeito da frase "males" está no plural, seria usarmos "vêm" com acento circunflexo na primeira sílaba e no plural, ou seja, "vêm". A ausência do acento caracteriza um erro de acordo com a norma padrão da língua portuguesa, que determina o uso do circunflexo para diferenciar o plural (vêm), terceira pessoa do plural do presente do indicativo, do singular (vem), terceira pessoa do singular. 

(b) Mais de 800 mil cidadãos catarinenses têm acesso às filas de espera do SUS. 

Este exemplo está correto quanto à acentuação. Aqui, o verbo "ter" na sua forma conjugada "têm" (terceira pessoa do plural do presente do indicativo) também leva acento circunflexo para diferenciar-se da forma singular (tem). O uso do acento também aparece na contração da preposição "a" com o artigo definido feminino "as", formando "às", o que está correto. 

Logo, a sentença (a) contém um erro de acentuação, enquanto a sentença (b) está correta. Portanto, a afirmação da questão, que sugere que ambas as orações estão corretas quanto à acentuação, está incorreta. Assim, a alternativa correta é a marcada com "E", indicando que a afirmação é errada. 

Gabarito: Letra E

As orações em (a) e (b) estão escritas de acordo com a norma padrão escrita, relativamente à acentuação gráfica.

Responda à questão. (a) Há males que vem para o bem. (b) Mais de 800 mil cidadãos catarinenses têm acesso às filas de espera do SUS.

 Eu abençoo todos os fiéis desta igreja, disse o padre; 

 A ideia principal deste curso é proporcionar atualização sobre a matéria; 

 Os cientistas estavam presentes na expedição no momento em que a jóia foi encontrada no fundo do mar; 

 Todos os torcedores creem na recuperação do time nesta etapa final; 

 Ele não pôde sair este final de semana, pois prestou concurso público sábado e domingo.

Para resolver esta questão, devemos analisar a acentuação gráfica de acordo com as regras estabelecidas pelo Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990.

A) "Eu abençoo todos os fiéis desta igreja, disse o padre" 
O verbo "abençoar" na forma "abençoo" está corretamente acentuado com "oo" para indicar a primeira pessoa do singular do presente do indicativo. A palavra "fiéis" deve ser acentuada para marcar o plural de "fiel". Ambas as palavras estão corretamente acentuadas. 

B) "A ideia principal deste curso é proporcionar atualização sobre a matéria" 
A palavra "ideia" perdeu o acento com o Novo Acordo Ortográfico. Anteriormente era "idéia", mas a regra foi alterada dispensando o acento em ditongos abertos "ei" e "oi" em palavras paroxítonas. A frase está correta conforme as novas regras. 

C) "Os cientistas estavam presentes na expedição no momento em que a jóia foi encontrada no fundo do mar" 
A palavra "jóia" deveria ser escrita como "joia" segundo o Novo Acordo Ortográfico, que também remove o acento em ditongos abertos "ei" e "oi" em palavras paroxítonas. Este é o erro na frase. 

D) "Todos os torcedores creem na recuperação do time nesta etapa final" 
O verbo "crer" na forma "creem" (terceira pessoa do plural do presente do indicativo) está correto e não exige uso do acento circunflexo. A frase segue as normas vigentes. 

E) "Ele não pôde sair este final de semana, pois prestou concurso público sábado e domingo" 
A palavra "pôde" (na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo do verbo "poder") necessita de acento circunflexo para diferenciar do presente ("pode"). A frase está correta. 

Gabarito: Letra C

A máquina, que produz abundância.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos.

Dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis.

Para resolver esta questão, é essencial compreender a regra de acentuação que justifica o uso do acento na palavra destacada "época".

A palavra "época" é acentuada por ser uma paroxítona terminada em "a". As paroxítonas terminadas em "a", "e", "o" (seguidos ou não de "s"), "em" (e seu plural "ens") recebem acento gráfico de acordo com as regras da língua portuguesa.

Vamos agora analisar cada uma das alternativas apresentadas:
 

A) abundância: Esta palavra é acentuada graficamente pois é uma paroxítona terminada em "ia". Essa terminação não se enquadra nas mesmas regras da palavra "época", que termina em "a".
 

B) céticos: A palavra "céticos" é acentuada seguindo a mesma regra de "época", sendo uma paroxítona que termina em "o" seguido do plural "s". Assim, ambas as palavras são acentuadas porque são paroxítonas terminadas em vogal tônica seguida por "s" ou não.
 

C) prepotência: Essa palavra é acentuada porque é uma paroxítona terminada em "ia". Este não é o mesmo caso de "época", cujo acento cai sobre a última vogal antes do "s".
 

D) cruéis: A palavra "cruéis" é uma oxítona terminada em "el", e todas as oxítonas terminadas em "el", "en", "em", (e os plurais "ens", "eis") são acentuadas, diferentemente da palavra "época", que é uma paroxítona.
 

Portanto, a alternativa que contém a palavra acentuada pela mesma razão que "época" é a B) céticos, pois ambas são paroxítonas terminadas em vogal relacionada a sua regra de acentuação.
Gabarito: Letra B

A palavra destacada no texto é "clássica", que é acentuada graficamente porque é uma palavra paroxítona terminada em "a". Na língua portuguesa, regra geral, as paroxítonas são acentuadas, quando terminam em l, n, r, x, ps, ã, ão, ou ainda em ditongos crescentes como iu, ei, oi, etc. 

Vamos analizar cada uma das alternativas fornecidas: 

A) Olimpíada: É acentuada porque é uma palavra paroxítona e termina em "a". Portanto, segue a regra de acentuação gráfica aplicável à palavra "clássica". 

B) Álbum: É uma palavra proparoxítona e todas as proparoxítonas são acentuadas independentemente de seu final. Não segue a mesma regra de acentuação da palavra "clássica". 

C) Cafeína: A acentuação dessa palavra se dá na sílaba "í", fazendo dela uma paroxítona acentuada por outro motivo, que é o uso do acento agudo em sílabas que contêm um i tônico vindo antes de uma vogal nasal. Não segue a mesma regra de acentuação da palavra "clássica". 

D) Revólver: É acentuada para indicar que a sílaba tônica é sol, o que contraria a regra geral da tonicidade das palavras paroxítonas em português. Portanto, é acentuada para manter a pronúncia correta da palavra, não seguindo a mesma regra de "clássica". 

Gabarito: Letra A

Trecho do conto de Machado de Assis.

1     Maria Regina acompanhou a avó até o quarto, despediu-se e 
   recolheu-se ao seu. A mucama que a servia, apesar
   da familiaridade que existia entre elas, não pôde arrancar-lhe 
   uma palavra, e saiu, meia hora depois, dizendo que Nhanhã
   estava muito séria. Logo que ficou só, Maria Regina sentou-se ao 
   pé da cama, com as pernas estendidas, os pés cruzados,
   pensando. A verdade pede que diga que esta moça pensava 
   amorosamente em dous homens ao mesmo tempo, um de vinte
5  e sete anos, Maciel — outro de cinquenta, Miranda. Convenho 
   que é abominável, mas não posso alterar a feição das cousas,
   não posso negar que se os dous homens estão namorados dela, 
   ela não o está menos de ambos. Uma esquisita, em suma;
   ou, para falar como as suas amigas de colégio, uma desmiolada. 
   Ninguém lhe nega coração excelente e claro espírito; mas a
   imaginação é que é o mal, uma imaginação adusta e cobiçosa, 
   insaciável principalmente, avessa à realidade, sobrepondo às
   cousas da vida outras de si mesma; daí curiosidades 
   irremediáveis. A visita dos dous homens (que a namoravam de pouco) 
10 durou cerca de uma hora. Maria Regina conversou alegremente 
   com eles, e tocou ao piano uma peça clássica, uma sonata,
   que fez a avó cochilar um pouco. No fim discutiram música. 
   Miranda disse cousas pertinentes acerca da música moderna e
   antiga; a avó tinha a religião de Bellini e da Norma, e falou das 
   toadas do seu tempo, agradáveis, saudosas e principalmente
   claras. A neta ia com as opiniões do Miranda; Maciel concordou 
   polidamente com todos. Ao pé da cama, Maria Regina
   reconstruía agora tudo isso, a visita, a conversação, a música, o 
   debate, os modos de ser de um e de outro, as palavras do
15 Miranda e os belos olhos do Maciel. Eram onze horas, a única 
   luz do quarto era a lamparina, tudo convidava ao sonho e ao
   devaneio. Maria Regina, à força de recompor a noite, viu ali dous 
   homens ao pé dela, ouviu-os, e conversou com eles durante
   uma porção de minutos, trinta ou quarenta, ao som da mesma 
   sonata tocada por ela: lá, lá, lá...


Questões de Português - Acentuação gráfica