Todos os pronomes relativos desempenham a 
mesma função sintática.

O sujeito do verbo “perguntar” é indeterminado.

Não há predicativos do sujeito no período.

O vocábulo “quando” introduz uma oração 
subordinada de valor temporal.

Na análise da alternativa D: "O vocábulo 'quando' introduz uma oração subordinada de valor temporal.", precisamos focar na parte do período onde aparece o advérbio "quando", que é em "quando alguém pergunta". Esta parte da sentença atua como um modificador do verbo "explicar", indicando o momento em que a ação ocorre. De fato, isso configura uma oração subordinada adverbial que introduz uma circunstância de tempo à ação principal, ou seja, temos aqui uma oração subordinada adverbial temporal.

 

Essa compreensão converge com o que se espera das orações adverbiais temporais, que são tipicamente introduzidas por conjunções como "quando", "enquanto", "antes de", etc., e respondem à pergunta "quando?" em relação ao verbo da oração principal. No caso em análise, a pergunta seria "Quando não são fáceis de explicar?", com a resposta sendo "quando alguém pergunta".

 

Portanto, a estrutura da frase confirma que "quando" inicia uma oração que estabelece um contexto temporal para a dificuldade de explicação da ética. A oração completa essa informação sintática e temporal corretamente. Isso valida a alternativa que menciona sua função de introduzir uma oração subordinada de valor temporal, tornando a alternativa D correta.

 

A alternativa correta é D.

A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe 
o que são, mas que não são fáceis de explicar, 
quando alguém pergunta. 
Tradicionalmente, ela é entendida como um 
estudo ou uma reflexão, científica ou filosófica, e 
eventualmente até teológica, sobre os costumes ou 
sobre as ações humanas. Mas também chamamos de 
ética a própria vida, quando conforme aos costumes 
considerados corretos. A ética pode ser o estudo das 
ações ou dos costumes, e pode ser a própria 
realização de um tipo de comportamento. 
Enquanto uma reflexão científica, que tipo de 
ciência seria a ética? Tratando de normas de 
comportamentos, deveria chamar-se uma ciência 
normativa. Tratando de costumes, pareceria uma 
ciência descritiva. Ou seria uma ciência de tipo mais 
especulativo, que tratasse, por exemplo, da questão 
fundamental da liberdade? 
Que outra ciência estuda a liberdade humana, 
enquanto tal, e em suas realizações práticas? Onde 
se situa o estudo que pergunta se existe a liberdade? 
E como ela deveria ser definida teoricamente, e 
como deveria ser vivida, praticamente? Ora, ligado 
ao problema da liberdade, aparece sempre o 
problema do bem e do mal, e o problema da 
consciência moral e da lei, e vários outros problemas 
deste tipo. 
Didaticamente, costuma-se separar os 
problemas teóricos da ética em dois campos: num, 
os problemas gerais e fundamentais (como 
liberdade, consciência, bem, valor, lei e outros); e, 
no segundo, os problemas específicos, de aplicação 
concreta, como os problemas da ética profissional, 
da ética política, de ética sexual, de ética 
matrimonial, de bioética etc. É um procedimento 
didático ou acadêmico, pois na vida real eles não 
vêm assim separados.

Os loucos inventam a moda, E O POVO OS 
SEGUE. – Oração coordenada sindética aditiva.

Terminei o trabalho E NÃO FUI AVALIADO. - 
Oração coordenada sindética aditiva.

Bruno falava tão alto QUE FICOU COM DOR 
DE CABEÇA – Oração subordinada adverbial 
temporal.

É necessário QUE VOCÊ TENHA BOA 
EDUCAÇÃO. – Oração subordinada substantiva 
predicativa.

Vamos cair para dentro dessa questão, galera! A análise sintática é sobre entender roles dos diferentes grupos de palavras nas frases, e aqui a gente está de olho em identificar qual tipo de oração temos nas alternativas. 

 

A alternativa (A) "Os loucos inventam a moda e o povo os segue.” está marcada como uma oração coordenada sindética aditiva. Isso significa que temos duas orações independentes e equivalentes em importância, sendo conectadas pelo "e", que é uma conjunção aditiva. Ela simplesmente adiciona uma informação à outra sem mudar sua essência.

 

No caso da alternativa (B), "Terminei o trabalho e não fui avaliado." também apresenta uma estrutura de coordenação, onde "e" junta duas orações independentes, uma positiva e outra negativa – isso também é aditivo.

 

A alternativa (C), "Bruno falava tão alto que ficou com dor de cabeça” é um exemplo de oração subordinada adverbial consecutiva, e não temporal como diz na alternativa. Uma oração consecutiva expressa um resultado ou consequência da ideia apresentada na principal.

 

Por fim, a alternativa (D) "É necessário que você tenha boa educação.” é uma oração subordinada substantiva objetiva direta – ela completa o sentido do verbo “é necessário”, funcionando como seu objeto direto, não como predicativa.

 

Assim, a análise correta está, de fato, na alternativa (A), onde a conjunção "e" une duas orações de forma aditiva, e ambas as partes mantêm sua independência sintática. A alternativa correta é A.

que salpica o que para cada povo é a evocação (...)( 3º §);

a multidão que se identifica com os craques (...) (5º §);

(...) é essa irrupção do acaso que faz do futebol (...) (6º §);

nem sempre a vida é justa. É o que o futebol ensina (6º §);

(...) não há (...) sinais de mudança no que os causou (9º §).

Galera, o bagulho aqui é identificar qual pronome relativo, aquele que a gente marca com um sublinhado, está atuando como objeto direto no seu contexto, e não como sujeito. Pra quem já tá meio por dentro, objeto direto é aquele que recebe a ação do verbo, sacou? Então, bora lá pra explicação de cada uma: 
 
<ul style="text-align: left; margin-bottom: 10px;"> 
<li>A) "...que salpica o que para cada povo é a evocação...": Aqui, o "que" está se referindo a algo mencionado antes (a ação de salpicar algo), e representa a evocação para cada povo, ou seja, ele é sujeito nessa frase.</li> 
<li>B) "a multidão que se identifica com os craques...": O "que" refere-se à "multidão" e faz parte do verbo reflexivo "se identifica", logo, também é sujeito.</li> 
<li>C) "...é essa irrupção do acaso que faz do futebol...": De novo, o "que" atua como sujeito, pois está realizando a ação de "fazer" do futebol aquilo que é discutido no texto.</li> 
<li>D) "nem sempre a vida é justa. É o que o futebol ensina": Olha só! Aqui o "que" é usado para representar uma ideia ou uma coisa mencionada anteriormente ("a vida nem sempre é justa"), e ela é o objeto direto do verbo "ensina” (o futebol ensina isso).</li> 
<li>E) "...não há (...) sinais de mudança no que os causou": Aqui, "que" é empregado como sujeito novamente, sendo aquilo que foi causado pelos sinais de mudança.</li> 
</ul> 
 
Então, a única opção onde o "que" é usado como objeto direto é na alternativa D. É nesse caso que ele tá pegando a ação direta do verbo "ensinar", que o futebol tá passando. 
 
alternativa correta é D

Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos 
subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é 
esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, 
quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que 
aboliu a escravidão mas não a sua herança. 
Pelé ou Neymar, esse menino serve de espelho às esperanças de 
um povo inteiro a quem o futebol oferece uma oportunidade — 
rara, quase única — de se sentir o melhor do mundo. A 
centralidade do futebol na vida dos brasileiros é razão de sobra 
para vivermos este mês em estado de euforia como se na Copa 
do Mundo estivesse em jogo a nossa identidade. (...) 
A Copa do Mundo revela ambiguidades de nosso tempo. Um 
bilhão e meio de pessoas assistem às mesmas imagens 
confirmando o avanço da globalização. Mas o conteúdo das 
imagens a que todos assistem afirma os pertencimentos 
nacionais, expressos com símbolos ancestrais, bandeiras, 
emblemas, hinos entoados com lágrimas nos olhos. O nosso é 
cantado a capela pelos jogadores e uma multidão em verde e 
amarelo desafiando o regulamento da FIFA, entidade sem 
pertencimento que salpica no espetáculo, em poucas notas mal 
tocadas, o que para cada povo é a evocação emocionada de sua 
história. No mundo de hoje comunicação e mobilidade se fazem 
em escala global, mas os sentimentos continuam tingidos pelas 
cores da infância. 
 
O respeito às regras, saber ganhar e saber perder, são conquistas 
de um pacto civilizatório cuja validade se testa a cada jogo. (...)  
 
O futebol é useiro e vezeiro em contrariar cenários previsíveis. O 
acaso pode ser um desmancha-prazeres. A multidão que se 
identifica com os craques e que conta com eles para realizar o 
gesto de grandeza que em vidas sem aventuras nunca acontece, 
essa massa habitada pela nostalgia da glória deifica os jogadores 
e esquece — e por isso não perdoa — que deuses às vezes 
tropeçam nos próprios pés, na angústia e no medo. 
É essa irrupção do acaso que faz do futebol mais do que um 
esporte, um jogo, cuja emoção nasce de sua indisfarçada 
semelhança com a própria vida, onde sucesso ou fracasso 
depende tanto do imponderável. Não falo de destino porque a 
palavra tem a nobreza das tragédias gregas, do que estava escrito 
e fatalmente se cumprirá. O acaso é banal, é próximo do absurdo. 
É, como poderia não ter sido. Se o acaso é infeliz chamamos de 
fatalidade. Feliz, de sorte. O acaso decide um jogo. Nem sempre a 
vida é justa, é o que o futebol ensina. 
(...) 
A melhor técnica, o treino mais cuidadoso estão sujeitos aos 
deslizes humanos.  
(...) 
O melhor do futebol é a alegria de torcer. Essa Copa do Mundo 
vem sendo uma festa vivida nos estádios, nas ruas e em cada 
casa onde se reúnem os amigos para misturar ansiedades. A cada 
gol da seleção há um grito que vem das entranhas da cidade. A 
cidade grita. Nunca tinha ouvido o Rio gritar de alegria. Um bairro 
ou outro, talvez, em decisões de campeonato. Nunca a cidade 
inteira, um país inteiro. Em tempos de justificado desencanto e 
legítimo mau humor, precisamos muito dessa alegria que se 
estende noite adentro nas celebrações e na confraternização das 
torcidas. 
Passada a Copa, na retomada do cotidiano, é provável que 
encontremos intactos o desencanto e o mau humor, já que não 
há, à vista, sinais de mudança no que os causou. Uma razão a 
mais para valorizar esse tempo de alegria na vida de uma 
população que, no jogo da vida, sofre tantas faltas.

Afirmativa errada – Embora, de fato, o sentido da expressão seja generalizante, o sujeito sintático da oração não é indeterminado, haja vista o seu uso explícito na frase: "todo mundo." Portanto, "todo mundo" é o sujeito sintático da oração. Resposta: Errado.

O emprego da expressão “Todo mundo” (l.4) é um recurso de indeterminação do sujeito sintático da oração, dado o seu sentido generalizante.

1 &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;A palavra sonho significa muitas coisas diferentes: “o
sonho da minha vida” e “meu sonho de consumo” são
expressões usadas pelas pessoas para dizer que pretendem ou
4 conseguiram alcançar algo. Todo mundo tem um sonho, no
sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem.
Por que será que o sonho, fenômeno normalmente noturno que
7 tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é justamente a
palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;O repertório publicitário contemporâneo não tem
10 dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos
comportamentos, a motivação íntima de nossa ação exterior.
Desejo é o sinônimo mais preciso da palavra “sonho”. Na área
13 de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto
enorme de um casal belo e sorridente, velejando num mar
caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde
16 seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de
cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que os sonhos são
como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos,
19 perfeitos, altamente… desejáveis. As equações “sonho é igual
a desejo, que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a
liberdade de ir, ser e principalmente ter, liberdade que até os
22 mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras
frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é
privilégio apenas dos detentores de um mágico cartão plástico.
25 &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;Entretanto, a rotina do trabalho diário e a falta de
tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria dos
trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização
28 contemporânea. É gritante o contraste entre a relevância
motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial
globalizado. No século XXI, a busca pelo sono perdido
31 envolve rastreadores de sono, colchões high-tech, máquinas de
estimulação sonora, pijamas com biossensores, robôs para
ajudar a dormir e uma cornucópia de remédios. A indústria da
34 saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor
estimado entre 30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo
assim impera a insônia. Se o tempo é sempre escasso, se
37 despertamos diariamente com o toque insistente do
despertador, ainda sonolentos e já atrasados para cumprir
compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se
40 lembram de que sonham pela simples falta de oportunidade de
contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo
se impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.
43 &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel,
sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos ruídos da cidade,
da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas.

Considerando os aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue os itens seguintes.

Questões de Português - Análise sintática do período simples