Em "a": Errado – "Porque" não exprime ideias de conclusão. Já o "para" indica, por essência, uma ideia de finalidade. Em "b": Errado – Poderia ser um acréscimo caso fosse utilizado um conector "além disso", por exemplo. Em "c": Certo – "Porque é totalmente surda" é a causa por não ouvir. "Para me ouvir cantando" é a finalidade para mantê-lo preso. Dica: a vírgula, antes do "porque", indica explicação"; com a ausência da vírgula, temos uma causa. Em "d": Errado – Trata-se de uma causa e de um objetivo/finalidade/propósito. Em "e": Errado – Não se trata de ressalva, ou seja, explicar novamente algo que já foi dito. Resposta: Letra C.

ambos são simples, com verbos de mesma regência.

o primeiro é simples; e o segundo, composto de orações
subordinadas.

ambos são compostos por subordinação com orações
substantivas.

as orações do primeiro são coordenadas; e as do segundo,
subordinadas.

o primeiro é simples; e o segundo, formado de orações
coordenadas.

Então, vamos dar uma olhada nos períodos mencionados e entender porque a alternativa correta é a B. Primeiro, olhemos para os períodos: 
 
<ul style="text-align: left; margin-bottom: 10px;"> 
 <li>"Viver me deixa trêmula." – Esse é um período simples. Contém uma única oração, onde o sujeito é subentendido ("Viver"), e "me deixa trêmula" funciona como predicado.</li> 
 <li>"Vejo que Ângela não sabe como começar." – Aqui, nós temos um período composto. A principal oração é "Vejo", com o sujeito "Eu" subentendido. Esta oração é seguida por uma oração subordinada substantiva objetiva direta iniciada por "que" - "que Ângela não sabe como começar".</li> 
</ul> 
 
Logo, olhando para as características desses períodos: 
 
<ul style="text-align: left; margin-bottom: 10px;"> 
 <li>O primeiro período é simples por ter uma estrutura direta sem subdivisões internas.</li> 
 <li>O segundo período é composto, envolvendo uma oração principal e uma subordinada que complementa o sentido da principal.</li> 
</ul> 
 
Vamos agora descartar as outras alternativas rapidamente: 
 
<ul style="text-align: left; margin-bottom: 10px;"> 
 <li>A é incorreta porque embora o primeiro período seja simples, o segundo não tem a mesma regência que o primeiro.</li> 
 <li>C e D são incorretas porque o primeiro período não é composto por subordinação ou coordenação.</li> 
 <li>E falha ao classificar as orações do segundo período como coordenadas, quando são subordinadas.</li> 
</ul> 
 
Espero que isso clareie as coisas! A alternativa correta é B.

AUTOR – Eu sou o autor de uma mulher que inventei e
a quem dei o nome de Ângela Pralini. Eu vivia bem com ela.
Mas ela começou a me inquietar e vi que eu tinha de novo
que assumir o papel de escritor para colocar Ângela em palavras
porque só então posso me comunicar com ela.
Eu escrevo um livro e Ângela outro: tirei de ambos o
supérfluo.
Eu escrevo à meia-noite porque sou escuro. Ângela
escreve
de dia porque é quase sempre luz alegre.
Este é um livro de não memórias. Passa-se agora mesmo,
não importa quando foi ou é ou será esse agora mesmo.
(…)
ÂNGELA – Viver me deixa trêmula.
AUTOR – A mim também a vida me faz estremecer.
ÂNGELA – Estou ansiosa e aflita.
AUTOR – Vejo que Ângela não sabe como começar.
Nascer é difícil. Aconselho-a a falar mais facilmente sobre
fatos? Vou ensiná-la a começar pelo meio. Ela tem que deixar
de ser tão hesitante porque senão vai ser um livro todo
trêmulo, uma gota d’água pendurada quase a cair e quando
cai divide-se em estilhaços de pequenas gotas espalhadas.
Coragem, Ângela, comece sem ligar para nada.

elemento de indeterminação de sujeito paciente.

elemento de indeterminação de sujeito agente.

Analisando o período: "Discorda-se da extensão, profundidade e rapidez do fenômeno, não de sua existência."

 

Neste trecho, a partícula "se" está sendo usada para indeterminar o sujeito. Ou seja, não sabemos quem executa a ação de "discordar", apenas que há uma discordância quanto aos aspectos mencionados do fenômeno. A forma verbal "discorda-se" indica que a ação está sendo realizada, mas sem especificar quem a realiza.

 

No contexto de análise sintática, existem diferentes funções que a partícula "se" pode desempenhar, como:
<ul>
 <li>Partícula apassivadora — quando transforma a voz ativa em passiva, e o sujeito passa a ser o agente da passiva.</li>
 <li>Índice de indeterminação do sujeito — quando estabelece que o sujeito é indeterminado.</li>
 <li>Partícula de reflexividade — quando indica que o sujeito pratica e recebe a ação.</li>
 <li>Outras — como em usos enfáticos ou em pronomes reflexivos recíprocos.</li>
</ul>

 

Neste caso, especificamente, o "se" está sendo usado para indeterminar o sujeito, mas a função não é de sujeito paciente, e sim de sujeito agente. Na indeterminação do sujeito agente, o verbo costuma estar na voz ativa e geralmente acompanhado de verbos intransitivos, transitivos indiretos ou de ligação, impossibilitando indicar quem realiza a ação, mas mantendo a ação direcionada por um agente desconhecido ou geral.

 

Assim, a resposta está correta ao indicar que o "se" é um elemento de indeterminação de sujeito agente, uma vez que a ação de "discordar" não recebe a ação, mas sim é executada por um agente não identificado.

 

A alternativa correta é B.

Discorda-se da extensão, profundidade e rapidez do fenômeno, não de sua existência. A internacionalização do sistema capitalista, iniciada há séculos mas muito acelerada pelos avanços tecnológicos recentes, e a criação de blocos econômicos e políticos têm causado uma redução do poder dos Estados e uma mudança das identidades nacionais existentes. As várias nações que compunham o antigo império soviético se transformaram em novos Estados-nação. No caso da Europa Ocidental, os vários Estados-nação se fundem em um grande Estado multinacional. A redução do poder do Estado afeta a natureza dos antigos direitos, sobretudo dos direitos políticos e sociais. Se os direitos políticos significam participação no governo, uma diminuição no poder do governo reduz também a relevância do direito de participar. Por outro lado, a ampliação da competição internacional coloca pressão sobre o custo da mão-de-obra e sobre as finanças estatais, o que acaba afetando o emprego e os gastos do governo, do qual dependem os direitos sociais. Desse modo, as mudanças recentes têm recolocado em pauta o debate sobre o problema da cidadania, mesmo nos países em que ele parecia estar razoavelmente resolvido. Tudo isso mostra a complexidade do problema. O enfrentamento dessa complexidade pode ajudar a identificar melhor as pedras no caminho da construção democrática. Não ofereço receita da cidadania. Também não escrevo para especialistas. Faço convite a todos os que se preocupam com a democracia para uma viagem pelos caminhos tortuosos que a cidadania tem seguido no Brasil. Seguindo-lhe o percurso, o eventual companheiro ou companheira de jornada poderá desenvolver visão própria do problema. Ao fazê-lo, estará exercendo sua cidadania.

Olá! Vamos destrinchar essa questão, certo? A gente vai falar sobre um pedaço bem específico da frase, que é "iniciada há séculos". Ela aparece em um contexto que descreve a internacionalização do sistema capitalista, então já dá uma pista de que está especificando alguma coisa, né?

 

A primeira coisa a se fazer é entender para que serve essa parte da frase. Ela está dando um informe adicional sobre "A internacionalização do sistema capitalista". Isso já te ajuda a pensar: estamos lidando com um adendo à mensagem principal. O texto não seria o mesmo sem essa informação, mas ela não é essencial para a estrutura básica da frase; ela adiciona uma nuance.

 

Olhando para as alternativas, a gente nota que a alternativa A diz que é um "adjunto adnominal oracional explicativo". Isso quase acerta na mosca, mas tem um probleminha: "adjunto adnominal" geralmente se refere a uma palavra ou locução que modifica um substantivo de maneira mais direta e não remete a uma oração inteira. Portanto, essa explicação é confusa e, na verdade, errada.

 

A alternativa B sugere que isso é um "adjunto adverbial oracional de tempo", e essa está correta. Por quê? Porque "iniciada há séculos" realmente funciona como um adjunto adverbial (que normalmente modifica verbos, adjetivos ou um advérbio inteiro) que está especificando o tempo da ação. A parte "há séculos" é um clássico indicativo de tempo, e a estrutura está ligada ao verbo "iniciada", o que confirma que é um adjunto adverbial.

 

As outras opções têm problemas claros: as letras C, D, e E falham em captar essa essência temporal e modificativa em relação ao verbo. A frase está realmente dando um contexto temporal ao processo de internacionalização, e é isso que a faz ser um adjunto adverbial de tempo.

 

A alternativa correta é B.

adjunto adnominal restritivo de “FILOSOFIA”.

aposto especificativo de “FILOSOFIA”.

adjunto adnominal explicativo de “FILOSOFIA”.

Olha só, galera, na onda dos "filosofia dos epitáfios", vamos dar uma mergulhada nessa questão que pede pra gente identificar qual é o papel sintático da locução "DOS EPITÁFIOS".

 

Primeiramente, é bom lembrar que em "FILOSOFIA DOS EPITÁFIOS", a expressão "DOS EPITÁFIOS" essencialmente especifica qual tipo de filosofia está sendo discutida — não é qualquer filosofia, mas sim a filosofia relacionada especificamente aos epitáfios. Então, "DOS EPITÁFIOS" tem a função de delimitar, especificar "FILOSOFIA".

 

Vejamos as alternativas oferecidas:

 

<ul>
<li>A) adjunto adnominal restritivo de “FILOSOFIA”.</li>
<li>B) aposto especificativo de “FILOSOFIA”.</li>
<li>C) complemento nominal de “FILOSOFIA”.</li>
<li>D) adjunto adnominal explicativo de “FILOSOFIA”.</li>
<li>E) aposto explicativo de “FILOSOFIA”.</li>
</ul>

 

Na nossa análise, "DOS EPITÁFIOS" é uma locução prepositiva que funciona como adjunto adnominal. A função do adjunto adnominal é determinar, precisar ou especificar um substantivo, que, nesse caso, é “FILOSOFIA”. Além disso, é relevante diferenciar entre adjunto adnominal restritivo e explicativo: o restritivo delimita especificamente a que se refere o substantivo (a que tipo de filosofia estamos nos referindo, quem são esses epitáfios), enquanto o explicativo adiciona uma informação acessória, que pode ser retirada sem alterar o sentido essencial da frase — o que não é o caso aqui.

 

Portanto, "DOS EPITÁFIOS" restringe o tipo de filosofia de que se fala. Dessa forma, a alternativa correta é A.

Saí, afastando-me dos grupos, e fingindo ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum (*); parece-lhes que a podridão anônima os alcança a eles mesmos.

Questões de Português - Análise sintática do período simples