Vamos analisar esse caso passo a passo, começando com a função e significado da preposição com nos exemplos fornecidos:

 

No exemplo (1), "conviver com robôs é algo futurista", a preposição com está ligada ao verbo "conviver". O verbo conviver requer a preposição com para conectar seu complemento, que nesse caso são os "robôs". A frase sem o com perderia o sentido de "estar em companhia de". Logo, isso é um caso claro de regência verbal.

 

Da mesma forma, no exemplo (2), "pela dificuldade das pessoas em lidar com isso", também encontramos uma situação de regência. O verbo "lidar" geralmente pede a preposição com para introduzir o objeto com o qual se lida, que neste caso é "isso".

 

Por outro lado, no exemplo (3), "Com a repetição das buscas, o motor aprende a relacionar as informações", o com não está ligado a nenhum verbo, mas sim introduzindo uma circunstância. Aqui, a preposição com indica "diante de" ou "na presença de", referindo-se a uma condição ou uma situação na qual algo ocorre, ou seja, durante a repetição das buscas.

 

Portanto, a afirmação II, que sugere que com tem o mesmo significado nos três casos, está incorreta, assim como a afirmação III, que atribui a ideia de "companhia" ao uso de com no exemplo (3), também não procede, já que aí a preposição introduz uma circunstância, não uma companhia.

 

Assim, a única afirmação correta é a I, reforçando que nos exemplos (1) e (2), o uso da preposição com está vinculado à regência dos verbos "conviver" e "lidar", respectivamente.

 

alternativa correta é A.

01. A maioria das pessoas acha que conviver com robôs
02. é algo futurista, mas, de certo modo, eles já estão entre
03. nós, influenciando decisões e, até mesmo, o rumo de
04. nossas vidas. Do aplicativo que sugere sua próxima
05. refeição, passando pelo serviço de streaming ofertando
06. o filme que você vai assistir, até os secretários pessoais
07. que auxiliam em situações diárias, os sistemas de inteli-
08. gência artificial são uma realidade. Tudo isto constitui
09. um caminho sem volta, na opinião de especialistas, que
10. destacam os benefícios das maravilhas digitais, mas
11. também alertam que o avanço dessas tecnologias pode,
12. no futuro, tornar a inteligência humana obsoleta.

13. Robôs humanoides no cotidiano são ficção, não por
14. limitações técnicas, mas pela dificuldade das pessoas
15. em lidar com isso. “Basta colocar um smartphone num
16. boneco que anda”, brinca o cientista de dados Ricardo
17. Cappra, que atuou na estratégia digital da campanha
18. presidencial de Barack Obama, em 2008. O exemplo
19. pode parecer forçado, mas faz sentido. Celulares
20. modernos têm assistentes virtuais que impressionam.

21. Com inteligência artificial, eles conhecem os hábitos
22. dos donos e personalizam seu funcionamento. Além
23. de realizar tarefas básicas, como organizar agenda,
24. programar viagens e responder mensagens, eles
25. analisam a rotina das pessoas e sugerem o horário
26. em que devem sair de casa para o trabalho, conside-
27. rando o tráfego no trajeto habitual, avaliam o histórico
28. de buscas para oferecer notícias de interesse e podem
29. até conversar, por voz, como uma “pessoa”.

30. Raúl Rentería, diretor do centro de pesquisas do
31. Bing, da Microsoft, explica que a Cortana usa o conhe-
32. cimento criado pelas conexões entre entidades no
33. buscador. Com a repetição das buscas, o motor aprende
34. a relacionar as informações. Sabe, por exemplo, que
35. Flamengo é um bairro no Rio, mas também um time de
36. futebol. E esses dados são usados pelo assistente virtual.

37. A inteligência artificial está em incontáveis outros
38. serviços. Sites de comércio eletrônico analisam o perfil
39. de buscas e compras de cada cliente para fazer ofertas
40. personalizadas. Serviços de streaming de vídeo, como
41. YouTube e Netflix, avaliam o que já foi assistido para
42. sugerir opções ao gosto de cada um. Para especialistas,
43. a digitalização facilitou a produção de informações, e a
44. inteligência artificial surge como um filtro necessário.

45. Carlos Pedreira, professor de Engenharia de Sistemas
46. e Computação da Coppe/UFRJ, explica que as tecnologias
47. de inteligência computacional são desenvolvidas há
48. anos, mas, recentemente, houve uma explosão no
49. volume de dados e na capacidade de armazenamento e
50. processamento dessas informações, o chamado Big Data.

51. – Os benefícios não são apenas na área do marketing
52. e serviços – diz Pedreira. – Apesar de eu achar que os
53. humanos nunca serão superados, existem situações em
54. que os sistemas computacionais fazem coisas que não
55. podemos. Na medicina, uma pessoa não analisa 20
56. medidas por célula de um conjunto de dois milhões
57. de células. Essas máquinas conseguem. 

58. Nem todos são simpáticos ao fenômeno. O historiador
59. israelense Yuval Harari, autor do best-seller “Sapiens –
60. Uma breve história da Humanidade”, acha que o ser
61. humano se tornará obsoleto. Segundo ele, dentro de
62. 40 anos, não só taxistas serão substituídos por carros
63. autômatos, mas cerca de 50% de todos os empregos
64. em economias avançadas. Isso impõe um desafio de
65. sobrevivência da própria espécie.

66. – Provavelmente nós somos das últimas gerações
67. do homo sapiens. Um bebê nascido hoje ainda terá netos,
68. mas não estou certo de que esses netos terão netos, ao
69. menos não humanos. Dentro de um século ou dois, os
70. humanos se tornarão super-humanos ou desaparecerão.
71. De qualquer forma, os seres que dominarão o planeta
72. em 2200 serão mais diferentes de nós do que somos
73. diferentes dos chimpanzés – acredita Yuval Harari.

um time de futebol (ℓ. 35-36).

uma explosão no volume de dados (ℓ. 48-49).

Vamos destrinchar essa questão sobre o uso do artigo indefinido em contexto genérico. Primeiro, a gente precisa entender que quando o artigo indefinido é usado para dar um sentido genérico a um substantivo, ele geralmente quer falar de toda uma classe de coisas ou seres, tipo 'uma pessoa' pode representar qualquer pessoa em geral, não uma específica. 

 

Agora, analisando as alternativas:
<ul>
<li>A) uma realidade - Aqui, o termo "uma realidade" refere-se especificamente às condições mencionadas anteriormente no texto, não abarcando genericamente todas as possíveis realidades.</li>
<li>B) um time de futebol - O artigo indefinido "um" aqui não é usado em sentido genérico. Ele está especificando um entre muitos times, o do Flamengo, já que o contexto deixa claro a referência específica.</li>
<li>C) uma explosão no volume de dados - Novamente, "uma explosão" é usada para falar de um evento específico relacionado ao 'Big Data', não como um evento genérico aplicável a qualquer contexto.</li>
<li>D) uma pessoa - Esse é o exemplo perfeito de uso genérico. Fala sobre "uma pessoa", que pode ser qualquer pessoa, representando a ideia geral de capacidades humanas em contraste com máquinas.</li>
<li>E) um século - "Um século" se refere a uma medida específica de tempo (cem anos), não é usada aqui para descrever genericamente todos os séculos.</li>
</ul>

 

Logo, o uso do artigo indefinido em "uma pessoa" (linha 55) serve como um excelente exemplo de um termo empregado para denotar uma ideia representativa de um grupo maior, no caso, seres humanos em geral, em contraste com máquinas que podem processar enormes quantidades de dados. Por isso, a alternativa correta é D.

Olá! Vamos mergulhar nessa questão que lida com o uso correto das preposições em conjunto com verbos transitivos diretos, uma matéria que pode ser bastante traiçoeira em provas de português, não é mesmo?

 

Primeiro, precisamos entender o papel das preposições. Normalmente, verbos transitivos diretos não exigem preposição para ligar-se ao seu complemento (o objeto direto). No entanto, em alguns casos, a preposição é usada para evitar ambiguidades, ou seja, para clarificar o sentido da frase.

 

A alternativa correta é a B) Matou o tigre ao caçador. Na estrutura dessa frase, sem a preposição "a", a frase "Matou o tigre o caçador" poderia gerar confusão sobre quem foi morto e quem executou a ação. Com a inserção da preposição "a", fica claro que o tigre é o objeto direto (o que foi morto) e "ao caçador" indica a quem a ação foi direcionada, destacando que o caçador foi o alvo da ação, não necessariamente que ele morreu, mas que foi afetado por ela, provavelmente salvando-se do tigre.

 

As outras alternativas não utilizam as preposições para evitar ambiguidades:
<ul>
<li>A) A mãe ama à filha. Aqui, o uso da preposição "a" está incorreto, pois o verbo "amar" é transitivo direto e não deveria levar preposição.</li>
<li>C) Preciso de fazer compras. A preposição "de" é comumente usada com o verbo "precisar", mas não serve para desambiguação.</li>
<li>D) Ao filme assistirei mais tarde. "Ao" é uma preposição exigida pelo verbo "assistir" quando usado nesse sentido, também não se tratando de uma questão de ambiguidade.</li>
</ul>

 

alternativa correta é B.

Por Bruno Garattoni e Eduardo Szklarz
<center><img alt='Imagem questão' src="https://d1obul4n7gbyjy.cloudfront.net/645a3c2d6771036efb0d9c50fundatec-2023-prefeitura-de-casca-rs-professor-de-ensino-fundamental-anos-finais-portugues-e-espanhol-prova1.png"></center>

No tema inflacionário, as pressões se comparam às da década de 1970... ... a inflação acumulada nos doze meses encerrados em junho chegou a 9,1%...

No caso americano, que dá o tom para o mercado financeiro mundial... ... é crucial para evitar uma recessão mais profunda adiante.

... que passa por um momento de desaceleração ... ... a expectativa para os juros disparou, de pouco mais de 1% para 3,5%...

Com a escalada da inflação e dos juros nos Estados Unidos e na Europa... ... com forte queda dos mercados de títulos públicos, crédito privado e ações...

Em paralelo, há dúvidas sobre a atividade na China... ... tem-se pela primeira vez em décadas o risco de uma espiral inflacionária de difícil controle.

Em "a": Errado –&nbsp; Em sua primeira ocorrência, a preposição indica um sentido de comparação; em sua segunda, por sua vez, indica um sentido de resultado alcançado. Em "b": Errado –&nbsp; Em sua primeira ocorrência, a preposição indica um sentido de ceder, ou seja, o ato de transferir algo a alguém. Em sua segunda, por sua vez, o sentido indicado é o de uma finalidade. Em "c": Errado –&nbsp; Na primeira ocorrência, especifica o momento; na segunda, estabelece uma relação de proporcionalidade, demonstrando um crescimento. Em "d": Certo –&nbsp; Refere-se à causa indicativa da inflação e dos juros nos Estados Unidos. Na segunda ocorrência, refere-se ao modo pelo qual houve a queda dos mercados de títulos públicos.Em "e": Errado –&nbsp; "Em paralelo" quer dizer "ao mesmo tempo" , "paralelamente", "conjuntamente". Já na segunda acepção, tem-se uma noção de tempo. Resposta: Letra D.


    Com a escalada da inflação e dos juros nos Estados Unidos e na Europa, num contexto de tensões geopolíticas em ascensão, crescem os riscos de uma recessão global. Em paralelo, há dúvidas sobre a atividade na China, que passa por um momento de desaceleração e crise no mercado imobiliário.

    A combinação de fatores negativos nos três principais motores do mundo torna o cenário especialmente incerto. No tema inflacionário, as pressões se comparam às da década de 1970, ocasionadas por duas crises de oferta de petróleo.

    No caso americano, que dá o tom para o mercado financeiro mundial, a inflação acumulada nos doze meses encerrados em junho chegou a 9,1%, resultado dos choques da pandemia e dos inéditos estímulos fiscais e monetários, que impulsionaram a demanda além da capacidade de produção.

    Com o desemprego próximo das mínimas históricas nas duas regiões e altas dos salários acima da produtividade, tem- -se pela primeira vez em décadas o risco de uma espiral inflacionária de difícil controle. Daí a resposta rápida, ainda que tardia, dos bancos centrais. Combater a inflação o quanto antes é crucial para evitar uma recessão mais profunda adiante.

    Mas o processo não é indolor. Desde que o Fed (Banco Central Norte-Americano) iniciou o ciclo de aperto na política monetária, a expectativa para os juros disparou, de pouco mais de 1% para 3,5% no final de 2022, com forte queda dos mercados de títulos públicos, crédito privado e ações – uma perda de capital de US$ 20 trilhões.


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