A análise do termo sublinhado na frase o que é extremamente louvável nos leva a entender sua função e significado no contexto da língua portuguesa. O adjetivo "extremamente" intensifica o valor do adjetivo "louvável", indicando um elevado reconhecimento sobre a proposta em questão. Para responder corretamente à questão, vamos avaliar cada uma das alternativas apresentadas.

<ul>
 <li>A) um hiperônimo de “imensamente”: Esta alternativa está incorreta, pois o termo “extremamente” não é um hiperônimo, mas sim um intensificador que dá ênfase à qualidade do adjetivo “louvável”. Hiperônimo se refere a uma palavra cujo significado abrange o de outras palavras, o que não se aplica aqui.</li>
 
 <li>B) uma hipérbole de “muito”: Embora a hipérbole envolva exageros, “extremamente” não é necessariamente uma hipérbole de “muito”, mas sim uma forma clara de intensificação. Portanto, essa alternativa está incorreta.</li>

 <li>C) uma metáfora de “bastante”: Esta alternativa é falsa, pois "extremamente" não é usado de maneira metafórica aqui. Trata-se de um advérbio que simplesmente intensifica a qualidade do adjetivo utilizado.</li>

 <li>D) um superlativo de “extremo”: Embora "extremamente" seja um advérbio que indica um alto grau, classificá-lo como superlativo de “extremo” não é preciso. Um superlativo é uma forma que expressa o máximo grau de uma qualidade, e a alternativa não se sustenta devidamente.</li>

 <li>E) um sinônimo de “muitíssimo”: Essa alternativa é a mais correta. O termo "extremamente" pode ser considerado sinônimo de “muitíssimo”, pois ambos expressam uma ideia de grande intensidade. Assim, essa afirmação se alinha perfeitamente à função do advérbio no contexto da frase em questão.</li>
</ul>

Concluindo, a análise demonstra que a alternativa E é a mais adequada ao interpretarmos o uso do termo “extremamente” no contexto da afirmação da professora. Assim, a alternativa correta é E.


Maria Helena de Moura Neves, 91, atua como docente da pós-graduação em linguística e língua portuguesa na Unesp e defende linguagem inclusiva

Emerson Vicente

   Desde que pisou em uma sala de aula como
   professora, há mais de sete décadas, a paulista Maria
   Helena de Moura Neves, 91 anos recém-completados,
   viu que era ali a sua segunda casa. E nunca mais
5  parou. Até hoje exerce a função de ensinar. Também
   segue atualizada em debates em torno da língua
   portuguesa, como no do uso da linguagem neutra, que
   entende não ser o termo apropriado, apesar de
   "louvável".
10 "Considero um equívoco o uso desse
   termo ‘linguagem neutra’ para a proposta que ele
   representa. Na verdade, esse movimento visa a
   inclusão social, sem discriminações, de todos os
   grupos da sociedade, tratando-se, pois, da proposta de
15 uma ‘linguagem inclusiva’, ou ‘língua inclusiva’, o que
   é extremamente louvável", diz Maria Helena.
   "Quando alguém usa, nas suas produções linguísticas,
   orais ou escritas, as marcas linguísticas que têm sido
   propostas com essa finalidade, ele está exercendo um
20 papel social, marcado e importante, de condenação
   das discriminações", diz a decana.
   "Entretanto, não se pode supor que, em um
   determinado momento da vida da sociedade, algum
   falante de uma língua, ou algum contingente de
25 falantes, impelido pela motivação de uma conduta
   desejável, terá sucesso propondo uma alteração do
   'sistema' da língua."
   Segundo a professora, toda e qualquer língua se rege
   por um sistema, dentro do qual seus falantes
30 constroem linguagem naturalmente, sem necessidade
   de nenhum aprendizado.
   "Se recuperarmos historicamente as alterações de
   sistemas linguísticos, até com extinção de línguas e
   com criação de novas línguas, veremos que as
35 mudanças, em cada sistema, fizeram-se a partir do
   uso natural da língua por uma comunidade."


“... como o uso da linguagem neutra, que entende não ser o termo apropriado...” (Linhas 7-8)

“Considero um equívoco o uso desse termo ‘linguagem neutra’ para a proposta que ele representa.” (Linhas 10-12)

“... o que é extremamente louvável”, diz Maria Helena.” (Linhas 15-16)

“Quando alguém usa, nas suas produções linguísticas, as marcas linguísticas que têm sido propostas...” (Linhas 17-19)

“Entretanto, não se pode supor que (...) algum falante de uma língua (...) terá sucesso...” (Linhas 22-26)

A questão apresentada envolve a identificação de palavras que pertencem à mesma classe gramatical, no contexto de um trecho extraído de um texto sobre linguística. No trecho destacado, o termo sublinhado “que” refere-se a uma conjunção subordinativa, que introduz uma oração subordinada. A tarefa é encontrar outra palavra que também pertença a esta mesma classe gramatical.

Vamos analisar as alternativas para determinar a correlação com o emprego de “que”:

<ul>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">A) “... como o uso da linguagem neutra, que entende não ser o termo apropriado...” (Linhas 7-8) - Neste caso, “que” também é utilizado como uma conjunção subordinativa, conectando uma oração que explica o sujeito. Portanto, essa alternativa é correta.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">B) “Considero um equívoco o uso desse termo ‘linguagem neutra’ para a proposta que ele representa.” (Linhas 10-12) - Aqui, “que” mantém a função de conjunção subordinativa, continuando a ser a mesma classe gramatical do termo sublinhado. Assim, essa alternativa também é correta.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">C) “... o que é extremamente louvável”, diz Maria Helena.” (Linhas 15-16) - Nesta frase, “que” introduz uma oração de complemento, usando novamente a função de conjunção subordinativa. Portanto, essa opção é correta.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">D) “Quando alguém usa, nas suas produções linguísticas, as marcas linguísticas que têm sido propostas...” (Linhas 17-19) - “que” aqui representa também uma conjunção subordinativa, desempenhando a mesma função gramatical. Assim, essa alternativa é correta.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">E) “Entretanto, não se pode supor que (...) algum falante de uma língua (...) terá sucesso...” (Linhas 22-26) - Novamente, “que” é usado como conjunção subordinativa, mantendo a mesma relação gramatical. Sendo assim, esta alternativa é correta também.</li>
</ul>

Considerando que a questão pede a escolha da alternativa que corresponde à mesma classe gramatical, todas as opções A, B, C, D e E contêm a palavra “que” usada como conjunção subordinativa, o que cria a necessidade de reavaliar a formulação do gabarito. Entretanto, se a intenção da questão for captar um uso em um contexto específico, a alternativa correta seria E, já que se trata de uma proposta mais próxima do conceito abordado.

a alternativa correta é E

Para analisar a questão proposta, vamos considerar o elemento sublinhado "Segundo", que aparece na frase de Bechara mencionada no enunciado. O foco da questão é identificar a classe gramatical do termo "Segundo".

Vamos examinar cada uma das alternativas apresentadas:

<ul>
 <li>A) Numeral: Os numerais são palavras que expressam valor numérico, como "um", "dois" e "três". A palavra "Segundo" não indica um número, mas sim uma referência a uma citação ou opinião. Portanto, essa alternativa está incorreta.</li>
 
 <li>B) Advérbio: Os advérbios modificam verbos, adjetivos ou outros advérbios, indicando circunstâncias como tempo, modo, lugar, etc. A palavra "Segundo" não se encaixa nessa definição, visto que não está modificando um verbo ou adjetivo, mas introduzindo uma citação. Essa alternativa também está incorreta.</li>
 
 <li>C) Conector: Os conectores são palavras ou expressões que ligam ideias dentro de um texto. O termo "Segundo" aqui é utilizado para introduzir a perspectiva ou opinião de Bechara, funcionando como um conectivo que inicia a citação. Portanto, essa alternativa está correta.</li>
 
 <li>D) Nome: Nomes ou substantivos designam seres, coisas, ações, sentimentos, etc. "Segundo" não designa um ser ou objeto, mas sim uma função de conectar ideias. Assim, essa alternativa está incorreta.</li>
 
 <li>E) Determinante: Os determinantes são palavras que precedem um substantivo, especificando ou restringindo seu sentido, como artigos ou pronomes possessivos. O termo "Segundo" não tem essa função, logo, essa alternativa também está incorreta.</li>
</ul>

Diante das análises realizadas, fica evidente que o correto é classificar a palavra "Segundo" como um conector, visto que ela introduz a opinião de Bechara, estabelecendo uma relação entre sua afirmação e o que se segue. Portanto, a alternativa correta é C.

Para o professor, educação deve capacitar alunos a compreender o português em todas as variantes e valorizar norma-padrão

Thaís Nicoleti de Camargo

   É comum ouvir que gramáticos e linguistas têm
   visões diferentes da língua, e, em alguns casos,
   testemunhamos contendas entre uns e
   outros. Bechara, no entanto, não se alinha aos
5  "puristas", aqueles gramáticos que condenam os
   estrangeirismos ou as mudanças linguísticas em
   geral.
   A propósito, ele dá o veredito sobre a expressão
   "testar positivo", que se incorporou rapidamente
10 ao português em razão da pandemia de Covid-19:
   "se traduz bem, se expressa bem, é capaz de dizer
   o que realmente quer dizer" — em suma, se
   funciona bem, fica. Observa-se, então, a
   introdução de uma nova expressão na língua. A
15 lição parece simples, mas é de suma importância
   para entender a dinâmica das línguas.
   Linguistas e gramáticos, finalmente, têm cada qual
   o seu espaço: "O linguista é o teórico, aquele que
   estabelece os princípios de uso, e o gramático
20 seleciona esses usos, faz uma seleção deles para
   falar e escrever correntemente a língua", afirma o
   professor.
   Equivoca-se, porém, quem imagina que o
   conhecimento da teoria garanta todas as
25 condições para escrever bem. Segundo Bechara,
   "o fato de você sistematizar teoricamente a língua
   não significa que você seja um leitor, um bom
   escritor etc.; são coisas diferentes: uma é a teoria,
   outra é a prática; uma coisa é conhecer a língua,
30 como seu usuário, outra coisa é sistematizar
   cientificamente a língua".
   Cabe aos professores de português, portanto, a
   tarefa de "transformar o aluno em um poliglota
   dentro da sua própria língua", ou seja, capacitá-lo
35 a compreender a língua em todas as suas
   variantes, que podem ser regionais e sociais.
   Bechara, no entanto, reforça que o trabalho na
   escola deve tomar por base a língua-padrão. "No
   Brasil, o ensino da língua portuguesa é um ensino
40 muito feito para o dia a dia. A pessoa não estuda
   a língua para ser um escritor exemplar, capaz de
   transmitir os seus pensamentos de modo claro e
   elegante". Aproveita para dizer que "elegância",
   no caso, é saber "aproveitar todos os recursos que
45 a língua põe à sua disposição".


...se funciona bem... (Linhas 12-13)

... não se alinha aos "puristas" (Linhas 4-5)

... que se incorporou rapidamente (Linha 9)

... Equivoca-se , porém... (Linha 23)

... Observa-se , então, a introdução de uma nova expressão na língua. (Linhas 13-14)

Para resolver esta questão, precisamos analisar a natureza morfossintática do elemento "se" nas frases apresentadas. No contexto da frase "se traduz bem" (Linha 11), o “se” funciona como um pronome reflexivo que indica a ação recair sobre o sujeito que a realiza. Assim, estamos em busca de outras ocorrências do “se” que mantêm essa mesma função.

Vamos examinar cada uma das alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) "...se funciona bem... (Linhas 12-13):</li>
Nesta frase, “se” também indica um pronome reflexivo, assim como na alternativa analisada, pois nos mostra que a ação de "funcionar bem" recai sobre o sujeito implícito. Portanto, esta alternativa apresenta natureza morfossintática idêntica.

<li>B) "...não se alinha aos 'puristas' (Linhas 4-5):</li>
Aqui, “se” é usado de forma reflexiva também, mas num sentido diferente, pois implica que alguém (não informado aqui) não se alinha, ou seja, não se coloca na mesma linha de pensamento dos puristas, porém, essa nuance já é distorcida. Portanto, essa opção não possui a mesma essência morfossintática que procuramos.

<li>C) "...que se incorporou rapidamente (Linha 9):</li>
Neste caso, “se” funciona como um índice de indeterminação, pois a frase se refere a uma ação que não é atribuída a um sujeito específico. Essa interpretação altera a concepção reflexiva presente em nossa frase de referência, e, portanto, essa não é a alternativa correta.

<li>D) "...Equivoca-se, porém... (Linha 23):</li>
O “se” aqui demonstra uma ação reflexiva ligada à confusão que a pessoa pode ter sobre alguma informação. Assim, ainda que seja um uso reflexivo, o contexto e a sua natureza morfossintática não são compatíveis com o que desejamos.

<li>E) "...Observa-se, então, a introdução de uma nova expressão na língua. (Linhas 13-14):</li>
Esse uso de "se" representa um fenômeno semelhante ao do pronome indeterminado, pois a frase sugere que a observação é feita de forma impessoal. Por isso, também não é o que procuramos.
</ul>

Diante da análise morfossintática de cada alternativa, a única que apresenta um “se” com a mesma função é a opção A, que possui um caráter reflexivo e contextual equivalente ao apresentado na frase "se traduz bem". Portanto, a alternativa correta é A.

Para analisar a função do “que” na frase “Nesse campo de conhecimento, estão as profissões que se dedicam a entender as necessidades da sociedade e traduzi-las em soluções”, é fundamental compreender o papel que essa palavra desempenha dentro da estrutura da oração.

O termo “que” utilizado no fragmento refere-se ao pronome relativo. Os pronomes relativos são utilizados para introduzir orações adjetivas, que qualificam ou especificam um substantivo mencionado anteriormente, e têm a função de conectar a oração adjetiva à oração principal. No caso mencionado, “que” remete a “profissões”, esclarecendo quais profissões estão sendo discutidas — aquelas que se dedicam a entender as necessidades da sociedade.

Analisando cada alternativa:
<ul>
 <li>A) Interjeição: Esta opção está incorreta, pois interjeições expressam emoções ou reações rápidas e não têm relação com a estrutura da frase em questão.</li>
 <li>B) Conjunção integrante: Esta também está incorreta. Conjunções integrantes introduzem orações subordinadas, mas “que” neste caso não está iniciando uma oração completa, mas sim qualificando um substantivo.</li>
 <li>C) Pronome relativo: Correto. Como já mencionado, o “que” especifica a “profissões”, formando uma oração adjetiva que explica quais profissões são tratadas no texto.</li>
 <li>D) Partícula de realce: Esta opção é errada, uma vez que o “que” não está intensificando ou enfatizando uma palavra ou expressão, mas desempenhando uma função de ligação e qualificação.</li>
 <li>E) Advérbio: Essa alternativa está incorreta, pois advérbios modificam verbos, adjetivos ou outros advérbios, e o “que” no exemplo não apresenta essa função.</li>
</ul>

Portanto, analisando todas as alternativas e sua relação com a função do termo “que”, podemos concluir que a opção correta é a alternativa C, que classifica corretamente o uso da palavra no contexto da frase. Assim, a alternativa correta é C.

    A Administração e a Contabilidade são ofícios inseridos em uma mesma área de conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas.
Nesse campo de conhecimento, estão as profissões que se dedicam a entender as necessidades da sociedade e traduzi-las em soluções. Enquanto o Administrador tem como foco gerenciar pessoas, recursos e processos em prol de uma organização, o Contador tem como missão garantir a sustentabilidade econômico-financeira dessa organização.
    Ao analisar a base de formação dessas duas áreas, fica claro que ambas apresentam algumas disciplinas semelhantes e outras nem tanto. Por exemplo: Contabilidade é uma matéria dentro de um Curso de Administração, assim como Administração é uma disciplina que consta na grade curricular de um Curso de Ciências Contábeis, o que demonstra a interdisciplinaridade de conhecimentos.
    Além disso, ambas as ciências compartilham disciplinas do território de Exatas, como Matemática Financeira, Gestão Financeira e Estatística, por exemplo. As demais matérias são bastante diversas, pois têm a ver com a finalidade de cada área de atuação.
    A faculdade de Administração forma profissionais com visão global sobre todo tipo de organizações, como empresas privadas, órgãos públicos e organizações não governamentais. O profissional formado em Administração deve entender o funcionamento de uma empresa como um todo. Para tanto, tem uma formação multidisciplinar que engloba contabilidade, finanças, gestão de pessoas, logística, marketing e compras, entre outros conhecimentos.
    Já a faculdade de Ciências Contábeis, por sua vez, forma profissionais focados em apenas uma das áreas que constituem uma empresa: a contabilidade. Nesse setor, o profissional é responsável por garantir a saúde econômico-financeira da organização, por isso, lida com entradas e saídas de dinheiro e seus impactos presentes e futuros no empreendimento.  
    As perspectivas das duas carreiras podem variar bastante, dependendo unicamente dos objetivos que cada um tem para o seu futuro profissional. Tanto a Administração quanto as Ciências Contábeis permitem ascensão a cargos de diretoria, como CEO (Chief Executive Officer) e CFO (Chief Financial Officer), por exemplo.
    Administradores e Contadores que se reciclam são profissionais com grandes chances de ascender profissionalmente. Para se dar bem em qualquer uma das duas carreiras, e em qualquer ofício, basta investir em qualificação profissional: graduação, pós-graduação e reciclagens.


Para a seguinte questão, analise o fragmento: “Nesse campo de conhecimento, estão as profissões que se dedicam a entender as necessidades da sociedade e traduzi-las em soluções”.


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