Leia a tirinha de Armandinho

<center><img alt='Imagem questão' src="https://d1obul4n7gbyjy.cloudfront.net/67f65904268844a06c03b580integri-2021-prefeitura-de-monte-alegre-do-sul-sp-medico-do-psf-prova2440.jpg"></center>

Vamos analisar cuidadosamente o termo em destaque no contexto apresentado: “alguém”.

O termo “alguém” pertence à classe dos pronomes. Mas qual tipo de pronome exatamente? Existem vários tipos de pronomes na língua portuguesa, como pronomes pessoais, demonstrativos, possessivos, interrogativos e indefinidos. O pronome “alguém” é um pronome indefinido, pois refere-se a um sujeito indeterminado, isto é, a uma pessoa não especificada ou não identificada no enunciado. Ele indica uma pessoa não definida, genérica, que pode ser qualquer indivíduo que se encontre ferido, atropelado e precisando de ajuda.

Agora, vejamos as alternativas uma a uma:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Pronome indefinido: CORRETA. “Alguém” é, de fato, um pronome indefinido porque não designa uma pessoa determinada.</li>
 <li>B) Sujeito: INCORRETA. “Alguém” pode funcionar sintaticamente como sujeito, mas a questão pede a classificação da palavra, isto é, sua classe gramatical, não sua função sintática.</li>
 <li>C) Artigo indefinido: INCORRETA. Artigos são palavras como “um”, “uma”, “uns”, “umas”, que acompanham os substantivos para defini-los ou indefini-los. “Alguém” não é artigo.</li>
 <li>D) Pronome interrogativo: INCORRETA. Pronomes interrogativos introduzem perguntas, como “quem”, “qual”, “o que”. “Alguém” não tem valor interrogativo, mas indefinido.</li>
 <li>E) Artigo definido: INCORRETA. Artigos definidos são “o”, “a”, “os”, “as”, e são utilizados para definir claramente o substantivo. “Alguém” não é artigo.</li>
</ul>

Portanto, “alguém” é um pronome que refere-se a uma pessoa indeterminada, cumprindo o papel de pronome indefinido, e a alternativa que classifica corretamente o termo em destaque é a alternativa A.

Gabarito: Letra A

Walcyr Carrasco 

Parece história de humor negro. Não é. Aconteceu de verdade, é realmente um horror. Um amigo, médico dermatologista, foi fechado por um caminhão num dos acessos à Avenida 23 de Maio, em São Paulo. O carro saiu da pista, despencou pela ribanceira e colidiu com arbustos, pedras, desníveis de terreno. Meu amigo bateu a cabeça, ensanguentou-se. Primeiro horror: o caminhão fugiu. Sei que isso não surpreende ninguém. Nunca ouvi a história de um caminhão que parasse após provocar um acidente. Um funcionário meu recentemente foi fechado por um, em plena Via Dutra. Ele se machucou, o carro amassou em toda a lateral. O caminhoneiro acelerou, para se ver livre da responsabilidade. A história começa com esse horror com que me acostumei: caminhões não param nem para ver se a gente está vivo. Ainda dentro do carro, sangrando, meu amigo médico pegou o celular para pedir socorro. Estava sem bateria. Um Gol parou. Dois rapazes desceram e ofereceram ajuda. Auxiliaram-no a subir a rampa até uma empresa, cujo segurança, finalmente, chamou a polícia. O acidentado voltou para o carro. As duas “almas bondosas” haviam roubado tudo o que ele tinha. Sim, os rapazes do Gol levaram celular, carteira, cartões de crédito, bolsa. Tudo. E fugiram. É um segundo horror, que superdimensiona o outro. O pior é a conclusão do médico: 
– Ainda bem que eu estava sem bateria e não fiquei no carro. E que não cheguei quando roubavam. Aí, teriam acabado comigo.
Verdade absoluta. Teria sido fácil, para roubar, acabar com o médico ensanguentado. Nem deixariam pistas, tudo seria debitado ao acidente.
Esse acontecimento me provoca um pavor profundo.
Estou ficando velho. Sou de um tempo em que mesmo adolescente, às vezes, quando saía, amanhecia no ponto de ônibus esperando o primeiro da minha linha. Quantas vezes amigos e eu passamos o final da madrugada no banco de uma praça, batendo papo até o ônibus chegar? Também sou de um tempo em que, para viajar, ia para a estrada e pegava carona. Era fácil, sempre havia um carro que parava. De carona em carona, eu chegava ao meu destino. Nem sabia o que era pegar ônibus para viajar.
Avião, menos ainda. Hoje, eu mesmo não paro quando alguém me pede carona. Tenho medo. Mesmo porque são inúmeros os casos em que a generosidade é recompensada com assaltos e agressões. Até assassinatos.
Assaltos sempre aconteceram. Psicopatas existem. O que me apavora é essa sensação disseminada de vale-tudo na nossa sociedade. Comecei a contar a história do médico a três outros amigos. Todos, antes de eu terminar, disseram: 
– Aposto que os caras do Gol tinham roubado tudo.
A completa falta de ética já é esperada, tida como normal.
É intrínseca à sociedade nacional. Não posso falar por todos os países do mundo. Costumo viajar, andar à noite pelas ruas, eventualmente ser ajudado por desconhecidos. Esse descaso com o outro, só vejo mesmo por aqui. Um ator conhecido certa vez viu uma  mulher atropelada na rua, abandonada pelo autor do acidente. Botou no seu próprio carro e levou ao hospital.
Não deu outra: mais tarde a dita-cuja o acusou de ser responsável pelo atropelamento. Exigiu indenização. Em vez de agradecer, deu um golpe. Soube também de donos de automóveis que instalam câmeras em seus veículos, porque há gente que se atira na frente, para mais tarde processar. A gravação serve para provar a má intenção da “vítima”. Resultado: se atropelar alguém, óbvio, socorrerei.
Mas terei medo de pôr no meu carro alguém que encontre ferido, atropelado, precisando de ajuda, porque tudo pode se voltar contra mim.
Aí meu medo aumenta. Já não é mais relacionado a ser assaltado, sofrer alguma violência. É o que o medo do medo faz comigo, interiormente. Me sinto uma pessoa muito menos disposta a ser generosa. Sempre estranhei as recomendações do seguro: no caso de problema com o carro, chamar o socorro e ficar distante do veículo, até sua chegada. Depois do episódio com o médico, entendo.
O ferido está mais exposto. Nem falo das mulheres assassinadas só por esboçar um gesto de defesa quando querem roubar suas bolsas. Só isso daria um livro.
O amor ao próximo, o sentimento pelo outro, foi eliminado de nossas relações sociais. Resta o medo, o mesmo que sinto dentro de mim. Não só do que me assusta. Mas que me transforma em alguém pior do que eu queria ser.


Análise da Questão:

A questão aborda a classificação da palavra “esplendor” na frase: “essa terra de esplendor”, extraída do poema Hino de Votorantim. Para responder corretamente, é fundamental entender a natureza gramatical da palavra em seu contexto.

Vamos analisar as alternativas quanto à classe a que a palavra “esplendor” pertence:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) Adjetivo de tempo: Adjetivos de tempo qualificam o substantivo indicando noções temporais, como passado, futuro, recente. A palavra “esplendor” não indica tempo, portanto, esta alternativa está incorreta.</li>

<li>B) Adjetivo indefinido: Adjetivos indefinidos expressam ideia vaga ou imprecisa, como algum, nenhum, certo. A palavra não corresponde a um adjetivo indefinido, logo a alternativa é errada.</li>

<li>C) Adjetivo composto: São aqueles formados pela união de dois ou mais radical/flexões, por exemplo, azul-claro, bem-vindo. A palavra “esplendor” é uma palavra simples, não composta, o que invalida essa alternativa.</li>

<li>D) Adjetivo simples: Esta alternativa sugere que “esplendor” é um adjetivo simples. No entanto, é importante observar que a palavra “esplendor” é um substantivo, pois designa uma qualidade, um estado intenso de brilho, magnificência. Adjetivos qualificam substantivos; já “esplendor”, ao funcionar como núcleo do complemento do nome “terra de esplendor”, é um substantivo abstrato. Logo, a alternativa D, mesmo marcada como correta, está incorreta do ponto de vista gramatical.</li>
</ul>

Na verdade, a palavra “esplendor” é um substantivo abstrato, que indica uma característica (brilho, magnificência) e funciona como complemento nominal do termo “terra”. A construção “terra de esplendor” é um complemento nominal com preposição “de”, formando uma locução substantiva. Nenhuma das alternativas ofertadas classifica corretamente a palavra como substantivo abstrato.

Entretanto, como a banca indicou a alternativa D (“Adjetivo simples”) como correta, provavelmente houve um equívoco na formulação ou no gabarito. Para fins de concurso, recomenda-se considerar o estudo correto das classes gramaticais, lembrando que “esplendor” é um substantivo abstrato. Se a questão pede para classificar como palavra acessória do núcleo do complemento nominal, a resposta seria “substantivo”.

Explicação didática: Adjetivos qualificam e concordam em gênero e número com os substantivos; substantivos nomeiam seres, coisas, qualidades, sentimentos. No verso “essa terra de esplendor”, “esplendor” não qualifica diretamente “terra” com uma característica através de um adjetivo, mas sim designa aquilo que caracteriza a terra, é o núcleo do complemento nominal ligado por preposição “de”.

Alternativa Correta:
A alternativa correta indicada pela banca é a letra D, que classifica “esplendor” como adjetivo simples. Contudo, do ponto de vista gramatical tradicional e correto, a palavra “esplendor” é um substantivo abstrato, não um adjetivo.

Gabarito: Letra D

Minha terra tem encantos
tem belezas naturais,
tem jardins, fluviais recantos
e riquezas minerais...
Nas indústrias tem potência;
tem igrejas para os fiéis,
tem escolas, luz da ciência,
nos esportes tem lauréis
O seu solo é um manancial
fonte de riquezas mil,
o seu clima é tropical
é um pedaço do Brasil,
e por isso com fervor
hei de amar até o fim
essa terra de esplendor
este meu Votorantim
Sons de máquinas, usinas
e de águas a rolar.
em sussurros de surdinas
pelo espaço a reboar;
são acordes de vitória
num arcano musical,
proclamando a sua glória
e pujança sem igual
Chaminés que, fumegantes
estão sempre a evidenciar
as indústrias operantes
que engrandecem o lugar,
onde um povo exuberante
que labuta sem cessar,
construiu esse gigante
portentoso e singular.


 Substantivo – substantivo – verbo – substantivo – adjetivo.

 Substantivo – advérbio – verbo – substantivo – adjetivo.

 Substantivo – substantivo – verbo – adjunto adverbial – adjetivo.

 Substantivo – adjetivo – verbo – substantivo – adjetivo.  

Análise da Questão:
A frase a ser analisada é: “O número de habitantes era pequeno e o comércio rudimentar.” O objetivo é identificar a classe gramatical das palavras grifadas, que são: número, habitantes, era, comércio, rudimentar.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>Número: é um substantivo comum, pois designa uma ideia, no caso a quantidade, e não é um verbo, adjetivo ou outra classe.</li>
<li>Habitantes: também é um substantivo comum, plural. Refere-se às pessoas que vivem no lugar, um ser animado.</li>
<li>Era: é uma forma do verbo “ser” no pretérito imperfeito do indicativo, terceira pessoa do singular.</li>
<li>Comércio: é um substantivo comum. Refere-se à atividade comercial ou local relacionado a troca de bens.</li>
<li>Rudimentar: é um adjetivo, pois qualifica o substantivo “comércio”, atribuindo-lhe a ideia de simples, pouco desenvolvido.</li>
</ul>

Assim, há três substantivos, um verbo e um adjetivo, exatamente na ordem da alternativa A.

Análise das Alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) Substantivo – substantivo – verbo – substantivo – adjetivo. Corresponde perfeitamente à classificação dos termos destacados.</li>
<li>B) Indica advérbio na segunda palavra, porém “habitantes” é substantivo, e não advérbio.</li>
<li>C) Coloca “adjunto adverbial” na penúltima palavra, mas “comércio” é substantivo, não um adjunto adverbial (que é uma função sintática, não uma classe de palavra). Além disso, “comércio” é um nome, não uma função exeplenficada na questão.</li>
<li>D) Considera “habitantes” como adjetivo, o que não é correto, porque é um substantivo plural.</li>
</ul>

Complementação Gramatical: A palavra “reduzida” classificação correta das palavras permite ao candidato entender o processo de análise gramatical, diferenciando classes de palavras por sua função e sentido na frase. Isso é fundamental para concursos que cobrem gramática normativa.

Portanto, a alternativa correta é a que classifica as palavras na ordem correta: substantivos, verbo e adjetivo.

Gabarito: Letra A

    O início da exploração e povoamento de Votorantim aconteceu em meados do século XVII, quando Paschoal Moreira Cabral, primeiro habitante do Município, parente de Baltazar Fernandes, fundador de Sorocaba, instalou-se no local conhecido como Itapeva (pedra chata), hoje sede da Fazenda de São Francisco, de propriedade do Grupo Votorantim, iniciando o período rural com a plantação de cana da primeira moenda, utilizando-se do trabalho de índios escravizados.
    Em 1679, foi construída, no terreiro da casa grande, uma capela em homenagem a Nossa Senhora do Pópulo.
Posteriormente essa capela foi enriquecida com a imagem de São Francisco, que deu nome a serra e à fazenda.
    Na época, também, eram explorados o cultivo de produtos de sobrevivência e a pecuária. O número de habitantes era pequeno e o comércio rudimentar.
    Por volta de 1750, numa sucessão de compras e vendas, a fazenda chegaria às mãos do Capitão Mor Manoel Fabiano de Madureira. Essa mesma fazenda, em 1890, seria vendida ao Banco União de São Paulo.
    A maior atração local era uma cachoeira denominada pelos indígenas de "Botu-ra-ti"/Boturantim, cujo étimo em tupi guarani significa Grande Espuma Branca/Cascata Branca, originando-se o nome Votorantim, atribuído ao vilarejo e posteriormente ao Município.
    Conta-se que a cachoeira era de tal beleza, pelo volume de água e recantos naturais, que teria motivado a vinda do imperador D. Pedro II e da Imperatriz D. Tereza Cristina para apreciar a região.

 A palavra grifada refere-se a substantivo.

Análise da questão:
A questão apresenta a frase: “A casa estava em perfeita ordem”. e pede que se identifique a classe morfológica da palavra grifada: perfeita.

Definição e análise da palavra "perfeita":
A palavra perfeita é uma forma flexionada de um adjetivo. Adjetivos são palavras que caracterizam ou qualificam os substantivos, atribuindo-lhes uma qualidade ou característica. Aqui, o substantivo ordem é qualificado pela palavra perfeita, que indica que a ordem estava ideal, sem falhas ou defeitos.

Por que as outras alternativas estão incorretas?
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) A palavra perfeita não é um substantivo, pois não nomeia ser, objeto, lugar, conceito etc., mas sim uma característica.</li>
<li>B) A palavra não é um advérbio. Advérbios modificam verbos, adjetivos ou outros advérbios, e geralmente indicam circunstâncias de tempo, modo, lugar, intensidade etc. Além disso, advérbios não se flexionam em gênero ou número. Já “perfeita” concorda em gênero (feminino) e número (singular) com “ordem”, o que descarta que seja advérbio.</li>
<li>D) Não há necessidade de descartar todas as alternativas, pois a alternativa C é correta.</li>
</ul>

Exemplificação prática:
Considere um outro exemplo: “O evento foi importante.” Aqui, a palavra importante, assim como perfeita, é um adjetivo, pois atribui uma característica ao substantivo evento.

Resumo:
A palavra perfeita é um adjetivo, pois qualifica o substantivo ordem. Tem variação de gênero e número para concordar com o substantivo e expressa uma qualidade.

Alternativa Correta:
A alternativa correta é a letra C.

Gabarito: Letra C

Questões de Português - Classes de palavras