 A (5) – B (1) – C (4) – D (2) – E (3).

 A (3) – B (1) – C (4) – D (2) – E (5).

 A (4) – B (1) – C (5) – D (2) – E (3).

 A (1) – B (3) – C (5) – D (2) – E (4).

Na resolução desta questão, é necessário realizar a associação entre as classes de palavras descritas na Coluna I e suas respectivas definições na Coluna II. O primeiro passo consiste em compreender cada definição apresentada, relacionando-a ao conceito gramatical correspondente.

Analisando a Coluna I:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A - Substantivo: Trata-se da classe de palavras responsável por designar os seres, entidades e coisas em geral. Assim, sua definição é a que indica “o nome com que designamos os seres e as coisas em geral”, ou seja, a definição (5).</li>
 <li>B - Adjetivo: É a palavra que modifica o substantivo, atribuindo-lhe características como aparência, modo, qualidade, entre outras. Portanto, corresponde à definição (1): “a palavra que modifica o substantivo, exprimindo aparência, modo, qualidade, característica”.</li>
 <li>C - Pronome: Ocupa a função de substituir ou acompanhar o substantivo, designando-o sem nomeá-lo propriamente, e assim se confunde com a definição (4): “a expressão que designa os seres sem dar-lhes nome, nem qualidade, indicando-os apenas como pessoas do discurso”.</li>
 <li>D - Artigo: Este é o termo que antecede o substantivo, determinando-o como conhecido ou não. A definição correta é (2): “a palavra que se antepõe aos substantivos que designam seres determinados (o, a, os, as) ou indeterminados (um, uma, uns, umas)”.</li>
 <li>E - Advérbio: Modifica o verbo, o adjetivo ou mesmo outro advérbio, adicionando uma circunstância à ação ou estado descrito. Assim, enquadra-se na definição (3): “modifica o verbo, o adjetivo e o próprio advérbio, acrescentando-lhes uma circunstância”.</li>
</ul>

Dessa forma, a associação correta entre as colunas é: A (5), B (1), C (4), D (2), E (3). A alternativa que apresenta essa correspondência é a alternativa A. Essa análise demonstra o domínio dos conceitos essenciais das classes de palavras e evidencia a importância de cada termo no funcionamento da língua portuguesa.

Em concursos, a atenção aos detalhes e a correta identificação dos conceitos gramaticais são fundamentais para a resolução eficaz de questões dessa natureza, garantindo não apenas a escolha correta, mas também uma sólida compreensão da gramática normativa.

Gabarito: Letra A

 Pronome relativo, conjunção integrante e pronome relativo.

 Conjunção integrante, pronome indefinido e conjunção integrante.

 Pronome indefinido, conjunção integrante e conjunção integrante.

 Conjunção integrante, conjunção integrante e pronome relativo.

 Pronome relativo, pronome indefinido e conjunção integrante.

Na frase “É verdade que a Vanda tampouco se preocupava em saber que grandes escritores eram esses que eu encontrava todo ano”, temos três ocorrências do vocábulo “que”. Analisemos uma a uma:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Primeiro “que” ("É verdade que"): Nesse caso, o "que" introduz uma oração subordinada completiva que complementa a expressão “É verdade”. Essa função é característica das conjunções integrantes, que têm a função de ligar a oração principal a uma oração subordinada nominal, funcionando como elemento de ligação sem possuir valor referencial próprio.</li>
 <li>Segundo “que” ("...saber que grandes escritores eram esses..."): Aqui, o "que" também introduz uma oração subordinada completiva em que o verbo “saber” exige a complementação por meio de uma oração. Novamente, trata-se de uma conjunção integrante, pois estabelece a relação de subordinação sem trazer sentido de adjetivo, atributo ou qualquer outra função de pronome relativo ou indefinido.</li>
 <li>Terceiro “que” ("...escritores eram esses que eu encontrava..."): Nesta ocorrência, o "que" atua como pronome relativo, pois retoma o termo “escritores” e introduz uma oração subordinada adjetiva, característica que estabelece uma relação de referência ao substantivo “escritores”.</li>
</ul>

Com essa análise, concluímos que as classificações corretas, na ordem, são: conjunção integrante, conjunção integrante e pronome relativo, exatamente como consta na alternativa D.

A seguir, uma breve análise das demais alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A: Propõe “pronome relativo, conjunção integrante e pronome relativo”. Incorreta, pois o primeiro “que” não pode ser classificado como pronome relativo, visto que não retoma nenhum antecedente.</li>
 <li>Alternativa B: Apresenta “conjunção integrante, pronome indefinido e conjunção integrante”. Está incorreta, pois o segundo “que” não é pronome indefinido e o terceiro “que” é de fato um pronome relativo.</li>
 <li>Alternativa C: Traz “pronome indefinido, conjunção integrante e conjunção integrante”, o que está impreciso, pois o primeiro “que” já pertence à função de conjunção integrante e o terceiro “que” precisa ser classificado como pronome relativo.</li>
 <li>Alternativa E: Indica “pronome relativo, pronome indefinido e conjunção integrante”, mas a ordem e as funções atribuídas aos respectivos "que" não correspondem à análise correta.</li>
</ul>

Alternativa Correta:

Portanto, a alternativa correta é a letra D, pois reconhece corretamente que o primeiro e o segundo "que" funcionam como conjunções integrantes, e o terceiro "que" atua como pronome relativo, retomando o substantivo “escritores”.

Gabarito: Letra D

    A passagem por Budapeste se dissipara no meu cérebro. Quando a recordava, era como um rápido acidente, um fotograma que trepidasse na fita da memória. Um lance ilusório, talvez, que me dispensei de referir à Vanda ou a quem quer que fosse. É verdade que a Vanda tampouco se preocupava em saber que grandes escritores eram esses que eu encontrava todo ano, em congressos que ninguém noticiava. Talvez se defendesse de fantasiar aventuras do marido mundo afora, poetisas, dramaturgas, antropólogas que me fizessem perder o juízo e o avião de volta. Portanto, seria estúpido relatar, sem convicção, a uma Vanda que não queria ouvir, a minha madrugada solitária de Budapeste. E hoje aquela Budapeste estaria morta e sepultada, não fosse o menino levantá-la do meu sonho. Uma tentativa de se aproximar do pai, compreendi logo mais, que eu a rechaçara com uma brutalidade inexplicável. Às seis e meia em ponto das manhãs seguintes, quando mãe e filho acordavam com o despertador, me obriguei a também me por de pé. Passei a dedicar ao menino o tempo que me sobrava antes do trabalho, usado em geral para me espreguiçar, pensar na vida e ler jornais no banheiro. Agora, quando a Vanda saía para a televisão, eu ficava na copa tomando café com o meu filho. Observando-o às voltas com os sorvetes e coca-colas, procurava restaurar as feições perdidas em seu rosto flácido, e admiti que eram as de um menino muito bonito. Com a ponta do guardanapo, limpava-lhe a boca dos sucrilhos e encontrava os lábios carnudos da mãe, como da mãe eram seus olhos negros. [...] 


Considere a passagem seguinte para responder a seguinte questão.

“É verdade que a Vanda tampouco se preocupava em saber que grandes escritores eram esses que eu encontrava todo ano”

Na frase “que eu rechaçara com uma brutalidade inexplicável”, a locução “com uma brutalidade inexplicável” funciona como adjunto adverbial de modo. Isso ocorre porque essa locução especifica a maneira como a ação de “rechaçar” foi executada, conferindo à frase uma característica expressiva ao detalhar a forma de realização do verbo.

Análise das Alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Adverbial. Correta, pois a locução “com uma brutalidade inexplicável” exerce a função de adjunto adverbial, qualificando o verbo “rechaçara” ao indicar o modo com que a ação foi realizada.</li>
 <li>B) Prepositiva. Incorreta, pois, apesar de a locução iniciar-se com a preposição “com”, sua função na oração é adverbial e não prepositiva, visto que não estabelece relação exclusivamente de objeto ou complementação de preposição.</li>
 <li>C) Adjetiva. Incorreta, pois um termo adjetivo tem a função de qualificar um substantivo. Na locução em questão, o termo “brutalidade inexplicável” especifica o modo da ação, não o substantivo, desprovida de função qualificadora.</li>
 <li>D) Verbal. Incorreta, a locução não funciona como verbo nem exerce função típica de um termo verbal. Ela apenas modifica o sentido do verbo principal, caracterizando o modo de execução da ação.</li>
 <li>E) Conjuntiva. Incorreta, pois as locuções conjuntivas servem para unir orações e estabelecer relações de subordinação ou coordenação, o que não ocorre na estrutura apresentada.</li>
</ul>

A locução “com uma brutalidade inexplicável” evidencia como se manifestou o rechaço, ou seja, detalha o “modo” da ação, tornando-a mais enfática e expressiva. Essa característica é típica dos adjuntos adverbiais, que têm a função de modificar verbos, adjetivos ou até mesmo locuções inteiras, atribuindo-lhes circunstâncias que enriquecem o sentido da frase. Em diferentes contextos, adjuntos adverbiais conferem um grau de precisão ao discurso, facilitando a compreensão da ideia central da mensagem.

Portanto, a alternativa correta é a que identifica a locução como adjunto adverbial, pois é ela quem, através da expressão “com uma brutalidade inexplicável”, destaca a forma enfática com que o sujeito rechaçou algo.

Gabarito: Letra A

 adjetivo superlativo absoluto sintético.

 adjetivo superlativo absoluto analítico.

Nesta questão, a palavra “saudosíssimas” apresenta formação morfológica típica dos adjetivos em grau superlativo absoluto sintético. Isso ocorre quando o adjetivo base, neste caso “saudoso”, recebe o acréscimo do sufixo “-íssimo” para intensificar sua qualidade, sem o uso de palavras auxiliares (como “muito” ou “extremamente”), representando, assim, um superlativo de intensidade máxima.

Análise das alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A – Adjetivo superlativo absoluto sintético: Correta. “Saudosíssimas” é formada pela junção do radical “saud-” com o sufixo “-osíssimo”, que é um morfema intensificador utilizado para formar o superlativo absoluto sintético. Essa forma expressa intensidade em sua forma mais reduzida e direta.</li>
 <li>Alternativa B – Adjetivo comparativo de superioridade: Incorreta. O comparativo de superioridade é utilizado para estabelecer uma relação de comparação, geralmente com a estrutura “mais ... do que”. No caso de “saudosíssimas”, não há comparação entre qualidades, mas sim uma intensificação da característica.</li>
 <li>Alternativa C – Adjetivo superlativo absoluto analítico: Incorreta. O superlativo analítico utiliza elementos como “muito” ou expressões como “de longe” para intensificar o adjetivo (por exemplo, “muito belo”). “Saudosíssimas” é formado exclusivamente pela adição do sufixo “-íssimo”, sem o uso de elementos que indiquem comparação.</li>
 <li>Alternativa D – Adjetivo comparativo de inferioridade: Incorreta. O comparativo de inferioridade compara uma qualidade de menor intensidade ou presença, geralmente estruturado com “menos ... do que”, o que não se aplica à palavra em questão.</li>
</ul>

Alternativa Correta:
Portanto, “saudosíssimas” é um exemplo de adjetivo superlativo absoluto sintético, pois utiliza a forma encurtada por meio do sufixo “-íssimo” para indicar a máxima intensificação da ideia expressa pelo adjetivo “saudoso”. Esse recurso enriquecedor do idioma contribui para a expressividade e a emotividade no âmbito da poesia, proporcionando ao leitor uma sensação de intensidade que vai além da mera comparação.

Gabarito: Letra A

Como eu te amo
Como se ama o silêncio, a luz, o aroma,
O orvalho numa flor, nos céus a estrela,
No largo mar a sombra de uma vela,
Que lá na extrema do horizonte assoma;

Como se ama o clarão da branca lua,
Da noite na mudez os sons da flauta,
As canções saudosíssimas do nauta,
Quando em mole vaivém a nau flutua;

Como se ama das aves o gemido,
Da noite as sombras e do dia as cores,
Um céu com luzes, um jardim com flores,
Um canto quase em lágrimas sumido;
 
Como se ama o crepúsculo da aurora, 
A mansa viração que o bosque ondeia,
O sussurro da fonte que serpeia,
Uma imagem risonha e sedutora;

Como se ama o calor e a luz querida,
A harmonia, o frescor, os sons, os céus,
Silêncio, e cores, e perfume, e vida,
Os pais e a pátria e a virtude e a Deus:

Assim eu te amo, assim; mais do que podem
Dizer-to os lábios meus, — mais do que vale
Cantar a voz do trovador cansada:
O que é belo, o que é justo, santo e grande
Amo em ti. — Por tudo quanto sofro,
Por quanto já sofri, por quanto ainda
Me resta de sofrer, por tudo eu te amo. 

Questões de Português - Classes de palavras