 Um pronome que retoma um sujeito anterior.

 Um artigo definido que caracteriza o substantivo.

 Uma preposição que indica relação entre termos.

<center><img alt='Imagem questão' src="https://d1obul4n7gbyjy.cloudfront.net/67cf09436c6d4128a40b39fccpcon-2025-prefeitura-de-nazarezinho-pb-tecnico-em-enfermagem-prova2.png"></center>
Fonte: https://insvsaude.org/novembro-azul-cuidar-da-saude-tambem-e-coisa-de-homem/. Acesso em: 10 dez. 2024.

A palavra “primeiro”, na frase “Fui o primeiro a erguer o braço”, desempenha a função típica de um numeral ordinal. Os numerais ordinais expressam a ordem ou a posição de elementos dentro de uma sequência. Nesse caso, “primeiro” indica que o sujeito foi o elemento que assumiu a posição inicial em uma determinada ordem, ou seja, foi o primeiro a realizar a ação descrita.

Análise das Alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) numeral ordinal. Correta. “Primeiro” é um numeral ordinal que, na sentença, classifica a ordem da ação realizada pelo sujeito, evidenciando que ele foi o primeiro dentre os demais a erguer o braço.</li>
 <li>B) pronome demonstrativo. Incorreta. Os pronomes demonstrativos (como “este”, “esse” e “aquele”) têm a função de indicar algo em relação ao falante, o interlocutor ou algo já mencionado, o que não se aplica à função de “primeiro” no trecho.</li>
 <li>C) substantivo abstrato. Incorreta. Substantivos abstratos designam qualidades, sentimentos ou ações que não têm existência concreta, mas “primeiro” não se encaixa nessa categoria, pois trata-se de um numeral.</li>
 <li>D) numeral cardinal. Incorreta. Numerais cardinais (um, dois, três, etc.) indicam quantidade e não a ordem, o que torna essa classificação inadequada para “primeiro”.</li>
 <li>E) advérbio de modo. Incorreta. Advérbios de modo qualificam verbos, adjetivos ou outros advérbios, descrevendo a maneira como se realiza uma ação. “Primeiro” não desempenha essa função, já que sua essência é classificatória e não descritiva da forma.</li>
</ul>

Dessa maneira, o termo “primeiro” é corretamente classificado como numeral ordinal, pois informa a posição do sujeito em relação à ação descrita, sendo fundamental para indicar ordem no contexto do texto. Esse tipo de numerador é muito comum quando queremos enfatizar a posição ou o tempo de ocorrência de uma ação em uma sequência de eventos, facilitando a compreensão do enunciado e contribuindo para uma leitura fluida e organizada do texto.

Além disso, é válido lembrar que a compreensão do papel dos numerais na estrutura da frase é essencial para o domínio da interpretação textual em provas de concursos públicos, onde a clareza e a precisão na leitura são avaliadas de maneira rigorosa.

Gabarito: Letra A

<center>O papa vai ao banheiro?</center>
Por Tiago Germano
 No terceiro mês do catecismo, o padre nos deu a chance esperada: depois de doze semanas de aulas e de leituras bíblicas, tão pouco frequentadas quanto pouco entendidas, podíamos perguntar o que quiséssemos.
 Fui o primeiro a erguer o braço. O padre, encanecido, pediu que eu me levantasse. Com a coragem que hoje, nos eventos de que participo, procuro, mas não acho, arranquei do fundo da alma a dúvida atordoante: “Padre, o Papa vai ao banheiro?” 
 A morte de João Paulo II, em meio à comoção mundial gerada pelo seu funeral, em 2005, me trouxe de volta essa lembrança distante. Junto com ela, o medo que eu sentia na infância daquele homem, do quadro que minha avó conservava pendurado ao lado da imagem de Jesus.
 Eu não sabia a diferença entre Jesus e Deus. Minha avó tentou me explicar que Jesus não era Deus, mas que também podia ser.
Que foi humano por 33 anos, mas que depois que morreu virou uma pomba. Nesse dia, descobri que o Papa tinha um papamóvel (o que fazia dele quase um herói de história em quadrinho) e que, se o Papa comia, ele também tinha que ir obrigatoriamente ao banheiro. A minha avó só não conseguiu me esclarecer por que João Paulo II lia os discursos tão devagar, como se não tivesse passado da alfabetização, ele que, segundo ela, era um dos homens mais inteligentes do mundo, sabia todas as línguas faladas por todos os povos.
Na verdade, continuei com um medo brutal do Papa. Todos choravam quando se aproximavam dele.
 Nunca imaginei, por exemplo, o Papa jovem, até que vi uma foto dele um pouco mais novo do que eu era naquela época.
Careca, como sempre. Branco, como sempre. Mas humano, sem a aura de santidade que tanto me assombrava. Décadas depois, quando o vi ali, morto, estendido aos olhos da multidão, compreendi que a humanidade do Papa estava muito além das minhas cogitações infantis.
 Ainda hoje me pego imaginando o Papa no banheiro, as vestes santas despidas do corpo enorme, e rio o riso proibido do catecismo. A última imagem que guardarei do Papa João Paulo II, o único e verdadeiro Papa da minha geração, é a de sua dor, que o igualou a cada ser humano neste planeta. Uma dor como a de Jesus, que era humano mas que também era Deus. E que talvez também fosse ao banheiro, mas só de vez em quando.

Na frase “Santa Catarina é um dos destaques do Programa Saúde na Escola (PSE)”, o termo “destaques” exerce a função de nomear uma característica ou qualidade atribuída a uma ideia ou, neste caso, a um conjunto de elementos, funcionando como um substantivo. Esse uso atribui identidade ao predicativo que amplia a comparação realizada pelo verbo “ser”, demonstrando que Santa Catarina figura, dentre diversos elementos do programa, como algo de relevância.

Para uma melhor compreensão, vale recordar que o substantivo é a classe de palavras que designa seres, objetos, lugares, ideias, etc. Assim, “destaques” refere-se à qualidade de ser notório ou relevante entre os demais, no contexto da participação de Santa Catarina no Programa Saúde na Escola. Não se trata de um adjetivo, pois os adjetivos qualificam ou caracterizam os substantivos, e “destaques” não está qualificando um nome, mas sim funcionando como o nome em si, que indica o que é considerado relevante no conjunto em análise.

Da mesma forma, “destaques” não é um verbo, pois não descreve uma ação, estado ou fenômeno; tampouco é um advérbio, que tem a função de modificar o sentido de verbos, adjetivos ou outros advérbios, indicando circunstâncias de modo, tempo, intensidade, etc. Dessa forma, as alternativas que apontam para adjetivo, verbo e advérbio não se aplicam ao termo “destaques”.

Alternativa Correta:
A palavra “destaques” é classificada como substantivo, pois está nomeando elementos de relevância destacados em relação ao Programa Saúde na Escola no enunciado apresentado.

Gabarito: Letra A

    Santa Catarina é um dos destaques do Programa Saúde na Escola (PSE) do Governo Federal no biênio 2023/2024. Em comparação com o biênio anterior (2021/2022), os números cresceram dois dígitos em duas esferas relativas ao programa: escolas pactuadas e educandos atendidos.
    Em 2023/2024, um total de 160.534 alunos de Santa Catarina passaram a ser beneficiados pelo programa, que tem como meta contribuir para o pleno desenvolvimento dos estudantes rede pública de ensino da educação básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino de Jovens e Adultos), por meio de políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira que se unem para promover saúde e educação integral. Eles somavam 834.225 estudantes no estado em 2021/2022 e passaram para 994.759 em 2023/2024, uma variação positiva de 19,24%.
    Com um município a mais que aderiu ao programa em 2023/2024 em comparação com 2021/2022 (passou de 294 para 295), Santa Catarina expandiu em 471 o número de escolas pactuadas no programa, que saltaram de 3.604 para 4.075 entre os dois biênios, uma variação de 13,07%, o que foi determinante para o aumento de alunos atendidos.
    Criado pelo Decreto Presidencial nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007, o PSE tem como meta contribuir para o pleno desenvolvimento dos estudantes rede pública de ensino da educação básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino de Jovens e Adultos), por meio de políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira que se unem para promover saúde e educação integral.


 Substantivo, pois indica a existência de casos suspeitos.

 Verbo, pois expressa uma ação dos casos de dengue.

 Adjetivo, pois qualifica o substantivo "casos".

 Advérbio, pois modifica a intensidade da frase. 

Analisando o enunciado “foram 1.792 casos prováveis da doença”, observamos que a palavra “prováveis” qualifica o substantivo “casos”. Nesse contexto, “prováveis” atua como um adjetivo, pois atribui uma característica aos casos mencionados, indicando que se trata de casos com possibilidade de confirmação, isto é, que ainda estão em análise e não foram definitivamente confirmados ou descartados. Assim, “prováveis” modifica o substantivo “casos”, descrevendo uma qualidade ou condição dos mesmos.

Análise das Alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A: Incorreta. A palavra “prováveis” não é um substantivo, mas sim um adjetivo que qualifica o substantivo “casos”. A justificativa apresentada na alternativa não condiz com a análise sintática.</li>
 <li>Alternativa B: Incorreta. Embora os verbos expressem ações ou estados, “prováveis” não denota nenhuma ação, mas sim uma característica dos “casos”.</li>
 <li>Alternativa C: Correta. “Prováveis” é um adjetivo que qualifica o substantivo “casos”, caracterizando-os quanto à possibilidade de serem confirmados, sendo essa a função que a palavra exerce no enunciado.</li>
 <li>Alternativa D: Incorreta. Advérbios modificam verbos, adjetivos ou outros advérbios, mas “prováveis” não se encaixa nessa função, pois modifica diretamente o substantivo “casos” como uma qualidade.</li>
</ul>

Exemplificação: Em uma frase como “os alunos talentosos impressionaram o professor”, “talentosos” é um adjetivo que caracteriza “alunos”. Da mesma forma, em “casos prováveis”, “prováveis” qualifica “casos”, indicando que eles têm uma condição que ainda aguarda confirmação.

Portanto, a alternativa correta é a que identifica “prováveis” como um adjetivo, que tem a função de qualificar o substantivo “casos”.

Gabarito: Letra C

    Os últimos dias de 2024 acenderam o alerta para a alta expressiva nos registros de dengue em Santa Catarina. Entre 15 e 28 de dezembro, foram 1.792 casos prováveis da doença - uma alta de 717% em relação ao mesmo período em 2023. Os dados são da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC).
    Dos casos prováveis de dengue, 31 deles já foram confirmados, sendo que um é considerado caso de dengue com sinais de alarme. Os outros 1.760 são suspeitos.
    O mês de dezembro teve crescimento gradual do número de casos de dengue: 1ª semana: 351 casos; 2ª semana: 670 casos; 3ª semana: 969 casos; 4ª semana: 822 casos.
    A Grande Florianópolis, que concentra grande parte da população de Santa Catarina, lidera o número de casos prováveis. Em seguida aparece a região Nordeste, que engloba a cidade de Joinville, a mais populosa do estado.


Na frase “É importante que você estude para o concurso”, a palavra “que” exerce a função de conectar a oração principal “É importante” à oração subordinada “você estude para o concurso”. Essa ligação é característica das conjunções integrantes, que introduzem orações subordinadas substantivas, completando ou especificando a ideia expressa na oração principal.

Análise das Alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Adjetivo – Errado. Adjetivos são palavras que qualificam ou determinam os substantivos, atribuindo-lhes características. Na frase apresentada, “que” não está atribuindo nenhuma qualidade a um substantivo, mas sim ligando orações.</li>
 <li>B) Conjunção integrante – Correto. As conjunções integrantes têm a função de introduzir orações subordinadas substantivas, estabelecendo uma relação de dependência sintática com a oração principal. Neste caso, “que” conecta a principal “É importante” à subordinada “você estude para o concurso”, completando o sentido da oração principal ao especificar qual é a informação considerada importante.</li>
 <li>C) Pronome relativo – Errado. Pronomes relativos ligam orações subordinadas adjetivas a um termo antecedente, substituindo ou retomando esse termo. Um exemplo seria “O livro que comprei é interessante.” Na estrutura da frase em questão, “que” não funciona como pronome relativo, pois não retoma um termo anterior, mas introduz uma oração completiva.</li>
 <li>D) Preposição – Errado. Preposições são palavras invariáveis que estabelecem relações entre termos, como em “vou a Paris”. Na frase dada, “que” não funciona para estabelecer esse tipo de ligação, mas sim para introduzir uma oração completa.</li>
</ul>

Alternativa Correta:
A alternativa correta é a letra B, pois “que” funciona como uma conjunção integrante, introduzindo a oração subordinada que completa o sentido da oração principal, evidenciando a importância do estudo para o concurso.

Gabarito: Letra B

Questões de Português - Classes de palavras