Nesta questão, foi solicitado classificar as palavras “vegetarianismo”, “esteira” e “consumo” de acordo com suas categorias gramaticais. É importante demonstrar que essas palavras pertencem à classe dos substantivos, isto é, palavras que designam seres, coisas, estados, fenômenos ou ideias.

Analisando cada uma das palavras, observamos:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Vegetarianismo: Designa um movimento ou estilo de vida pautado na abstinência de carnes e, em muitos casos, de produtos de origem animal. Trata-se de um substantivo abstrato, pois refere-se a uma ideia ou fenômeno relacionado à alimentação.</li>
 <li>Esteira: Embora, em alguns contextos, possa ser utilizada para designar uma cadeia ou continuidade de acontecimentos, na frase “na esteira do vegetarianismo”, trata-se de um substantivo concreto, empregada para indicar algo que segue outro ou que resulta de um processo, funcionando como um elemento de ligação e continuidade.</li>
 <li>Consumo: Refere-se à ação de consumir ou à quantidade consumida. Assim, é classificado como um substantivo masculino, abstrato ou concreto, conforme o contexto, mas, na frase apresentada, funciona como um conceito relacionado a hábitos e práticas alimentares.</li>
</ul>

Analisando as alternativas apresentadas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Advérbios: Advérbios são palavras invariáveis que modificam verbos, adjetivos e outros advérbios, não servindo à função de nomear seres ou conceitos, o que não condiz com as palavras em análise.</li>
 <li>B) Substantivos: Esta é a alternativa correta, pois as três palavras designam coisas, ideias ou fenômenos, funcionando como nomes.</li>
 <li>C) Adjuntos: Adjuntos adverbiais e adnominais são termos acessórios das orações e não correspondem à classe gramatical das palavras citadas.</li>
 <li>D) Particípios: Particípios são formas dos verbos que podem assumir funções adjetivas ou verbais, e não se aplicam às palavras apresentadas.</li>
</ul>

Portanto, a análise demonstra que “vegetarianismo”, “esteira” e “consumo” exercem a função de substantivos dentro do contexto apresentado. Cada uma delas designa uma ideia ou um fenômeno relacionado ao tema exposto, sendo, assim, a alternativa correta a letra B, que classifica todas como substantivos.

Gabarito: Letra B

Vegetarianismo cresce no Brasil e cria oportunidades de negócios Conscientização crescente faz cada vez mais pessoas buscarem opções de produtos sem componentes de origem animal.
O Brasil é um dos países que mais consomem carne.
De acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o país ocupa o 5º lugar no ranking mundial, com um consumo per capita médio de 78 kg por ano. Uma pesquisa inédita feita pelo Ibope e encomendada pelo Good Food Institute Brasil, no entanto, revelou que quase metade (47%) dos brasileiros reduziu o consumo de carne em 2020.
Além do aumento no preço da carne, outro fator colaborou para essa redução: o interesse crescente por pautas ligadas ao vegetarianismo e ao veganismo.
O mercado, é claro, já está de olho nessa tendência, e não faltam oportunidades para quem investe nessa área.
A última pesquisa Ibope sobre o assunto, realizada em 2018, aponta que cerca de 30 milhões de brasileiros são vegetarianos. O resultado indica um crescimento de 75% em relação a 2012, quando cerca de 8% da população se declarou adepta do vegetarianismo.
Na esteira do vegetarianismo, outra corrente vem ganhando força: o veganismo, que exclui por completo o consumo de qualquer componente de origem animal em esferas que vão além da alimentação.


Na proposta apresentada, é necessário identificar a classificação das diferentes classes de palavras indicadas, observando se são variáveis ou invariáveis. Na gramática normativa, algumas classes de palavras sofrem flexão (de gênero, número e grau) – denominadas variáveis –, enquanto outras permanecem imutáveis, independentemente do contexto – denominadas invariáveis.

Analisando cada item:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Preposição: Esta classe de palavras é invariável, pois não sofre flexão. Ou seja, itens como “de”, “para” e “com” não apresentam variação de gênero, número ou grau. Assim, atribui-se a ela o número (2) – invariável.</li>
 <li>Advérbio: Os advérbios, que modificam verbos, adjetivos ou mesmo outros advérbios, também são invariáveis, pois não variam em forma para indicar gênero ou número. Portanto, correspondem ao número (2).</li>
 <li>Substantivo: Esta classe de palavras é variável, pois os substantivos sofrem flexão de número (singular e plural) e, em alguns casos, gênero. Por exemplo, “amigo” e “amiga” demonstram essa variação. Assim, são classificadas como (1) – variável.</li>
 <li>Numeral: Embora haja uma discussão sobre certas flexões em numerais, a maioria deles apresenta variação, especialmente os cardinais que, ocasionalmente, mostram variação de gênero (como “dois”/“duas”). Portanto, nesta questão, o numeral é considerado variável, sendo classificado como (1).</li>
</ul>

Alternativa Correta:
Observando a relação estabelecida, a sequência correta é: Preposição – 2, Advérbio – 2, Substantivo – 1, Numeral – 1. Dessa forma, a alternativa que apresenta a sequência 2 - 2 - 1 - 1 é a alternativa D.

Essa análise evidencia que a identificação da variabilidade ou invariabilidade de cada classe de palavras é fundamental para a compreensão da estrutura linguística na Língua Portuguesa, sendo um conhecimento essencial para a preparação em concursos públicos. Essa consciência auxiliará o candidato na interpretação textual e na resolução de questões que demandam conhecimentos gramaticais precisos.

Gabarito: Letra D

    Nós nunca estivemos tão conectados. As redes sociais podem fortalecer relacionamentos preexistentes e permitir que novas conexões sejam estabelecidas. No entanto, o uso __________ também pode nos fazer sentir mais sozinhos.
    Na Espanha, 92% das pessoas têm um smartphone e o utilizam principalmente para se comunicar por mensagens instantâneas com aplicativos como o WhatsApp. Nós nos comunicamos mais com nossas famílias e amigos por mensagens instantâneas do que face a face. Na verdade, passamos cada vez mais tempo interagindo com a mídia digital. Apesar disso, uma em cada três pessoas se sente solitária.
    A solidão indesejada tem consequências negativas para o __________ e a saúde. Quando persistente, pode levar a mudanças negativas em nossos sistemas nervoso, imunológico e cardiovascular. A solidão indesejada pode até aumentar o risco de morte — na mesma proporção que o fumo e mais do que a obesidade e a inatividade física.
    Então, o contato cara a cara é melhor que a comunicação virtual? Um pilar essencial na felicidade são as relações sociais. As pessoas que têm mais interações sociais face a face estão mais satisfeitas e têm um melhor estado de saúde em comparação com aquelas com uma rede social limitada. Por outro lado, a comunicação por meio de plataformas digitais nos permite nos expressar e construir a comunidade, mas parece ter um efeito negativo na satisfação das pessoas que não têm uma rede de apoio.
    Aplicativos como o WhatsApp nos permitem conectar com qualquer pessoa a qualquer momento. No entanto, a mensagem é mais simples e perdemos as nuances de tom de voz e expressão facial presentes na comunicação face a face, fundamentais para um intercâmbio social adequado. Além disso, parece haver um viés positivista nas comunicações virtuais, nós expomos mais aspectos positivos do que negativos, portanto temos a impressão de que os outros têm uma vida melhor e são mais felizes. Tudo isso pode gerar altos níveis de ansiedade. Experiências negativas em redes sociais, baixa _________ ou uma rede de apoio limitada poderiam ser alguns dos fatores que explicariam esses resultados.


Na frase “Ela tomou meia garrafa de vinho e ficou meio tonta.”, temos duas ocorrências de palavras que, apesar de parecerem semelhantes, exercem funções gramaticais distintas em cada contexto.

Na primeira ocorrência, “meia” funciona como adjetivo. Esse termo caracteriza o substantivo “garrafa”, indicando a quantidade (ou melhor, a fração) da garrafa, e concorda com ele em gênero e número (feminino, singular). Sendo assim, “meia” exerce uma função atributiva, qualificando o substantivo “garrafa”.

Na segunda ocorrência, “meio” está empregado na expressão “ficou meio tonta”. Nesse caso, “meio” cumpre a função de advérbio, pois modifica o adjetivo “tonta”, indicando um grau aproximado, atenuando a característica atribuída. O advérbio “meio” não varia em gênero nem número e serve para intensificar ou modular o sentido do adjetivo que o acompanha.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A – Advérbio - adjetivo. Incorreta, pois “meia” não é advérbio e “meio” não é adjetivo.</li>
 <li>Alternativa B – Advérbio - advérbio. Incorreta, pois “meia” atua como adjetivo, não como advérbio.</li>
 <li>Alternativa C – Adjetivo - adjetivo. Incorreta, pois “meio” não está atuando como adjetivo, mas sim como advérbio.</li>
 <li>Alternativa D – Adjetivo - advérbio. Correta, pois “meia” funciona como adjetivo (modificando “garrafa”) e “meio” funciona como advérbio (modificando o adjetivo “tonta”).</li>
</ul>

Dessa forma, a análise dos papéis sintáticos das palavras na frase confirma que a resposta correta é a alternativa D, já que “meia” classifica o substantivo enquanto “meio” modifica o adjetivo. Esse exemplo ilustra a importância de se atentar ao contexto e à função que cada palavra exerce na oração, aspecto essencial na interpretação e análise textual exigida em concursos públicos.

Além disso, é importante destacar que o estudo de classes gramaticais possibilita uma compreensão mais precisa das relações sintáticas e semânticas dentro da frase, contribuindo para uma leitura crítica e apurada em contextos de prova.

Gabarito: Letra D

    Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido juntos e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
    Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
    Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
    Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!
    A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional...


Analisando o trecho “A eclosão da mal chamada Inconfidência Mineira deveria ter lugar em 1789”, observamos que o vocábulo “mal” integra a locução "mal chamada". Nesse contexto, “mal” exerce a função de modificador do particípio “chamada”, qualificando de que maneira algo é denominado, ou seja, indicando que o nome “Inconfidência Mineira” recebeu um tratamento depreciativo ou equivocado. Assim, “mal” não funciona como um adjetivo propriamente dito, pois não caracteriza um substantivo isoladamente; ele atua como um advérbio de modo, cuja função principal consiste em modificar o significado de um adjetivo ou de um particípio, evidenciando o modo como a ação de chamar foi realizada.

Para exemplificar, considere a frase “Ele se comportou mal”. Nesse caso, “mal” é um advérbio que altera o verbo “comportou”, qualificando a maneira do comportamento. No exemplo da questão, “mal” modifica “chamada”, reafirmando que a forma de designar esse episódio histórico foi inadequada, ou até mesmo pejorativa, reforçando a crítica ao uso do termo. Portanto, a afirmação de que “mal” está empregado como adjetivo está incorreta, pois na estrutura “mal chamada” o vocábulo atua de forma adverbial e não adjetival.

Dessa forma, a alternativa correta deve reconhecer que o emprego de “mal” no exemplo citado não corresponde a uma função adjetiva, mas sim a uma função adverbial, explicando, portanto, que a assertiva apresentada na questão é equivocada.

Alternativa Correta:
Gabarito: Letra E

Em “A eclosão da mal chamada Inconfidência Mineira deveria ter lugar em 1789” (quinto período), o vocábulo “mal” está empregado como adjetivo.


Na base da estratificação social, como a camada mais explorada, sem qualquer representação ou direito, ficava a grande massa escrava de trabalhadores das minas, das lavouras e dos transportes. Todo o aparato ostensivo de repressão vigiava, em cada vila, a esses miseráveis, para prevenir as fugas, a vadiagem e, sobretudo, as rebeliões. A insurreição surge, porém, na classe alta, de que se destaca uma elite letrada, que se propõe formular um projeto alternativo ao colonial de reordenação da sociedade.
Trata-se do mais ousado dos projetos libertários da história colonial brasileira, uma vez que previa estruturar uma república de molde norte-americano, que aboliria a escravidão, decretaria a liberdade de comércio e promoveria a industrialização. A eclosão da mal chamada Inconfidência Mineira deveria ter lugar em 1789. Presos por denúncia, todos os inconfidentes foram desterrados para a África, onde morreram, exceto Tiradentes, a figura principal da conspiração, enforcado após três anos de cárcere e, depois, esquartejado e exposto nos lugares onde antes conspirara, para escarmento da população.


Julgue o próximo item, em relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.


Na análise do trecho proposto, devemos identificar quais das palavras ressaltadas, em seus respectivos contextos, adquirem o estatuto de substantivos, isto é, são utilizadas para designar seres, coisas, fenômenos, ideias ou entidades, elementos típicos da categoria substantiva.

Observando os elementos destacados, temos: cantata, compositor, especialistas, data, influências e público. A palavra cantata, embora se refira a um gênero musical, possui status de substantivo, pois designa uma obra musical. Em seguida, compositor é um termo que se refere à pessoa responsável por compor, ou seja, também é um substantivo. De maneira similar, especialistas designa pessoas que possuem conhecimentos aprofundados, confirmando seu papel de substantivo. 

Por outro lado, data está empregada no contexto de uma ação verbal – “de que época ela data” –, sendo a forma do verbo “datar” (indicando a atribuição de uma origem temporal) –, o que impede que seja considerada como substantivo na ocorrência apresentada. Já influências denota os fatores que atuaram sobre a obra, funcionando, portanto, como um substantivo. Por fim, público permanece como adjetivo na expressão “conhecimento público”, qualificando o substantivo “conhecimento” e não adquirindo, assim, ordenador de substantivo. 

Alternativa Correta:
Portanto, dentre as palavras analisadas, quatro delas – cantata, compositor, especialistas e influências – adquirem o estatuto de substantivos no contexto em que foram inseridas, o que confirma a alternativa correta.

Gabarito: Letra D

Questões de Português - Classes de palavras