A questão aborda colocação pronominal, tema recorrente em concursos públicos, sobretudo em textos formais e oficiais. O trecho extraído do texto é: “no modelo de um Ministério Público dialógico, ou seja, aquele que efetivamente se abre à interlocução com a sociedade...”. O candidato deve julgar se a alternativa “que efetivamente abre-se” mantém a correção gramatical.

No português, a posição dos pronomes oblíquos átonos é regida por regras chamadas de próclise, mesóclise e ênclise. De maneira geral, utiliza-se a próclise (pronome antes do verbo) quando há elementos atrativos, como palavras negativas, advérbios, pronomes relativos, subordinativas, entre outros. A ênclise (pronome após o verbo) é preferida quando o verbo inicia a oração ou não há palavras que atraiam o pronome.

No trecho proposto, a forma correta — “que efetivamente se abre” — ocorre porque o pronome relativo “que” atrai o pronome para perto de si, determinando, pelo padrão tradicional da gramática normativa, uso obrigatório da próclise. Além disso, a presença do advérbio “efetivamente” reforça a atração. Assim, a colocação sugerida pela questão — “que efetivamente abre-se” — viola as normas cultas da língua, pois dispensa a atração, optando de forma indevida pela ênclise após uma expressão atrativa, o que é inadequado em textos formais e gramaticalmente incorreto.

Para ilustrar com outro exemplo, observe: “A empresa que se destaca no mercado...” é gramaticalmente correto, assim como “Nunca se viu tamanha dedicação”. Contudo, dizer “A empresa que destaca-se...” ou “Nunca viu-se tamanha dedicação” estaria em desacordo com a gramática normativa.

Alternativa Correta:
Portanto, afirmar que a forma “que efetivamente abre-se” manteria a correção gramatical está errado.

Gabarito: Letra E

No segmento “que efetivamente se abre” (último período do texto), o deslocamento do pronome “se” para a posição enclítica — que efetivamente abre-se — manteria a correção gramatical do texto.

Um dos principais benefícios da comunicação não violenta (CNV) é a promoção da empatia e da compaixão entre as pessoas. Ao reconhecer as necessidades e os sentimentos dos outros, somos capazes de nos colocar em seus lugares e compreender suas perspectivas, o que facilita a resolução de conflitos e a construção de relações mais saudáveis. Como afirma Marshall Bertram Rosenberg, em sua obra Comunicação não violenta, “a CNV nos guia na reformulação do nosso modo de expressão e escuta dos outros, pela concentração em quatro áreas: o que observamos, o que sentimos, do que necessitamos e o que pedimos para nos enriquecer a vida”. A CNV promove uma escuta, um respeito e uma empatia profundos. Algumas pessoas usam a CNV para reagir compassivamente a si mesmas; outras, para estabelecer maior profundidade em suas relações pessoais, e outras, ainda, para gerar relacionamentos eficazes no trabalho ou na política. No mundo inteiro, utiliza-se a CNV para mediar disputas e conflitos em todos os níveis.
 Particularmente no que se refere à função ministerial, é preciso que se evite o que o autor chama de comunicação alienante da vida, isto é, “os juízos morais, que atribuem erro ou ruindade às pessoas que não agem conforme certos valores”.
Com efeito, um órgão acusatório inevitavelmente terá que formular, de modo técnico, imputações acerca da prática de ilícitos (uma denúncia criminal narrará a prática de uma conduta que se amolda a um tipo penal), o que não significa, contudo, que os agentes públicos que integram a instituição estejam autorizados a proferir julgamentos morais. No modelo de um Ministério Público dialógico, ou seja, aquele que efetivamente se abre à interlocução com a sociedade, a CNV é fator que transforma o discurso em prática, pois propicia o diálogo face a face com os mais diferentes e antagônicos setores e, a partir disso, a construção de confiança e o desenvolvimento do compromisso e da compreensão comuns entre os atores envolvidos.

Julgue o item que se segue, relativo a aspectos linguísticos do texto CG2A1.


A frase em análise é: O trabalho deles "nos permite" agir e reduzir a disseminação de conteúdo problemático em nossos aplicativos. Na construção “nos permite”, temos a presença do pronome oblíquo átono “nos” antecedendo o verbo “permite”. O termo técnico para essa posição é fundamental para a compreensão da norma culta de colocação pronominal, conteúdo frequentemente cobrado em provas de concurso público.

A colocação pronominal refere-se ao posicionamento do pronome em relação ao verbo, e pode ser de três tipos principais:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>Próclise: O pronome vem antes do verbo. Exemplo: Não me diga isso.</li>
<li>Ênclise: O pronome vem depois do verbo. Exemplo: Diga-me isso.</li>
<li>Mesóclise: O pronome insere-se no meio do verbo. Exemplo: Dir-se-á a verdade. (usada em futuro do presente ou futuro do pretérito do indicativo em situações formais).</li>
</ul>

Analisando a alternativa A) Próclise, vemos que ela está correta, pois “nos” (pronome oblíquo) está colocado antes do verbo “permite”. Normalmente, a próclise ocorre, entre outros motivos, após palavras que atraem o pronome para antes do verbo (palavras negativas, pronomes relativos, conjunções subordinativas, advérbios, entre outras). Entretanto, neste contexto, não há termo atrativo, e o uso da próclise é aceitável pelo registro coloquial da língua, ainda que, na variedade mais formal, a ênclise (“permite-nos”) seja também possível e até mais recomendada em textos solenes.

Alternativa B) Anáclise não é empregada em português, o termo correto é “próclise” para pronome antes do verbo. 
C) Ênclise seria correta se a frase estivesse como “permite-nos”, ou seja, com o pronome colocado depois do verbo. 
D) Mesóclise requeriria o verbo no futuro do presente ou do pretérito com o pronome inserido no meio, como em: “permitir-nos-á”, o que não acontece na frase apresentada.

Portanto, a posição do pronome “nos” antes do verbo “permite” é corretamente classificada como próclise, estando a alternativa A de acordo com a norma culta da língua.

Gabarito: Letra A

    A Meta anunciou que está abandonando o uso de checagem independente de fatos no Facebook e no Instagram, substituindo-os por "notas da comunidade", em um modelo semelhante ao do X, em que comentários sobre a precisão do conteúdo das postagens são deixados a cargo dos próprios usuários.
    O anúncio despertou críticas de ativistas contra o discurso de ódio na internet, que dizem que o ambiente online ficará menos seguro com a mudança. Já outros elogiaram o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, por colocar fim à "censura" no Facebook e Instagram.
    A decisão da Meta vale apenas nos Estados Unidos. A empresa ainda não anunciou mudança na checagem de fake news em outros países, como o Brasil, mas avisou que isso acontecerá no futuro.
    "A Meta está profundamente comprometida com a liberdade de expressão", afirmou a empresa.
"Reconhecemos que formas abusivas do exercício deste direito causam danos. Nos últimos anos, desenvolvemos sistemas cada vez mais complexos para gerenciar conteúdo em nossas plataformas. Embora esses esforços tenham sido bem intencionados, eles se ampliaram a ponto de termos, às vezes, exagerado na aplicação de nossas regras, limitando debate político legítimo", diz a Meta. "As mudanças anunciadas recentemente pretendem enfrentar essa questão." 
    A checagem de fake news em postagens não é feita por uma equipe da Meta. Ela é feita por agências credenciadas junto à Rede Internacional de Verificação de Fatos (em inglês, IFCN), uma entidade não-partidária dedicada à checagem de fake news.
    "Não achamos que uma empresa privada como a Meta deva decidir o que é verdadeiro ou falso, e é exatamente por isso que temos uma rede global de parceiros de verificação de fatos que revisam e classificam, de forma independente, potenciais desinformações no Facebook, Instagram e WhatsApp", diz um post de junho de 2021 do blog da Meta que explica como funciona o sistema.
    "O trabalho deles nos permite agir e reduzir a disseminação de conteúdo problemático em nossos aplicativos", prossegue o texto.
    A Rede Internacional de Verificação de Fatos (IFCN) foi criada pelo Instituto Poynter, uma organização sem fins lucrativos que diz ser dedicada à promoção do jornalismo imparcial e ético. A rede foi lançada em 2015, reunindo a comunidade de verificadores de fatos ao redor do mundo.
    Segundo a Meta, "todos os parceiros de verificação de fatos da Meta passam por um rigoroso processo de certificação com o IFCN".


Vamos analisar a colocação pronominal presente na frase retirada do texto: "A inteligência artificial (IA) tornou-se um instrumento fundamental para se enfrentar grandes desafios científicos."

Nessa frase, temos duas ocorrências de colocação pronominal destacadas: a primeira em "tornou-se" e a segunda em "se enfrentar". Cada uma deve ser corretamente classificada segundo as normas da gramática normativa:


Em “tornou-se”:
Trata-se de um caso clássico de ênclise. O verbo “tornar” está no início da oração e recebe o pronome se posposto (após o verbo: tornou-se). A ênclise ocorre, prioritariamente, quando não há fator de atração pronominal antes do verbo, ou seja, em orações iniciadas pelo verbo ou quando não há qualquer palavra que atraia o pronome para antes dele. Assim, dizemos que este é um caso de ênclise (pronome após o verbo).



Em “se enfrentar”:
O caso aqui é de próclise, pois o infinitivo do verbo (enfrentar) está precedido pela preposição “para”, que é um fator de atração, exigindo a antecipação do pronome oblíquo átono se (para se enfrentar). Sempre que o verbo for precedido por preposição, conjunção subordinativa ou advérbio, tende-se à próclise.


Ao analisar as alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A ) ênclise e próclise. – Correta. "Tornou-se" (ênclise) e "se enfrentar" (próclise). </li>
 <li>B ) mesóclise e anáclise. – Incorreta. Mesóclise é a inserção do pronome no meio do verbo (ex: "dar-me-á"), o que não ocorre em nenhum dos exemplos. "Anáclise" não é um termo gramatical utilizado para a posição dos pronomes; o termo correto é próclise.</li>
 <li>C ) próclise e mesóclise. – Incorreta. "Tornou-se" não é próclise, pois o pronome não vem antes do verbo, e "se enfrentar" não é mesóclise.</li>
 <li>D ) anáclise e próclise. – Incorreta. "Anáclise" não é um termo correto no estudo da colocação pronominal.</li>
</ul>

Alternativa Correta:

A opção “A”, ênclise e próclise, é a correta. O domínio dessas classificações é fundamental para os concursos públicos, pois além de garantir correção gramatical, demonstra conhecimento aprofundado sobre os mecanismos sintáticos do português.


Gabarito: Letra A

    A inteligência artificial (IA) tornou-se um instrumento fundamental para se enfrentar grandes desafios científicos. Áreas como saúde, astronomia e exploração espacial, neurociência ou mudanças climáticas, entre outras, irão se beneficiar ainda mais no futuro.
    O programa AlphaFold — desenvolvido pelo grupo Alphabet, do Google, e que ganhou o Prêmio Nobel em 2024 — determinou a estrutura tridimensional de 200 milhões de proteínas.
    Seu desenvolvimento representa um avanço significativo na Biologia Molecular e na Medicina. Isso facilita a concepção de novos medicamentos e tratamentos. Em 2025, esse processo começará e com acesso gratuito ao AlphaFold para aqueles responsáveis pelo desenvolvimento de remédios e tratamentos medicinais.
    A rede ClimateNet utilizará circuitos neurais artificiais para realizar análises espaciais precisas de grandes volumes de dados climáticos, imprescindíveis para compreender e mitigar o aquecimento global.
    A utilização do ClimateNet será essencial em 2025 na prevenção de eventos climáticos extremos com maior exatidão.
    Agentes autônomos de IA baseados em modelos de linguagem são a meta para 2025 de grandes empresas de tecnologia como OpenAI (ChatGPT), Meta (LLaMA), Google (Gemini) e Anthropic (Claude).
    Até agora, estes sistemas de IA fazem recomendações.
Em 2025, no entanto, espera-se que eles tomem decisões por nós.
    Os agentes de IA realizarão ações personalizadas e precisas em tarefas que não sejam de alto risco, sempre ajustadas às necessidades e preferências do usuário.
Por exemplo: comprar uma passagem de ônibus, atualizar a agenda, recomendar uma compra específica e executá-la.
    Eles também poderão responder nosso e-mail — tarefa que nos toma muito tempo diariamente.
    Nessa linha, a OpenAI lançou o AgentGPT e o Google lançou o Gemini 2.0. Essas plataformas são usadas para o desenvolvimento de agentes autônomos de IA.
    A noção de agentes autônomos levanta questões profundas sobre o conceito de "autonomia humana e controle humano".
    O que significa realmente "autonomia"? 
    Esses agentes de IA criarão a necessidade de pré-aprovação. Quais decisões permitiremos que estas entidades tomem sem a nossa aprovação direta (sem controle humano)? Enfrentamos um dilema crucial: saber quando é melhor ser "automático" na utilização de agentes autônomos de IA e quando é necessário tomar a decisão, ou seja, recorrer ao "controle humano" ou à "interação humano-IA".
    O conceito de pré-aprovação ganhará enorme relevância na utilização de agentes autônomos de IA.
    Portanto, precisamos de regulamentação. Isso proporciona o equilíbrio necessário para o desenvolvimento de uma IA confiável e responsável e avançar nos grandes desafios para o bem da humanidade.


 próclise, por ser uma locução verbal com verbo no infinito impessoal.

 ênclise, por ser uma locução verbal com verbo no infinito impessoal.

 ênclise, pois o verbo está no imperativo afirmativo.

 mesóclise, pois o verbo está no futuro. 

A questão versa sobre a colocação pronominal, tema recorrente em concursos, exigindo do candidato atenção às regras de próclise, ênclise e mesóclise. O foco é a análise da expressão “devemos alcançá-la agora!”, observando onde, em relação ao verbo, o pronome oblíquo átono (la) foi posicionado.

Em português, próclise ocorre quando o pronome aparece antes do verbo; ênclise, quando é colocado após o verbo; e mesóclise, quando se insere no meio do verbo (normalmente no futuro do presente ou do pretérito, sem atrativos). O uso depende de vários fatores sintáticos e semânticos, como palavras atrativas (negativos, advérbios, pronomes relativos, etc.) e o tempo/modo verbal.

No trecho destacado: “devemos alcançá-la agora!”, temos a forma verbal “devemos alcançar” seguida do pronome átono “la”. A forma “alcançá-la” resulta de “alcançar + a”, em que “a” se refere a “sustentabilidade” citada anteriormente no texto. Observa-se que o pronome vem após o verbo “alcançar”, caracterizando um caso de ênclise.

Ademais, o verbo “alcançar” está no infinitivo flexionado (alcançar), que, em locuções verbais, aceita a colocação do pronome tanto após o verbo auxiliar (próclise: “devemo-nos”) quanto após o verbo principal (ênclise: “devemos alcançá-la”). Entretanto, não há fator de atração que force próclise, por isso a ênclise é natural e correta.

A alternativa correta destaca que se trata de uma “locução verbal com verbo no infinitivo impessoal”. O infinitivo impessoal não se refere a determinada pessoa gramatical (como no exemplo “alcançar”, ao contrário do infinitivo pessoal: “alcançarmos”). Ainda que, no trecho, o auxiliar esteja conjugado (devemos), o alcance do pronome dado após o infinitivo é um uso clássico da ênclise.

Agora, vejamos as alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) Próclise, por ser uma locução verbal com verbo no infinitivo impessoal. Incorreta. Não há próclise, pois o pronome não está antes do verbo, e sim após. Ainda que seja uma locução verbal, a explicação não condiz com o que aparece na frase.</li>
<li>B) Ênclise, por ser uma locução verbal com verbo no infinitivo impessoal. Correta. O pronome “la” está depois do verbo “alcançar” (no infinitivo impessoal), numa locução verbal composta por “devemos” (auxiliar) + “alcançar”. Não há atrativo de próclise, logo usa-se a ênclise.</li>
<li>C) Ênclise, pois o verbo está no imperativo afirmativo. Incorreta. O verbo não está no imperativo, mas sim numa locução verbal com infinitivo.</li>
<li>D) Mesóclise, pois o verbo está no futuro. Incorreta. Não ocorre mesóclise, pois o verbo não está no futuro do presente ou pretérito, nem aparece o pronome entre as raízes verbais.</li>
</ul>

Alternativa Correta:
A alternativa B é a correta, pois a ênclise ao infinitivo na ausência de fator de próclise é a forma culta recomendada e está de acordo com a gramática normativa.

Gabarito: Letra B

<center>“Pacto nacional por um modelo de desenvolvimento sustentável, justo e inclusivo, urgente”</center> 
 Nós, integrantes da Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CNODS), nos dirigimos à sociedade brasileira com a convicção de que juntos podemos fortalecer nossa união e construir um Brasil sustentável, hoje.
 Múltiplas são as crises planetárias que afligem todas as pessoas, mas impactam de maneira desproporcional alguns grupos sociais específicos. A sustentabilidade não é uma pauta para o futuro: devemos alcançá-la agora! Portanto, é urgente realizar a transição para um modelo de desenvolvimento sustentável, economicamente viável, socialmente justo e inclusivo e ambientalmente responsável.

A questão aborda um tema recorrente nas provas de Língua Portuguesa para concursos públicos: a colocação dos pronomes oblíquos átonos em relação ao verbo, mais especificamente o fenômeno da ênclise, próclise e mesóclise. No trecho apresentado, temos: “É possível inserir acessos ali e usá-los para infusões de medicamentos”. O ponto central da análise reside na relação entre o verbo "usar" e o pronome “-los”, que indica um objeto referente a “acessos”.

Segundo a gramática normativa, a ênclise ocorre quando o pronome oblíquo átono se posiciona depois do verbo, formando uma só palavra com ele: “usá-los”. A ênclise é o uso mais comum em frases iniciadas por verbo no infinitivo (como “usar”), especialmente após as conjunções “e”, “mas”, entre outras. Observe o seguinte exemplo clássico: 
• “É necessário lavar-se antes da cirurgia.”

A próclise ocorre quando o pronome vem antes do verbo, geralmente por causa dessas chamadas palavras atrativas (negativas, pronomes relativos, conjunções subordinativas etc.), como em “não se preocupe”, “que me deram” ou “onde me encontrei”. Não é o caso do trecho dado, pois não há elemento que exija a anteposição do pronome.

A mesóclise acontece somente com o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo, inserindo o pronome no meio da forma verbal, como em: “dar-te-ei”, “faria-lo-ia”. Já a anástrofe não é termo da colocação pronominal, mas de ordem sintática, e “anáclise” é inexistente na gramática normativa portuguesa – provavelmente foi colocada como pegadinha.

Alternativa Correta:
A forma destacada na frase “usá-los” exemplifica a ênclise porque o pronome “-los” aparece após o verbo (usar), sem presença de palavra atrativa que exija próclise, nem emprego do futuro que justificasse mesóclise. É a estrutura exigida pela norma culta nesse contexto, especialmente quando o verbo está no infinitivo (usar).

Gabarito: Letra A

    Para alguns, o umbigo é motivo de pesadelos — a onfalofobia, ou medo de umbigos, é uma condição real.
Para outros, é uma espécie de "acessório" de moda, que pode ser exibido com um top cropped ou realçado com um piercing.
    Qualquer que seja a sua opinião em relação ao umbigo, uma coisa é certa: uma vez ele uniu você à sua mãe. O cordão umbilical é cortado no nascimento, deixando apenas um pequeno coto que murcha progressivamente, caindo uma ou duas semanas após.
    O que resta, na maioria dos casos, é uma pequena depressão enrugada. Isso se você tiver um umbigo para dentro, como a maior parte das pessoas tem. A partir deste momento, o umbigo se torna redundante, servindo apenas para acumular poeira e penugem.
    Mas não é só isso. A realidade é que seu umbigo tem mais profundidade do que apenas alguns milímetros. Ele  é um ponto de acesso para os vasos sanguíneos que transportam sangue para o feto. Esses vasos saem da placenta e passam pelo cordão umbilical, revestidos da geleia de Wharton — um tecido conjuntivo gelatinoso contido no cordão que os isola e protege.
    Há três vasos sanguíneos dentro do cordão. Aquele que transporta oxigênio e nutrientes para o feto é a veia umbilical. Ela passa pelo umbigo e alimenta a circulação fetal em desenvolvimento. Há também duas artérias umbilicais, embora estas transportem sangue desoxigenado e resíduos, fluindo na outra direção de volta à placenta.
    Esta circulação não é necessária após o nascimento do bebê e, uma vez desconectados da placenta, os vasos umbilicais se fecham naturalmente.
    Mas o pequeno coto que resta no corpo do bebê ainda pode ser útil por um curto período de tempo, especialmente em recém-nascidos que não estão bem. É possível inserir acessos ali e usá-los para infusões de medicamentos ou coletar amostras de sangue para exames.
    O umbigo é um portal na parede do abdômen. Um fato pouco conhecido é que, durante o desenvolvimento embrionário, os intestinos saem da cavidade abdominal devido ao espaço limitado, mas voltam ao seu lugar algumas semanas depois. Eles fazem isso por meio do umbigo, passando pelo cordão umbilical.


Questões de Português - Colocação pronominal