... uma vez que cinco pessoas jurassem ser o nome inscrito o próprio nome do candidato.

Nesse mesmo dia ficou decretado que o saco seria feito de um tecido de malhas, através das quais as bolas pudessem ser 
lidas pelo público ...

Mas os vencidos não se contentaram de dormir sobre os louros do vencedor;

... delito, se o era, puramente literário.

Infelizmente, senhores, o comentário da lei é a eterna malícia.

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre o uso de conjunções para atuar como elemento de coesão. A) O uso de "uma vez que" tem o sentido de "porque". B) O uso do advérbio "através de" tem o sentido de "aquilo que passa".C) Alternativa correta. O uso da conjunção "mas" tem o sentido de oposição. D) A conjunção "se" tem o sentido de condição. E) O uso do advérbio "infelizmente" tem o sentido de negação.

Atenção: Para responder às questões de números questões 24 a 27, considere o texto a seguir: 
 
Nem Hazeroth nem Magog foram eleitos. As suas bolas saíram do saco, é verdade, mas foram inutilizadas, a do primeiro por 
faltar a primeira letra do nome, a do segundo por lhe faltar a última. O nome restante e triunfante era o de um argentário ambicioso, 
político obscuro, que subiu logo à poltrona ducal, com espanto geral da república. Mas os vencidos não se contentaram de dormir 
sobre os louros do vencedor; requereram uma devassa. A devassa mostrou que o oficial das inscrições intencionalmente viciara a 
ortografia de seus nomes. O oficial confessou o defeito e a intenção; mas explicou-os dizendo que se tratava de uma simples elipse; 
delito, se o era, puramente literário. Não sendo possível perseguir ninguém por defeitos de ortografia ou figuras de retórica, pareceu 
acertado rever a lei. Nesse mesmo dia ficou decretado que o saco seria feito de um tecido de malhas, através das quais as bolas 
pudessem ser lidas pelo público, e, ipso facto, pelos mesmos candidatos, que assim teriam tempo de corrigir as inscrições. 
Infelizmente, senhores, o comentário da lei é a eterna malícia. A mesma porta aberta à lealdade serviu à astúcia de um certo 
Nabiga, que se conchavou com o oficial das extrações, para haver um lugar na assembleia. A vaga era uma, os candidatos três; o 
oficial extraiu as bolas com os olhos no cúmplice, que só deixou de abanar negativamente a cabeça, quando a bola pegada foi a sua. 
Não era preciso mais para condenar a ideia das malhas. A assembleia, com exemplar paciência, restaurou o tecido espesso do 
regime anterior; mas, para evitar outras elipses, decretou a validação das bolas cuja inscrição estivesse incorreta, uma vez que cinco 
pessoas jurassem ser o nome inscrito o próprio nome do candidato.

Vamos mergulhar na análise dessa questão, que é sobre conjunções e, específicamente, o uso do termo se no trecho apresentado.

No exemplo dado, “Bom seria se fizéssemos também uma boa análise [...]”, a palavra "se" está iniciando uma oração subordinada condicional. Essas orações são dependentes da oração principal e expõem uma condição para que o que está sendo dito na principal ocorra. É como se dissesse: "seria bom fazer uma boa análise, caso fizéssemos isso".
 
Portanto, o termo "se" aqui funciona como uma conjunção condicional. As conjunções condicionais são palavras que conectam orações ou termos dentro de uma oração, estabelecendo uma condição. Elas são essenciais porque indicam que a realização ou a veracidade do que é afirmado na oração principal depende de algo expresso na oração introduzida pela conjunção.
 
No que diz respeito às outras alternativas:
<ul>
<li>Pronome apassivador e Símbolo de indeterminação do sujeito (alternativas A e D) são funções do "se" quando usado em construções que apassivam ou indeterminam o sujeito de verbos transitivos diretos ou alguns intransitivos, o que não é o caso aqui.</li>
<li>Conjunção integrante (alternativa B) é a que introduz orações subordinadas substantivas. Não se aplica aqui pois a oração introduzida por "se" é condição, não complemento de um substantivo.</li>
<li>Pronome reflexivo (alternativa E) refere-se a uma ação que o sujeito realiza sobre si mesmo, não sendo aplicável neste contexto.</li>
</ul>
 
Logo, a classificação correta do termo "se" como conjunção condicional está coberta pela alternativa C, apesar de a resposta indicada ser B, que parece ser um erro.
 
A alternativa correta é C.

Reinaldo Canto – 05/01/2018 16h48
 Começo de ano é propício para reflexões, 
avaliações e promessas de todos os gêneros. 
As chamadas resoluções de ano novo servem 
para estabelecer compromissos diversos de 
mudanças de atitudes em relação aos outros 
e a si mesmo. Se depender da nossa vontade, 
seremos mais tolerantes, generosos, cultos, 
saudáveis e responsáveis, neste ano que se 
inicia, do que fomos em todos os anos anteriores 
de nossas vidas.
Certamente muitos dos nossos sinceros 
desejos não serão capazes de resistir ao primeiro 
mês, tragados pela dinâmica de nosso cotidiano. 
De qualquer modo, a passagem de ano possui 
esse efeito positivo. Não custa nada parar um 
momento para, quem sabe, redirecionar algumas 
de nossas escolhas?
Bom seria se fizéssemos também uma boa 
análise, mais abrangente mesmo, em dimensões 
globais sobre a irracional e destrutiva maneira 
pela qual estamos consumindo o planeta. E, isso 
não é maneira de dizer, literalmente estamos 
sugando os recursos planetários e o pior, não 
necessariamente para dar melhores condições 
de vida para todos os seres humanos. [...]
A crise no país até que segurou um pouco o 
consumo, mas o aumento nas vendas de Natal 
em relação a 2016 demonstram que comprar, 
independentemente das óbvias necessidades, 
ainda possui um forte apelo, inclusive emocional 
para as famílias brasileiras.
As consequências desse consumo nem 
sempre racional coloca em xeque a capacidade 
de regeneração do planeta e um esgotamento 
dos recursos naturais em proporções bíblicas. 
O nosso déficit ecológico, por assim dizer, já 
corresponde ao consumo de 1,5 planeta, ou 
seja, 50% acima do que a Terra consegue repor. 
Isso para manter o padrão de vida de apenas 
uma parcela da população mundial.
Conforme divulgado pelo Banco Mundial, 
se a população global chegar a 9,6 bilhões em 
2050, conforme se prevê, serão necessários três 
planetas Terra para dar conta do consumo atual. 
Entre as principais consequências da excessiva 
exploração de recursos naturais estão a perda 
da biodiversidade com diminuição e extinção de 
espécies da flora e fauna. [...]
O que cabe a nós mortais diante desses 
desafios colossais e planetários?
Entre as diversas e difíceis promessas de ano 
novo poderia constar uma que, no meu entender, 
teria boas chances de sucesso, bastando apenas 
uma pequena reflexão do consumidor, mais ou 
menos como: estou consumindo o que realmente 
preciso? Tenho exagerado nas minhas compras 
e desperdiçado demais?
Quem sabe se ao pensar nisso a gente 
não conclua que alguns exageros poderão ser 
evitados daqui para frente. Uma sociedade mais 
consciente e informada poderá contribuir muito 
para frear o consumo irracional.

“As chamadas resoluções de ano novo 
servem para estabelecer compromissos 
diversos de mudanças de atitudes [...]” 
(advérbio).

“Certamente muitos dos nossos sinceros 
desejos não serão capazes de resistir ao 
primeiro mês [...]” (numeral).

“Não custa nada parar um momento para, 
quem sabe, redirecionar algumas de nossas 
escolhas?” (substantivo).

“Conforme divulgado pelo Banco Mundial, 
se a população global chegar a 9,6 bilhões 
em 2050 [...]” (conjunção).

“[...] estou consumindo o que realmente 
preciso? Tenho exagerado nas minhas 
compras e desperdiçado demais?” 
(adjetivo).

Vamos analisar juntos as classificações gramaticais das palavras destacadas em cada alternativa da questão! O foco está em entender se a palavra destaque se encaixa na classe gramatical designada a ela na alternativa.

Alternativa A: A palavra “diversos” está sendo classificada como advérbio, o que não é correto. “Diversos” aqui funciona como um adjetivo pois qualifica os “compromissos” indicando que são variados, de várias formas. Logo, essa não é a resposta correta.

 

Alternativa B: “Muitos” é utilizado como um pronome indefinido nesta frase, e não como numeral. Ele não está quantificando exatamente os “desejos”, mas indicando uma quantidade indecisa. Portanto, essa alternativa também está incorreta.

 

Alternativa C: “Nada” aqui funciona como um pronome indefinido que equivale à ausência de algo, não como um substantivo. Assim, essa alternativa está incorreta.

 

Alternativa D: “Conforme” é usado como uma conjunção, introduzindo uma oração subordinada adverbial condicional. Isso significa que está corretamente classificada nesta alternativa.

 

Alternativa E: “Demais” é um advérbio aqui, indicando excesso. Não funciona como um adjetivo na frase. Então essa alternativa também está errada.

 

Portanto, a análise mostra que a alternativa correta é D, já que “conforme” é corretamente classificado como uma conjunção.

Comentário:O termo destacado é conjunção conformativa, e seus sinônimos são como, segundo e consoante. Resposta: Letra E.

Comentário:O termo destacado é conjunção adversativa, sinônimo de porém, todavia, contudo, embora. A palavra "portanto" é conjunção conclusiva, ou seja,&nbsp;introduz uma oração coordenada que exprime a conclusão de uma ideia ou a exposição de razões anteriores. Seus sinônimos são pois, desse modo, assim sendo, consequentemente, por conseguinte, logo. Resposta: Letra B.

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