E aí, vamos analisar a pegada desse texto descontraído e ver se a troca do conectivo rola suave? 
 
No texto, a palavra "porque" é usada para explicar o motivo pelo qual a mãe do narrador fazia um macacão para cada dia da semana: porque ele poderia se sujar à vontade. Em uma estrutura mais formal, a palavra é tipicamente usada para introduzir uma explicação ou razão. 
 
Agora, se a gente trocar "porque" por "pois", mantemos esse toque de explicação. "Pois" também serve para introduzir uma razão, mas geralmente vem com uma vibe mais formal, ou coloquial dependendo do contexto, e geralmente é usado após o verbo principal, muitas vezes iniciando uma nova oração. 
 
No caso desse texto, o uso de "pois" ficaria tipo: "...eu podia me esbaldar e me sujar à vontade, pois sempre teria um macacão limpo para usar no dia seguinte." Percebe como a razão ainda está clara e faz sentido nessa construção? Então, a sentença reformulada com "pois" continua fazendo sentido e mantém a ideia original de explicação. 
 
Por isso, a substituição do "porque" pelo "pois" não tira a originalidade nem o significado do texto. Então, na real, a alternativa correta é C.

A substituição do conectivo “porque” (L.10) por pois manteria
os sentidos originais do texto.

Passávamos férias na fazenda da Jureia, que ficava na
região de lindas propriedades cafeeiras. Íamos de automóvel
até Barra do Piraí, onde pegávamos um carro de boi.
Lembro-me do aboio do condutor, a pé, ao lado dos animais,
com uma vara: “Xô, Marinheiro! Vâmu, Teimoso!”. Tenho
ótimas recordações de lá e uma foto da qual gosto muito, da
minha infância, às gargalhadas, vestindo um macacão que
minha própria mãe costurava, com bastante capricho. Ela fazia
um para cada dia da semana, assim, eu podia me esbaldar e me
sujar à vontade, porque sempre teria um macacão limpo para
usar no dia seguinte.

Com relação aos aspectos linguísticos desse texto, julgue os itens a seguir.


Só não consegue dar um destino razoável ao lixo 
que produz.

… que se encaminha inevitavelmente para o mar.

Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado pelo sal…

… no ponto para que os micróbios, de guardanapo ao pescoço, o decomponham…

… para que eles ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo.

Você notou que a questão da Vunesp tá jogando na área das conjunções, né? As conjunções são palavras ou frases que ligam orações ou palavras dentro de uma mesma oração, estabelecendo entre elas relações de diversos tipos, como adição, oposição, causa, condição, entre outras. No caso específico da questão, a conjunção destacada em todas as alternativas é "para", que é uma conjunção final, ou seja, indica finalidade ou propósito.

 

O termo "para" na frase “...ele lhes fornece facas para se defenderem dos tubarões.” expressa a ideia de finalidade, ou seja, o motivo pelo qual as facas foram fornecidas. E a questão pediu para identificar qual das alternativas também apresenta essa mesma relação de finalidade.

 

Analisando as alternativas:
<ul>
<li>A alternativa A ("ao lixo") apresenta uma preposição que indica direção, não finalidade.</li>
<li>B ("para o mar") expressa direção.</li>
<li>C ("ao sol") de novo mostra direção ou um estado temporário, mas não finalidade.</li>
<li>D ("para que os micróbios") traz também um sentido de finalidade, mas ela está mais para a ideia de condição, indicando em que estado algo deve estar para que algo ocorra.</li>
<li>E ("para que eles ajudem") expressa claramente uma finalidade: os micróbios estão sendo criados com o propósito de ajudar na decomposição do lixo.</li>
</ul>

 

Portanto, a única alternativa que compartilha da mesma relação de finalidade expressa pelo termo em "para se defenderem" é a E, que fala sobre a criação de micróbios "para" ajudar outras espécies na decomposição do lixo.

 

A alternativa correta é E.

O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue 
dar um destino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. 
Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças de automóveis. Tudo que perde o uso 
é atirado num curso d’água, subterrâneo ou a céu aberto, que 
se encaminha inevitavelmente para o mar. O resultado está nas 
ilhas de lixo que se formam, da Guanabara ao Pacífico.
De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália, China e dos Emirados Árabes descobriram em duas 
ilhas gregas um micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado pelo sal, o plástico, seja mole, 
como o das sacolas, ou duro, como o das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios, de guardanapo 
ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os cientistas 
estão agora criando réplicas desses micróbios, para que eles 
ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago.
Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco Karel Čapek, um explorador descobre na costa de Sumatra uma 
raça de lagartos gigantes, hábeis em colher pérolas e construir 
diques submarinos. Em troca das pérolas que as salamandras 
lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defenderem dos 
tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se reproduzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar e 
inundam os continentes. Passam a ser bilhões e tomam o mundo.
Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo 
podem se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as 
salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós.
Com os micróbios no comando, nossos mares, pelo 
menos, estarão a salvo.

Intoxica-os também com garrafas plásticas… (intensidade)

… pneus, computadores, sofás e até carcaças de automóveis. (dúvida)

… que se encaminha inevitavelmente para o mar. (modo)

De repente, uma boa notícia. (afirmação)

Os cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios… (intensidade)

A Fundação Vunesp, conhecida por suas questões que exigem tanto a compreensão textual quanto o conhecimento específico de aspectos gramaticais, trouxe uma interessante questão sobre o uso e o significado das conjunções e interjeições em um contexto bem envolvente sobre problemas ambientais e descobertas científicas.
 
A questão pede que o candidato identifique o sentido correto expresso por termos ou expressões destacados no texto. Vamos analisar cada uma delas:
 
<ul>
<li>A) "Intoxica-os também com garrafas plásticas…" - Aqui, "também" é usado para adicionar um elemento à lista de ações, mostrando inclusão ou adição, não intensidade.</li>
<li>B) "…pneus, computadores, sofás e até carcaças de automóveis." - "Até" é usado para enfatizar a surpresa ou o extremo na inclusão de carcaças de automóveis na lista, indicando grau ou extensão, não dúvida.</li>
<li>C) "…que se encaminha inevitavelmente para o mar." - "Inevitavelmente" expressa certeza sobre o evento de algo que vai acontecer sem como evitar, portanto, refere-se a uma condição de modo ou maneira consistente com a ausência de alternativas.</li>
<li>D) "De repente, uma boa notícia." - "De repente" indica uma mudança brusca de acontecimentos, sugerindo tempo e não uma simples afirmação.</li>
<li>E) "Os cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios…" - "Agora" refere-se a um momento atual, relacionado ao tempo, não a intensidade.</li>
</ul>
 
Analisando as alternativas com base nas explicações de cada termo e contextualizando-os no texto, a alternativa correta é a letra C, em que "inevitavelmente" é corretamente identificado como uma condição de modo, expressando a inevitabilidade do caminho do lixo ao mar.
 
A alternativa correta é C.

Olá, Tamo junto! Vamos destrinchar essa questão da Vunesp e ver o porquê de a alternativa B ser a escolha certa. O enunciado foca na expressão "No entanto", que é uma palavrinha chave quando o assunto é conjunção. Elas são como as emendas que costuram as partes do nosso texto, fazendo com que as ideias se conectem de maneira lógica.

 

A conjunção "No entanto" é utilizada justamente para introduzir uma ideia de oposição ou contraste com algo dito anteriormente. É tipo aquele "mas", só que na versão mais formal. No texto, ela está jogando esse papel de trazer um contraponto aos pontos positivos do home office mencionados antes. Fala sobre as vantagens, mas aí manda um "no entanto" para alertar sobre os efeitos nocivos observados.

 

Vamos ver a nossa querida banca Vunesp, ela adora colocar essas palavras estratégicas para testar se estamos ligados nas funções que elas exercem no texto. Quando refletimos sobre as alternativas:
<ul>
<li>A) causa - não é, porque "No entanto" não está introduzindo um motivo para algo.</li>
<li>B) restrição - yes! Introduz uma limitação ou ressalva às ideias anteriores.</li>
<li>C) condição - tá mais para aquele "se", não encaixa aqui.</li>
<li>D) explicação - parece lógico, mas explicar seria mais um "porque", sabe?</li>
<li>E) conclusão - sem chance, estamos falando de adição de um ponto de vista contrário, não concluindo nada.</li>
</ul>

 

Assim, a pegada da expressão "No entanto" é de colocar uma espécie de barreira que diz "olha, não é bem assim". Por isso, ela realiza a função de restrição ou oposição às ideias anteriores, tornando a alternativa correta é B.

Da perspectiva do processo de trabalho, o home office 
apresenta, de fato, uma face muito sedutora. Afinal, vivendo em uma cidade como São Paulo, por exemplo, quem 
não gostaria de trabalhar em casa, evitando o trânsito e os 
perigos ligados à circulação nos espaços públicos, como assaltos e acidentes, por exemplo? Além disso, o trabalho 
em home office satisfaz com mais frequência a parcela femi-
nina da força de trabalho, que percebe na flexibilização da 
jornada uma maneira de equilibrar demandas profissionais e 
exigências domésticas.
No entanto, cabe observar que muitos efeitos nocivos 
para os profissionais em home office têm sido registrados por 
sociólogos do trabalho. Na medida em que esse trabalho é 
regulado economicamente pelo sistema de administração por 
metas, e considerando que as empresas tendem a endurecer 
permanentemente seus objetivos, verifica-se certa implosão 
das barreiras entre tempo livre e tempo de trabalho. Ou seja, 
todo o tempo da vida de quem está em home office transforma-se em trabalho.

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