Olá! Vamos descomplicar essa questão de conjunções e interjeições da Vunesp juntos.

 

O núcleo da questão aqui se concentra em entender o valor semântico do segmento destacado: "de tão invejosas" dentro do contexto fornecido pelo texto. Esse trecho identifica a relação lógica entre o nível de inveja das pessoas e as consequências desse sentimento sobre a percepção das próprias habilidades.

 

A conjunção que melhor descreve essa relação é a de causa. O fragmento em questão indica que a inveja excessiva (ou seja, ser "de tão invejosas") é a causa de uma falta de visão sobre as próprias potencialidades das pessoas. Não se trata de uma concessão ou comparação, mas sim um fator que gera um resultado direto, que é a cegueira para com as próprias potencialidades. Não estamos tratando de condição, pois a condição implica uma possibilidade, e o texto é assertivo sobre o resultado da inveja. Também não é conclusão, porque não resume ideias, mas sim aponta a causalidade.

 

Alternativa correta é B.

Todo mundo conhece os sete pecados capitais e, por 
séculos, muita gente viveu sob o pêndulo da censura e da 
condenação moral por eventual cometimento de um des-
ses pecados. Hoje em dia, quase ninguém mais dá tanta 
importância a eles, que mais parecem uma herança esque-
cida no passado medieval. Mas, ainda assim, um dos sete 
pecados encontra-se presente em quase todos nós; em uns 
mais, em outros menos: a inveja.
Melanie Klein, uma das figuras centrais da história da 
psicanálise, realizou estudos sobre esse assunto e concluiu 
que a inveja é um sentimento negativo que o ser humano 
começa a desenvolver desde os primeiros tempos da infân-
cia e que, como regra geral, acompanha a pessoa por toda 
a vida. Ninguém gosta de admitir, mas todos nós, em algum 
momento, sentimos inveja de alguém, por uma razão ou 
 outra. Segundo os especialistas, isso é natural.
O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas, 
acabam por ficar cegas para as suas próprias potenciali-
dades. São pessoas que dedicam a sua existência a admi-
rar e desejar intensamente tudo o que pertence aos outros. 
Como não conseguem tomar para si as coisas ou qualida-
des dos outros, passam a desejar a destruição daquilo que 
tanto admiram. Daí a negatividade da inveja.
Entre os inúmeros ditados que falam sobre a inveja, 
há um bem interessante: “Não grite a sua felicidade, pois a 
inveja tem sono leve”.

a dificuldade de aumentar o Fundo Eleitoral / a necessidade 
do financiamento privado das campanhas;

o aumento de custo das campanhas eleitorais / a volta da 
propaganda no rádio e na televisão;

a necessidade de novo tipo de financiamento / o aumento de 
custo das campanhas eleitorais;

a necessidade do financiamento privado das campanhas / a 
dificuldade de aumentar o Fundo Eleitoral;

o aumento de custo das campanhas eleitorais / a dificuldade 
de aumentar o Fundo Eleitoral.

Em "a": Certo – Veja que a dificuldade de aumentar o Fundo Eleitoral é a causa que reverbera na necessidade do financiamento privado das campanhas. Em "b": Errado – A volta da propaganda no rádio e na televisão é uma finalidade e não se trata, portanto, de uma consequência. Em "c": Errado – Perceba que aqui não há a consequência para o aumento de custo das campanhas eleitorais. Em "d": Errado – A ordem está invertida: primeiro veio a consequência, e não a causa. Em "e": Errado – Podemos dizer que aqui se trata de duas causas. Resposta: Letra A.

Olá! Vamos dar uma olhada nas junções e interjeições presentes na frase do contexto fornecido pela questão da Fundação Vunesp. De fato, as expressões que precisamos analisar são "Ainda que" e "visto que", apontadas no trecho.

 

Primeiro, vamos entender o papel de cada expressão no texto:
- "Ainda que" é uma locução conjuntiva subordinativa concessiva. Ela introduz uma ideia de concessão, ou seja, algo como "apesar de" ou "mesmo que". Exemplo do uso: "Ainda que chova, irei ao parque".
- "visto que" é uma locução conjuntiva subordinativa causal. Indica uma explicação ou motivo para a afirmativa anterior. É similar a "porque" ou "já que".
 

Agora, vamos comparar com as opções apresentadas:
- A) "Mesmo que ... entretanto" alinha-se parcialmente no começo, mas "entretanto" é adversativo, não causal.
- B) "Desde que ... assim" não apresenta semelhança clara. "Desde que" expressa condição, não concessão.
- C) "Quando ... porque" seria temporal e causal, respectivamente - não se encaixa.
- D) "Embora ... pois" tem "embora" representando uma concessão (similar a "ainda que") e "pois" sendo causal (como "visto que").
- E) "Enquanto ... porém" traz "enquanto" temporal e "porém" adversativo, fora de contexto.
 

Claramente, a alternativa D é a correta, porque "embora" pode substituir "ainda que" sem perda de sentido, mantendo a concessão, e "pois" substitui "visto que" capturando a essência causal do motivo apresentado.
 

A alternativa correta é D.

Entre os números que contam a grandeza do Município 
de Cachoeiro do Itapemirim, há este, capaz de espantar o 
leitor distraído: 25 379 pios de aves, anualmente. Não, a Pre-
feitura não espalhou pela cidade e distritos equipes de ouvi-
dores municipais, encarregados de tomar nota cada vez que 
uma avezinha pia. Trata-se de pios feitos para caçadores de 
pássaros. E quem os faz é uma família de caçadores de ouvi-
do fino – os Coelho, cujas três gerações moram na mesma e 
linda ilha, onde o rio se precipita naquele encachoeirado, ou 
cachoeiro, que deu o nome à cidade.
Trata-se de um artesanato sutil; não lhe basta a 
perícia técnica de delicados torneiros que faz desses pios bem acabados pequenas obras de arte; exige uma sensibilidade que há de estar sempre aguçada. Direis que é uma arte assassina; e, na verdade, incontáveis milhares 
de bichos do Brasil e da América do Sul já morreram por acre-
ditar, em algum momento de fome ou de amor, naqueles pios 
imaginados entre os murmúrios do rio Itapemirim.
Dizem que os Coelho fazem até, em segredo, pios para 
caçar mulher. Famosa caçada é essa, em que não raro é o 
caçador a presa da caça. Não sei. Ainda que eu seja Coelho 
pela parte de mãe, devo ser de outro ramo, visto que nunca 
me deram um pio desses. Nem quero.

Em "a": Errado – Sabemos que a conjunção "se", por essência, expressa uma condição. Em "b": Errado – Pode expressar explicação, mas não é o que acontece nesse contexto. Em "c": Errado – Não podemos substituir por "quando", por exemplo. Em "d": Certo – Expressa a condição hipotética de não ir todos os dias à escola. Em "e": Errado – Não são ideias que se opõem entre si. Resposta: Letra D.

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