No enunciado da questão, temos um uso interessante da conjunção coordenativa "portanto", e a compreensão do tipo dela é crucial para acertar a questão. As conjunções coordenativas são palavrinhas que conectam orações ou termos com a mesma função sintática dentro de um período, e, dependendo do sentido que conferem à frase, são classificadas de diferentes formas.

 

O termo "portanto" geralmente aparece entre vírgulas, indicando uma conclusão ou inferência lógica do que foi dito anteriormente. No texto em questão, após afirmar a inseparabilidade entre responsabilidade e comprometimento, é argumentado que individuos irresponsáveis dificilmente serão comprometidos, concluindo essa linha de raciocínio com "portanto". Isso revela uma relação de consequência lógica entre as ideias. 

 

As alternativas apresentam diferentes tipos de conjunções coordenativas:
<ul>
<li>Explicativa: introduz uma explicação, esclarecimento sobre o que foi afirmado antes.</li>
<li>Alternativa: expressa ideia de escolha entre alternativas.</li>
<li>Aditiva: adiciona informações à oração anterior.</li>
<li>Conclusiva: indica uma conclusão ou consequência com base no que foi exposto antes.</li>
<li>Adversativa: estabelece uma oposição ou contraste com o que foi dito.</li>
</ul>

 

Analisando o contexto do uso de "portanto" no texto, é visível que seu papel é sinalizar uma conclusão tirada a partir das informações anteriores, configurando-se assim como uma conjunção conclusiva. Portanto (viu o que fiz aqui?), a alternativa correta é D.

Comprometimento é o ato de realizar o que se propôs
a fazer. Trata-se da congruência entre atitudes,
comportamentos e palavras. O indivíduo comprometido
esforça-se para sempre honrar os próprios compromissos. A
responsabilidade é inseparável do comprometimento,
portanto, uma pessoa que se mostra irresponsável dificilmente
será comprometida com os respectivos afazeres. 
Na carreira, o comprometimento é determinante para
conduzir o profissional ao alcance do estado desejado. É um
dos elementos fundamentais para o sucesso: profissionais
comprometidos se destacam no mercado e são requisitados
pelas empresas, pois entregam desempenho e resultados mais
satisfatórios. 
Ser comprometido no trabalho é muito mais que
cumprir a carga horária e realizar as atividades. Significa
assumir postura e atitudes favoráveis para o crescimento da
empresa. Trata-se de estar verdadeiramente envolvido, sendo
ativo e participativo com os projetos, propondo possibilidades
de melhoria e aumento de resultados e, principalmente,
tomando ações concisas com as metas e os objetivos
almejados.

Vamos fazer um mergulho rápido na questão e entender a natureza da palavra sublinhada 'se', conforme o texto. Temos que encaixar 'se' em uma dessas categorias: pronome, partícula apassivadora, índice de indeterminação do sujeito, conjunção ou preposição. Para quem vive rodeado desses termos nos estudos de português, não é difícil categorizar a palavra, mas vamos descomplicar ainda mais.

 

A palavra 'se' nesse contexto introduz uma condição. Ela está ligando duas partes da frase: 'é uma capacidade' e 'pode ser desenvolvida', indicando que a capacidade de desenvolver algo está condicionada à sua existência. Quando 'se' é usado dessa forma, ele assume o papel de conjunção condicional, o que é uma dica clara sobre sua função de ligar orações, estabelecendo uma condição entre elas.

 

Obviamente, 'se' não está atuando como pronome, porque não substitui nenhum nome. Também não é partícula apassivadora ou índice de indeterminação do sujeito, pois esses estão, mais comumente, em construções passivas ou para expressar a ideia de indeterminação do agente respectivamente. E definitivamente, não é preposição, porque não está introduzindo um complemento nem estabelecendo uma relação de dependência.

 

Portanto, a resposta que mais se alinha a essa função da palavra 'se' no contexto fornecido é 'conjunção' que é usada para conectar cláusulas. A alternativa correta é D.

Resiliência é a palavra da vez no meio de recursos
humanos. Tanto que consultores e coaches já apontam essa
competência como a mais importante no mundo do trabalho,
no século 21. O termo vem da engenharia, e é usado para
falar da resistência de materiais a forças externas, como
calor e pressão. Quanto maior ela for, mais flexível e
resistente é o material. Da mesma forma, dizem consultores,
são as pessoas e as corporações. Essa capacidade vai muito
além de conseguir suportar o estresse: significa usar as
adversidades para melhorar ainda mais o desempenho, o que
tem papel crucial em tempos de rápidas e profundas
mudanças. 
Determinado professor da Fundação Getúlio Vargas
(FGV), de São Paulo, fez um grande estudo a respeito do
tema e descobriu uma forma de medir essa capacidade que,
segundo ele, pode ser desenvolvida. São nove as
características que compõem uma personalidade resiliente:
autoeficácia (que inclui autoconfiança e a certeza de ter
capacidade para realizar tarefas bem); alto índice de solução
de problemas; temperança (capacidade de administrar bem
as emoções); empatia; proatividade; competência social;
persistência; otimismo; e flexibilidade mental. 
“A resiliência não é um traço de personalidade, mas
uma característica que o indivíduo adquire ou perde, de 
acordo com os estímulos ambientais. Se é uma capacidade,
pode ser desenvolvida”, explica o professor. “Como são
crenças arraigadas, que formam um padrão de
comportamento, não se muda isso em um estalar de dedos: é
preciso disciplina e um esforço sistemático.”

Tive professores ruins, por isso foi uma boa escola;

Tive professores ruins, apesar disso foi uma boa escola;

Tive professores ruins, foi, porém, uma boa escola;

Tive professores ruins, à medida que foi uma boa escola;

Tive professores ruins, caso tenha sido uma boa escola.

Vamos analisar essa questão de conjunções! Elas são como as cola tudo da linguagem: conectam uma ideia com a outra. No enunciado, temos esse conceito de ter professores ruins que, de alguma forma, contribuíram para uma boa experiência escolar. É uma vibe meio paradoxal, mas faz parte da magia do aprendizado, não é mesmo? 
 
Ao olhar as opções, precisamos de uma conjunção que mostre que, de forma surpreendente, ter professores ruins, de alguma forma, contribuiu positivamente para a experiência geral na escola. A pegada é encontrar o contraste que, na verdade, se converte em uma espécie de causa inesperada ou impacto positivo. 
 
<ul> 
<li>A) "por isso" – sugere que, devido a ter tido professores ruins, a escola acabou sendo boa. Isso implica que os professores ruins possivelmente forçaram o aluno a desenvolver resiliência ou autodidatismo, o que transformou a experiência escolar em algo positivo.</li> 
<li>B) "apesar disso" – essa escolha sugere que, mesmo com professores ruins, a escola foi boa, desconsiderando que os professores ruins contribuíram para isso. Traz mais um sentido de contraste sem causalidade.</li> 
<li>C) "foi, porém" – uma estrutura que também destaca um contraste, porém sem estabelecer uma relação de causa entre os professores ruins e a escola ser boa.</li> 
<li>D) "à medida que" – essa é usada para expressar uma proporção ou simultaneidade, o que não cabe bem aqui.</li> 
<li>E) "caso tenha sido" – introduz uma condição ou uma hipótese, o que também não se encaixa na certeza das afirmações.</li> 
</ul> 
 
Portanto, a alternativa "A" dá o sentido mais adequado ao contexto, indicando que os professores ruins, paradoxalmente, contribuíram para que a escola fosse boa, uma lição inesperada, talvez. Então, mergulhe nessa ironia e tire o melhor dos momentos ruins! 
 
A alternativa correta é A.

mais rápida e próxima / mais justa e útil;

Fala jovem, então, essa questão é um mergulho no uso das estruturas comparativas da nossa língua, que nos traz aquele sabor gramatical bem clássico das provas de concurso. Beleza, let's dive into it! 
 
O que a frase tá querendo dizer é que a "rapidez" e a "proximidade temporal ao delito" de uma pena têm relação direta com ela ser "justa" e "útil". Ou seja, quanto mais "rápida e próxima do delito" for a aplicação da pena, "mais justa e útil" ela será. Aqui, temos uma correlação bem definida entre as características da pena e os benefícios percebidos. 
 
Os termos especificamente correlacionados são "mais rápida e próxima do delito" e "mais justa e útil". Essa é uma estrutura comparativa dupla que nos ajuda a compreender que as duas primeiras qualidades impactam diretamente as duas últimas qualidades mencionadas. 
 
Nas alternativas apresentadas, a opção A) separa as características, a B) apenas focaliza nos resultados, a C) forma pares que não correspondem ao texto, a E) novamente separa características e impactos. 
 
Como resultado, a opção D) "mais rápida e próxima / mais justa e útil" está totalmente alinhada com a estrutura comparativa apresentada na frase, fazendo a correlação exata entre os termos de uma maneira que as outras alternativas não conseguem. 
 
alternativa correta é D

A questão tem o objetivo de avaliar o sentido de conjunções. A) Alternativa incorreta. Não se observa uma hipótese. Existiria uma condição se o texto apresentasse a estrutura: "Ele, se fosse técnico, veria coisas no texto em jogo que, só depois de lidas por ele, por nós são percebidas".B) Alternativa incorreta. As conjunções conformativas podem se iniciar com "conforme", "segundo" etc.C) Alternativa incorreta. Não há sentido explicativo no excerto. Exemplo de conjunção explicativa: pois, porque.D) Alternativa correta. Observa-se a comparação ao se usar o termo "como".E) Alternativa incorreta. Não há sentido de causa no excerto.

O astrônomo lê o céu, lê a epopeia das estrelas. Ora,
direis, ouvir e ler estrelas. Que histórias sublimes, suculentas,
na Via Láctea. O físico lê o caos. Que epopeias o geógrafo lê
nas camadas acumuladas em um simples terreno. Um desfile de
Carnaval, por exemplo, é um texto. Por isso se fala de
"samba-enredo": a disposição das alas, as fantasias, a bateria,
a comissão de frente são formas narrativas.
Uma partida de futebol é uma forma narrativa. Saber
ler uma partida — esse é o mérito do locutor esportivo, na
verdade, um leitor esportivo. Ele, como o técnico, vê
coisas no texto em jogo que, só depois de lidas por ele, por nós
são percebidas. Ler, então, é um jogo, uma disputa, uma
conquista de significados.
Estamos com vários problemas de leitura hoje.
Construímos aparelhos aprimoradíssimos que sabem ler.
Leem-nos, às vezes, melhor que nós mesmos. Vi na fazenda de
um amigo aparelhos eletrônicos que, ao tirarem leite da vaca,
são capazes de ler tudo sobre a qualidade do leite, da vaca, e
até (imagino) ler o pensamento de quem está assistindo à cena.
Aparelhos complexos leem o mundo e nos dão recados. A
natureza está dizendo que a água, além de infecta, está
acabando. Lemos a notícia e postergamos a tragédia para
nossos netos. É preciso ler, interpretar e fazer alguma coisa
com a interpretação.

Não se sabe ainda se o mundo acabou realmente no
sábado, como fora anunciado. Pode ser que sim, e não seria a
primeira vez que isso acontece. A falta de sinais estrondosos e
visíveis não é prova bastante da continuação. Muitas vezes o
mundo acaba em silêncio, ou fazendo um barulho leve de folha.
Tempos depois é que se percebe, mas já então vivemos em
outro mundo, com sua estrutura e seus regulamentos próprios.
Pessoas que aí estão vivas assistiram à morte do
mundo em agosto de 1914, mas estavam lendo jornal e não
compreenderam no momento. Era apenas mais uma guerra na
Europa, mas acabou com a belle époque, a respeitabilidade
vitoriana, a supremacia da libra, os suspensórios, os conceitos
econômicos, políticos e éticos do século XIX — mundo que
parecia eterno. Pedaços dele andam por aí, vagando, como o
colonialismo, a opressão de grupos financeiros, a servidão civil
da mulher, mas pertencem a um contexto liquidado, 
rabo de lagartixa vibrando depois que o corpo foi abatido.
É possível que a previsão dos astrólogos indianos não
tivesse base, e que o mundo atual dure muitos anos. Acredito
mesmo que é cedo para ele morrer, se apenas está nascendo, e
nem se sabe ao certo como é ou será.
Aos sete anos de idade, imaginei que iria presenciar a
morte do mundo, ou antes, que morreria com ele. Um cometa
mal-humorado visitava o espaço. Mas o cometa de Halley
airosamente deslizou sobre nossas cabeças sem dar confiança
de exterminar-nos.

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