Para resolver essa questão, precisamos analisar o contexto da frase e o papel gramatical que as conjunções deveriam exercer.

1. **Primeira lacuna**: A primeira conjunção deve conectar a ideia de que é necessário respeitar o perfil da nova empresa com a razão para isso, que é o fato de que os profissionais mais velhos não devem insistir em trabalhar da mesma maneira. A conjunção "por isso" indica uma consequência ou razão, que faz sentido no contexto, pois sugere que, dado o perfil da empresa atual, os profissionais mais velhos deveriam mudar seu modo de trabalho.

2. **Segunda lacuna**: A segunda conjunção deve ligar a afirmativa de que os profissionais mais velhos não devem trabalhar da mesma forma com a condição de que essa forma tenha funcionado no passado. A expressão "mesmo que" introduz uma concessão, indicando que apesar de seus métodos antigos terem sido eficazes, ainda assim, eles precisam adaptar-se.

Vamos analisar brevemente as outras alternativas:

- **Alternativa B ("portanto ... tanto que")**: "Portanto" indica conclusão, o que não se aplica bem aqui, pois a frase é mais explicativa do que conclusiva. "Tanto que" não cria uma concessão, mas uma explicação de intensidade ou causa, o que não se encaixa bem na segunda parte da frase.
 
- **Alternativa C ("entretanto ... enquanto")**: "Entretanto" indica contraste entre duas ideias, o que não é totalmente inadequado, mas não conecta tão claramente quanto "por isso". "Enquanto" indica simultaneidade ou comparação, que não se aplica aqui.

- **Alternativa D ("assim ... à medida que")**: "Assim" pode indicar consequência, mas é menos específico que "por isso". "À medida que" implica uma relação de proporcionalidade que não é pertinente neste contexto.

- **Alternativa E ("uma vez que ... exceto se")**: "Uma vez que" seria usado para explicar uma razão anterior, não para propor uma ação futura. "Exceto se" indica uma condição de exceção que não é adequada para a concessão necessária na segunda parte da frase.

Gabarito: Letra A

No mercado de trabalho, a primeira impressão nem sem-
pre é a que fica. Para os novatos ansiosos em mostrar serviço, 
saber disso pode ajudar a controlar as expectativas.
“As empresas costumam ser complacentes com quem 
está começando. Ninguém é excepcional na primeira sema-
na. O desempenho se mostra no dia a dia”, diz a psicóloga 
Myrt Cruz.
Ela afirma que, para passar pelos primeiros dias de traba-
lho de forma tranquila, é preciso anotar tudo: tarefas, sistemas 
utilizados e nomes de chefes, colegas e clientes.
A estratégia foi usada por Matheus C., 26, contratado há 
alguns meses por um escritório de advocacia. “Eu me sentia 
bobo, não sabia nem usar a impressora.”
A mudança deixou o advogado inseguro, já que estava 
saindo de uma empresa grande e indo para uma menor, para 
assumir mais responsabilidades.
Para se acalmar, encarou a novidade como um desafio, e 
foi mais simples do que ele pensava.
Uma regra de ouro, de acordo com Cruz, é ir com calma. 
Isso vale inclusive na hora de tirar dúvidas. É preciso bom 
senso para não importunar colegas ou invadir o espaço do 
outro.
“Tento estar sempre dentro das conversas da equipe. 
Uma parte do aprendizado é perguntar para os outros, mas 
a outra é observação”, diz Natalia C., 27, contratada por uma 
agência de publicidade.
Para Fátima Motta, professora e consultora de carreira, é 
fundamental ser humilde e mostrar boa vontade. “Cada vez 
mais precisamos de profissionais sem frescura, que façam o 
que precisa ser feito.”
Érika A., 21, foi bem recebida em seu novo trabalho, mas 
considera que sua motivação foi essencial para garantir um 
aprendizado rápido. “Não fiquei parada. Tem que  mostrar 
 entusiasmo, porque quanto mais interessada você está, 
mais conteúdo vão te passar.”
Já os profissionais mais velhos são contratados também 
pela bagagem que adquiriram em empregos anteriores, todavia 
precisam tomar cuidado para não deixar suas experiências pas-
sadas contaminarem o novo trabalho.
De acordo com Cruz, eles não devem insistir em traba-
lhar da mesma forma, ainda que essa maneira tenha funcio-
nado antes. É preciso respeitar a cultura e a identidade da 
empresa atual.

Afirmativa I: Errado –&nbsp; Não se apresenta um valor alternativo, mas sim introduz a mudança de pensamento concernente ao autor. Afirmativa II: Certo –&nbsp; Sabemos que, de praxe, a conjunção destacada já indica um valor explicativo. Afirmativa III: Errado –&nbsp; Introduz, por outro lado, uma conclusão de uma ideia anteriormente apresentada. Afirmativa IV: Certo –&nbsp; Sim, pois decorre dela uma consequência que, para o autor, mostra-se indispensável. Logo, a alternativa correspondente às assertivas é a "b". Resposta: Letra B.

Faço a mim mesmo uma antiquíssima pergunta. Como proceder quando o Estado exige de mim um ato 
inadmissível e quando a sociedade espera que eu assuma atitudes que minha consciência rejeita? É clara minha 
resposta. Sou totalmente dependente da sociedade em que vivo. Portanto terei de submeter-me a suas prescrições. E 
nunca sou responsável por atos que executo sob uma imposição irreprimível. Bela resposta! Observo que este 
pensamento desmente com violência o sentimento inato de justiça. Evidentemente, o constrangimento pode atenuar 
em parte a responsabilidade. Mas não a suprime nunca. E por ocasião do processo de Nuremberg, esta moral era 
sentida sem precisar de provas. Ora, nossas instituições, nossas leis, costumes, todos os nossos valores se baseiam em 
sentimentos inatos de justiça. Existem e se manifestam em todos os homens. Mas as organizações humanas, caso não 
se apoiem e se equilibrem sobre a responsabilidade das comunidades, são impotentes. Devo despertar e sustentar este 
sentimento de responsabilidade moral; é um dever em face da sociedade. Hoje os cientistas e os técnicos estão 
investidos de uma responsabilidade moral particularmente pesada, porque o progresso das armas de extermínio maciço 
está entregue à sua competência. Por isto julgo indispensável a criação de uma “sociedade para a responsabilidade 
social na Ciência”. Esclareceria os problemas por discuti-los e o homem aprenderia a forjar para si um juízo 
independente sobre as opções que se lhe apresentarem. Ofereceria também um auxílio àqueles que têm uma 
necessidade imperiosa do mesmo. Porque os cientistas, uma vez que seguem a via de sua consciência, estão arriscados 
a conhecer cruéis momentos.

Vamos analisar o papel do vocábulo "portanto" no contexto do texto dado. A palavra "portanto" é uma conjunção conclusiva que se usa para indicar que a informação no segmento de texto que segue é uma dedução ou consequência do que foi mencionado anteriormente.

 

No texto, "portanto" aparece na frase: "Para o filósofo grego, o papel do educador é, portanto, o de ajudar o discípulo a caminhar nesse sentido, despertando sua cooperação para que ele consiga, por si próprio, iluminar sua inteligência e sua consciência". Essa conjunção está ligando a ideia de que o papel do educador derivada da preocupação de Sócrates, mencionada no período imediatamente anterior, que é levar as pessoas ao autoconhecimento, à sabedoria e à prática do bem. Portanto, o uso da palavra "portanto" está corretamente aplicado para introduzir a conclusão sobre o papel do educador como facilitador desse processo de autoconhecimento e aprendizado.

 

Assim, a alternativa correta é com certeza a que julga a afirmação como verdadeira, considerando que "portanto" cumpre precisamente a função textual de denotar uma conclusão baseada nas informações anteriormente expostas. Este é um uso clássico e muito representativo desta conjunção e o contexto apresentado no texto confirma totalmente essa aplicação.

 

A alternativa correta é C.

O vocábulo “portanto” (R.8) denota que a oração na qual está
inserido constitui uma conclusão, alcançada a partir das
informações expostas no período anterior.

A respeito das propriedades linguísticas do texto CB2A2AAA,
julgue os itens subsequentes.


O pensamento do filósofo grego Sócrates, no século
V a. C., marcou uma reviravolta na história humana. Até então,
a filosofia procurava explicar o mundo com base na observação
das forças da natureza. A partir de Sócrates, o ser humano
voltou-se para si mesmo. 
A preocupação do filósofo era levar as pessoas, por
meio do autoconhecimento, à sabedoria e à prática do bem.
Para o filósofo grego, o papel do educador é, portanto, o de
ajudar o discípulo a caminhar nesse sentido, despertando sua
cooperação para que ele consiga, por si próprio, iluminar sua
inteligência e sua consciência. 
Assim, o verdadeiro mestre não é um provedor de
conhecimentos, mas alguém que desperta os espíritos. Ele
deve, segundo Sócrates, admitir a reciprocidade ao exercer sua
função iluminadora, permitindo que os alunos contestem seus
argumentos da mesma forma que ele contesta os argumentos
dos alunos. Para esse pensador, só a troca de ideias dá
liberdade ao pensamento e a sua expressão, condição
imprescindível para o aperfeiçoamento do ser humano.

Beleza, vamos analisar essa questão sobre conjunções que caiu no teu caminho, focando no uso da palavra "seja" no texto apresentado.

A conjunção "seja" é utilizada duas vezes no trecho mencionado: "não comporta uma resposta genérica, seja em sentido positivo, seja em sentido negativo." Aqui, o "seja" é usado para introduzir possibilidades alternativas, funcionando como uma conjunção alternativa, similar ao "ou". Isso é super comum quando estamos expondo mais de uma possibilidade, sem necessariamente estabelecer uma condição para algo acontecer.

 

Diferentemente das conjunções condicionais, como "se", que realmente introduzem uma condição para que algo ocorra, o "seja" nesse contexto não está trazendo condição alguma, apenas alternativas de interpretação da questão levantada no texto. Então, o enunciado da questão de concurso que diz que o "seja" introduz uma condição está errado, pois ele está mais para contrastar ideias alternativas possíveis.

 

Portanto, vemos aqui um uso clássico da conjunção alternativa para enriquecer a discussão sem estabelecer condições diretas. A banca procurava testar o entendimento das funções das conjunções no texto, e é crucial pegar essas distinções para mandar bem.

 

A alternativa correta é E.

Na linha 4, o vocábulo “seja”, nas suas duas ocorrências,
introduz uma condição.

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB2A1AAA, julgue
os próximos itens. 


A pergunta a respeito da exigibilidade ou não de
procedimento licitatório prévio para a contratação de serviços
profissionais de advocacia não comporta uma resposta
genérica, seja em sentido positivo, seja em sentido negativo.
Na verdade, o campo de atuação profissional do advogado é
bastante amplo e compreende tanto trabalhos usuais,
corriqueiros, de pequena complexidade técnica, quanto
situações de extrema dificuldade, verdadeiramente polêmicas
e de enorme repercussão prática, de ordem tanto econômica
quanto propriamente jurídica. 
O estudo desse problema exige muita ponderação,
repudiando-se, de uma vez, soluções simplistas e extremadas.
Nem se pode dizer que toda contratação direta de advogado
pelo poder público é lícita, dado o caráter fundamentalmente
intelectual e pessoal do trabalho advocatício, nem se pode
afirmar que toda e qualquer contratação de advogado deve ser
precedida de licitação, em face do princípio da isonomia.
Existem, no entanto, assuntos de grande repercussão
política correspondentes a programas ou prioridades
determinadas exatamente pela estrutura política eleita
democraticamente pelo corpo social, e o tratamento de temas
dessa natureza requer a seleção de assistentes jurídicos
nomeados para cargos de provimento em comissão ou a
contratação temporária de profissionais alheios ao corpo
permanente de servidores.

Certo, pessoal! Vamos desbravar essa questão da banca Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), falamos de uma polêmica gramatical sobre conjunções, aqueles elementinhos que fazem a cola entre ideias e partes do discurso.

A questão foca em nos fazer analisar a função da conjunção "mas" no texto. Essa palavrinha geralmente mostra um contraste ou uma oposição entre ideias. No texto, o termo "alguém que desperta os espíritos" é realmente conectado com a conjunção "mas". Importante destacar que essa expressão descreve características do verdadeiro mestre, mostrando não uma contradição, mas um reforço ao argumento de que o mestre não é simplesmente um transmissor de conhecimento palpável.

O trecho questiona se essa conjunção introduz uma oposição, mas se lermos com atenção, notamos que "mas" está sendo usado para apresentar uma complementação ou um detalhamento VAMOS Correto é que a conjunção "mas" não está introduzindo uma oposição entre a figura do mestre tradicional e a do verdadeiro mestre de Sócrates; na verdade, está destacando características específicas desse último modelo. Portanto, a conjunção expressa adição de uma nuance ao perfil do verdadeiro mestre e não contradição. 

 

A alternativa correta é E.

Na linha 13, o termo oracional “alguém que desperta os
espíritos” define o perfil do indivíduo que se distingue do
verdadeiro mestre e do provedor de conhecimentos e, por isso,
está introduzido pela conjunção “mas”, que expressa oposição.

Ainda com relação às propriedades linguísticas do texto
CB2A2AAA, julgue os itens a seguir.


Questões de Português - Conjunções e interjeições - Médio