Beleza, vamos decifrar essa questão de português que tá com uma pegada bem reflexiva sobre a realidade violenta entre jovens no Brasil. A banca quer que a gente se ligue na expressão "No entanto" e nos explique o que ela adiciona ao texto.

 

Primeiro, saca só que a frase vem depois de uma discussão sobre a violência e menciona especificamente a situação complicada do bairro onde o jovem vivia. "No entanto" é usado para introduzir uma informação que sugere uma contraposição ou objeção à discussão ou declaração anterior. Não é um simples 'mas’, ele coloca em jogo um contraste mais marcante.

 

Então, quando analisamos as alternativas:

<ul>
<li>A) Exclusão — não parece fazer muito sentido aqui, pois a conjunção não tá excluindo, mas contrapondo.</li>
<li>C) Fechamento — também não encaixa, já que a expressão não tá finalizando uma ideia.</li>
<li>D) Justificativa; razão — meio fora de contexto, né? Porque não tá justificando nada diretamente.</li>
</ul>

 

A alternativa correta ten que ser a B) Adversidade, porque destaca a contraposição entre as geralidades anteriores e um caso específico relacionado às disputas de facções criminosas num bairro específico. A expressão sublinha essa mudança de foco de uma situação mais geral para uma realidade local complicada.

 

O uso de "No entanto" na frase dá um peso de resistência ao que foi mencionado anteriormente, sugerindo que apesar de não parecer estar envolvido com más atividades, o ambiente em que ele viveu pode ter influenciado ou contribuído para o trágico evento. Esse jogo de contraste entre o que é esperado e o que é realidade é uma maneira bem típica de usar essa conjunção.

 

E pra fechar, a alternativa correta é B.

As mortes de jovens por causas violentas no Brasil, na contramão do que se passa nos 
 países desenvolvidos, superam as causadas por acidentes automobilísticos e suicídio. 
 
O assassinato brutal de um garoto de 18 anos agora em setembro dentro do Aeroporto Internacional Salgado Filho, 
em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, voltou a chamar a atenção para a principal causa de morte de homens jovens no 
Brasil de hoje: a violência. 

Marlon Roldão Soares foi assassinado por dois jovens, que descarregaram ao menos 15 tiros na vítima. Ele se 
despedia de um amigo que iria viajar. O pai de Soares estava com ele. Dezenas de pessoas estavam no saguão do 
aeroporto no momento do crime. Até a quarta-feira, dia 21, não estava clara a causa do assassinato, que pelo padrão 
lembra uma execução. O jovem não tinha antecedentes criminais e não parecia ter relação com o tráfico. No entanto, o 
bairro em que residia, Vila Jardim, na Zona Norte da capital gaúcha, sofre com a disputa de duas facções criminosas 
rivais. 

Esse conflito parece ter conexão com o ataque. Em um primeiro momento, a polícia trabalhava com a hipótese de 
um crime passional. O namoro de Soares com uma jovem de outra parte do bairro poderia ter gerado reação do grupo 
que “domina” a outra área. Outra possibilidade é o garoto ter sido morto por engano. O alvo seria o amigo que 
embarcava no aeroporto e que teria “desertado” de uma quadrilha de traficantes. 

O que aconteceu excepcionalmente dentro do saguão de um aeroporto é realidade cotidiana em áreas espalhadas 
pelo país, territórios com “donos” que não toleram a presença das autoridades. Criam verdadeiros bolsões em que a lei 
parece não ter vez. 

Há uma banalização da violência entre os mais novos. A cena dos garotos saindo do aeroporto, rosto limpo, dando 
tiros para o alto, pegando “carona” em um carro que os aguardava, sem se preocupar se estavam sendo gravados, 
revela um desprezo com as autoridades. 

As mortes de jovens por causas violentas no Brasil, na contramão do que se passa nos países desenvolvidos, 
superam as causadas por acidentes automobilísticos e suicídio. É o retrato de uma guerra urbana, que provoca a morte 
de dezenas de jovens, principalmente garotos, todo dia. As vítimas são majoritariamente pobres, negros e habitantes de 
periferias. 

A sensação de impunidade, a impulsividade típica dessa fase da vida, a busca pela sensação de poder, a escola 
pouco atraente, o mercado de trabalho retraído, os empregos mal remunerados, o dinheiro “fácil” gerado pelo crime, o 
uso de álcool e drogas, a ausência de projeto de vida, a desestruturação familiar, história de prisões e agressões 
envolvendo os pais deixam uma grande parcela da população jovem mais vulnerável às promessas e à sedução do 
tráfico e do uso da violência. É um ciclo complexo, difícil de quebrar. Mas, sem enfrentar suas causas econômicas e 
sociais, continuaremos a apenas ficar chocados, dia após dia.

Na frase extraída do texto, a conjunção "Mas" aparece em um trecho que introduz uma contraposição ou objeção ao que foi dito anteriormente. A conjunção "Mas" é usada para introduzir uma ideia que contrasta com a anterior, geralmente apontando para uma ressalva ou uma dificuldade.

 

No contexto do trecho, o autor ressalta a continuidade de um estado de choque coletivo diante da violência, por falta de ação efetiva sobre suas causas econômicas e sociais. Assim, o uso da conjunção "Mas" é crucial para destacar que, apesar de toda a complexidade e gravidade da situação, pouco ou nada está sendo feito para enfrentar as reais causas do problema.

 

Das alternativas fornecidas, "Entretanto" é a que melhor substitui "Mas" sem alterar o sentido da frase. Ambas expressam uma ideia de contraste ou oposição. As outras opções não servem adequadamente:
<ul>
<li>E - Normalmente usada para adicionar informações, e não para contrastar.</li>
<li>Assim - Indica uma conclusão ou resultado, o que não se encaixa bem aqui.</li>
<li>Portanto - Também é uma conjunção de conclusão, o que não é o objetivo do trecho.</li>
</ul>

 

Alternativa correta é D.

Aqui vamos nós com uma análise legal de conjunção dessa questão da CONSULPAM! Antes de tudo, uma conjunção é uma palavrinha que conecta orações ou termos dentro de uma oração, dando aquele tempero a mais ao sentido. No trecho citado pela questão, “Por isso,” é a conjunção específica que vamos analisar.

 

Por isso é uma expressão que funciona como uma conjunção conclusiva, ou seja, serve para introduzir uma conclusão baseada em informações ou situações citadas anteriormente no texto. É como aquele momento em um filme quando todas as peças do quebra-cabeça se encaixam e você saca o que tá rolando. No contexto dado, o uso de "Por isso" nos leva a entender que a cerimônia e o 'tirar a pele' eram atos que simbolizavam renascimento e fertilidade, agindo como uma consequência lógica da ação do deus Xipe Totec, que renovava a terra com sua pele.

 

Sabendo disso, podemos ver porque as outras alternativas não fazem o menor sentido aqui:
<ul>
<li>Oposição: seria o caso se a conjunção indicasse contraste ou contradição, o que definitivamente não é o caso.</li>
<li>Explicação: normalmente usada para detalhar ou justificar algo, o que também não se aplica diretamente aqui.</li>
<li>Alternância: aponta para situações alternadas ou distintas, o que não se encaixa nesse contexto.</li>
</ul>


 

No fundo, Por isso está ali para nos dizer: “olha, tudo isso aí acontecia por essas razões”. E isso claramente aponta para uma conclusão baseada no contexto anterior, que é justamente a relação que essa conjunção estabelece entre os elementos do texto.

 

A alternativa correta é B.

Templo descoberto no México revela como os 
astecas faziam sacrifícios humanos 
As execuções em nome do deus Xipe Totec 
aconteciam durante um festival conhecido como 
Tlacaxipehualiztli que significa "esfolamento dos 
homens” 
Muitas civilizações pré-colombianas fizeram 
sacrifícios humanos. Mas, como várias delas não 
deixaram registros escritos, as teorias sobre como 
aconteciam esses rituais são baseadas apenas nos 
relatos dos colonizadores. Agora, vestígios físicos de 
um templo recém-descoberto no México podem 
ajudar a solucionar esse mistério. A edificação foi 
construída em homenagem ao deus Xipe Tótec, o 
“Lord Esfolado”, a principal divindade a quem eram 
dedicados esses sacrifícios. 
Xipe Totec está entre as mais antigas 
divindades pré-colombianas conhecidas. Acredita-se 
que ele tenha sido adorado por muitas culturas 
antigas, incluindo os astecas. Era venerado como o 
deus da primavera, do renascimento, da libertação e 
da fertilidade. Apesar de Xipe Totec estar no cânone 
dos deuses pré-colombianos, é a primeira vez que 
arqueólogos encontram um templo inteiramente 
dedicado a ele. 
A edificação tem 12 metros de largura por 3,5 
de altura, foi erguida entre os anos 1000 d.C e 1260 
d.C., e está localizada no sitio arqueológico de 
Ndachjian–Tehuacán, em Puebla, no México. Os 
arqueólogos afirmam que a etnia Popolocas construiu 
o templo, mas pouco tempo depois foi dominada 
pelos astecas. 
Os sacrifícios para Xipe Totec aconteciam 
durante um festival conhecido como 
Tlacaxipehualiztli — que significa, ao pé da letra, 
“esfolamento dos homens”. De acordo com um antigo 
mito, o deus estendia sua pele sobre a terra durante a 
primavera, renovando o solo com nova vegetação. 
Por isso, no festival, tirava-se a pele de 
humanos em uma cerimônia que simbolizava o 
renascimento, a fertilidade e a alternância das 
estações.

Salve, galera do concurso! Hoje vamos dar uma analisada nessa questão que pinta um cenário bem atual e importante, envolvendo as conjunções e suas funções no texto.
 
A palavra "Quando", destacada no texto, é usada para introduzir uma oração que especifica o momento em que ocorre uma ação principal. É esse o elemento que nos permite identificar a relação semântica que a palavra estabelece. No exemplo "Quando descobrem que estão grávidas, muitas jovens interrompem os estudos", a conjunção "Quando" inicia uma oração que estabelece um momento específico, associado a uma consequência imediata na oração principal, onde as jovens interrompem os estudos ao descobrirem que estão grávidas.
 
Em resumo, essa conjunção não está introduzindo uma causa direta, nem uma condição, nem uma finalidade, e muito menos uma relação de proporcionalidade. Ela simplesmente marca um ponto no tempo, ligando esse momento a uma ação subsequente. Portanto, a relação semântica estabelecida por "Quando" no texto é, indubitavelmente, de tempo.
 
Então é isso, a alternativa correta é E.

Novas diretrizes da Academia Americana de Pediatria apontam o dispositivo intrauterino como um dos 
melhores métodos contraceptivos para as adolescentes 
 
Gravidez indesejada é ruim em qualquer idade. Mas na adolescência os impactos são ainda maiores e 
mais duradouros. Quer um exemplo? Quando descobrem que estão grávidas, muitas jovens interrompem os 
estudos - o que afetará as oportunidades econômicas e sociais tanto delas como de seus filhos. Sem falar que 
uma adolescente de 15 anos corre cinco vezes mais risco de morrer no parto do que uma mulher cinco anos 
mais velha. 
A contracepção deveria, portanto, receber uma atenção extra nessa faixa etária - mas não é o que 
ocorre. Enquanto 60% das mulheres com mais de 30 anos usam algum método contraceptivo, entre as jovens 
de 15 a 24 anos esse índice cai para 22%, segundo dados do Fundo de População das Nações Unidas. Mesmo 
quando há acesso, as questões típicas da idade interferem no uso. Tomar pílula todo dia requer disciplina. 
Exigir camisinha a cada relação sexual demanda autoconfiança - tanto dela quanto dele. Qual a melhor forma 
de se prevenir?  
Segundo um relatório divulgado no fim do ano passado pela Academia Americana de Pediatria (AAP), 
a resposta é: DIU e implante hormonal. Ambos são métodos contraceptivos de longo prazo (sua ação dura de 
três a dez anos) e reversíveis (basta retirá-los para que a fertilidade volte ao normal). 
(...)

proporção; alternância; contrariedade.

Vamos dar uma olhada nos conectivos em destaque e o que eles representam no contexto das frases para entender por que a alternativa B é a resposta certa, beleza? 
 
1. "assim como" – Neste caso, esse termo é usado para fazer uma comparação entre duas coisas: a taxa de prescrição dos remédios e a adesão dos pacientes ao tratamento. Ou seja, ambas são baixas, de forma comparativa. 
 
2. "quando" – Este termo é temporal, indicando o tempo ou momento em que algo acontece. No texto, refere-se ao período em que a doença parece inativa. 
 
3. "apesar de" – Este conectivo é claramente utilizado para expressar uma concessão. Ele está ligando a continuidade do tratamento apesar do alívio momentâneo da dor que pode levar o paciente a achar que não é mais necessário. 
 
Agora, vamos olhar novamente para as opções para garantir que B é realmente a resposta correta: 
A) concessão; finalidade; condição – Não se encaixa bem porque o primeiro termo expressa comparação, não concessão, e o segundo termo trata de tempo, não finalidade. 
B) comparação; tempo; concessão – Correto conforme nossa análise. 
C) condição; conformidade; adversidade – Não, os termos não refletem esses sentidos. 
D) explicação; condição; alternância – Os significados também estão fora do que os conectivos realmente expressam. 
E) proporção; alternância; contrariedade – Novamente, não combina com os significados dos conectivos. 
 
Portanto, a alternativa correta é B. Bem intuitivo, né? Conectivos são essenciais para entender a estrutura do texto e o que o autor quer transmitir, então é sempre bom prestar uma atenção especial a eles!

Percepções inadequadas de enfermidades
silenciosas podem trazer danos
Julio Abramczyk
A percepção inadequada pelos pacientes de uma doença
crônica que atinge de 2% a 4% dos adultos nos Estados
Unidos e no Reino Unido é o tema de editorial da revista The
Lancet Rheumatology deste mês.
O editorial aborda o desafio da doença denominada gota,
inflamação nas articulações causada por depósitos de cristais
de urato produzidos pelo organismo do paciente.
As taxas de prescrição de remédios para manter níveis
normais do ácido úrico no sangue são baixas, assim como a
adesão dos pacientes ao remédio.
A adesão à terapia, principalmente quando a doença parece
inativa, diz o editorial, é influenciada pelo grau de confiança
do doente em seu médico, que deve insistir na manutenção
do tratamento mesmo na ausência de dor.
A crise de gota, desencadeada por dor no local da inflamação,
interfere na ação da articulação e diminui a qualidade
de vida do paciente.
No Brasil, V. Feijó Azevedo e colaboradores da Universidade
Federal do Paraná abordam, na Revista Brasileira de
Reumatologia, a importância da campanha “Sua gota mente”.
Eles afirmam que, apesar do tratamento nas crises dolorosas
com anti-inflamatórios acabar momentaneamente com
a dor, os cristais de urato responsáveis pela dor continuam
presentes. E, a longo prazo, podem provocar tofos e graves
danos nas articulações.
Também assinalam a importância de os médicos contribuírem
para o conhecimento do paciente sobre a doença
para bons resultados a longo prazo.

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