Para responder a questão proposta pela banca MS CONCURSOS, é necessário analisar a veracidade de cada definição dada às figuras de linguagem apresentadas. Vamos verificar cada item:

<ul>
<li style="margin-bottom: 1.5em;">Comparação: A definição está correta. A comparação é uma figura de linguagem que expressa uma semelhança entre dois elementos através de conectivos explícitos como "como", "tal como", etc.</li>

<li style="margin-bottom: 1.5em;">Sinédoque: A definição também está correta. Sinédoque é uma figura de linguagem que utiliza uma parte para representar o todo ou o todo para representar uma parte, além das outras substituições mencionadas.</li>

<li style="margin-bottom: 1.5em;">Antonomásia: A explicação dada está correta. Antonomásia substitui um nome próprio por uma expressão que descreva uma característica notória da pessoa, podendo ser visto como um tipo de "apelido" ou designação baseada em características proeminentes.</li>

<li style="margin-bottom: 1.5em;">Apóstrofe: A afirmação é verdadeira. Apóstrofe é a figura de linguagem onde o locutor se dirige diretamente a alguém ou algo, muitas vezes personificando objetos ou ideias, e pode ser identificada pela análise sintática como um vocativo.</li>

<li style="margin-bottom: 1.5em;">Anástrofe: Esta definição está incorreta. Anástrofe é uma figura de estilo que implica na inversão da ordem natural das palavras em uma frase, e não na atribuição de qualidades de um objeto a outro como descrito.</li>

<li style="margin-bottom: 1.5em;">Hipálage: A descrição também está incorreta. Hipálage é um tipo de deslocamento em que uma característica pertencente a um objeto é atribuída a outro objeto na mesma descrição, não sendo simplesmente uma inversão de palavras vizinhas.</li>
</ul>

Tendo isso em vista, as afirmações corretas conforme as descrições dadas seriam V (Verdadeiro) para Comparação, Sinédoque, Antonomásia, e Apóstrofe, e F (Falso) para Anástrofe e Hipálage, alinhando-se com a alternativa D ) V – V – V – V – F – F, que é a marcada como correta pelo usuário.

A questão compreende temas que dizem respeito à correta identificação das figuras de linguagem. Com base nisso, passemos às alternativas:Em "a": Errado - A hipálage é um recurso utilizado de modo a aumentar a expressividade do sentido de uma mensagem, normalmente com o uso de adjetivos. Exemplo: "percebi o seu silêncio desaprovador". Em "b": Errado - Paronomásia refere-se ao emprego de palavras cujo som e grafia são parecidos, mas cujo sentido é diferente. Como exemplo podemos citar "cavaleiro" e "cavalheiro". Em "c": Certo - Veja que houve a substituição dos povos pelo país. A substituição é caracterizada pelo uso da metonímia. Em "d": Errado - Por meio da antonomásia, usa-se uma característica geral para descrever uma pessoa. Exemplo: "poeta dos escravos" em vez de "Castro Alves". Resposta: Letra C.

A questão compreende temas que dizem respeito à correta identificação das figuras de linguagem. Com base nisso, passemos às alternativas:Em "a": Errado - A apóstrofe cumpre a função de "chamar", "interpelar" um interlocutor. Não é o caso em questão. Em "b": Errado - O anacoluto realiza uma interrupção na estrutura da frase. Nesse caso, o termo não foi interrompido, mas sim oculto mesmo. Veja: "só (estava - termo omitido) este colunista". Em "c": Errado - Pelo contrário: o pleonasmo usa palavras redundantes para reforçar o sentido de uma expressão. Nesse caso o que ocorre é que palavras forma omitidas. Em "d": Certo - Omitiu-se o verbo "estar" em "só este colunista". Por isso, ocorreu o zeugma (omissão de um termo antes apresentado no contexto). Resposta: Letra D.

A questão compreende temas que dizem respeito à correta identificação das figuras de linguagem. Com base nisso, passemos às alternativas:Em "a": Errado - Não houve o recurso da metonímia, pois não temos a substituição de uma palavra por outra de valor semântico equivalente. Exemplo: "Consegui mudar de vida com o meu suor".Em "b": Errado - Como vimos, não houve substituição de um termo por outro. Por isso, também não temos um caso de sinédoque.Em "c": Errado - A catacrese trata-se de uma gíria muito usada em contextos informais. Exemplo: "corpo do texto"; "maçã do rosto". Não é o que acontece no texto I.Em "d": Certo - Utilizou-se a metáfora, pois se fez uma comparação implícita com uma ilha. Utilizamos a metáfora quando fazemos comparações implícitas.Resposta: Letra D.

Analise o texto I e II abaixo para responder a seguinte questão.

TEXTO I

<center><img alt='Imagem questão' src="https://d1obul4n7gbyjy.cloudfront.net/67586859bfe6f94cda0308a4FISCALDETRIBUTOSMUNICIPAISI-FISCALIZAÇÃOTRIBUTÁRIA1420.jpg"></center>

Nomofobia é a moléstia psíquica relacionada ao pavor de ser separado de seu smartphone

 (...) Os smartphones surgiram no fim da década de 1990 e foram adotados em massa na década seguinte. De símbolo de status, transformaram-se rapidamente em bem de consumo obrigatório para todas as idades e estratos sociais.
 Junto às fantasias prometidas pela tecnologia, vieram os efeitos colaterais. No fim de 2016, a American Academy of Pediatrics divulgou um estudo bem amplo sobre os efeitos das mídias digitais (frequentemente difundidas por meio de smartphones) sobre crianças e adolescentes.
 Na longa lista de problemas, velhos conhecidos de pais e mães: efeitos negativos sobre o sono, a atenção e o aprendizado; relação preocupante com a obesidade e a depressão; exposição a conteúdos inadequados; e riscos relacionados à privacidade.
 Em um ensaio de grande repercussão veiculado na revista The Atlantic em 2017, Jean M.
Twenge, professora de psicologia na Universidade Estadual de San Diego, alertou sobre o risco de uma crise mental iminente afetando crianças e adolescentes. (...) 
 Para adultos no mundo do trabalho, os efeitos começam a ser estudados e analisados. A conectividade 24/7 (24 horas por dia, 7 dias por semana) já existia antes dos smartphones, porém foi intensificada com os novos aplicativos de troca de mensagens. A disponibilidade permanente gera ansiedade e estresse ou tecnoestresse, outra invenção da época. (...) 
 No trabalho, percebe-se facilmente o efeito negativo dos aparelhinhos sobre a produtividade.
Faltava, entretanto, comprovação científica. O estudo, conduzido com 262 voluntários, comprova que há relação entre o vício em smartphone e a percepção de perda de produtividade.
 Diversos outros estudos revelam que o uso dos smartphones rouba horas do dia de trabalho.
Seus sinais visuais e sonoros constantes interrompem fluxos de raciocínio e prolongam desnecessariamente o tempo de realização de atividades.
 O uso mal administrado de smartphones ajuda a criar um ambiente de emergência permanente, transforma problemas gerenciáveis em incêndios ameaçadores e faz com que todos se sintam como bombeiros sem equipamentos, frustrados e impotentes, diante de circunstâncias supostamente avassaladoras.
 De forma geral, o entendimento científico sobre os efeitos colaterais dos smartphones ainda está engatinhando. Vários efeitos e fenômenos correlatos precisam ser estudados e compreendidos. (...) 
 Realizar mais estudos científicos é importante para contrapor à propaganda avassaladora dos fabricantes de smartphones, coligados e inocentes úteis da mídia. Não se trata de combater, tal qual luditas, a tecnologia. Os pequenos computadores pessoais constituem avanço importante. É preciso, entretanto, conhecer melhor seus efeitos colaterais e desenvolver antídotos.

	 “[…] pessoas inteligentes usam suas habilidades mentais [...]”.

	 “[...] desde as primeiras flautas de osso, até os novos e brilhantes padrões de tecido de chita [...]”.

	 “[…] a necessidade é a mãe da invenção.” 

	 “Preste atenção nisso, isso é novo”.

	 “Quem ama o tédio, divertido lhe parece.”

A metáfora é uma figura de linguagem em que uma expressão é utilizada para se referir a algo que não é tomado literalmente, mas que sugere uma comparação implícita. Abaixo, farei a análise das alternativas fornecidas com base nesta definição.

- **Alternativa A: “[…] pessoas inteligentes usam suas habilidades mentais [...]”.**
 Esta frase é literal e descreve de forma direta que as pessoas inteligentes utilizam suas capacidades mentais. Não há comparação figurativa.

- **Alternativa B: “[...] desde as primeiras flautas de osso, até os novos e brilhantes padrões de tecido de chita [...]”.**
 Este trecho também é literal, mencionando dois exemplos de avanços ou inovações ao longo do tempo. Não contém elementos de comparação figurativa.

- **Alternativa C: “[…] a necessidade é a mãe da invenção.”**
 Este é um exemplo clássico de metáfora, pois personifica a "necessidade" como "mãe", sugerindo que ela gera a "invenção". A comparação não é direta, mas implícita através da atribuição de características humanas (a maternidade) a um conceito abstrato (a necessidade).

- **Alternativa D: “Preste atenção nisso, isso é novo”.**
 Essa frase é uma instrução direta para enfocar algo inovador ou diferente. Não há uso de linguagem figurativa ou comparação.

- **Alternativa E: “Quem ama o tédio, divertido lhe parece.”**
 Embora interessante, essa frase é mais um exemplo de paradoxo ou ironia, onde uma contradição inherentemente implícita é apresentada (amar o tédio sendo divertido), e não uma metáfora.

Com base nessa análise, confirmo que a alternativa correta é a C, pois "a necessidade é a mãe da invenção" é uma metáfora que personifica a necessidade e sugere que ela dá origem à invenção de forma semelhante a como uma mãe dá à luz e cuida de um filho.

A alternativa correta é C.

Por Pâmela Carbonari 
 Quem ama o tédio, divertido lhe parece. Apesar da diversão ser um conceito tão relativo quanto a beleza, a paródia do ditado é tão verdadeira quanto a de que a necessidade é a mãe da invenção.
 […] 
 O escritor de ciência americano Steven Johnson acredita que o prazer é o motor da inovação. Em seu décimo livro, O poder inovador da diversão: como o prazer e o entretenimento mudaram o mundo, lançado no Brasil pela editora Zahar, ele mostra a importância da música, dos jogos, da mágica, da comida e de outras formas de diversão para chegarmos onde estamos e para que tipo de futuro esses passatempos nos levarão.
 […] 
 Do jogo de dardos veio a estatística. A flauta de osso pode ser a ancestral do computador que você lê este artigo. As caixas de música serviram de inspiração para os teares. Com uma prosa leve e bem-humorada (à prova de hipocrisias), Johnson explica como tecnologias fundamentais para o nosso tempo nasceram e evoluíram de objetos e engrenagens que não tinham outro objetivo senão entreter. [...] 
 Somos naturalmente hedonistas. E, como você diz, a diversão ajudou a moldar a humanidade.
Você acha que o prazer é a chave para a inteligência? 
 Eu não diria que o prazer é “a” chave para a inteligência, mas sim que é um elemento subestimado de inteligência. Em outras palavras, tendemos a supor que pessoas inteligentes usam suas habilidades mentais em busca de problemas sérios que tenham clara utilidade ou recompensa econômica por trás deles. Mas o pensamento inteligente é muitas vezes desencadeado por experiências mais lúdicas, como os nossos ancestrais do Paleolítico que, esculpindo as primeiras flautas de ossos de animais, descobriram como posicionar os buracos para produzir os sons mais interessantes. Essas inovações exigiram uma grande dose de inteligência – dado o estado do conhecimento humano sobre a música e o design de instrumentos há 50 mil anos – mas esse tipo de coisa não era “útil” em nenhum sentido tradicional.
 A história da diversão sempre esteve à margem dos registros históricos mais sérios e práticos, como guerras, poder e igualdade, por exemplo. Você acha que a diversão estava implícita nesses eventos ou foi ignorada pelos historiadores? 
 Acho que tem sido amplamente ignorada pelos historiadores. E quando foi observada e narrada, os relatos históricos foram muito limitados: há histórias sobre moda, jogos ou temperos, mas como narrativas separadas. Olhamos para a longa história da civilização de maneira diferente se contarmos a história do comportamento “lúdico” como uma categoria mais abrangente – esse era meu objetivo ao escrever O poder inovador da diversão. Essa história é muito mais importante que a maioria das pessoas imagina.
 Nesse seu último livro, você diz que os prazeres inúteis da vida geralmente nos dão uma pista sobre futuras mudanças na sociedade. O que podemos prever para o futuro a partir dos nossos prazeres mais comuns agora?
 Provavelmente o melhor exemplo recente foi a mania de Pokémon Go. Eu posso imaginar-nos olhando para trás em 2025, quando muitos de nós estarão usando regularmente dispositivos de realidade aumentada para resolver “problemas sérios” no trabalho, e vamos perceber que a primeira adoção dominante dessa tecnologia veio de pessoas correndo pelas cidades capturando monstros japoneses imaginários em seus telefones.
 Por que a humanidade precisa se divertir? 
 Esta é uma questão verdadeiramente profunda. Algumas coisas que consideramos divertidas (sexo, comida, por exemplo) têm claras explicações evolutivas sobre por que nossos cérebros devem achá-las prazerosas. Mas o tipo de diversão que descrevo em O Poder Inovador da Diversão – o prazer de ver uma boneca robô imitar um humano, ou a diversão de jogar um jogo de tabuleiro – é mais difícil de explicar.
Eu acho que tem a ver com a experiência de novidade e surpresa; uma parte significativa de nossa inteligência vem do nosso interesse em coisas que nos surpreendem desafiando nossas expectativas.
Quando experimentamos essas coisas, temos um pequeno estímulo que diz: “Preste atenção nisso, isso é novo”. E assim, ao longo do tempo, os sistemas culturais se desenvolveram para criar experiências cada vez mais elaboradas para surpreender outros seres humanos: desde as primeiras flautas de osso, até os novos e brilhantes padrões de tecido de chita, todas as formas de Pokémon Go. É uma história antiga; temos muito mais oportunidades e tecnologias para nos surpreender do que nossos ancestrais.

Questões de Português - Figuras de linguagem