E aí, tudo beleza? Vamos destrinchar essa questão que caiu no seu colo sobre a conjugação verbal no português, especificamente com o verbo "lembrar" na forma pronominal – aquele tipo que vem acompanhado de um pronome reflexivo tipo o “me”, sacou? Então bora! 
 
No texto dado, a forma usada é "lembro-me", que está no presente do indicativo na primeira pessoa do singular. A pergunta quer saber como isso ficaria se a gente jogasse para o plural. Agora, prestenção, porque isso é importante: quando a gente muda para o plural, temos que adaptar tanto o verbo quanto o pronome. 
 
Na primeira pessoa do plural (nós), o verbo "lembrar" no presente do indicativo vira "lembramos". Tem que ter em mente, também, que o pronome reflexivo muda de "me" para "nos". Daí, juntamos tudo num pacotinho só e temos "lembramo-nos". 
 
Hora de dar uma olhada nas alternativas: 
<ul> 
<li>A) lembremos-nos;</li> 
<li>B) lembramos-nos;</li> 
<li>C) lembro-nos;</li> 
<li>D) lembramo-nos;</li> 
<li>E) lembremo-nos.</li> 
</ul> 
 
Reparou que a alternativa D, "lembramo-nos", encaixa perfeitamente? É isso aí! Um detalhe crucial, porém, pra não rodar na prova: na real, quando falamos, juntamos o pronome com o verbo e dizemos "lembramo-nos", mas cuidado para não errar em prova quando a forma mais tradicional e correta seria "**lembramos-nos**". Às vezes, a prova pega a gente nesse "lapse" entre o falado e escrito, tá ligado? 
 
Concluindo, para não perder o fio da meada, segura essa: a alternativa correta é D. Curtiu? Qualquer dúvida, tamos aí!

Teresinha Saraiva 
Nasci e vivi minha infância numa família constituída por três 
gerações, vivendo sob o mesmo teto, harmoniosa e 
amorosamente: meus avós, meus pais, meus tios casados, 
minhas tias solteiras e nós, os oito netos. Éramos 20 pessoas. Os 
homens trabalhavam e as mulheres dedicavam-se à gerência da 
casa e à educação das crianças. Na minha família só havia, 
inicialmente, uma mulher que trabalhava fora, minha mãe, que 
era professora. Muitos anos depois, três de minhas tias solteiras 
foram trabalhar fora. 
Lembro-me até hoje, embora muitas décadas tenham se passado, 
da enorme sala de jantar, com uma grande mesa retangular onde 
se sentavam 12 adultos, para as refeições e para as prolongadas 
conversas, e uma mesa oval, onde se sentavam as oito crianças e 
adolescentes – os netos. 
Vivi uma infância tranquila numa família nuclear unida. 
Minha adolescência e juventude já foi passada numa família 
constituída por meus pais, ambos trabalhando e contribuindo 
para o sustento da família, meu irmão e eu. 
Todos os domingos nos reuníamos à família inicial, na enorme 
casa da Rua do Bispo, hoje integrando o espaço físico ocupado 
pela Universidade Estácio de Sá, em inesquecíveis almoços e 
ceias. 
A família brasileira mudou.

Hey! Vamos desvendar essa questão de português, que é sobre a utilização da voz passiva pronominal! O ponto central da questão é identificar em qual frase o verbo também poderia estar no plural, tendo em vista a natureza unipessoal (que normalmente concorda com a terceira pessoa do singular, sem um sujeito claro) ou como auxiliar. 
 
Aqui está o porquê da alternativa E ser a correta: 
 
 
A) "Tentou-se chegar em primeiro lugar." O verbo "tentar" é pessoal e não pode ser considerado unipessoal ou usado como auxiliar numa estrutura onde varia com o número de um sujeito inexistente. 
 
 
 
B) "Procurou-se acompanhar as pesquisas." Assim como no caso anterior, o verbo "procurar" é pessoal, e a estrutura não sugere variabilidade como unipessoal ou auxiliar. 
 
 
 
C) "Permitiu-se fazer a invasão do terreno." O verbo "permitir" também é pessoal, e o modo como está usado aqui não abre possibilidade para ser entendido como unipessoal ou variar no plural como um auxiliar. 
 
 
 
D) "Pretende-se procurar os responsáveis." Novamente, ambos os verbos "pretender" e "procurar" são pessoais e suas utilizações não indicam a possibilidade de serem unipessoais ou auxiliares que concordam em número com um sujeito oculto. 
 
 
 
E) "Pode-se realizar as provas." Aqui está o pulo do gato! O verbo "poder" pode, sim, funcionar de forma unipessoal ou como auxiliar em construções com sujeito oracional. A forma "pode-se" implica que o verbo pode variar para "podem-se" quando influenciado pelo objeto pronominal reflexivo que funciona como sujeito paciente da ação. 
 
 
A alternativa correta é E.

E aí, vamos entender essa questão que fala sobre pluralizações nada triviais no português? A pergunta pede para identificarmos qual opção apresenta uma forma de plural equivocada. 
 
Para acertar essa, é importante entender que a formação do plural de palavras terminadas em -ão pode seguir três padrões principais: -ões, -ãos, ou -ães. A escolha entre eles depende, muitas vezes, da tradição da língua e precisa ser decorada apenas. 
 
<ul> 
 <li>A) Ancião: anciões, anciães. Ambas as formas estão corretas e são aceitas em português. Anciões e anciães são plurais válidos para ancião.</li> 
 <li>B) Escrivão: escrivãos, escrivães. Aqui está o erro. O plural correto de 'escrivão' é 'escrivães'. 'Escrivãos' não é aceito.</li> 
 <li>C) Aldeão: aldeões, aldeãos. Aldeões é a forma mais comum e correta, aldeãos também é aceito embora menos usado.</li> 
 <li>D) Anão: anãos, anões. Aqui também, ambas as formas estão corretas. Anões é o mais comum, mas anãos também é aceito.</li> 
 <li>E) Vulcão: vulcãos, vulcões. O plural comum e corretamente utilizado é 'vulcões', mas 'vulcãos' também é aceito.</li> 
</ul> 
 
O lance aqui é que a opção B nos deu 'escrivãos' como um plural aceitável, mas essa forma realmente não é usada na língua portuguesa. A forma correta e consagrada para o plural de 'escrivão' é apenas 'escrivães'. 
 
A alternativa correta é a letra B.

Comentário: numerando as lacunas conforme a ocorrência, temos:LACUNA 1) é preenchida corretamente com a forma "há", pois o verbo "haver", ao indicar de tempo passado/transcorrido, é impessoal, portanto, deve conservar-se invariável.LACUNA 2) poderia ser preenchida com as duas formas pronominais, "você" ou "tu". A opção pela forma "você", cuja concordância sempre será com a terceira pessoa (embora seja forma de segunda pessoa), devido ao verbo "envelhecer", apresentado em forma de terceira pessoa.LACUNA 3) é preenchida com a forma pronominal "me", de primeira pessoa do singular. Resposta: Letra A.

 lugar-comum, havendo somente a flexão na palavra que acompanha a expressão.

Ah, essa questão de flexão nominal tem suas peculiaridades e é bem típica em concursos. Vamos focar em como formamos o plural de locuções compostas, como é o caso de "lugar-comum". A forma correta de pluralização mantém a palavra "lugar" no singlar enquanto que "comum" vai para o plural, formando "lugares-comuns".

 

Isso acontece porque em muitas expressões compostas por mais de uma palavra, apenas uma delas vai para o plural, geralmente a mais significativa para a composição do sentido. No caso de "lugar-comum", a palavra "comum" funciona como adjetivo, qualificando o substantivo "lugar". Quando colocamos no plural, os adjetivos nessas expressões são os primeiros a mudar, deixando o substantivo em sua forma original. Isso mantém o entendimento de que várias instâncias daquele substantivo partilham a mesma característica.

 

Observar essas regrinhas pode parecer um negócio de louco, mas elas são essenciais para não cairmos em armadilhas no uso do nosso riquíssimo português em provas e no dia a dia. Pontos como esses também ajudam a mostrar que mesmo palavras que parecem simples têm seus segredos na língua!

 

A alternativa correta é A.

Paulo Mendes Campos
 Agora, que chegaste à idade avançada de 15 anos, Maria da Graça, eu te dou este livro: Alice no País das Maravilhas.
 Este livro é doido, Maria. Isto é: o sentido dele está em ti.
 Escuta: se não descobrires um sentido na loucura, acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler este livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucas. Aprende isso a teu modo, pois te dou apenas umas poucas chaves entre milhares que abrem as portas da realidade.
 A realidade, Maria, é louca.
 Nem o Papa, ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice faz à gatinha: "Fala a verdade Dinah, já comeste um morcego?"
 Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. "Quem sou eu no mundo?" Essa indagação perplexa é lugar-comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.
 A sozinhez (esquece essa palavra que inventei agora sem querer) é inevitável. Foi o que Alice falou no fundo do poço: "Estou tão cansada de estar aqui sozinha!" O importante é que ela conseguiu sair de lá, abrindo a porta. A porta do poço! Só as criaturas humanas (nem mesmo os grandes macacos e os cães amestrados) conseguem abrir uma porta bem fechada ou viceversa, isto é, fechar uma porta bem aberta.
 Somos todos tão bobos, Maria. Praticamos uma ação trivial, e temos a presunção petulante de esperar dela grandes consequências. Quando Alice comeu o bolo e não cresceu de tamanho, ficou no maior dos espantos. Apesar de ser isso o que acontece, geralmente, às pessoas que comem bolo.
 Maria, há uma sabedoria social ou de bolso; nem
toda sabedoria tem de ser grave.
 A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia, pois viver é falar de corda em casa de enforcado. Por isso te digo, para tua sabedoria de bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à Alice: "Gostarias de gato se fosses eu?"
 Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, nacional e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até irmãos, até marido e mulher, até namorados, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingindo que não é, tão ridículas muitas vezes, por caminhos tão escondidos, que, quando os atletas chegam exaustos a um ponto, costumam perguntar: "A corrida terminou! Mas quem ganhou?" É bobice, Maria da Graça, disputar uma corrida se a gente não irá saber quem venceu. Se tiveres de ir a algum lugar, não te preocupe a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar. Se chegares sempre onde quiseres, ganhaste. [...]

Questões de Português - Flexão verbal e nominal - Superior - Múltipla escolha