Olá! Vamos destrinchar essa questão de Flexão verbal e nominal, preparado? 🌊

A frase em análise é: "As casas na praia _____ todas __________ por ondas enormes." Precisamos encontrar a concordância correta dos verbos e adjetivos com o sujeito da frase, que no caso são “As casas”. Como estamos tratando de mais de uma casa, o verbo precisa estar no plural e o particípio também precisa concordar em gênero (feminino) e número (plural) com “casas”. 

 

Então, vamos analisar as alternativas:
<ul>
 <li>A) foi, destruídos. (O verbo "foi" está no singular e "destruídos" no masculino plural, não concorda com o sujeito plural e feminino. Errada!)</li>
 <li>B) foram, destruídas. (O verbo "foram" está no plural, concordando com "casas", e "destruídas" está no feminino plural, perfeita concordância.)</li>
 <li>C) foi, destruída. (Mesmo caso da A, com "foi" no singular não concorda com o sujeito. Errada!)</li>
 <li>D) foram, destruído. (Aqui o verbo está corretamente no plural, mas "destruído" falha em concordar em gênero com "casas". Errada!)</li>
</ul>

 

Nosso palpite certeiro é a alternativa B, que ajusta direitinho o verbo e o particípio ao plural e ao feminino, de acordo com o sujeito da frase. Portanto, a alternativa correta é B.

Analisaremos como ocorre a flexão no plural dos compostos no português para identificar a alternativa que condiz com o padrão apresentado por "recém-chegado".
 
O substantivo "recém-chegado" forma seu plural em "recém-chegados", onde apenas o último elemento do composto é flexionado. Isso ocorre geralmente quando o primeiro elemento é um elemento fixo, como um advérbio ou uma preposição.
 
Observaremos agora como cada alternativa flexiona no plural:
<ul>
<li>A) guarda-noturno e guarda-roupa: 
Ambos pluralizam de modo semelhante a "recém-chegado": "guardas-noturnos" e "guardas-roupa" (somente o primeiro elemento é pluralizado em "guarda-roupa").</li>
<li>B) bem-estar e abaixo-assinado: 
Estes plurais são "bem-estares" e "abaixo-assinados", respectivamente, onde apenas o último elemento é flexionado, exatamente como em "recém-chegado".</li>
<li>C) bem-te-vi e flor-de-lis: 
Estes se pluralizam como "bem-te-vis" e "flores-de-lis", onde ambos componentes ou apenas o último são flexionados, não consistente com "recém-chegado".</li>
<li>D) bem-vindo e meio-dia: 
Formam os plurais "bem-vindos" e "meios-dia", onde apenas o último é flexionado, condizente com a regra de "recém-chegado".</li>
<li>E) reco-reco e pé-de-cabra: 
Pluralizam como "recos-recos" e "pés-de-cabra", onde todos os elementos são flexionados, diferente de "recém-chegado".</li>
</ul>
 
A alternativa correta é a letra B, que apresenta os compostos "bem-estar" e "abaixo-assinado", ambos pluralizados seguindo a mesma regra observada em "recém-chegado": somente o último elemento do composto é flexionado.
 
Gabarito: Letra B

“O Plantador de Abóboras”, de Luís Cardoso, é a primeira obra de um autor oriundo do Timor Leste a receber o prêmio Oceanos, embora ele viva em Portugal há tempos.
 Em linhas gerais, o romance esboça a história daquele país a partir das memórias de uma mulher vestida de noiva que imagina conversar com um recém-chegado, que lhe toma as mãos e lhe pede, misteriosamente, para “semear abóboras”.
 (...) 
 Em síntese, diria que “O Plantador de Abóboras” opera de modo a substituir a história pela memória; a ideologia pela mitologia; a ação narrativa pela intertextualidade simbólica.
Tudo isso compõe o noivado que está prometido no romance.
 É, pois, um tipo de obra que evoca o passado e, ao mesmo tempo, tem pressa em deixá-lo para trás com as suas invasões estrangeiras, massacres e lutas sectárias. Arrisca-se, porém, a produzir uma folclorização da história em construção do Timor Leste, muito aquém da grandeza trágica do país.

Senhor advogado, quando vir o monstro que criei, diga que quero receber meus direitos.

Sou eu quem media o embate entre Dr. Frankenstein e seu monstro, disse o advogado.

Dr. Frankenstein achava que se ele se mantesse quieto seria prejudicado pelo monstro.

Assim que tomou consciência do sucesso do monstro, Dr. Frankenstein logo interviu.

Dr. Victor Frankenstein não preveu que o monstro que tinha criado faria tanto sucesso.

Vamos analisar cada uma das alternativas em detalhe, considerando a correta disposição e conjugação das formas verbais, conforme a norma-padrão.

 

Alternativa A) "Senhor advogado, quando vir o monstro que criei, diga que quero receber meus direitos." — O verbo destacado "vir" está conjugado na terceira pessoa do singular do futuro do subjuntivo. A conjugação é adequada, pois refere-se a uma ação futura e hipotética, correlata ao momento em que o advogado ver o monstro.

 

Alternativa B) "Sou eu quem media o embate entre Dr. Frankenstein e seu monstro, disse o advogado." — O verbo "media" deve ser flexionado como "media" ou "mediava", indicando ação no passado. A forma "media" está correta, assumindo uma leitura em que representa a terceira pessoa do singular do pretérito imperfeito do indicativo.

 

Alternativa C) "Dr. Frankenstein achava que se ele se mantesse quieto seria prejudicado pelo monstro." — O verbo "mantesse" está corretamente conjugado na terceira pessoa do singular do pretérito imperfeito do subjuntivo, indicando uma condição hipotética no passado.

 

Alternativa D) "Assim que tomou consciência do sucesso do monstro, Dr. Frankenstein logo interviu." — O verbo "interviu" deveria ser conjugado como "interviu", termo que não existe. A conjugação correta do verbo "intervir" neste contexto seria "intervinha" ou "interveio", dependentemente do contexto temporal.

 

Alternativa E) "Dr. Victor Frankenstein não preveu que o monstro que tinha criado faria tanto sucesso." — O verbo "preveu" está corretamente conjugado na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo, referindo-se a uma ação concluída no passado.

 

Gabarito: Letra A

    O Dr. Victor Frankenstein finalmente procurou um advogado. Que o recebeu com surpresa, e depois se desculpou: 
    – É que eu vi o nome “Frankenstein” na minha agenda e pensei...
    – Que eu era o monstro, não é? Todo mundo se engana.
Frankenstein sou eu, não o monstro que eu criei. Ele não tem nome, mas se apresenta como “Frankenstein”, e está fazendo uma carreira artística de sucesso, ganhando muito dinheiro. Com o meu nome! É sobre isso que vim consultá-lo.
    – O senhor quer que...
    – Que ele pare de usar o nome “Frankenstein”. E me pague por ter usado o nome sem a minha permissão, todos esses anos. Quero meus direitos de criador! Fui eu que juntei e costurei as partes do seu corpo, fui eu que dei vida ao monstro. Tudo sem receber um tostão! Ou, ao menos, um “muito obrigado”.
    – Vamos ver o que se pode fazer – disse o advogado.


 No Brasil há muitas cidades com esse nome.

 O fenômeno também ocorre em outras cidades do interior.

 O autor quis dar ênfase ao nome de sua cidade

Vamos analisar as alternativas uma a uma, com base no trecho e no contexto do enunciado:

A) No Brasil há muitas cidades com esse nome. 
Essa alternativa está incorreta porque o texto não menciona a existência de múltiplas cidades com o mesmo nome em diferentes locais do Brasil. A referência a "Cachoeiros de Itapemirim" está no plural, mas não indica a existência de várias cidades com este nome. 

B) Houve erro de concordância. 
Não há um erro de concordância propriamente dito, pois o uso do plural "Cachoeiros" não está relacionado a erro gramatical, mas sim a uma escolha estilística do autor para enfatizar e generalizar o fenômeno descrito. 

C) O fenômeno também ocorre em outras cidades do interior. 
Esta alternativa é a correta. Ao usar "Cachoeiros de Itapemirim" no plural, o autor sugere que o fenômeno discutido no texto (a televisão influenciando o estilo de vida das pessoas) ocorre não apenas na cidade especificamente mencionada, mas em múltiplos locais similares, ou seja, em outras cidades do interior similares a Cachoeiro de Itapemirim. A forma plural do nome ajuda a generalizar o fenômeno para além de uma localidade específica. 

D) O autor quis dar ênfase ao nome de sua cidade. 
Embora o uso do plural possa parecer uma forma de dar ênfase, essa não é a justificativa mais precisa quanto ao propósito textual. A ênfase aqui está mais na generalização do fenômeno do que no nome da cidade em si. 

Gabarito: Letra C

Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida. Sete horas da noite era hora de uma pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar a sessão das oito no cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra novela.
 O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Cachoeiro F.C. com o Estrela F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um Internacional x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim? 
 Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo confesso que lia mais quando não tinha televisão.
 Rádio, a gente pode ouvir baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e com tudo mais nesta vida, inclusive a boa conversa, até o making love.
 Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer. Por exemplo: quebrar o braço.
 Só não acredito que televisão seja “máquina de amansar doido”. Até acho que é o contrário; ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido, acalmar, fazer doido dormir.
 Quando você cita um inconveniente da televisão, uma boa observação que se pode fazer é que não existe nenhum aparelho de TV, a cores ou em preto e branco, sem um botão para desligar. Mas quando um pai de família o utiliza, isso pode produzir o ódio e o rancor no peito das crianças e até de outros adultos.
 Quando o apartamento é pequeno, a família é grande e a TV é só uma – então sua tendência é para ser um fator de rixas intestinais.
 - Agora você se agarra nessa porcaria de futebol...
 - Mas você não tem vergonha de acompanhar essa besteira de novela? 
 - Não sou eu não, são as crianças! 
 - Crianças, para a cama! 
 Mas muito lhe será perdoado à TV pela sua ajuda aos doentes, aos velhos, aos solitários. Na grande cidade – num apartamentinho de quarto e sala, num casebre de subúrbio, numa orgulhosa mansão – a criatura solitária tem nela a grande distração, o grande consolo, a grande companhia. Ela instala dentro de sua toca humilde o tumulto e o frêmito de mil vidas, a emoção, o “suspense”, a fascinação dos dramas do mundo.
 A corujinha da madrugada não é apenas a companheira de gente importante, é a grande amiga da pessoa desimportante e só, da mulher velha, do homem doente... É a amiga dos entrevados, dos abandonados, dos que a vida esqueceu para um canto... ou dos que estão parados, paralisados, no estupor de alguma desgraça...ou que no meio da noite sofrem o assalto das dúvidas e melancolias... mãe que espera filho, mulher que espera marido...homem arrasado que espera que a noite passe, que a noite passe...

 Alguns moradores do bairro não interviram no assunto em pauta na reunião da associação; 

 É claro que ele reviu o contrato antes de assiná-lo; 

 O rapaz reouve todos os documentos perdidos; 

 A polícia mandou os moradores evacuarem a área; 

 Os Promotores de Justiça do interior se deslocaram até a Capital para participar do curso sobre o crime organizado.

Para resolver esta questão, é necessário analisar cada alternativa sob a perspectiva da correta flexão verbal, identificando qual delas apresenta um erro em relação às regras de conjugação dos verbos na língua portuguesa.

Alternativa A: "Alguns moradores do bairro não interviram no assunto em pauta na reunião da associação;" 
O verbo "intervir" é derivado de "vir" e segue a mesma conjugação. No passado, o correto para a terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo é "intervieram" e não "interviram". Portanto, há um erro de flexão verbal nesta alternativa.

Alternativa B: "É claro que ele reviu o contrato antes de assiná-lo;" 
O verbo "rever" está corretamente conjugado no pretérito perfeito do indicativo na terceira pessoa do singular. "Reviu" é a forma correta.

Alternativa C: "O rapaz reouve todos os documentos perdidos;" 
O verbo "reaver", apesar de derivar de "haver", tem uma conjugação irregular e tende a seguir o modelo de "haver". No entanto, no pretérito perfeito do indicativo, deveria ser "reouve" e não "reouve". Portanto, esta alternativa está tecnicamente correta em relação à conjugação tradicionalmente aceita.

Alternativa D: "A polícia mandou os moradores evacuarem a área;" 
Aqui, o uso do infinitivo flexionado "evacuarem" está correto. Este uso é apropriado após verbos que expressam ordem ou pedido, seguindo as regras da norma culta.

Alternativa E: "Os Promotores de Justiça do interior se deslocaram até a Capital para participar do curso sobre o crime organizado." 
O verbo "deslocar" está corretamente conjugado na terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo, que é "deslocaram".

Gabarito: Letra A

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