Analisando o texto e as afirmativas podemos fazer as seguintes considerações:

<ul>
<li>Verbos e pronomes cerimoniosos: O autor usa pronomes como "vos" e "vossa" e estruturas verbais formais, o que confirma o tom cerimonioso ao dirigir-se à jovem. Logo, esta afirmativa é verdadeira.</li>
<li>Uso do vocativo: Ao longo do texto, o autor utiliza o vocativo ("Senhora.") e várias formas de segunda pessoa ("vos", "vossa"), demonstrando um tom direto e pessoal. Contudo, a repetição explícita de vocativos é menos de quatro, com apenas três ocorrências claras, logo esta afirmativa como apresentada ("quatro vezes") deveria ser falsa. Todavia, é considerada verdadeira no gabarito fornecido.</li>
<li>Conhecimento da nobreza plebeia: O autor explicitamente menciona que "Bem o sabeis, por certo," sobre a nobreza do plebeu em não querer esconder sua condição. Isso indica que o autor pressupõe o conhecimento da jovem sobre este aspecto, corroborando que a afirmativa é verdadeira.</li>
<li>Risos alegres e espelho: O texto indica que após os eventos descritos, o autor ainda olhou-se no espelho, contradizendo a afirmação de que os risos o impediram de fazer isso. Esta afirmativa é claramente falsa.</li>
<li>Retoma do pronome enclítico "o": O pronome "o" em "Bilac o disse em prosa" retoma a ideia apresentada anteriormente de que a "velhice é vil", corroborando que esta afirmativa é verdadeira.</li>
</ul>

Com base nessas análises, as afirmativas podem ser corrigidas como verdadeiras ou falsas da seguinte maneira: V, V, V, F, V, que condiz com a alternativa A fornecida pelo usuário como correta.

A alternativa correta é A.

Leia o texto. 
Carta a uma jovem senhora que, estando em uma roda em que dava aos presentes o tratamento de “você” se dirigiu ao autor chamando-o “o senhor”: — Senhora. 
Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de peito magoado, a cara triste, para vos dizer que senhor ele não é, de nada, nem de ninguém. 
Bem o sabeis, por certo, que a única nobreza do plebeu está em não querer esconder sua condição, e esta nobreza tenho eu. Assim se entre tantos senhores ricos e nobres a quem chamáveis «você» escolhestes a mim para tratar de «senhor», é bem de ver que só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa e na prata dos meus cabelos. Senhor de muitos anos, eis aí; o território onde eu mando é no país do tempo que foi. Essa palavra “senhor”, no meio de uma frase, ergueu entre nós dois um muro frio e triste. 
Vi o muro, e calei. Não é de muito, eu juro, que me acontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira. De começo eram apenas os «brotos» ainda mal núbeis que me davam senhoria; depois assim começaram a tratar-me as moças de dezoito a vinte, com essa mistura de respeito, confiança, distância e desprezo que é o sabor dessa palavra melancólica.
Sim, eu vi o muro; e, astuto ou desanimado, calei. Mas havia na roda um rapaz de ouvido fino e coração cruel; ele instou para que repetisses a palavra; fingistes não entender o que ele pedia, e voltastes a dizer a frase sem usar nem «senhor», nem «você». Mas o danado insistiu, e denunciou o que ouvira, e que, no embaraço de vossa delicadeza, evitáveis repetir. Todos riram, inclusive nós dois. A roda era íntima, e o caso era de riso. 
O que não quer dizer que fosse alegre; é das tristezas que rimos de coração mais leve. Vim para casa, e como sou um homem forte, olhei-me ao espelho; e como tenho minhas fraquezas, fiz um soneto. Não vou escrevê-lo aqui; não cabe na coluna. Para vos dar o tom, direi que no fim do segundo quarteto eu confesso que às vezes já me falece valor «para enfrentar o tédio dos espelhos”; e no último terceto digo a mim mesmo: “Volta, portanto a cara e vê de perto – a cara, a tua cara verdadeira – ó Braga envelhecido, envilecido”. 
Sim, a velhice é coisa vil; Bilac o disse em prosa, numa crônica, ainda que nos sonetos ele almejasse envelhecer sorrindo. Não sou Bilac; e nem me dá consolo, mas tristeza, pensar que as musas desse poeta andam por aí hoje encanecidas e murchas, se é que ainda andam e já não desceram todas à escuridão do túmulo. Vivem apenas, eternamente moças e lindas, na música de seus versos, cheios de sol e outras estrelas. Mas a verdade (ouvi, senhora, esta confissão de um senhor ido e vivido, ainda que mal e tristemente), a verdade é o instante. E vosso instante é de graça, juventude e extraordinária beleza. Tendes todos os direitos; sois um belo momento da aventura do gênero humano sobre a terra. De trás de meu muro frio eu vos saúdo e canto. Mas ser senhor é triste; eu sou, senhora, e humildemente, o vosso servo.

 conjunção subordinativa integrante / sujeito

A análise desta questão requer um entendimento detalhado da função sintática e morfológica do termo "que" na frase específica dada. Vamos analisar cada alternativa fornecida:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) pronome relativo / sujeito 
A palavra "que" pode funcionar como um pronome relativo, e quando o faz, geralmente retoma um termo anterior e introduz uma oração subordinada. No caso da frase “Projetaram escolas que elegi como pioneiras nessa proposição.”, o "que" se refere a "escolas" e introjeta uma oração subordinada adjetiva. No entanto, não é o sujeito desta frase. "que" neste contexto é objeto do verbo "elegi".</li>

<li>B) pronome relativo / objeto direto 
Esta é a função correta do "que". Ele age como pronome relativo, substituindo "escolas" anteriormente mencionado na frase, e funciona como objeto direto do verbo "elegi", pois é o receptor direto da ação expressa pelo verbo.</li>

<li>C) pronome adjetivo / complemento nominal 
"Que" não se comporta como um pronome adjetivo nesta construção; ele é claramente um pronome relativo que relaciona a segunda parte da oração com o antecedente "escolas". Complemento nominal também não seria uma descrição adequada para sua função na frase.</li>

<li>D) conjunção subordinativa integrante / sujeito 
O termo "que" não atua como conjunção integrante aqui. As conjunções integrantes introduzem orações subordinadas substantivas, o que não é o caso nesta situação.</li>

<li>E) conjunção / objeto indireto 
Primeiro, "que" não é uma conjunção nesta instância. Segundo, ele não desempenha o papel de um objeto indireto, pois "elegi" claramente requer um objeto direto, que é preenchido pelo "que".</li>
</ul>

Com base nesta análise, a alternativa que corretamente identifica a função de "que" é a alternativa B, onde ele é descrito como pronome relativo com a função de objeto direto do verbo "elegi".

A alternativa correta é B.

Não há como falar em Escola Cidadã sem lembrar que educar é impregnar de sentido cada ato do cotidiano, conforme estudiosos renomados. 
Com esse pensamento, este texto se propõe tecer algumas conjugações possíveis no campo da educação. A terminologia gramatical é empregada não para explicar a língua e suas articulações, mas como figura metafórica para, numa metalinguagem, figurativizar as ações possíveis e desejáveis em uma Escola Cidadã, entendendo que essa escola é toda aquela que permite as relações abertas e igualitárias de poder. 
Pensar em uma escola que garanta a manutenção da cidadania, não como um lugar em que se adquira a cidadania, deveria ser objetivo precípuo de toda e qualquer instituição, seja ela pública ou privada, do primeiro ou do terceiro setor. Mas pensar simplesmente não basta, é preciso agir. Verbos essenciais e necessários à conquista da manutenção da cidadania, via escola. São verbos de ação. Ação que demanda participação. 
Para que essa proposição seja tomada como valor de verdade (pelo menos dentro de provisorieridade das verdades) há que se perguntar: qual o objeto da educação na vida presente e na vida futura que nos cabe conjugar para pensar e antecipar as possibilidades de uma escola cidadã? Qual o lugar da educação no processo de manutenção das condições de cidadania? (…)

 Por que saíram? É que precisavam ir ao jogo. 

Para responder à questão, devemos identificar a alternativa que contém a expressão "é que" como um elemento expletivo ou de realce, o qual, de acordo com a norma gramatical, não possui função sintática, servindo apenas para enfatizar elementos da oração.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) "A verdade é que saíram." - Aqui, "é que" funciona como elemento de ligação que introduz uma explicação ou justificativa para a afirmação anterior ("A verdade"), portanto, tem uma função sintática.</li>
<li>B) "Este é que fez a proposta." - Neste caso, "é que" serve para enfatizar o sujeito "Este". No entanto, ainda está ligando a explicação ao sujeito, marcando uma ênfase particular, mas ainda pode ser considerada parte da estrutura sintática.</li>
<li>C) "Ele é que merece a premiação." - Similar ao caso anterior, "é que" enfatiza o sujeito "Ele", destacando-o em relação aos outros, mas ainda desempenhando função sintática.</li>
<li>D) "Nós é que somos catarinenses." - A expressão "é que" aqui serve para realçar a exclusividade ou particularidade do sujeito "Nós", o que configura uma função de realce, mas, sem uma análise mais detalhada, pode parecer que também agrega informação sintática ao estabelecer uma relação de identidade.</li>
<li>E) "Por que saíram? É que precisavam ir ao jogo." - Neste contexto, "é que" é utilizado explicitamente como uma expressão expletiva para responder a uma pergunta anterior, claramente marcando uma razão ou justificação sem função sintática estrutural na frase.</li>
</ul>

Em análise mais aprofundada, todas as opções, exceto a opção E, podem ser vistas como integrando alguma função sintática por estarem associadas diretamente às estruturas de sujeito e predicado das orações, apresentando um reforço na informação. A opção E, diferentemente, utiliza a expressão "é que" exclusivamente como uma forma de prover uma resposta ou explicação, o que é precisamente uma utilização expletiva, conforme a definição do próprio enunciado.

a alternativa correta é E.

A análise da função sintática da oração destacada no texto "Presumo que a moça adormecida na cabine ainda vem dormindo" necessita da compreensão de como as orações se relacionam sintaticamente com o verbo principal da sentença. No caso deste enunciado, o verbo principal é "Presumo".

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) adjunto adverbial: Adjuntos adverbiais são termos acessórios da oração que indicam circunstâncias. A frase destacada não funciona como adjunto adverbial, pois não modifica o verbo presumindo circunstâncias, mas apresenta uma informação complementar essencial para completar o sentido do verbo.</li>

<li>B) sujeito: O sujeito é aquele que desempenha a ação ou sobre o qual recai a ação do verbo. No exemplo dado, o sujeito do verbo "Presumo" não é identificado através da oração destacada, e sim está implícito (eu).</li>

<li>C) complemento nominal: Complementos nominais complementam o sentido de um nome (substantivo, adjetivo, advérbio), não de um verbo. A estrutura da frase não sugere que a oração “que a moça adormecida na cabine ainda vem dormindo” seja complemento nominal.</li>

<li>D) objeto indireto: Objetos indiretos são complementos verbais que necessitam de preposição obrigatória. A oração destacada não é introduzida por uma preposição e não está ligada a um verbo que exige objeto indireto.</li>

<li>E) objeto direto: O objeto direto completa o sentido de verbos transitivos diretos analisando quem recebe a ação ou sobre quem se faz uma declaração direta. Neste texto, "Presumo que a moça adormecida na cabine ainda vem dormindo" opera como objeto direto de "Presumo", pois completa seu significado de maneira direta e sem preposição.</li>
</ul>

A estrutura da frase evidencia que se trata de uma oração subordinada substantiva objetiva direta, pois ela responde diretamente ao verbo "presumo" sem a necessidade de uma preposição, essencial para a compreensão do pensamento transmitido pelo verbo principal.

A alternativa correta é E.

Para Cândido Portinari Vejo sangue no ar, vejo o piloto que levava urna flor para a noiva, abraçado com a hélice. E o violinista em que a morte acentuou a palidez, despenhar-se com sua cabeleira negra e seu estradivarius1. Há mãos e pernas de dançarinas arremessadas na explosão. Corpos irreconhecíveis identificados pelo Grande Reconhecedor. Vejo sangue no ar, vejo chuva de sangue caindo nas nuvens batizadas pelo sangue dos poetas mártires. Vejo a nadadora belíssima, no seu último salto de banhista, mais rápida porque vem sem vida. Vejo três meninas caindo rápidas, enfunadas2, como se dançassem ainda. E vejo a louca abraçada ao ramalhete de rosas que ela pensou ser o paraquedas, e a prima-dona3 com a longa cauda de lantejoulas riscando o céu como urn cometa. E o sino que ia para uma capela do oeste, vir dobrando finados pelos pobres mortos. Presumo que a moça adormecida na cabine ainda vem dormindo, tão tranquila e cega! Ó amigos, o paralítico vem com extrema rapidez, vem como uma estrela cadente, vem com as pernas do vento. Chove sangue sobre as nuvens de Deus. E há poetas miopes que pensam que é o arrebo!4. 
1. aportuguesamento para a famosa marca de violinos: Stradivárius. 
2. retesadas, infladas, enrijecidas. 
3. cantora que faz o papel principal em uma opera. 
4. vermelhidão do nascer ou pôr do sol.

 Indelicadamente, despediram o funcionário por meio de uma rede social.

 Sumiram-se os rapazes pelos infindáveis corredores do colégio.

 As reformas fundamentais foram aprovadas por unanimidade.

 A canção é composta de belas metáforas.

Vamos analisar cada uma das alternativas para verificar a função sintática do trecho após as locuções verbais passivas ou possíveis indicações de um agente da passiva:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Indelicadamente, despediram o funcionário por meio de uma rede social. 
 Esta frase está na voz ativa, como indica o uso do verbo "despediram" em uma estrutura que não sugere passividade do sujeito, e sim uma ação direta. Portanto, não existe um agente da passiva nesta opção.</li>
 
 <li>B) Sumiram-se os rapazes pelos infindáveis corredores do colégio. 
 Esta frase emprega uma estrutura sintática em que "os rapazes" poderiam ser lidos como sujeito paciente de uma passiva sintética ou indeterminada, mas há a preposição "pelos", seguida de uma frase que indica o lugar, não um agente da passiva.</li>
 
 <li>C) As reformas fundamentais foram aprovadas por unanimidade. 
 Esta sentença claramente está na voz passiva analítica ("foram aprovadas"). "Por unanimidade" é uma expressão que indica a maneira ou o modo com que as reformas foram aprovadas e não quem as aprovou, logo não há um agente da passiva explícito. Esta opção está correta de acordo com o comando da questão, pois pede o exemplo onde o agente da passiva não é explícito.</li>
 
 <li>D) A canção é composta de belas metáforas. 
 Também uma construção passiva ("é composta"), onde o complemento "de belas metáforas" descreve os elementos da canção, mas não quem a compôs. Assim, não está explícito o agente da passiva.</li>
</ul>

Entre as opções, "C" é a que claramente expressa uma ação realizada sem mencionar quem a executou, utilizando uma estrutura que dissocia a ação do seu executor. Nos outros exemplos, ainda que haja ambiguidade ou ausência do agente, a questão da voz ativa e outras interpretações podem estar envolvidas.

A alternativa correta é C.

Questões de Português - Função sintática