uma riqueza que só os mais velhos conseguem compreender.

lições de conteúdo complexo e moralista que são repetidas por hábito.

conhecimentos comuns adaptáveis a quase todas as situações do cotidiano.

um conhecimento baseado no senso comum dos moradores das grandes cidades.

Vamos destrinchar essa questão bem ao estilo Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa, que costuma jogar um texto nas suas provas e pedir para galera inferir algo ou entender a mensagem principal. Isso é super comum em português!

 

Olha, partindo direto para o texto, o manezão do Eduardo Loureiro Jr. curte bastante uma reflexão sobre os ditados populares. Ele destaca que muitos de nós, perdidos nos nossos devaneios urbanos complicados, quase não pegamos mais a vibe desses ditados. Mas ele joga uma real: a magia dos ditados tá em saber a hora e o modo de usar o certo. E, quer ver como ele é sagaz? Até brinca imaginando se a avó dele tivesse soltado outro jargão com uma vibe oposta para a tia dele!

 

Agora, olhando para nosso enunciado, queremos entender por que Eduardo acha que os ditados são importantes, né? Ele fala sobre a “riqueza” dos provérbios, que há sempre outro provérbio dizendo o oposto e isso mostra que sempre tem um ditado para cada momento da vida. Ou seja, eles são um estoque de sabedorias prontas para cada lance da vida ali na esquina.

 

Então, olhando as alternativas, a alternativa correta é C, porque ele propõe que esses ditados são um tesouro de sabedorias que se encaixam em muitas cenas do rolê diário. Nem precisamos dar muita trela para as outras alternativas porque falam de coisas bem específicas ou dão uma limitada ao contexto no qual os ditos são valiosos, o que não é a pegada do texto.

 

alternativa correta é C.

Eduardo Loureiro Jr.
Há algumas décadas, quando minha tia médica foi fazer residência em 
São Paulo capital, minha avó, nascida e crescida no interior do Ceará, deu-lhe 
um único conselho: "Em terra de sapos, de cócoras como eles." O conselho foi 
seguido e há cinco anos, quando comemorávamos o aniversário de 80 anos de 
minha avó, minha tia escolheu a lembrança desse conselho para falar de sua 
mãe. 
Os ditados, ou provérbios, constituem uma sabedoria simples que nós, 
em nossos delírios de complexidade urbana, já quase não conseguimos 
entender: para nós, soam simplistas ou moralistas, e quando os repetimos é 
mais por um hábito de linguagem do que por acreditar em suas palavras. 
Entretanto, brinco de imaginar que minha avó poderia ter aconselhado 
minha tia com um ditado diferente: "Em terra de cegos, quem tem um olho é rei". 
O provérbio, de sentido praticamente oposto ao anterior, incentivaria não a 
adaptação mas a autoexpressão diferenciada. Está aí a riqueza dos provérbios: 
para cada um deles, há um outro que diz o inverso, de forma que há ditados 
para tudo. "Incoerência", poderia pensar nossa mente racionalizada. Eu prefiro 
ver outra riqueza valiosa no fundo dessa riqueza "incoerente": a grandeza dos 
provérbios não está apenas no que eles explicitamente expressam, está na 
sabedoria de saber usar o ditado certo na hora certa. 
Meses atrás, durante um almoço em família, um de meus cunhados falou 
do seu hábito de guardar a melhor parte da comida para o final e de como sua 
mulher, minha irmã, tinha o "dom" de chegar justo na hora em que ele estava 
prestes a saborear seu pequeno tesouro, pedindo: "Amor, me dá esse 
pedacinho." Depois de muito rir, lembrei daquele outro ditado: "Quem guarda 
com fome, o gato vem e come". 
Sim, há qualquer coisa maravilhosa em se guardar o melhor para depois, 
ou mesmo para o final: que filme ou história teria graça se o final feliz fosse no 
começo? Talvez até a sobremesa não parecesse tão apetitosa se tivéssemos 
por hábito comê-la antes do prato principal. 
Eu também tinha esse costume de adiar as coisas boas para torná-las 
ainda mais atraentes algum tempo depois. Ultimamente, tenho guardado menos 
e tenho brincado mais de descobrir o ponto exato da vontade: se quero, como; 
se não quero, passo. [...]

Olha, essa questão da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa mergulha na análise de provérbios dentro de um contexto de gêneros textuais e orais. O trecho selecionado explora a sabedoria contida nos ditos populares e a maneira como eles são aplicados ou interpretados pelas pessoas.
 
O autor utiliza dois provérbios diferentes para ilustrar abordagens opostas frente a novas situações. O primeiro, "Em terra de sapos, de cócoras como eles", sugere uma adaptação ao meio, mostrando uma postura de conformidade. Já o segundo, "Em terra de cegos, quem tem um olho é rei", incentiva destacar-se no meio através da expressão de uma vantagem ou característica única, ou seja, expressão individual.
 
Essa expressão individual é a chave aqui porque ele poderia ser usado como um chamado para aproveitar características próprias em um ambiente onde estas possam estar ausentes ou serem minimizadas pelos outros, o oposto de simplesmente se adaptar ou se conformar às normas estabelecidas.
 
Portanto, a leitura correta do enunciado nos leva à conclusão de que a alternativa correta é C), pois o estímulo à expressão individual é a abordagem destacada pelo provérbio "Em terra de cegos, quem tem um olho é rei", e também a que o autor sugere que teria usado no lugar da avó.
 
A alternativa correta é C.

se compromete com a organização do futuro conteúdo.

faz uma afirmação que vai ser contrariada pelo texto.

enumera cinco condições para o progresso de um país.

critica antecipadamente o atraso tecnológico do Brasil.

Opa, vamos lá entender a vibe desse primeiro parágrafo do texto. Então, o texto começa com uma afirmação bem marcante sobre a necessidade de um país estar inserido no mundo da inovação para garantir seu futuro econômico e social. Por aí, já temos um insight sobre o que vai ser discutido ao longo do texto, né? Fala sobre um caminho a ser seguido para atingir a inovação. Mas o que é essencial aqui é interpretar como o parágrafo age em relação ao resto do texto. 
 
O enunciado da questão sugere algumas possibilidades, como resumo, comprometimento, contradição, enumeração e crítica. Vamos descartar a crítica e a enumeração primeiro, porque o parágrafo não critica diretamente nem enumera especificamente as condições (as condições são exploradas nos parágrafos seguintes). 
 
A alternativa sobre contradição também não cola aqui, porque o parágrafo não traz uma ideia que é depois contrariada; ele estabelece uma base que é desenvolvida adiante. Resumir o conteúdo também não é bem o que acontece; o parágrafo mais introduz e promete desenvolver o tópico do que resume tudo que será dito. 
 
Sobramos então com o comprometimento com a organização do conteúdo futuro. Isso faz total sentido! O parágrafo inicial está dando aquela geral na situação e promete aprofundar o assunto nas passagens seguintes, revelando uma estrutura organizada do que será discutido. Ele prepara o terreno para as discussões que virão, certo? É como abrir a porta e avisar: "Ei, vou te mostrar algo interessante, segue-me!". Ele não nos diz tudo de cara, mas estabelece a expectativa e o contexto. Maneiro, né? 
 
A alternativa correta é B.

A história oferece uma certeza: não tem passaporte para o
futuro econômico e social o país que não for capaz de fazer parte
do mundo da inovação. Para ingressar neste mundo, o país deve
abrir pelo menos cinco portas.
A primeira é ter universidades e institutos de pesquisas,
públicos e privados, com padrões internacionais, convivendo com
o setor produtivo em um robusto Sistema Nacional do
Conhecimento e da Inovação, interagindo com os qualificados
centros científicos e tecnológicos do mundo.
A segunda envolve as empresas. Não entra no mundo da
inovação o país cujos empresários se limitem a produzir apenas o
que é inventado fora, porque têm aversão a investimentos em
pesquisas e desenvolvimento ou porque o setor público despreza
a inovação ao não vincular seus financiamentos à criatividade da
empresa. Para entrar no mundo da inovação é necessário que os
incentivos fiscais e financeiros exijam contrapartida criativa das
empresas beneficiadas.
A terceira porta trata da estabilidade institucional. Não é
possível o país ser inovador se professores e pesquisadores são
obrigados a parar por falta de recursos ou salários ou se leis
instáveis mudam constantemente as regras de funcionamento
dos centros de pesquisa. Da mesma forma, não há como um país
ser inovador se seus empresários não souberem quais leis
nortearão o funcionamento da economia, a política fiscal, o grau
de abertura comercial e de intervenção estatal.
Uma quarta e decisiva porta para o mundo da inovação é a
educação básica de qualidade máxima e equivalente para todas
as crianças e jovens. Cada criança que não aprende idiomas,
regras básicas das ciências e da matemática é um capital
inovador interrompido.
Mas a mais necessária porta para o mundo da inovação é a
vontade nacional de dar um salto para ingressar no seleto
conjunto de países inovadores. O Brasil não parece ter a vontade
para fazer hoje os sacrifícios necessários para entrar em um
mundo inovador, daqui a 20 ou 30 anos. Nossa mentalidade
imediatista e obscurantista não olha a longo prazo, nem dá valor
aos produtos da inteligência, mantendo fechadas as portas que
nos separam do mundo da inovação.

E aí, tudo certo? Vamos descomplicar essa questão sobre características textuais. O enunciado aqui se refere a um texto de caráter jornalístico expositivo. Ouro na veia para entender como essa galera da imprensa escreve! 
 
Então, partindo para as alternativas, o ponto a ser destacado é o que mais faz sentido para definir um texto jornalístico expositivo. A Clareza estrutural (alternativa A) é um ponto forte desse tipo de texto, porque, né, qual o ponto de escrever algo se ninguém vai entender o que você quer dizer? Um texto jornalístico precisa ser claro e bem estruturado para que as informações sejam compreendidas por um público amplo e variado. É sobre passar a info da forma mais limpa e organizada possível, o que é crucial em jornais, que buscam ser bases confiáveis de notícias e conhecimentos. 
 
Observando as outras opções, a Imparcialidade informativa (B) também é essencial, mas pode não ser a característica mais marcante, pois alguns textos expositivos podem ter um tom mais analítico ou crítico. Já a Intertextualidade literária (C), Coloquialidade linguística (D) e Citações científicas (E) são menos prováveis de serem as marcas mais definidoras nesse estilo de texto jornalístico expositivo. 
 
Logo, ao falar em organização e compreensão fácil, está batendo exatamente na tecla da clareza estrutural, que é a escolha certa para a natureza deste tipo de texto. 
 
A alternativa correta é A.

Questões de Português - Gêneros textuais e orais - Médio