O primeiro passo para resolver essa questão é entender o significado e a função do sufixo presente na palavra "desigualdade". O sufixo "-dade" é comumente utilizado na língua portuguesa para formar substantivos abstratos, que geralmente se referem a uma qualidade, estado ou condição.

A palavra "desigualdade" é formada pela junção do prefixo "des-", indicando negação ou contrariedade, com a palavra "igual", mais o sufixo "-dade". Assim, "desigualdade" sugere a qualidade ou estado de não ser igual, ou seja, a condição de existir desigual.

 
Ao analisar as alternativas: 

- Alternativa A sugere que "desigualdade" é um substantivo que significa "situação". De fato, "desigualdade" como substantivo designa uma condição de disparidade, uma "situação".
- Alternativa B e C classificam "desigualdade" como um adjetivo que significa "estado" e "condição", respectivamente. No entanto, "desigualdade" não é um adjetivo, mas um substantivo.
- Alternativa D afirma que "desigualdade" é um substantivo que significa "estado". Essa também é uma descrição adequada, porém a opção A expressa em maior detalhe ao referir-se também ao sentido de uma situação particular de disparidade.
- Alternativa E afirma que é um adjetivo que significa "quantidade", o que é claramente incorreto.

 
Portanto, a resposta correta é a Alternativa A, uma vez que ela fornece a melhor descrição de "desigualdade" como um substantivo derivado pelo sufixo "-dade", designando uma condição ou situação de disparidade entre elementos.

Gabarito: Letra A

1     O trabalho de cuidado é essencial para nossas sociedades e 
   para a economia. Ele inclui o trabalho de cuidar de
   crianças, idosos e pessoas com doenças e deficiências físicas e 
   mentais, bem como o trabalho doméstico diário – que inclui
   cozinhar, limpar, lavar, consertar coisas e buscar água e lenha. 
   Se ninguém investisse tempo, esforços e recursos nessas
   tarefas diárias essenciais, comunidades, locais de trabalho e 
   economias inteiras ficariam estagnadas. Em todo o mundo, o
5  trabalho de cuidado não remunerado e mal pago é 
   desproporcionalmente assumido por mulheres e meninas em 
   situação de pobreza, especialmente por aquelas que pertencem 
   a grupos que, além da discriminação de gênero, sofrem 
   preconceito em decorrência de sua raça, etnia, nacionalidade, 
   sexualidade e casta. As mulheres são responsáveis por mais de 
   três quartos do cuidado não remunerado e compõem dois terços 
   da força de trabalho envolvida em atividades de cuidado 
   remuneradas.


O vinagre é um produto obtido da fermentação acética do vinho.

A infelicidade é um alto preço a pagar.

A lealdade é uma atitude rara nos dias atuais.

Os amantes só se encontravam ao entardecer.

A questão pede a identificação de um caso de composição semelhante ao termo "quarta-feira", marcado no enunciado. Na língua portuguesa, palavras compostas são formadas pela união de dois ou mais elementos que, quando se juntam, formam um novo significado.

O exemplo destacado, "quarta-feira", é uma composição por justaposição, onde os elementos 'quarta' e 'feira' se juntam sem alteração em sua forma original, criando um novo conceito relacionado aos dias da semana. 

Analisando as alternativas:

A) O termo "vinagre" é derivado do francês "vinaigre", que significa 'vinho acre'. É uma palavra composta por aglutinação que combina "vin" (vinho) e "agre" (ácido). Embora seja de origem diferente, ele segue o processo de composição, semelhante a "quarta-feira". 

B) "Infelicidade" é formada por derivação prefixal e sufixal. O prefixo "in-" (que indica negação) e o sufixo "-dade" (que forma substantivos a partir de adjetivos) são acrescentados à palavra "feliz". Essa palavra não é um composto, mas uma derivação. 

C) "Lealdade" é derivada do adjetivo "leal" pelo sufixo "-dade", que transforma adjectivos em substantivos que denotam uma característica. Assim como na alternativa B, trata-se de uma derivação. 

D) "Entardecer" é formada por uma palavra original "tarde" com o acréscimo do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer", indicando um processo de transformação no tempo. Este também não é um exemplo de composição, mas sim uma formação por derivação parassintética. 

Gabarito: Letra A

A taxa de mortalidade por 100 mil habitantes cresceu 2,3% em uma década

1 A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou, em 2010, a 
 campanha “1ª Década de Ação pela Segurança no Trânsito” para 
 conscientizar os países a adotar medidas e reduzir em 50% a 
 mortalidade no trânsito até 2020. Nesta quarta-feira (2/8), o 
 Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou o 
 levantamento “Balanço da 1ª década de ação pela segurança no 
 trânsito no Brasil e perspectivas para a 2ª década”. 
 Entre 2010 e 2019, o Brasil registrou um aumento de
5 13,5% nas mortes (em números absolutos) no trânsito, em 
 relação à década anterior, com uma taxa de mortalidade por 100 
 mil habitantes que cresceu 2,3% neste período, mostrando 
 resultados bastante frustrantes em relação à meta global 
 estipulada pela ONU.
 Os pesquisadores do Ipea, Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho 
 e Erivelton Pires Guedes, são os autores do estudo
 que avaliou a mortalidade no trânsito e as políticas adotadas no 
 país. Os acidentes com motocicleta foram os responsáveis
10 pelo crescimento das mortes, que dobraram entre as duas 
 décadas analisadas. No entanto, houve redução na quantidade 
 de óbitos por atropelamentos e casos envolvendo automóveis, 
 mantendo o índice estável.
 Os pesquisadores utilizaram informações extraídas do 
 Datasus, plataforma do Ministério da Saúde, e de ocorrências
 em rodovias registradas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) 
 entre 2010 a 2019. Como 2020 foi um ano atípico devido à
 pandemia de Covid-19, os autores optaram por trabalhar com 
 dados da década considerando o período de 2010 a 2019,
15 tomando como base de comparação os anos de 2000 a 2009. 
 No Brasil, entre 2010 e 2019, ocorreram cerca de 392 mil
 mortes em acidentes de transporte terrestre, incluindo 
 atropelamentos, sinistros com bicicletas, motocicletas, 
 automóveis, caminhonetes, caminhões, ônibus, veículos de 
 serviço e fora de estrada.
 Os pesquisadores identificaram que, a partir de 2014, houve 
 forte queda na taxa de mortalidade, coincidindo com a
 intensidade da crise econômica pré-impeachment. Os acidentes 
 de trânsito são bastante sensíveis às condições econômicas,
20 pois cada vez que a economia cresce, aumenta o trânsito de 
 mercadorias e pessoas nas vias.
 As regiões Nordeste e Norte concentraram o maior 
 crescimento do número de mortes, com cerca de 45% de 
 aumento nos óbitos. A morte de usuários de motocicleta 
 cresceu cerca de 150% em relação à década anterior. O 
 crescimento da frota de automóveis e motocicletas contribuiu 
 para o aumento da mortalidade nessas regiões. As regiões Sul e 
 Sudeste apresentaram queda de 1,5% e 2,8%, respectivamente, 
 enquanto a Região Centro-Oeste registrou alta de 14% nas mortes.

Para determinar o processo de formação da palavra "pré-impeachment", é importante analisarmos cada conceito apresentado nas alternativas:

A) Composição por justaposição: ocorre quando duas ou mais palavras se unem para formar uma nova, mantendo a forma original. Exemplo: "passatempo". 

B) Derivação prefixal: é o processo pelo qual se adiciona um prefixo a uma palavra já existente, modificando seu significado. Exemplo: "reconstruir" (re- + construir). 

C) Derivação parassintética: ocorre quando há a adição simultânea de um prefixo e um sufixo à palavra, formando uma nova não derivada diretamente da palavra original. Exemplo: "anoitecer" (a- + noite + -ecer). 

D) Composição por aglutinação: é a união de dois ou mais elementos formadores de palavras (como raízes ou afixos), onde há uma fusão fonética que modifica a estrutura das palavras originais. Exemplo: "planalto" (plano + alto). 

A palavra "pré-impeachment" é claramente composta pela junção do prefixo "pré-" e da palavra "impeachment". O prefixo "pré-" indica anterioridade ou antecipação, portanto, modifica o sentido de "impeachment" para indicar algo que ocorre logo antes de um processo de impeachment. Este é um caso de derivação prefixal, onde um prefixo é adicionado a uma palavra existente para alterar seu significado sem a criação de uma nova palavra por meio do uso simultâneo de prefixo e sufixo (o que eliminaria a possibilidade de ser parassintética) e sem a transformação sonora característica da aglutinação. 

Gabarito: Letra B

A questão proposta envolve a análise da palavra "complexas" do ponto de vista da relação entre letras e fonemas. Letras são os símbolos gráficos utilizados na escrita, enquanto que fonemas são as unidades mínimas de som que compõem as palavras.

 

Vamos analisar a palavra "complexas":
- **C**: produz um som, que é o fonema /k/;
- **o**: representa o fonema /o/;
- **m**: representa o fonema /m/;
- **p**: representa o fonema /p/;
- **l**: representa o fonema /l/;
- **e**: representa o fonema /e/;
- **x**: na língua portuguesa, com frequência representa um som de /ks/, portanto, contribui com dois fonemas /k/ e /s/;
- **a**: representa o fonema /a/;
- **s**: representa o fonema /s/.

 

A palavra "complexas" tem 9 letras e 9 fonemas, pois todas as letras representam um fonema, exceto 'x' que representa dois fonemas. Logo, o número de letras é, de fato, igual ao número de fonemas.

 

Portanto, as afirmações iniciais sobre letras e fonemas são corretas, e confirmam que o julgamento do item, afirmando que há o mesmo número de letras e fonemas, está correto.

Gabarito: Letra C

Na palavra “complexas” (último período do segundo parágrafo), há o mesmo número de letras e de fonemas.

Há quem diga que um dia os robôs irão dominar o mundo, já outros duvidam completamente dessa afirmação. Se isso vai ou não acontecer, não se sabe, mas o debate surgiu com força em 2023 — em boa medida, impulsionado por uma plataforma de inteligência artificial, o ChatGPT (chat generative pre-trained transformer).
 No final de 2022, o ChatGPT foi disponibilizado ao público e logo se popularizou. Na prática, ele responde a perguntas em poucos segundos. Mas essa não é bem a novidade — haja vista a Siri, da Apple, e a Alexa, da Amazon. O que chama a atenção no ChatGPT é a capacidade de responder a questões mais complexas e específicas em linguagem mais fluida, como em uma conversa.
 A tecnologia logo chamou a atenção dos profissionais de ensino, que começaram a se questionar sobre o impacto da ferramenta nas salas de aula e sobre o seu potencial para ajudar alunos e professores, caso seja integrada à prática pedagógica.

Julgue o item a seguir, relativo a aspectos linguísticos do texto precedente.


Vamos analisar cada um dos termos mencionados no item: "insensibilidade" e "impacientam".

1. **"Insensibilidade"**: Este termo é derivado de "insensível". A palavra "insensibilidade" possui um prefixo "in-" (que exprime ideia de negação) e o sufixo "-ibilidade" (que indica possibilidade ou capacidade). Estes elementos são adicionados ao radical "sens", derivado de "sensível". Portanto, a formação da palavra "insensibilidade" é um caso de derivação prefixal e sufixal, e não de parassíntese.
 

2. **"Impacientam"**: Este termo é derivado de "paciente". No entanto, diferente do que está na proposição, "impacientam" incorpora tanto um prefixo "im-" (variante de "in-", indicando negação ou oposição) quanto o sufixo "-ar" (usado para formar verbos em português) ao radical "pacient", que vem de "paciente". Este caso também se qualifica como sendo de parassíntese, onde ocorre simultaneamente a prefixação e a sufixação num mesmo processo de formação de palavra, e não meramente derivação prefixal.
 

O enunciado questiona se "insensibilidade" é formada por parassíntese e se "impacientam" é formado por derivação prefixal. Conforme a análise:
- "Insensibilidade" é derivada prefixalmente e sufixalmente (e não por parassíntese).
- "Impacientam" é derivado por parassíntese (e não apenas por derivação prefixal).
 

Dado que ambas as proposições são imprecisas quanto aos processos de formação das palavras, a afirmação como um todo é incorreta.
Gabarito: Letra E

Em “Às vezes, a insensibilidade de Susanita, ou as “viagens” de Felipe impacientam você ...”, o termo “insensibilidade” é formado por parassíntese e o termo “impacientam” é formado por derivação prefixal.


Jornal do Brasil
Maria Clara Lucchetti Bingemer

 Incrível, querida Mafalda, que você já esteja com meio século de existência. Parece que foi ontem que travei conhecimento com você e sua turma de crianças diferenciadas. E desde o primeiro momento, confesso que me apaixonei por você, tão idealista, com seu jeito politizado e, ao mesmo tempo, terno.
 Você, querida Mafalda, na verdade é uma apaixonada pelas pessoas e pelo mundo. Você ama os outros e as coisas que existem ao seu redor. Por isso mesmo é muito exigente com elas. Os primeiros a sentir o peso de sua exigência são seus pais. Como você deve tê-los enchido de ansiedade, menina de cabelos pretos e olhar perscrutante. Suas perguntas os deixam de olhos abertos a noite toda, sem conciliar o sono, indagando-se o que você quer dizer e onde quer chegar.
 Mas ao mesmo tempo, com toda a sua crítica a tudo e todos em sua casa – a começar pela sopa tão odiada “que é para a infância o que é o comunismo para a democracia” –, você ama seus pais e os olha com uma ternura que perdoa suas limitações e acolhe suas imperfeições na difícil arte de te amar. Seu irmãozinho Guille é objeto igualmente de sua ternura e desde pequeno já começa a assimilar sua visão crítica do mundo e da realidade. Vai longe esse menino! 
 Com sua turma de amigos, já brinquei muitas vezes e entrei na roda do teimoso e pão-duro Manolito, da alienada Susanita, do terno Felipe...
junto com você. Sempre foi uma delícia ver como você interage com eles, amiga, companheira, mas também verdadeira, sabendo levantar a voz e ser crítica quando é necessário. Às vezes, a insensibilidade de Susanita, ou as “viagens” de Felipe impacientam você, que vai então refugiar-se no seu quarto e pensar, pensar e mais pensar. Porém, muitas vezes você se diverte com eles como criança da sua idade e eu, avó que já sou, morro de rir dessas brincadeiras que me fazem lembrar meus netos.
 Sua relação de maior afeto, no entanto, Mafalda, é com o mundo. Só nele eu já vi você enternecida e cheia de compaixão. Seu coração sensível e sua mente brilhante e perspicaz têm profunda pena deste mundo tão louco, tão injusto, mas também tão sofrido, tão combalido por guerras, lutas fratricidas, injustiças de toda sorte. Sua cabecinha não para de se perguntar uma e outra vez o porquê de tudo que acontece e deforma este mundo que poderia ser pacífico. Talvez de todas as suas tirinhas a que mais me enterneceu tenha sido aquela onde você aparece em atitude protetora ao lado do globo terráqueo colando um band-aid sobre sua superfície.
 Isso diz muito sobre sua personalidade. Enraivecida, rebelde, não se conformando com o mundo tal qual é. Mas também carinhosa, compassiva, compreensiva com as limitações de todos e também deste mundo, que é a nossa, a sua casa e que sofre bastante com os desvarios e loucuras dos seres humanos. Tal como seu criador, Quino, você é uma pessoa pacífica, mas que não suporta injustiças. E por isso se enraivece quando elas acontecem.
 Neste seu aniversário de meio século, quero agradecer a você a grande inspiração que tem sido para mim. São cinquenta anos que você nos encanta, nos faz rir, pensar, refletir, chorar e ter mais força para enfrentar o cotidiano às vezes bem duro que é o nosso.
 Sobretudo nós, mulheres, devemos muito a você. Quando nos desesperamos com a idade que nos faz engordar, você nos ensina que na verdade não acumulamos gordura saturada e sim inteligência, saber, conhecimento. E como tanta sabedoria não cabe em nossa cabeça, mas se esparrama por nosso corpo, nossas formas se avolumam e se arredondam. Mas isso não significa que somos gordas, e sim cultas, muito cultas.
 Por ser inteligente, politizada e culta, querida Mafalda, você chega à chamada “meia idade” sem achar que a academia de ginástica é o lugar mais importante do mundo, nem que tem que ter aos 50 o mesmo corpo que tinha aos 18. Você sabe que o mais importante se leva na cabeça e no coração, e não na cintura, nos quadris ou nos seios.(...)

Em relação ao texto “Mafalda: uma grande menina”, julgue, como CERTO ou ERRADO, o item a seguir.


Questões de Português - Morfologia - Formação e estrutura das palavras