A questão aborda a formação e estrutura das palavras, pedindo a indicação da palavra que não foi formada por composição. É necessário conferir cada termo citado nas alternativas para decidir corretamente.

A ) mamíferos (ℓ.17)
A palavra "mamíferos" é um termo que pode ser considerado um derivado. O prefixo "mamí-" refere-se às mamas e "-fero", derivado do latim, significa "portador". Este é um caso de derivação e não de composição. 

B ) micróbio (ℓ.23)
O termo "micróbio" é formado pelo elemento "micro-", que significa "pequeno", e "bio-", que significa "vida". Essa palavra também é mais um exemplo de derivação prefixal e não de composição, visto que "micro-" funciona como um prefixo e não como um elemento livre. 

C ) antinatural (ℓ.24)
A palavra "antinatural" é claramente formada por composição. Ela junta o prefixo "anti-", que significa "contra", a "natural". A presença de um elemento oposto ou contraposto formando um novo significado é típica da composição. 

D ) onças-pardas (ℓ.53)
"Onças-pardas" é um substantivo composto por justaposição, onde "onças" e "pardas" são combinadas sem alteração morfológica, formando uma nova palavra com significado específico. Este é um claro exemplo de composição por justaposição. 

Avaliando as opções, vemos que a alternativa que indica uma palavra não formada por composição é a alternativa C, "antinatural", pois de fato ela é formada por derivação prefixal e não por composição.

Gabarito: Letra C

Nada me tira da cabeça que o maior craque do mundo dos
 parasitas, o Pelé das criaturas que vivem de manipular formas
 maiores e supostamente mais complexas de vida, é um
 sujeitinho matreiro chamado Toxoplasma gondii.
5 Formado por uma única célula, o causador da
 toxoplasmose domina duas estratégias aparentemente
 contraditórias entre si. De um lado, ele faz de tudo para passar
 despercebido. Até onde sabemos, esse micro-organismo afeta
 entre um terço e metade da população humana mundial, para
10 não falar dos membros de diversas outras espécies de sangue
 quente. No entanto, é muito raro que cause algum problema
 de saúde mais sério em suas vítimas – riscos reais só aparecem
 quando ele infecta mulheres grávidas, crianças pequenas ou
 pessoas com sistema imune (de defesa) enfraquecido por
15 outras razões, como a aids.
 No entanto, evidências obtidas principalmente com outros
 mamíferos indicam que o T. gondii é um especialista em
 lavagem cerebral, instalando-se no sistema nervoso dos
 hospedeiros. Afinal, que outra coisa poderia explicar o fato de
20 que roedores que o carregam em seu organismo perdem o
 medo profundo que normalmente sentem ao farejar xixi de
 gato? Coisas parecidas já foram verificadas em outros animais
 – o micróbio é capaz de produzir um destemor totalmente
 antinatural em suas vítimas.
25 Como é que pode? Bem, acontece que, apesar de
 conseguir infectar tudo quanto é espécie, o T. gondii tem
 necessidades bem mais específicas quando chega a hora de ele
 se reproduzir sexualmente (embora também consiga se
 propagar de forma assexuada). Conforme dizia certo
30 pesquisador que permanecerá anônimo, tudo o que o
 Toxoplasma quer é transar nas tripas de um gato.
 Ou de qualquer outro felino, pelo que sabemos. A
 reprodução sexual no sistema digestivo desses predadores é
 um passo essencial de seu ciclo de vida. Está explicado,
35 portanto, por que ele faz os roedores perderem seu medo de
 gato: é para que sejam comidos – e transmitidos para os
 bichanos.
 O capítulo mais recente dessa história é ainda mais bizarro.
 Pesquisadores nos EUA, liderados por Connor Meyer, da
40 Universidade de Montana, mostraram que nem os lobos do
 célebre Parque Nacional de Yellowstone escapam das
 artimanhas de controle mental do T. gondii. Nos bandos de
 lobos do parque, os indivíduos que carregam o parasita em seu
 organismo são, disparado, os que mais tendem a deixar seu
45 bando natal e os que mais probabilidade têm de se tornar
 líderes da matilha.
 Os dados, que acabam de sair na revista especializada
 Communications Biology, são resultado de um monitoramento
 que já dura quase duas décadas. A equipe identificou a
50 presença ou ausência de anticorpos gerados pelo T. gondii no
 organismo de mais de 200 lobos do parque. Tudo indica que os
 animais estão sendo infectados pelo contato direto ou indireto
 com as onças-pardas (Puma concolor) que habitam
 Yellowstone – felinos, portanto, e hospedeiros preferenciais do
55 parasita. De fato, os lobos que ocupam territórios que também
 são frequentados pelas onças-pardas têm probabilidade maior
 de carregar o T. gondii em seu organismo.
 É difícil não se perguntar se um manipulador tão insidioso
 quanto esse não poderia estar causando efeitos semelhantes
60 em seres humanos. Os indícios a esse respeito ainda são
 esparsos, embora alguns pesquisadores especulem que certos
 problemas de saúde mental poderiam estar associados à
 infecção. Enquanto as respostas não vêm, vale a pena
 aprender com os lobos: nunca subestime os poderes de um
65 parasita microscópico.

A questão envolve identificar qual das palavras destacadas no texto foi formada por composição. A formação por composição acontece quando duas ou mais palavras ou radicais se juntam para formar uma nova palavra. Vamos analisar as opções dadas uma a uma:

**A) "astronautas" (linha 8)**:
A palavra "astronauta" é formada pela junção dos elementos gregos "astro" (astro, estrela) + "nauta" (navegador), o que claramente indica uma composição, pois combina duas palavras distintas para formar um novo significado.

**B) "malformação" (linha 20)**:
"Malformação" é uma palavra derivada, e não composta. Ela se forma pela junção do prefixo "mal-" (que indica algo ruim ou inadequado) com a palavra "formação". Este processo é conhecido como derivação prefixal, não composição.

**C) "viabilidade" (linha 31)**:
Semelhante ao caso anterior, "viabilidade" vem de "viável", com o sufixo "-idade" adicionado para formar um substantivo. Isso também é um exemplo de derivação por sufiação, e não de composição.

**D) "adolescente" (linha 68)**:
"Adolescente" deriva do verbo "adolescer", com a adição do sufixo "-ente" para indicar uma qualidade ou estado. Novamente, isso é uma formação derivada através de sufixação, e não composição.

Com base nessa análise, a única palavra que claramente é formada por composição, juntando dois elementos com significados próprios para formar um novo conceito, é "astronautas".

Gabarito: Letra A

      A ESA (Agência Espacial Europeia) lançará nesta quarta-feira 
   (23) o "Projeto de Viabilidade de Parastronautas", para
   que pessoas com deficiências físicas possam se tornar
   astronautas.
5     O projeto inédito será apresentado depois que os 22
   Estados-membros da ESA definirem seu orçamento, em uma
   reunião em Paris. A ocasião também servirá para apresentar
   uma nova promoção de astronautas – de 4 e 6 selecionados
   entre cerca de 23 mil candidatos europeus.
10    Pessoas com deficiência estavam excluídas até agora das
   seleções, conhecidas por seu alto grau de dificuldade.
      "O Projeto de Viabilidade de Parastronautas requer uma
   mudança completa de filosofia" sobre a aptidão médica, um
   conceito de origem militar destinado a selecionar pilotos de
15 combate, explicou à AFP Guillaume Weerts, médico-chefe dos
   astronautas da ESA.
      Quando a campanha de recrutamento começou, em
   fevereiro de 2021, a agência anunciou que abriria as portas do
   espaço para um, ou mais, candidatos com deficiência nas
20 extremidades inferiores (por amputação, ou malformação
   congênita). Seus nomes podem ser revelados nesta quarta-feira.
      Pessoas com menos de 1,30m de altura ou com pernas
   assimétricas também são elegíveis. As habilidades intelectuais
25 e psicológicas exigidas são as mesmas de outros astronautas.
      "Lidamos com um grande grupo de candidatos e
   conhecemos pessoas incríveis", disse Weerts, que participou
   das diferentes etapas de seleção.
      O processo "demonstrou que a deficiência não é uma
30 limitação".
      Em paralelo, a ESA iniciou um "estudo de viabilidade" para
   o envio de um parastronauta a bordo de um voo tripulado, por
   exemplo, para uma estada na Estação Espacial Internacional
   (ISS, na sigla em inglês).
35    No universo das viagens espaciais, mesmo pequenas
   modificações podem se tornar extremamente complicadas e
   caras.
      É o caso, por exemplo, dos sistemas existentes, projetados
   para pessoas de um determinado tamanho.
40    Então, como garantir que "uma pessoa de baixa estatura
   tenha acesso aos botões?", questiona o funcionário da ESA.
      A agência planeja trabalhar com indivíduos selecionados
   para encontrar a melhor maneira de identificar e superar essas
   possíveis dificuldades.
45    O primeiro voo com um parastronauta pode ser organizado
   rapidamente? "O espaço não é uma atividade para pessoas
   com pressa", responde Weerts.
      O calendário é difícil de prever, porque "depende muito do
   que encontrarmos", sublinha, especificando que ainda há
50 muito trabalho a fazer depois de selecionados os candidatos.
      Potencialmente, um astronauta com necessidades
   especiais poderá ser enviado ao espaço "nos próximos dez
   anos".
      Kamran Mallick, diretor-geral da instituição de caridade
55 britânica Disability Rights UK, considera o projeto
   "incrivelmente emocionante", já que as pessoas com
   deficiência "são deixadas de fora de tantas coisas boas que a
   humanidade faz".
      "Se queremos explorar o Universo, temos que aceitar que
60 a aventura não pode ser reservada apenas para um
   determinado grupo de indivíduos", disse Mallick à AFP,
   elogiando a iniciativa da ESA de trabalhar com astronautas
   deficientes para atender às suas necessidades.
      "Estou em uma cadeira de rodas e é muito melhor quando
65 as pessoas me perguntam o que funciona para mim, do que
   preciso, em vez de fazer suposições sobre o que alguém pode,
   ou não, fazer", declarou.
      Ele se lembra de ter sonhado, quando adolescente, em se
   tornar um astronauta, assistindo ao lançamento de um ônibus
70 espacial.
      "Rapidamente me garantiram que isso não aconteceria.
   'Você não deve aspirar a ser um astronauta', me disseram.
   Hoje me arrependo de não ter perseguido meu sonho",
   destacou.


Na questão apresentada, é solicitado identificar a palavra que não foi formada por composição dentre as opções dadas. Vamos analisar cada uma delas para verificar suas formações:

A) megacidades (l.25) 
A palavra "megacidades" é formada pelo processo de composição. O prefixo "mega-", que significa grande, é combinado com o substantivo "cidades", indicando cidades de grande magnitude. Portanto, é um exemplo de composição por prefixação. 

B) metrópole (l.28) 
"Metrópole" origina-se do grego "mētēr", que significa mãe, e "polis", que significa cidade. A origem etimológica mostra que "metrópole" é formada pela junção de dois elementos distintos, configurando uma composição. No entanto, é importante notar que algumas fontes podem classificar "metrópole" como um caso de derivação regressiva, não composição, dependendo da análise etimológica considerada mais relevante. 

C) infraestrutura (l.52) 
"Infraestrutura" é formada pelo prefixo "infra-", que significa abaixo, e pelo substantivo "estrutura". Ainda que a palavra seja composta pelo acréscimo de um prefixo a um substantivo existente, ela é usualmente classificada como uma derivação prefixal e não como uma composição, pois o prefixo não forma uma palavra independente nem muda o significado original de forma significativa para denotar um novo conceito. 

D) coronavírus (l.57) 
"Coronavírus" é composto pelos elementos "corona", que significa coroa em latim, e "virus", que significa, em latim, toxina ou veneno. A palavra então descreve um tipo de vírus classificado pela aparência de coroa quando visto ao microscópio. "Coronavírus" é claramente um caso de composição. 

Gabarito: Letra C

De cada 8 habitantes do planeta, 1 mora hoje em favelas
 ou casas inadequadas, apontam dados da ONU. A questão é
 ainda mais preocupante porque a maior parte do crescimento
 da humanidade previsto para as próximas décadas se dará nas
5 cidades, onde faltam áreas adequadas para receber mais
 moradias. Nesta terça (15), as Nações Unidas preveem que o
 mundo chegará à marca de 8 bilhões de habitantes.
 A entidade define como casa inadequada uma que tenha
 ao menos uma das seguintes condições: é feita de materiais
10 pouco resistentes; não conta com acesso adequado a água
 potável e esgoto; e abriga mais de três pessoas por cômodo.
 Nas últimas décadas, de todo modo, a tendência vinha
 sendo de alguma melhora. Em 2000, 31,2% dos moradores do
 planeta que viviam em cidades estavam sob essas condições.
15 Depois de 20 anos, o percentual caiu para 24,2% – na América
 Latina, a queda foi maior, de 31,9% para 17,7% nesse período,
 mas o índice ainda se mantém distante do observado na
 Europa e na América do Norte (que, pela ONU, exclui o
 México), onde só 0,7% da população urbana vive de forma
20 inadequada.
 Ao mesmo tempo, o crescimento das cidades segue
 acelerado. Em 2000, o mundo tinha 371 municípios com mais
 de 1 milhão de moradores; em 2018, eram 548; e até 2030
 devem ser 706.
25 As megacidades, conglomerados com mais de 10 milhões
 de habitantes, também se multiplicam. Eram 33 em 2018, que
 devem se tornar 43 em 2030. A região metropolitana de São
 Paulo é a quarta maior metrópole global, com população atual
 estimada em 21,8 milhões de pessoas, segundo o site World
30 Population Review. O top 3 global tem Tóquio (37,4 milhões),
 Nova Déli (29,3 milhões) e Xangai (26,3 milhões).
 Já grandes conglomerados urbanos europeus, bem como
 alguns nos EUA, estão em processo de encolhimento devido ao
 envelhecimento acelerado, à baixa natalidade e à migração
35 interna em busca de moradias mais baratas – mesmo em
 países ricos, o preço dos imóveis vem subindo, o que dificulta a
 compra por jovens adultos.
 Acompanhando o crescimento populacional, a maior parte
 do crescimento das cidades se dará no chamado Sul Global,
40 que reúne América Latina, África, Oriente Médio e Sudeste
 Asiático.
 A lista de municípios a atingir o patamar de megacidade
 nos próximos anos inclui Luanda (Angola), Dar es Salaam
 (Tanzânia), Teerã (Irã) e Ho Chi Minh (antiga Saigon, no
45 Vietnã). China e Índia, os países mais populosos do mundo,
 possuem seis e cinco megacidades, respectivamente. E, do 1
 bilhão de pessoas que vivem em favelas hoje, 85% estão na
 Ásia (ao menos 665 milhões) e na África (230 milhões).
 "A gente acha que há um crescimento desordenado [das
50 cidades] e que isso é algo inexorável. Não. O problema é
 entender que a ordem é essa. Há um crescimento de baixa
 qualidade, em regiões sem infraestrutura, devido ao preço da
 terra", aponta Valter Caldana, professor da Faculdade de
 Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana
55 Mackenzie.
 Com a crise econômica gerada pela pandemia de
 coronavírus, o acesso à moradia ficou mais difícil em muitas
 partes do mundo. O fechamento de atividades levou muita
 gente a ficar sem dinheiro para pagar o aluguel, acabar
60 despejada ou tendo de buscar moradias mais baratas. Ao
 mesmo tempo, falhas nas cadeias de suprimento e períodos de
 lockdown atrasaram a produção de novos imóveis, o que
 também gerou uma alta de preços em muitos países.
 Sem planejamento urbano adequado, muitas metrópoles
65 deixam os pobres sem opção de moradia acessível e, na
 prática, fingem que não veem a criação de favelas e habitações
 inadequadas nas periferias.
 "O preço das casas é fortemente direcionado pelo valor
 dos terrenos – que representa entre um quarto e um terço do
70 valor final, mas pode alcançar 90% em lugares onde o mercado
 está muito aquecido", diz Christophe Lalande, especialista em
 habitação da ONU Habitat, programa das Nações Unidas para
 os assentamentos humanos.
 Ele defende que governos tomem ações para evitar que o
75 preço dos terrenos suba demais e criem regulações para o uso
 da terra, como vetar que os espaços fiquem ociosos esperando
 valorização. "Na ausência de regulação pública, o mercado
 imobiliário fica distante de entregar casas a preços acessíveis
 nas cidades, mesmo em países de alta renda."
80 Fernando Túlio, presidente do departamento paulista do
 IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), avalia que seria preciso
 investir algo em torno de US$ 3,5 trilhões para resolver a
 questão da falta de habitação de qualidade para 1 bilhão de
 pessoas no mundo. Ele considerou um custo médio de US$ 10
85 mil por moradia para prover os serviços urbanos necessários,
 com cada casa abrigando três pessoas.
 "Recursos existem. Mas como os bilionários mais ricos do
 planeta não devem doar esse dinheiro, os governos precisam
 investir em reformas políticas e tributárias", diz. "Os governos
90 dos países ricos também precisam transferir recursos para
 ajudar os do Sul Global, seja como reparação pela colonização
 ou para ajudar no combate às mudanças climáticas."
 Túlio lembra que as pessoas sem moradia adequada são as
 mais vulneráveis a eventos extremos como inundações e
95 tempestades.
 "Habitação de interesse social não é só prover moradia
 para quem não tem. É elevar a qualidade de vida de todos",
 aponta Caldana. "Em uma cidade onde muita gente não mora
 bem e alguns estão na rua, a cidade toda é doente e vive mal.
100 São Paulo é um exemplo disso."

Para resolver esta questão, analisaremos cada uma das afirmações dadas e suas relações com as formações e estruturas das palavras mencionadas no texto.

1. O vocábulo "além-mar" (l. 1) é antônimo de "aquém-mar". 
A expressão "além-mar" se refere a um lugar do outro lado do mar, em contraste com "aquém-mar", que se refere à região antes, ou deste lado, do mar. Portanto, essas duas expressões são antônimas, já que uma indica uma área geográfica numa direção oposta à outra no contexto marítimo.
 

2. O vocábulo "desenvencilhar" (l. 10) é formado por acréscimo de prefixo ao verbo "envencilhar". 
O verbo "desenvencilhar" é formado pelo prefixo "des-", que tem valor de negação ou reversão, adicionado ao verbo "envencilhar". Observa-se que "envencilhar" é uma palavra existente, que significa "emaranhar", "complicar". A formação de "desenvencilhar" é, de fato, um exemplo de derivação prefixal, usando "des-" para indicar a ação de se livrar de um emaranhado ou complicação.
 

3. O vocábulo "imperialismo" (l. 34) é formado por acréscimo de sufixo ao substantivo "império". 
"Imperialismo" deriva do substantivo "império", com o acréscimo dos sufixos "-al" e "-ismo". O sufixo "-ismo" denota doutrinas, sistemas, formas de comportamento e atitudes, logo, "imperialismo" refere-se ao sistema ou prática baseada no domínio de império, principalmente nos aspectos econômicos e políticos. Esta formação é um exemplo de derivação sufixal.
 

Gabarito: Letra C

1    A projeção dos impérios europeus em além-mar inaugurou muitos caminhos, produzindo
2  sociedades escravistas e colônias de assentamento. Em algumas regiões, populações indígenas
3  foram dizimadas por doenças, pela violência, pela conversão coercitiva e pela aculturação. Em
4  outras circunstâncias, conseguiram manter e cultivar sua integridade diante das intervenções
5  europeias, com mais sucesso na Ásia que nas Américas. Os impérios em além-mar viveram à
6  base das habilidades organizacionais e administrativas – e não apenas do trabalho pesado – de
7  seus súditos. Em alguns casos, constituíram-se sociedades coloniais onde as elites se moldaram
8  a partir da aristocracia espanhola, ou da alta burguesia inglesa, e exerceram diferentes formas de
9  dominação sobre os descendentes de europeus, povos indígenas e escravos importados. Alguns
10 desses grupos coloniais desejavam se desenvencilhar de um império e construir outro de acordo
11 com suas próprias regras – é o caso do “Império da Liberdade” dos revolucionários ________ e
12 do Império Brasileiro, que surgiu quando parte da família real portuguesa decidiu não voltar mais
13 para casa.
14    Para os impérios do século XVIII, as implicações das teorias e revoluções políticas não eram
15 nada claras. Se, nas monarquias, todos os súditos eram subjugados ao poder do rei ou imperador,
16 quando o “povo” governava, a questão de quem fazia ou não parte desse povo passou a ser
17 crucial. A ideia de soberania popular teve consequências explosivas quando foi reivindicada pelos
18 colonos da América do Norte britânica e pelos escravos da Santo Domingo francesa.
19    Os Estados Unidos se tornaram unidos em parte pelo medo que tinham dos outros impérios. O
20 novo regime proclamou a igualdade já em seu instante fundacional, mas não a aplicou a todos os
21 territórios que reivindicou e conquistou ao longo de sua história. Esse império destruiu e
22 marginalizou comunidades indígenas, e não foi capaz de resolver as tensões entre os estados
23 “livres” e “escravistas” sem uma guerra civil. Durante parte considerável do século XX, a república
24 manteve povos nativos à margem de seu regime e não foi capaz de estabelecer direitos iguais
25 para os descendentes de escravos. O forte sentimento de comunidade moral na ideologia deles
26 permitiu a um imenso império que se derramava sobre o continente inteiro – e, mais tarde,
27 também em além-mar – minimizar sua história imperial e retratar a si mesmo como uma única
28 grande nação, dividida em estados federados com certo nível de ________, mas equivalentes uns
29 aos outros.
30    Os governantes dos Estados europeus não necessariamente desejavam se limitar a governar
31 um só povo: estavam familiarizados com o Estado enquanto entidade diferenciada, e podiam
32 variar de estratégia entre seus componentes. A organização imperial persistiu após as revoluções,
33 foi ampliada por Napoleão e reestruturada mais uma vez após sua derrocada. Para a Grã- 
34 Bretanha, o imperialismo de ________ – isto é, o exercício de poder econômico caracterizado
35 por intervenções militares – se tornou uma estratégia tão importante quanto os diversos tipos de
36 autoridade que exercia sobre Escócia, Irlanda, Canadá, Índia e ilhas do Caribe – e, mais tarde,
37 sobre boa parte da África.
38    As colonizações do século XIX não criaram impérios totalmente novos, como sugerem alguns
39 historiadores. .......... , elas aprofundaram e expandiram o repertório de técnicas imperiais,
40 estenderam redes transversais e ideias contagiantes e levaram a concorrência________ a um
41 novo patamar. Europeus adquiriram meios mais eficazes para fazer com que indivíduos em terras
42 distantes servissem aos seus interesses, mas havia discordâncias profundas quanto ao direito de
43 tratá-los como objetos passíveis de exploração ou membros noviços de uma comunidade imperial.
44 Desafiados por revoltas e movimentos abolicionistas transcontinentais, Grã-Bretanha (em 1833),
45 França (em 1848) e, por fim, Brasil e Cuba (na década de 1880) aboliram a escravidão. Muitos
46 não acreditavam que os africanos, asiáticos ou seus descendentes fariam por merecer algum dia
47 direitos e participação política iguais, mas os limites da autoridade colonial e a possível “elevação”
48 de povos colonizados ao patamar da civilização se tornaram questões de debate.
49    Nas conferências entre governantes imperiais, potências europeias manifestaram seu “direito”
50 coletivo de governar os outros, reforçado por teorias de evolução social e distinção racial. No
51 entanto, poucos anos antes da partilha do final do século XIX, até mesmo os defensores de uma 
52 transformação vigorosa da África recuavam quando confrontados com problemas administrativos
53 como governar um espaço amplo, recrutar intermediários, controlar os excessos de seus agentes
54 e colonos e transformar os hábitos de povos dotados de redes de solidariedade próprias e
55 capazes de se adaptar a novas circunstâncias.


Para resolver essa questão, precisamos entender a diferença entre letras e fonemas. Letras são os símbolos gráficos usados na escrita, enquanto fonemas são os sons da fala. Vamos analisar a frase em questão:

- Frase: "era hora de uma pessoa"

Vamos contar as letras e os fonemas.

**Contagem de Letras:**
Simplesmente contamos cada caractere alfabético na frase. Somando todos, obtemos:
"era" = 3 letras
"hora" = 4 letras
"de" = 2 letras
"uma" = 3 letras
"pessoa" = 6 letras

Somando, temos 3+4+2+3+6 = 18 letras.

**Contagem de Fonemas:**
Fonemas nem sempre correspondem um-a-um com as letras. Alguns dígrafos (duas letras que representam um único som) e encontros consonantais podem alterar a contagem. Vamos examinar os fonemas:
- "era" = [é] [r] [a] = 3 fonemas
- "hora" = [ó] [r] [a] = 3 fonemas
- "de" = [d] [i] = 2 fonemas
- "uma" = [u] [m] [a] = 3 fonemas
- "pessoa" = [p] [e] [ss] [o] [a] = 5 fonemas
 Nota: o "ss" corresponde a um único som de [s],

Somando, temos 3+3+2+3+5 = 16 fonemas.

Concluímos que a frase possui 18 letras e 16 fonemas.

 

**Por que essa contagem de fonemas é precisa?**
O entendimento essencial é que alguns sons são representados por mais de uma letra (como "ss" em "pessoa"), mas contam como um único fonema. Outros sons, como as vogais nasais ou a elisão de vogais em falantes nativos, não alteram a contagem básica no exemplo apresentado.

 

Com as contagens e as análises feitas,

Gabarito: Letra A

Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida. Sete horas da noite era hora de uma pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar a sessão das oito no cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra novela.
 O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Cachoeiro F.C. com o Estrela F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um Internacional x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim? 
 Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo confesso que lia mais quando não tinha televisão.
 Rádio, a gente pode ouvir baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e com tudo mais nesta vida, inclusive a boa conversa, até o making love.
 Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer. Por exemplo: quebrar o braço.
 Só não acredito que televisão seja “máquina de amansar doido”. Até acho que é o contrário; ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido, acalmar, fazer doido dormir.
 Quando você cita um inconveniente da televisão, uma boa observação que se pode fazer é que não existe nenhum aparelho de TV, a cores ou em preto e branco, sem um botão para desligar. Mas quando um pai de família o utiliza, isso pode produzir o ódio e o rancor no peito das crianças e até de outros adultos.
 Quando o apartamento é pequeno, a família é grande e a TV é só uma – então sua tendência é para ser um fator de rixas intestinais.
 - Agora você se agarra nessa porcaria de futebol...
 - Mas você não tem vergonha de acompanhar essa besteira de novela? 
 - Não sou eu não, são as crianças! 
 - Crianças, para a cama! 
 Mas muito lhe será perdoado à TV pela sua ajuda aos doentes, aos velhos, aos solitários. Na grande cidade – num apartamentinho de quarto e sala, num casebre de subúrbio, numa orgulhosa mansão – a criatura solitária tem nela a grande distração, o grande consolo, a grande companhia. Ela instala dentro de sua toca humilde o tumulto e o frêmito de mil vidas, a emoção, o “suspense”, a fascinação dos dramas do mundo.
 A corujinha da madrugada não é apenas a companheira de gente importante, é a grande amiga da pessoa desimportante e só, da mulher velha, do homem doente... É a amiga dos entrevados, dos abandonados, dos que a vida esqueceu para um canto... ou dos que estão parados, paralisados, no estupor de alguma desgraça...ou que no meio da noite sofrem o assalto das dúvidas e melancolias... mãe que espera filho, mulher que espera marido...homem arrasado que espera que a noite passe, que a noite passe...

Questões de Português - Morfologia - Formação e estrutura das palavras