A questão compreende assuntos que dizem respeito à grafia correta de determinados vocábulos. Com base nisso, passemos às alternativas: Em “a”: Errado – A grafia correta do vocábulo seria “intercessão”. Em “b”: Errado – A grafia correta do vocábulo seria “abolição”. Em “c”: Errado – A grafia correta do vocábulo seria “excursão”. Em “d”: Errado – A grafia correta do vocábulo seria “obsessão”. Em “e”: Certo – Ambos os vocábulos foram grafados corretamente do ponto de vista ortográfico da língua portuguesa. Resposta: Letra E.

      Geralmente, quando uma pessoa exclama “Es-
   tou tão feliz!”, é porque engatou um novo amor, con-
   seguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estu-
   dos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. 
5  Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que 
   essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as 
   novidades envelhecem e que não é seguro se sentir 
   feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor 
   é ser feliz por nada. 
10    Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz por-
   que alguém o elogiou. Feliz porque existe uma pers-
   pectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque 
   você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a 
   pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo 
15 mais acolhedor do que sua cama. Mesmo sendo mo-
   tivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito. 
      Feliz por nada, nada mesmo? Talvez passe pela 
   total despreocupação com essa busca. 
      Particularmente, gosto de quem tem compromis-
20 so com a alegria, que procura relativizar as chatices 
   diárias e se concentrar no que importa pra valer, e 
   assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos 
   outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz 
   também. Não estando “realizado”, também. Estando 
25 triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. 
   Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é 
   tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochada-
   mente assombrado consigo próprio: como é que eu 
   me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? 
30 Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo. 
      Benditos os que conseguem se deixar em paz. 
   Os que não se cobram por não terem cumprido suas 
   resoluções, que não se culpam por terem falhado, 
   não se torturam por terem sido contraditórios, não se 
35 punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o 
   melhor que podem.
      Se é para ser mestre em alguma coisa, então 
   que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do 
   pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao 
40 mesmo tempo ser livre. Adequação à sociedade e li-
   berdade simultaneamente? É uma senhora ambição. 
   Demanda a energia de uma usina. Para que se con-
   sumir tanto? 
      A vida não é um questionário. Você não precisa 
45 ter que responder ao mundo quais são suas qualida-
   des, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho 
   seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se 
   autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-
   -intencionado e que muda de opinião sem a menor 
50 culpa. 
      Ser feliz por nada talvez seja isso. 

se justifica por narrar fatos ocorridos com o autor.

representa uma tentativa de aproximação com o leitor.

busca contextualizar a motivação pessoal pela escolha 
temática.

institui caráter emotivo ao que se deve tratar com 
objetividade.

O texto aborda uma discussão sobre a ideia de presente perfeito, inserindo considerações sobre relações sociais, economia e comportamento humano. Ele utiliza a primeira pessoa para apresentar o debate, o que influencia na maneira como é percebido pelo leitor.

A alternativa C afirma que a escolha pela primeira pessoa "busca contextualizar a motivação pessoal pela escolha temática". De fato, ao longo do texto, o autor faz várias referências pessoais como "Aproveito a chegada do 13° salário" e utiliza a primeira pessoa em contextos que sugerem sua própria reflexão sobre o tema, como "Se você regalar sua mulher com um caríssimo jantar". Essa abordagem pessoal serve para inserir o leitor na discussão, mostrando como o tema é relevante de forma individual.

As demais alternativas não se alinham tão precisamente com o uso da primeira pessoa no texto:
- A alternativa A menciona que se justifica por narrar fatos ocorridos com o autor, mas o texto não se foca em narrar eventos específicos vividos pelo autor, e sim em discutir uma ideia geral sobre presentes.
- A alternativa B sugere uma tentativa de aproximação com o leitor, que embora presente, não é o motivo central pelo uso da primeira pessoa, uma vez que o foco está mais em compartilhar uma motivação pessoal.
- A alternativa D indica um caráter emotivo, o que também não se aplica diretamente, já que o texto propõe uma discussão racional sobre o tema, mesmo que utilizando uma perspectiva pessoal.

Gabarito: Letra C

Aproveito a chegada do 13° salário e a proximidade 
do Natal para discutir o presente perfeito. Num mundo 
perfeitamente racional, ninguém nem pestanejaria antes 
de presentear seus familiares e amigos com dinheiro 
vivo.  
Em princípio, nada pode ser melhor. Elimina-se o 
risco de errar, pois o presenteado escolhe o que quiser, e 
no tamanho certo. Melhor, ele pode juntar recursos de 
diversas origens e comprar um item mais caro, que 
ninguém sozinho poderia oferecer-lhe.  
Só que o mundo não é um lugar racional. Se você 
regalar sua mulher com um caríssimo jantar na 
expectativa de uma noite tórrida de amor, estará sendo 
romântico. Mas, se ousar oferecer-lhe dinheiro para o 
mesmo fim, torna-se um simples cafajeste.  
Analogamente, você ficará bem se levar um bom 
vinho para o almoço de Dia das Mães na casa da sogra.
Experimente, porém, sacar a carteira e estender-lhe R$
200 ao fim da refeição e se tornará "persona non grata" 
para sempre naquele lar.  
Essas incongruências chamaram a atenção de 
economistas comportamentais, que desenvolveram 
modelos para explicá-las. Aparentemente, vivemos em 
dois mundos distintos, o das relações sociais e o da 
economia de mercado. Enquanto o primeiro é regido por 
valores como amor e lealdade, o segundo tem como 
marca indexadores monetários e contratos. Sempre que 
misturamos os dois registros, surgem mal-entendidos.
O economista Dan Ariely vai mais longe e propõe 
que, no mundo das relações sociais, o presente serve 
para aliviar culpas: ofereça ao presenteado algo de que 
ele goste, mas acha bobagem comprar, como um jantar 
naquele restaurante chique ou um perfume um pouco 
mais caro. O que você está lhe dando, na verdade, é uma 
licença para ser extravagante.
Segundo Ariely, é esse mecanismo que explica o 
sucesso de vales-presentes e congêneres, que nada mais 
são que dinheiro com prazo de validade e restrições de 
onde pode ser gasto.

devoram alegremente a comida = devoram-a alegremente.

não compartilham [...] as nossas inibições = não lhes compartilham.

verbaliza um anseio = verbaliza-lo.

Para resolver a questão, é necessário entender como os pronomes oblíquos átonos funcionam na língua portuguesa e como eles substituem corretamente os objetos diretos e indiretos nas frases. A substituição correta requer que o sentido original da frase seja mantido e que a colocação dos pronomes esteja de acordo com as normas gramaticais.

Vamos analisar cada alternativa:

A) "devoram alegremente a comida" = "devoram-a alegremente". Aqui, "a comida" é o objeto direto de "devoram". O pronome oblíquo "a" é usado corretamente para substituir "a comida". No entanto, o pronome deveria estar antes do verbo: "a devoram alegremente". Assim, essa alternativa está errada.

B) "fazer alguma coisa" = "fazê-la". Nesse caso, "alguma coisa" é o objeto direto de "fazer". O pronome "la", anexado ao infinitivo "fazer", formando "fazê-la", respeita a regra de colocação pronominal em formas verbais terminadas em "r", "s" ou "z", onde o pronome se coloca junto ao verbo com a eliminação da letra final e acrescentando-se um 'l'. Portanto, essa substituição está correta.

C) "Metem o nariz" = "Metem-lhe". Esta substituição está incorreta porque "o nariz" é um objeto direto, e deveria ter sido substituído por um pronome oblíquo direto (o, a, os, as), e não por "lhe", que é um pronome indireto.

D) "não compartilham [...] as nossas inibições" = "não lhes compartilham". Neste caso, "as nossas inibições" é um objeto direto, e deveria ser substituído por "não as compartilham". O uso de "lhes" é inadequado pois é um pronome de objeto indireto.

E) "verbaliza um anseio" = "verbaliza-lo". A substituição correta do objeto direto "um anseio" seria "verbaliza-o", seguindo a regra de não iniciarmos período com pronome oblíquo átono. Aqui, temos uma inadequação na forma enclítica, que deveria ser proclítica ou mesoclítica.

Com base na análise, a única alternativa que apresenta a substituição correta é:

Gabarito: Letra B

 “Se os cachorros correm livremente, por que eu não 
 posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New 
 Morning” . Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos nós, 
 humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos de todos 
 os constrangimentos artificiais decorrentes do fato de vivermos 
 em uma sociedade civilizada em que às vezes nos sentimos 
 presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras tácitas e 
 inibições está sempre governando as nossas interações coti­-
 dianas com os outros.
 Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é 
 o fato de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles 
 jogam com as suas próprias regras, com a sua própria lógica 
 interna. Eles vivem em um universo paralelo e diferente do 
 nosso - um universo que lhes concede liberdade de espírito e 
 paixão pela vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro 
 latindo ao vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro 
 de nós alguma coisa que também quer se expressar.
 Os cachorros são uma constante fonte de diversão para 
 nós porque não prestam atenção as nossas convenções so-
 ciais. Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima 
 do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os 
 cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma 
 coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. 
 Suas emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam 
 sempre que as sentem,


Vamos analisar as afirmativas dadas baseadas no trecho do texto: 
 
Afirmativa I: A indeterminação do sujeito é evidente na estrutura "Acredita-se que...". O uso do pronome 'se' junto com o verbo 'acredita' na terceira pessoa do singular serve para indeterminar o sujeito, isto é, não se especifica quem acredita. Portanto, essa afirmativa está correta. 
 
Afirmativa II: A frase mencionada, "uma geografia remota e extensa do Congo", usa o conceito de sujeito simples - que é a "geografia do Congo", e não um sujeito composto. Erro comum, mas aqui a fala se concentra em um único elemento, a "geografia". Portanto, essa afirmativa está incorreta. 
 
Afirmativa III: A classificação da forma como a doença se propaga aos seres humanos é detalhada no trecho "... Através de carne infectada." Aqui, o modo como a doença é transmitida está claro, o que justifica o uso de um advérbio de modo, apesar de não ser explícito textualmente, pode-se inferir como "por meio de" ou "através de". Assim, afirmativa correta pela interpretação contextual. 
 
Afirmativa IV: O uso da palavra "frequentemente" se refere à frequência com que algo ocorre, indicando uma informação temporal ou de frequência, mas não especificamente quanto tempo leva para a doença afetar os seres humanos. Esta afirmativa parece mais confundir do que elucidar o contexto aplicado, portanto, está incorreta. 
 
Dessa análise, as afirmativas I e III são as que estão corretas na interpretação do texto, portanto, a alternativa correta é A.

Vamos analisar as afirmativas dadas baseadas no trecho do texto: 
 
Afirmativa I: A indeterminação do sujeito é evidente na estrutura "Acredita-se que...". O uso do pronome 'se' junto com o verbo 'acredita' na terceira pessoa do singular serve para indeterminar o sujeito, isto é, não se especifica quem acredita. Portanto, essa afirmativa está correta. 
 
Afirmativa II: A frase mencionada, "uma geografia remota e extensa do Congo", usa o conceito de sujeito simples - que é a "geografia do Congo", e não um sujeito composto. Erro comum, mas aqui a fala se concentra em um único elemento, a "geografia". Portanto, essa afirmativa está incorreta. 
 
Afirmativa III: A classificação da forma como a doença se propaga aos seres humanos é detalhada no trecho "... Através de carne infectada." Aqui, o modo como a doença é transmitida está claro, o que justifica o uso de um advérbio de modo, apesar de não ser explícito textualmente, pode-se inferir como "por meio de" ou "através de". Assim, afirmativa correta pela interpretação contextual. 
 
Afirmativa IV: O uso da palavra "frequentemente" se refere à frequência com que algo ocorre, indicando uma informação temporal ou de freqüência, mas não especificamente quanto tempo leva para a doença afetar os seres humanos. Esta afirmativa parece mais confundir do que elucidar o contexto aplicado, portanto, está incorreta. 
 
Dessa análise, as afirmativas I e III são as que estão corretas na interpretação do texto, portanto, a alternativa correta é A.

preposição; adjetivo; substantivo feminino; verbo.

preposição; advérbio; advérbio; verbo.

E aí, vamos desmontar essa questão de morfologia estilo DJ desmontando uma track? As palavras destacadas são "em", "diferentes", "implementação" e "diz". Bora classificar cada pedacinho desse puzzle linguístico! 
 
1. "em" - É uma preposição clássica. Sua função é ligar duas palavras estabelecendo relações variadas (lugar, modo, tempo, etc.). Neste caso, ela está introduzindo o contexto "em diversos setores". 
 
2. "diferentes" - Aqui temos um adjetivo, porque está sendo utilizado para modificar o substantivo "áreas", indicando uma variedade entre elas. 
 
3. "implementação" - Isso é um substantivo feminino, e está sendo usado para se referir ao ato ou efeito de implementar algo, no caso, as políticas públicas. 
 
4. "diz" - Por último, mas não menos importante, temos o verbo. "Diz" vem do verbo dizer no presente do indicativo, terceira pessoa do singular. Ele está sendo utilizado para afirmar algo sobre os assuntos e as abordagens citados. 
 
Portanto, as análises casam direitinho com as classificações apresentadas na alternativa C, que associa corretamente cada palavra a sua função gramatical, seguindo os padrões da norma culta da língua portuguesa. 
 
alternativa correta é C

Questões de Português - Morfologia