 “[...] quantos perdem por não nascer em Minas!”

 “[...] compra de um ar refrigerado de segunda mão”.

 “O bobo ganha liberdade e sabedoria para viver”. 

A questão compreende assuntos relacionados ao uso de linguagem figurada – não comumente encontrada em dicionários. Com base nisso, passemos às alternativas: Em "a": Errado – Nesse caso, não há o uso de linguagem figurada, pois muitos perdem por não nascer em Minas. Ou seja, o sentido do verbo "perder" é o mesmo daquele originalmente empregado, daquele encontrado em dicionários. Em "b": Errado – "Ter tido vez", embora pareça, não representa uma linaguagem figurada, pois "vez" refere-se mesmo à vez do bobo, ou seja, "vez" não é uma palavra com sentido diferente daquele encontrado no dicionário. Em "c": Errado – Também não temos indícios de linguagem figurada, pois "criatividade" refere-se à característica do bobo, mas essa "criatividade" é a mesma daquela encontrada em dicionários. Em "d": Certo – Veja em "segunda mão" não se refere a uma mão que vem após a primeira. Ou seja, temos uma linguagem figurada para explicar que "segundo mão" refere-se a um produto cuja qualidade é inferior. Em "e": Errado – "Ganhar" apresenta o mesmo sentido do verbo "ganhar" encontrado no dicionário. Resposta: Letra D.

    O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar no mundo.

    O bobo é capaz de ficar sentado, quase sem se mexer por duas horas. Se perguntando por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando." 

    Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.

    O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem.

    Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas.

    O bobo ganha liberdade e sabedoria para viver.

    O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

    Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco.
Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro.

    Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado.

    O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo nem nota que venceu.

    Aviso: não confundir bobos com burros.

    Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?" 

    Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

    Os bobos, com suas palhaçadas, devem estar todos no céu.

    Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

    O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.

    Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos.

    Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham vida.

    Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.

    Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas! 

    Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas.

    É quase impossível evitar excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.


... sofrendo com a problemática das mudanças climáticas... (1º parágrafo)

... e ter vida digna, sobretudo a partir da produção agroecológica... (4º parágrafo)

... traz em seu arcabouço o real significado sociotransformador... (2º parágrafo)

... todos que habitam o semiárido no bioma caatinga.

... evitando que a região venha a se constituir um deserto. (2º parágrafo)

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre sentido literal e figurado. A) Alternativa incorreta. O termo "mudanças" é usado com o sentido literal das alterações climáticas observadas no mundo atual.B) Alternativa incorreta. O termo "produção" é usado com o sentido literal e expressa o conjunto de ações e atividades agroecológicas.C) Alternativa correta. O termo "arcabouço" tem o sentido de "estrutura de uma construção". No texto, é usado com o sentido de "base".D) Alternativa incorreta. O termo "caatinga" é usado com o sentido do bioma brasileiro.E) Alternativa incorreta. O termo "deserto" é usado com o sentido do bioma.

<center>O significado de conviver com o semiárido</center>

 O sentido da expressão “convivência com o semiárido”, em uma primeira visão ou leitura, pode levar a uma compreensão equivocada: viver no semiárido, sofrendo com a problemática das mudanças climáticas que tanto aflige, principalmente, os agricultores e agricultoras de base familiar.

 Mas o sentido real da expressão “convivência com o semiárido” traz em seu arcabouço o real significado sociotransformador: viver buscando transformar os obstáculos provocados pelas mudanças climáticas e pelas injustiças sociais em oportunidades para mudar as condições de vida a partir de transformações no comportamento. Isso inclui premissas como o cuidado com o meio ambiente para uma vida digna, evitando que a região venha a se constituir um deserto.

 É grande a riqueza de possibilidades, de caminhos, de alternativas que já foram geradas. São frutos das lutas populares, dos trabalhos pastorais, comunidades eclesiais de base etc., a partir das quais muitas organizações sociais nasceram e permanecem até hoje. Elas mobilizam os agricultores e agricultoras, promovendo trocas de experiência e qualificando-os a partir da estratégia de construção coletiva do conhecimento.

 Essas organizações sociais geram reais possibilidades de se conviver com o semiárido e ter vida digna, sobretudo a partir da produção agroecológica, da transição energética, da captação e manejo de água de chuva, que gera vida não só para os seres humanos, mas para todos que habitam o semiárido no bioma caatinga.

Legal, vamos dar uma olhada na questão proposta pela Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos. A pergunta pede para identificarmos um vício de linguagem presente na frase: “Ele prendeu o delinquente em sua casa”.

 

Antes de mais nada, é bom dar uma revisada nos conceitos de cada vício de linguagem listado:
<ul>
<li>Colisão: uso de palavras próximas com sons repetidos, causando estranheza na fala.</li>
<li>Cacófato: combinação de palavras que forma sons inapropriados ou indesejados.</li>
<li>Pleonasmo: repetição desnecessária de uma ideia, geralmente para reforço.</li>
<li>Barbarismo: erro no uso de palavras, como estrangeirismo não adaptado, pronúncia ou escrita incorreta.</li>
<li>Ambiguidade (ou anfibologia): duplo sentido ou incerteza na interpretação de uma frase, devido à má colocação de palavras ou construção equivocada.</li>
</ul>

 

Na frase em questão, não observamos repetições sonoras incomuns (colisão), formações de palavras inadequadas ao se ler em voz alta (cacófato), nem redundâncias (pleonasmo) ou uso incorreto de palavras (barbarismo). No entanto, há uma clara ambiguidade: "Ele prendeu o delinquente em sua casa" pode significar que o delinquente foi preso na casa dele (da pessoa que prendeu) ou na própria casa do delinquente. Esse tipo de duplo sentido é o que caracteriza a ambiguidade.

 

Portanto, a alternativa correta é E.

 Não sabia que o homem que morava na casa que foi vendida gostava de política.

 O deputado assistiu ao incêndio da Câmara.

Vamos contextualizar essa questão para deixar tudo mais claro. A cacofonia refere-se ao uso de palavras ou sons que resultam em um efeito desagradável ao ouvido, podendo, muitas vezes, formar palavras ou expressões estranhas ou engraçadas quando combinadas uma com a outra. É um verdadeiro desafio em jogos de linguagem, umas verdadeiras pegadinhas do português!

 

Observando as alternativas, a questão aqui pediu que identificássemos onde esse vício de linguagem está ocorrendo. Na alternativa E, a expressão "Lei confisca gado" pode ser interpretada erroneamente como "Lei con fisca gado" ou, mais humoristicamente, criar a sonoridade de "Lei confisca ao gado", que pode parecer que a lei está concedendo algo ao gado. Essa formação acidental e engraçada é exatamente o que caracteriza uma cacofonia, um jogo entre o som e o sentido que pode gerar uma confusão ou uma interpretação dupla.

 

As demais alternativas apresentam diferentes assuntos, mas nenhuma delas menciona um vício de linguagem relacionado a sons inapropriados ou palavras que formam outras ao serem pronunciadas juntas. Por exemplo, a alternativa A apresenta uma redundância ou pleonasmo, não uma cacofonia. Já a B contém uma frase complexa, mas sem vício sonoro.

 

Por isso, a alternativa correta é E.

    Em meio à usual cacofonia, duplas de taquígrafos se revezam com discrição no plenário da Câmara. Chegam, sentam-se por poucos minutos, rabiscam códigos indecifráveis em seus cadernos e saem.
    "Muita gente não sabe quem nós somos. Tem deputado que chega perto e pergunta se é para votar "sim" ou "não". Já pegaram até óculos nossos emprestados", brinca Graciete Pedreira, taquígrafa há 15 anos na Casa. Ela integra o grupo de 187 profissionais no Congresso Nacional que diariamente se dedica a registrar tudo o que é dito nos plenários e em algumas comissões.
    Em plena era digital, o serviço ainda é feito com os tradicionais bloquinho e caneta, num ritmo que pode chegar a 120 palavras por minuto. As anotações são rapidamente checadas, às vezes com ajuda do áudio, e veiculadas na internet.


Leia o texto a seguir e responda a seguinte questão:

<center><img alt='Imagem questão' src="https://d1obul4n7gbyjy.cloudfront.net/65fafdc0b72c623b260435b804_CONSULTORLEGISLATIVOJURÍDICO-SUPERIOR877.png"></center>

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