Legal, vamos dar uma olhada na questão proposta pela Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos. A pergunta pede para identificarmos um vício de linguagem presente na frase: “Ele prendeu o delinquente em sua casa”.

 

Antes de mais nada, é bom dar uma revisada nos conceitos de cada vício de linguagem listado:
<ul>
<li>Colisão: uso de palavras próximas com sons repetidos, causando estranheza na fala.</li>
<li>Cacófato: combinação de palavras que forma sons inapropriados ou indesejados.</li>
<li>Pleonasmo: repetição desnecessária de uma ideia, geralmente para reforço.</li>
<li>Barbarismo: erro no uso de palavras, como estrangeirismo não adaptado, pronúncia ou escrita incorreta.</li>
<li>Ambiguidade (ou anfibologia): duplo sentido ou incerteza na interpretação de uma frase, devido à má colocação de palavras ou construção equivocada.</li>
</ul>

 

Na frase em questão, não observamos repetições sonoras incomuns (colisão), formações de palavras inadequadas ao se ler em voz alta (cacófato), nem redundâncias (pleonasmo) ou uso incorreto de palavras (barbarismo). No entanto, há uma clara ambiguidade: "Ele prendeu o delinquente em sua casa" pode significar que o delinquente foi preso na casa dele (da pessoa que prendeu) ou na própria casa do delinquente. Esse tipo de duplo sentido é o que caracteriza a ambiguidade.

 

Portanto, a alternativa correta é E.

 Não sabia que o homem que morava na casa que foi vendida gostava de política.

 O deputado assistiu ao incêndio da Câmara.

Vamos contextualizar essa questão para deixar tudo mais claro. A cacofonia refere-se ao uso de palavras ou sons que resultam em um efeito desagradável ao ouvido, podendo, muitas vezes, formar palavras ou expressões estranhas ou engraçadas quando combinadas uma com a outra. É um verdadeiro desafio em jogos de linguagem, umas verdadeiras pegadinhas do português!

 

Observando as alternativas, a questão aqui pediu que identificássemos onde esse vício de linguagem está ocorrendo. Na alternativa E, a expressão "Lei confisca gado" pode ser interpretada erroneamente como "Lei con fisca gado" ou, mais humoristicamente, criar a sonoridade de "Lei confisca ao gado", que pode parecer que a lei está concedendo algo ao gado. Essa formação acidental e engraçada é exatamente o que caracteriza uma cacofonia, um jogo entre o som e o sentido que pode gerar uma confusão ou uma interpretação dupla.

 

As demais alternativas apresentam diferentes assuntos, mas nenhuma delas menciona um vício de linguagem relacionado a sons inapropriados ou palavras que formam outras ao serem pronunciadas juntas. Por exemplo, a alternativa A apresenta uma redundância ou pleonasmo, não uma cacofonia. Já a B contém uma frase complexa, mas sem vício sonoro.

 

Por isso, a alternativa correta é E.

    Em meio à usual cacofonia, duplas de taquígrafos se revezam com discrição no plenário da Câmara. Chegam, sentam-se por poucos minutos, rabiscam códigos indecifráveis em seus cadernos e saem.
    "Muita gente não sabe quem nós somos. Tem deputado que chega perto e pergunta se é para votar "sim" ou "não". Já pegaram até óculos nossos emprestados", brinca Graciete Pedreira, taquígrafa há 15 anos na Casa. Ela integra o grupo de 187 profissionais no Congresso Nacional que diariamente se dedica a registrar tudo o que é dito nos plenários e em algumas comissões.
    Em plena era digital, o serviço ainda é feito com os tradicionais bloquinho e caneta, num ritmo que pode chegar a 120 palavras por minuto. As anotações são rapidamente checadas, às vezes com ajuda do áudio, e veiculadas na internet.


Leia o texto a seguir e responda a seguinte questão:

<center><img alt='Imagem questão' src="https://d1obul4n7gbyjy.cloudfront.net/65fafdc0b72c623b260435b804_CONSULTORLEGISLATIVOJURÍDICO-SUPERIOR877.png"></center>

 O texto pode ser considerado de caráter literário já que ocorre o predomínio da linguagem conotativa na estruturação das ideias apresentadas.

 Embora não possa ser considerado um texto literário, podem ser observados alguns vocábulos e expressões que exemplificam o emprego da linguagem conotativa.

 O efeito conotativo visto no texto apresentado independe das combinações de sentido, ou seja, do contexto apresentado, já que o vocábulo traz em sua carga semântica tal significação.

 Por se tratar de um texto informativo acerca de um assunto de relevância para a sociedade, o emprego exclusivo da linguagem denotativa assegura-lhe a credibilidade pretendida diante do interlocutor.

Vamos desbravar essa questão passo a passo! A crítica central à linguagem neste texto foca na distinção entre as formas conotativa e denotativa. O olhar apurado para essas nuances é fundamental para escolher a alternativa correta.

 

O texto nos apresenta um panorama histórico e atual da corrupção, discorrendo sobre seu impacto e as medidas para combatê-la. A linguagem utilizada visa transmitir informações e refletir sobre o tema, portanto, está predominantemente no registro formal e denotativo. Isso significa que as palavras são usadas com seu sentido direto e específico, típico de textos informativos e expositivos.

 

Analisando as alternativas:
<ul>
<li>Alternativa A: Errada. O texto não possui um caráter literário e a linguagem conotativa não é predominante. A função do texto é mais informativa e reflexiva do que artística.</li>
<li>Alternativa B: Correta. Ela captura a essência do texto ao afirmar que, apesar de não ser literário, há momentos de uso da linguagem conotativa—isto é, o uso de palavras e expressões com um sentido que vai além do literal, criando nuances de significação.</li>
<li>Alternativa C: Errada. A significação conotativa de palavras depende muito do contexto em que são empregadas, ao contrário do que afirma a opção.</li>
<li>Alternativa D: Errada. Mesmo sendo um texto com função predominante informativa, ele não utiliza exclusivamente linguagem denotativa, pois há nuances conotativas que enriquecem o texto.</li>
</ul>

 

Portanto, a alternativa correta é B.

    Desde nossos ancestrais aos líderes modernos, a corrupção é um desafio para toda a humanidade, uma vez que esse termo sempre esteve presente na ação cotidiana dos seres humanos.
    De acordo com relatos e escritos, a corrupção existe, desde antes, mesmo, da dinastia egípcia e ainda persiste em quase todos os países do mundo, até hoje. Nota-se que a corrupção pode ser tão antiga quanto a história humana.
    A Primeira Dinastia (3100-2700 a.C.) do antigo Egito observou corrupção em seu judiciário e no enriquecimento de alguns Faraós que exploravam a mão de obra de indivíduos com menos recursos financeiros. A prática corruptiva também era encontrada na China antiga, na Macedônia, em Chipre e em muitas outras regiões.
    Olhando através da história, a corrupção parece inevitável.
    Batalhas foram travadas pela disputa de poder. Há registro, nos livros de histórias, de que atos de corrupção facilitaram a ascensão de impérios e governantes, muito antes do marco zero de nossa contagem temporal. Desde a origem da humanidade, sociedades foram dizimadas pelos efeitos vorazes das artimanhas, com a finalidade de obtenção de vantagens ilegais e ilícitas.
    Por intermédio de procedimentos de “boa governança”, entes públicos e privados, ao redor do planeta, estão criando ferramentas para conter a corrupção, de maneira prioritária.
Estão sendo implementados programas anticorrupção específicos para ajudar os governos a resolver seus problemas internos de desvirtuamento dos procedimentos humanos. Além disso, várias agências bilaterais de desenvolvimento têm colocado esforços anticorrupção no topo de suas políticas e procedimentos.
    Verifica-se que muitos cidadãos reclamam e questionam a postura de políticos e de membros da alta gestão de nosso país; porém, quando têm a oportunidade, essas mesmas pessoas deixam de emitir notas fiscais; esquivam-se dos pagamentos de tributos; não declaram seu imposto de renda com fidedignidade; tentam subornar agentes públicos para evitar multas; falsificam carteirinha de estudante; adulteram atestados médicos; furam fila; acessam TV a cabo, sem realizar o contrato com a operadora (apropriação indevida de sinal); registram o ponto no trabalho de maneira irregular e/ou pelo colega, entre várias outras atitudes que, mesmo simbólicas ou pequenas, prejudicam, ao longo passo, toda a sociedade.
    O combate à corrupção, portanto, deve ser acompanhado do fortalecimento do Estado de Direito, da boa governança e da construção de instituições fortes que, por sua vez, serão a base e o alicerce para o desenvolvimento sustentável de todo o mundo.  
    Atitudes corruptas não são meros pormenores ou detalhes. Muito pelo contrário, são desvios que causam impactos severos, inclusive, na moral social, concernindo na vida das pessoas. É necessário ultrapassar os regulamentos, as sanções e as punições.
    Cada indivíduo de nosso mundo, cada brasileiro, é chamado, todos os dias, a respeitar e cumprir com seus deveres, o que nem sempre é fácil, especialmente, em tempos difíceis e diante de tantos dilemas a serem faceados. Assim, o desafio cotidiano e diário do combate à corrupção está na mudança positiva, na metamorfose assertiva de condutas, costumes, culturas e comportamentos de cada um de nós.


 em determinadas circunstâncias, sua fala estaria inadequada.

 como emprego numa modalidade frouxa e coloquial, seria aceita.

 dependendo do destinatário, pode ser motivo de preconceito linguístico.

 dada a natureza da língua portuguesa no Brasil contemporâneo, seria aceita sem alardes.

Então, vamos decompor essa questão com uma vibe bem despojada, mas sem deixar de lado nossa precisão linguística, certo? A frase analisada foi “Está na hora dele sair.”, e precisamos identificar qual afirmação sobre o registro do falante não se aplica. 

 

Primeiro, é claro que essa construção é um exemplo do uso coloquial da língua. A forma "dele sair" é menos formal que "de ele sair", que seria preferida em uma escrita mais formal ou padrão.

 

A Alternativa A propõe que, em determinadas circunstâncias, essa forma de falar poderia ser inadequada. Sem dúvida, isso é verdade. Por exemplo, em contextos mais formais ou escritas acadêmicas, essa construção poderia ser vista como inadequada. Então, está correta.

 

A Alternativa B aponta que, como um uso em um contexto mais relaxado e informal, essa construção seria aceita. Isso faz todo sentido, especialmente em conversas do dia a dia ou em contextos menos formais. Ponto para essa também.

 

Já a Alternativa C menciona que, dependendo de quem é o destinatário, a frase poderia ser motivo de preconceito linguístico. Sim, infelizmente, diferentes registros linguísticos podem levar a julgamentos e preconceitos, dependendo das expectativas do ouvinte sobre a "correção" linguística. Logo, essa alternativa também procede.

 

Por fim, a Alternativa D, que foi marcada como correta, diz que a frase seria aceita sem alardes dada a natureza da língua portuguesa no Brasil contemporâneo. Isso é um pouco idealizado, considerando que ainda existem muitas instâncias e indivíduos que valorizam uma forma de falar mais "padronizada" e podem, sim, levantar alardes sobre usos considerados informais ou coloquiais em certos contextos. Então, esta afirmação pode não ser sempre verdadeira, e é por isso que foi assinalada como a resposta.

 

alternativa correta é D

Questões de Português - Níveis de linguagem